Encontro de cadáver em Ipeúna

Gilson Santullo

Segundo informação policial, o corpo foi localizado parcialmente carbonizado e com sinais de perfuração.
Corpo foi localizado em Ipeúna parcialmente carbonizado e com sinais de perfuração

A Polícia Militar registrou encontro de cadáver no início da manhã nesta segunda-feira (2) na região rural de Ipeúna. Segundo informação policial, o corpo foi localizado parcialmente carbonizado e com sinais de perfuração.

O setor policial apura informações do corpo encontrado, onde pode tratar-se de homicídio. O corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) do Necrotério Municipal de Rio Claro na Avenida da Saudade para exame do legista.

Mais informações na edição impressa do JC desta terça-feira, dia 3.

Clique aqui e confira outras notícias policiais no Blog do Gilson Santullo.

Prédio do Matadouro sofre com abandono em Rio Claro

Antonio Archangelo

Antigo prédio do Matadouro, inaugurado em agosto de 1886
Antigo prédio do Matadouro, inaugurado em agosto de 1886

Imóvel histórico de Rio Claro ainda abriga famílias no final da Rua João Polastri. Pelo menos 20 pessoas dividem os cômodos ‘debilitados’ do antigo Matadouro, enquanto aguardam por “vaga” no plano municipal de habitação. Prefeitura alega que famílias não se enquadram nos critérios fixados pelos programas habitacionais.

Confira a matéria em vídeo abaixo. A matéria na íntegra você confere na edição impressa do JC desta terça-feira, dia 3. Se você é assinante, clique aqui e acesse a edição digital.

Construtora arcará com custos de moradias depredadas

Antonio Archangelo

Casas depredadas no Jardim Boa Vista. Prefeitura diz que a construtora responsável pela construção arcará com os custos
Casas depredadas no Jardim Boa Vista. Prefeitura diz que a construtora responsável pela construção arcará com os custos

Impasse. A entrega de 182 casas do Jardim Boa Vista II se transformou em pesadelo na periferia de Rio Claro. Com demora na entrega, os imóveis estão sendo ocupados por viciados, que depredam as unidades, conforme reportagem do Grupo JC divulgada na última semana. Fiação, portas, pias e forros estão sendo retirados pelo “drogaditos”, alega a vizinhança.

Financiado pelo Programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal, o bairro recebeu investimentos estimados em R$ 11 milhões. De acordo com a prefeitura, a segurança do canteiro de obras é de responsabilidade da empreiteira, bem como o custo gerado por eventuais depredações. “É importante ressaltar que os imóveis serão entregues em perfeito estado aos mutuários”, alega em nota.

“Os prazos contratuais são passíveis de prorrogações. As obras foram iniciadas no primeiro semestre de 2012, com o prazo inicial de entrega estabelecido em 18 meses. Houve, por exemplo, a necessidade de se fazer o licenciamento, junto ao governo estadual, para passagem do esgoto”, continua.

“O valor total da obra é de R$ 11,1 milhões. Não há contrapartida financeira da prefeitura que, no entanto, faz o acompanhamento das obras, dá as isenções tributárias pertinentes, cadastra e orienta as famílias que podem ser beneficiadas com as moradias, faz medições e as repassa à Caixa Econômica, que efetua os pagamentos à empreiteira”, conclui.

Em março de 2012, a Caixa divulgou que os contratos para construção de 678 moradias em seis empreendimentos habitacionais pelo Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), para famílias com renda de até R$ 1,6 mil (Faixa I), foram assinados. Os investimentos totalizarão R$ 38,6 milhões com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR).

Os contratos foram assinados entre a Caixa, a prefeitura de Rio Claro e as construtoras responsáveis pelos empreendimentos, e incluíam os citados imóveis. As moradias possuem, em média, 47 m² cada, distribuídos em 2 quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço, com cada família pagando prestações mensais mínimas de R$ 50, limitadas a 10% da renda mensal, pelo período de 10 anos. O prazo previsto para execução das obras é de 15 meses.

Os contratos se referiam além do Residencial Boa Vista II: ao Residencial Jacarandá – Jardim Araucária (112 apartamentos); Residencial Cabreúva – Jardim Araucária (80 apartamentos); Residencial Aroeira – Jardim Araucária (96 apartamentos); Residencial Sibipiruna – Jardim Araucária (96 apartamentos); e Residencial Jasmim – Bairro Vila Cristina (112 apartamentos).

Sistema de câmeras de monitoramento em questão

Adriel Arvolea

Comerciantes questionam o funcionamento dos equipamentos
Comerciantes questionam o funcionamento dos equipamentos

Na última segunda-feira (26), comerciantes instalados na Rua 6, altura da rotatória do Cervezão, reclamaram que os estabelecimentos estavam sem linha de telefone e internet durante todo o dia. Segundo um lojista, que prefere não se identificar por questões de segurança, teria ocorrido o furto de cabos de telefonia naquele trecho, ocorrência que não foi registrada pela Polícia Militar.

Apesar da suspeita do delito, o comerciante questiona o funcionamento da câmera de monitoramento instalada na rotatória da Rua 6 com Avenida M-21, que poderia ter registrado alguma movimentação suspeita no local. “Não sei se a câmera está funcionando. Só sei que ficamos sem telefone e havia a possibilidade de cabos terem sido furtados durante a madrugada”, comenta o reclamante.

No entanto, a hipótese dele estava certa. A câmera no trecho está passando por manutenção, segundo informa a prefeitura. “Uma empresa foi contratada pela Prefeitura de Rio Claro no início de fevereiro e iniciou remanejamento do sistema de câmeras, que inclui novos locais de instalação e colocação de novas câmeras. A empresa, também, passou a ser responsável pela manutenção permanente do sistema”, esclarece.

Mesmo com toda a tecnologia disponível, o sistema apresenta falhas e instabilidade há dois anos. No dia 19 de março de 2014, por exemplo, o equipamento instalado na Rua 1 com Avenida, Centro, não estava funcionando. Se tivessem sido captadas pela câmera, as imagens poderiam ser utilizadas para determinar se os suspeitos do assassinato do taxista Luízio Álvaro do Prado, 50 anos, pegaram o táxi no ponto em frente à Antiga Estação, onde o profissional costumava ficar.

A matéria na íntegra você confere na edição impressa do JC deste domingo, dia 1º. Se você é assinante, clique aqui e acesse a edição digital.

Merenda é 40,9% mais cara que a cobrada por empresa terceirizada

Antonio Archangelo

Merenda escolar (Imagem Ilustrativa)
De acordo com dados divulgados na última semana, o prato de merenda custou aos cofres públicos, em 55 dias letivos de 2014, R$ 1,90 (Imagem Ilustrativa)

Marca do governo Du Altimari, a gestão própria do setor de alimentação já custa mais aos cofres municipais que o valor que levou a SP Alimentação a conquistar contrato com a Prefeitura na gestão Nevoeiro Junior (DEM), no ano de 2007.

De acordo com informação oficial da época, a SP Alimentação e Serviços Ltda, de São Paulo, sagrou-se vencedora do processo de terceirização no dia 13 de abril de 2007 com proposta oferecida de R$ 1,08 por merenda.

De lá para cá, o atual governo reassumiu a preparação e oferecimento da alimentação escolar para a rede pública de ensino. De acordo com dados divulgados na última semana, o prato de merenda custou aos cofres públicos, em 55 dias letivos de 2014, R$ 1,90. Um aumento de R$ 0,82, ou 75,92%. Desconsiderando a inflação acumulada de 35% dos últimos cinco anos, a merenda per capita teve um custo real superior de 40,9%

Nos primeiros quatro meses deste ano já foram servidas R$ 2,1 milhões refeições para 39.060 alunos, com custo total de R$ 4.086.160,20.

De acordo com o balancete entregue à imprensa, para a aquisição de gêneros alimentícios, como carnes e hortifrutigranjeiros, no citado período, foram gastos R$ 1,8 mi; para custear a mão de obra das cozinheiras outros R$ 1,4 mi, a mão de obra do departamento de alimentação escolar outros R$ 136,2 mil; aquisição de gás – R$ 50,6 mil; uniformes e material de proteção individual – R$ 551,6 mil. São estimados gastos de R$ 1,02 mi a cada mês, e R$ 12,258 mi em todo o ano.

Se utilizado o valor de 2007, para servir a mesma quantidade de refeições, como relatado no primeiro quadrimestre de 2014, gastariam-se R$ 2,3 milhões.

Obras na Visconde interditam novo trecho nesta segunda-feira

Divulgação

Avenida Visconde do Rio Claro (Imagem ilustrativa)
O bloqueio ocorre na Avenida 14 e o motorista poderá utilizar a Rua 8 para retornar à Visconde do Rio Claro (Imagem ilustrativa)

As obras do programa de Despoluição do Córrego da Servidão que vem implantando uma rede coletora de esgoto na Avenida Visconde do Rio Claro tiveram mais um trecho concluído. Nessa sexta-feira, dia 30, foi finalizada a primeira etapa da recomposição asfáltica e liberado o cruzamento com a Avenida 8.

Interdição

Com mais essa etapa da obra concluída, os serviços avançam e a partir de segunda–feira, dia 2, os motoristas devem estar atentos a uma nova interdição de trânsito.

Dessa vez, o bloqueio do tráfego sentido centro – bairro ocorrerá na Avenida 14 e o motorista poderá utilizar a Rua 8 (oito) para retornar à Visconde do Rio Claro.

Obra

A instalação da nova tubulação em Rio Claro faz parte do Programa de Despoluição do Córrego da Servidão.

Estão sendo implantados 21 km de rede coletora de esgoto (de norte a sul da cidade).

Frentes

Atualmente as obras ocorrem em duas frentes de trabalho concentradas na região do Jardim Guanabara e na Avenida Visconde do Rio Claro. 82% do projeto já está concluído.

61 milhões

Conforme a nota encaminha pela concessionária, a obra tem investimento de aproximadamente R$ 61 milhões para a implantação da tubulação e para a construção da nova Estação de Tratamento de Esgoto que despoluirá a Bacia do Jardim Novo. Com a conclusão desse Programa de Despoluição, Rio Claro alcançará a universalização dos serviços, ou seja, terá todo o esgoto do município coletado e tratado.

Bate-papo marca Semana Ambiental

Divulgação

Um bate-papo focado em questões ambientais acontece quinta-feira, dia 5, na programação da Semana do Meio Ambiente de Rio Claro. Será uma conversa, em estilo talk-show, com a participação de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) das escolas municipais Sérgio Hernani Fittipaldi e Marcello Schmidt.

O início está marcado para às 7h30, no Núcleo Administrativo Municipal (NAM), e toda a comunidade pode participar.

“Vamos falar de temas atuais que chamam a atenção para os problemas ambientais do nosso município e sua interferência no planeta”, explica a secretária de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sepladema), Olga Salomão, que participa do evento.

Um dos destaques da atividade será a aluna do EJA Maria Madalena dos Santos Almeida, da 8ª série. Nordestina e contadora de histórias, ela falará sobre as experiências que vivenciou na seca do Nordeste.

Veja quais filmes estão em cartaz no cinema do Shopping Rio Claro

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Bryan Cranston (de “Breaking Bad”) e Aaron Taylor Johson (de “Kick Ass”) protagonizam filme de ação sobre monstro japonês

Getúlio
Horários:Sala 05 (NAC): Qui, Seg a Qua – 17h00, 19h00, 21h00
Sex a Dom – 15h00, 17h00, 19h00, 21h00
Gênero: Drama Idade: 12 anos Duração: 100 min

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
Sala 04 (DUB): Qui, Seg a Qua – 16h30, 19h00, 21h30
Sex a Dom – 14h00, 16h30, 19h00, 21h30
Sala 01 (DUB): Sex e Qua – 16h30, 19h00
Sab e Dom – 14h00, 16h30, 19h00
Qui, Seg, Ter – 19h00
Sala 01 (LEG): Todos os dias – 21h30
Gênero: Ação Idade: 12 anos Duração: 135 min

No Limite do Amanhã
Horários:Sala 03 (DUB): Qui, Seg a Qua – 16h40, 19h00, 21h10
Sex a Dom – 14h30, 16h40, 19h00, 21h10
Gênero: Ação Idade: 12 anos Duração: 110 min

Malévola
Horários:Sala 02 (DUB): Qui, Seg a Qua – 17h30, 19h30, 21h30
Sex a Dom – 13h30, 15h30, 17h30, 19h30, 21h30
Gênero: Aventura Idade: 10 anos Duração: 97 min

Godzilla 3D
Horários:Sala 01 (DUB): Qui, Seg e Ter – 16h30
Sex – 14h00
Gênero: Ação Idade: 12 anos Duração: 123 min

Arco Iris Cinemas – Shopping Rio Claro

Av. Conde Francisco Matarazzo Jr., 205 – Vila Paulista

(19) 3534-7213

www.arcoiriscinemas.com.br

RC pode ter contribuição voluntária aos Bombeiros

Fabíola Cunha

Capitão Daniel Scaranello fez pronunciamento sobre a contribuição durante sessão ordinária da Câmara Municipal de Rio Claro

O Corpo de Bombeiros de Rio Claro pleiteia junto ao Legislativo municipal a criação de uma lei que institui a contribuição voluntária para um fundo destinado à aquisição de equipamentos mais sofisticados para atendimento à população. 

Segundo o capitão Daniel Scaranello, que falou aos vereadores e público presentes na sessão da Câmara do último dia 26, a ideia não é suprir os equipamentos básicos, que já existem: “Todos os equipamentos necessários para o trabalho em Rio Claro nós já temos, queremos o top de linha, o que há de mais avançado”.

Como exemplo ele cita um caminhão autobomba, cujo valor gira em torno de R$ 600 mil. Outra aquisição seria um caminhão cascata, que carrega cilindros de ar para que bombeiros entrem em locais com muita fumaça ou precisem fazer resgate de pessoas afogadas: “Esse é um trabalho complicado, pois muitas vezes o oxigênio acaba e precisamos trocar os cilindros, nesse caso o caminhão já teria outros para fazer a troca”, explica.

Scaranello enfatiza que não há déficit de estrutura ou pessoal no Corpo de Bombeiros de Rio Claro atualmente e que, como o próprio nome diz, a contribuição, caso seja aprovada em plenário, é voluntária: “São três valores distintos, para residências, comércios e indústrias, e a contribuição é anual”, explica.

O que for arrecadado será gerido pelo Fundo Especial de Bombeiros (Febom), comissão com envergadura jurídica formada por membros da sociedade que fazem a gestão dos recursos captados e depositados na conta bancária com exclusividade de gastos no serviço de Bombeiros.

Espontaneidade

Em Limeira, onde a lei já vale, os moradores receberam uma guia anexa ao carnê do IPTU de 2014, no valor de R$ 10. A adesão espontânea pode ser feita até o próximo dia 30 de junho.

No site da Prefeitura Municipal de Limeira, a expectativa é de que 50% dos 115 mil contribuintes colaborem com a iniciativa, o que totalizaria aproximadamente R$ 575 mil.

O valor seria suficiente para comprar nova viatura de resgate, um alicate usado para retirar acidentados de ferragens e equipamentos de mergulho.

Por sua vez, a iniciativa em Limeira inspirou-se em Porto Ferreira, onde a contribuição voluntária surgiu a partir de lei em 2008.

Scaranello acredita que não haja empecilhos para aprovação da lei em Rio Claro, e reforça o caráter espontâneo da contribuição: “Não é taxa, é contribuição voluntária. E não é porque é voluntária que será gasta de qualquer jeito, vai ser cuidada por comissão, que vai decidir se o uso do dinheiro é adequado ou não”, afirma.
Ainda não há data estabelecida para votação da lei em Rio Claro.

Enquete

Na home do www.jornalcidade.net você pode votar na enquete que pergunta sobre a contribuição voluntária. Participe! 

 

Evento da Unesp aborda pesquisas com animais e veganismo

Fabíola Cunha

O veganismo ganha adeptos à medida que é exposta a crueldade na indústria de alimentos, vestuário e farmacêutica, etc.
O veganismo ganha adeptos à medida que é exposta a crueldade na indústria de alimentos, vestuário e farmacêutica, etc.

Uma das palestras que serão ministradas nesta semana na Unesp, em Rio Claro, dentro do Evento de Direitos Animais fala diretamente ao meio acadêmico: o uso de animais na pesquisa científica.

O organizador do evento, professor Luiz Augusto Normanha Lima, é enfático: “Nas sábias palavras de Albert Sabin, ‘Minhas pesquisas baseadas no modelo animal acabaram atrasando em dez anos a descoberta das vacinas’. Já está bastante estudado, divulgado em livros e, também, muito divulgado na internet que as pesquisas com animais, além de serem um equívoco metodológico, são totalmente desnecessárias e altamente perigosas para o desenvolvimento da Ciência aplicada a humanos”, explica.

Para ele, o evento, que chega a sua nona edição, é importante justamente por levar a discussão sobre o assunto para dentro da academia, onde ainda é considerado “tabu”. Normanha diz que há pelo menos dois grupos de pesquisadores favoráveis ao uso de animais: aqueles que não usam animais, mas acham que a ação é correta; e aqueles que os usam em pesquisas que são seu “ganha-pão”.

O professor entende que, na ânsia de possuir controle total sobre sua pesquisa, sem questionamento e seguro de que é o único a conhecer seu estudo, muitos cientistas acabam não procurando métodos alternativos ou substitutivos: “Toda pesquisa possui várias formas de ser executada. De qual ética o pesquisador que trabalha com o sofrimento animal pode falar, uma vez que não quer discutir o direito do animal e diante das suas ações para com esses seres?”, questiona.

Outro tema que ganha atenção e esclarecimento é o veganismo, que tem viés “abolicionista”, promovendo a libertação de todos os animais, seja os usados para alimentação como os para vestuário (lã de carneiros), calçados (couro), decoração (tapetes, artesanato), além, é claro, de banir cosméticos e remédios testados em animais: “Os veganos exercem uma pressão forte e direta sobre o mercado ao deixarem de consumir produtos testados em animais, porque essa atitude funciona como uma propaganda contrária ao negócio, afetando diretamente seu marketing”, pontua Normanha.

Além desses assuntos, que ainda suscitam acaloradas cisões entre o público, o evento traz realidade e perspectivas quanto aos aspectos jurídicos: o promotor Laerte Fernando Levai e a advogada Vânia Rall falam sobre as ações destinadas à proteção animal.

A falta ou deficiência de políticas públicas para eliminar o abandono de animais nas ruas é outra preocupação e a solução, para Normanha, é simples: “Investimento é a chave. O papel que as ONGs e associações de proteção desempenham é, na realidade, responsabilidade da prefeitura e do Estado. Todo o trabalho de prestação de socorro a inúmeros animais abandonados e necessitados, encaminhamento a veterinários, arrecadação de um mínimo de dinheiro através de organização de bazares,vendas de pratos, rifas, tudo isso quem faz são as ONGs e associações”, analisa.

Programe-se

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas a cada dia, durante o evento. As atividades começam às 19h dos dias 2, 3 e 4 no Anfiteatro do Instituto de Biociências, Avenida 24-A, 1.515, Bela Vista. Normanha lembra que o evento acontece dentro da universidade com autorização do Comitê de Greve dos Docentes: “Já estava programado desde o começo do ano e trata de assunto indispensável”, diz.

Comunidade se une em ato de fé para produção de filme

Valdira Guimarães Augusto

Foi com poucos recursos, mas com muita força de vontade, fé e união que a comunidade da Paróquia Nossa Senhora da Saúde superou todas as dificuldades e tornou realidade o filme “Estrela Luminosa – Vida e Milagres de Santa Beatriz da Silva”. O longa tem estreia neste sábado, dia 31, com sessões restritas a convidados às 9h e 10h30, no cinema do Shopping Rio Claro. O filme, mais uma obra dirigida por padre Antônio Sagrado Bogaz, pároco da Saúde, conta a história da Santa Beatriz da Silva, fundadora da Ordem das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição.

De acordo com Nanci Bissoli de Oliveira, assistente de direção, participaram do filme 158 pessoas, sendo 118 personagens e 40 membros das equipes. A maioria era de pessoas ligadas à comunidade da Saúde, além de pessoas de outras comunidades de Rio Claro, Piracicaba, Araçatuba e São Paulo. Todos voluntários e sem experiência profissional ‘em fazer cinema’, mas que, em um ato de fé e empenho, ultrapassaram os obstáculos e tornaram o filme possível.

Como recurso material, os aliados eram apenas uma câmera filmadora e uma iluminação precária. Porém, os voluntários eram munidos de muito amor e boa vontade.

“Ano passado, em uma conversa informal em que estava padre Bogaz, professor João, Janaína e eu, lembramos desse projeto e resolvemos colocá-lo em prática. Concluídas as gravações, que foram feitas em sete dias, deu-se início à edição do filme. Trabalho árduo que, após sua conclusão, resultou nesse filme maravilhoso, a que vale a pena assistir”, recorda Nanci.

Sobre as dificuldades, a assistente de direção salienta que as mesmas se tornavam irrelevantes cada vez que presenciavam a dedicação das pessoas. “Num trabalho em que a diferença social foi totalmente ignorada e todos tiveram espaço para participar, cada pessoa contribuiu com o melhor que pôde oferecer. Com isso, tivemos como resultado o sucesso na concretização de mais um projeto de evangelização. Que Deus abençoe a todos que se envolveram com tanta dedicação”, agradece Nanci.

O engenheiro e diretor do Grupo JC de Comunicação, Lincoln Magalhães, foi um dos que colaboraram com a produção de “Estrela Luminosa – Vida e Milagres de Santa Beatriz da Silva”. Ele destaca que pôde acompanhar todo empenho da comunidade na realização do filme. “Eu fui testemunha da força de uma comunidade. Eram poucos os recursos, mas muita fé e amor para que tudo desse certo, e deu! Eles superaram todas as dificuldades, a falta de dinheiro e produziram um filme lindo com uma história cativante e encantadora”, enaltece.

A esteticista Bruna Caroline Conduta, que no filme interpretou Santa Beatriz, destaca que esta foi a primeira vez que atuou em um dos filmes de padre Bogaz, já que antes auxiliava como maquiadora.

“Me joguei de cabeça no papel, deixei meu cabelo crescer, mudei a cor do cabelo e até da sobrancelha! Decorei todas as minhas falas e de vários outros personagens! Mas eu tinha muito medo de não dar certo, pois eu nunca tinha feito papel algum, mas quando começaram as filmagens eu fui relaxando, e tudo fluiu muito bem”, afirma Bruna. satisfeita.

Ela comenta ainda que sua filha, Maria Clara, também atuou no filme. A pequena interpretou o papel da menina Estela, que no filme é raptada por homens malvados. “Foi muito corajosa, já que as cenas que tinha que fazer eram noturnas e no meio do mato”, recorda entre risos.

Janaína Milene Zanfelice Covre ficou com a tarefa de interpretar a Rainha Isabel, de quem Santa Beatriz foi dama de companhia e acabou trancada, à época, em um estreito baú por ciúmes. “A Rainha Isabel não tinha um gênio muito fácil, e as cenas teriam que ser bem convincentes. Gostei muito do trabalho, adoro atuar, mas o melhor são as amizades e a satisfação das pessoas que trabalham. Só quem participa sabe o quanto isso é bom e quanto isso é de Deus!”, analisa Janaína.

Um dos responsáveis pelo cenário, José Silvio Govone destaca que tem participado de vários filmes junto à comunidade, seja auxiliando na equipe técnica ou atuando em algumas cenas. “No presente filme, atuo no papel de um frei que carrega uma pesada mala. É uma experiência muito gratificante pois, além do espírito evangelizador dos filmes, trata-se de um trabalho diferente do cotidiano, com o qual ganhamos novas experiências e conquistamos novos amigos”, afirma Govone.

Sueli Ap. Buciolli Muniz ficou responsável pelo figurino do filme, função esta que exige intenso trabalho de pesquisa de época.

“Não havia muito dinheiro para investir, então contamos muito com a doação de tecidos e, claro, criatividade. Desta vez, o desafio eram as roupas masculinas, com trajes do século 14. E tudo foi adaptado, mas o resultado final impressionou. O que mais me cativou é que, quando se faz um filme para falar de uma santa, também é uma forma de evangelizar e passar a mensagem de Deus. Todos se uniram buscando fazer o melhor, independentemente de terem experiência ou não. O que ficam marcadas para nossa comunidade são a união e a amizade que se faz. Foi muito gratificante”, ressalta Sueli.

Tiago Megale carrega consigo a experiência de teatro, pois cuida da direção artística e roteiro da Paixão de Cristo de Rio Claro. Porém, afirma que as dificuldades eram as mesmas de todas as outras pessoas que estavam participando. “O cinema é diferente de teatro, então tive algumas dificuldades, pois são outras preocupações. Mas gostei muito de ter participado, vivi uma nova experiência com a arte, conheci mais pessoas e, principalmente, conhecer a história de Santa Beatriz foi maravilhoso. Admirei muito o quanto as pessoas se dedicaram a este trabalho e como abraçaram esta causa com o padre. Eram recursos simples, mas que levaram a um resultado impressionante”, observa Megale que, no filme, atua no papel de Álvaro, pai da menina sequestrada, Estela.

A pensionista Elisabete Mastrichi Feijó, responsável pelos objetos de cena, relata que esta foi uma experiência única. “Nunca tive experiência com cinema e foi algo inexplicável, além disso conhecer a história das irmãs concepcionistas foi muito interessante. Não havia recursos financeiros, mas conseguimos tudo a partir da boa vontade de todos, pois é preciso se doar mesmo, de corpo e alma”, afirma Elisabete.

Acostumado à lida com agricultura, Moacir Wolf teve seu primeiro contato com uma obra cinematográfica. Mas isso não foi empecilho para sua estreia como ator. No filme, ele integrou a equipe de cavaleiros e destaca o empenho da comunidade para a realização do longa-metragem.

“Todos trabalharam unidos para que tudo desse certo. Foi muito bonito acompanhar esse trabalho e gostei bastante da experiência e oportunidade. O que eu puder fazer para ajudar em outras produções certamente estarei à disposição”, assegura o determinado agricultor.

Vereador articula repúdio ao “sequestro” de água

Antonio Archangelo

O presidente do Conselho Fiscal do Consórcio PCJ e vereador pelo município de Rio Claro, José Júlio Lopes de Abreu

Com os holofotes da imprensa paulista sobre o esgotamento do Sistema Cantareira, o presidente do Conselho Fiscal do Consórcio PCJ e vereador de Rio Claro, Julinho Lopes (PP), articula aprovação de moção de repúdio entre todas as cidades incluídas na Bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí contra o chamado “sequestro” de água.

De acordo com nota publicada na imprensa da região de Campinas, o progressista encaminhou ofício aos vereadores membros do conselho solicitando a elaboração de Moções de Repúdio aos órgãos gestores pelo volume de água enviado às Bacias PCJ nas Câmaras Municipais da região. De acordo com ele, atualmente, estão sendo destinados para as Bacias PCJ três metros cúbicos por segundo para a região (mil litros), enquanto a Grande São Paulo está recebendo 17,90 m³/s.

No ofício encaminhado, Lopes enfatiza cenário “apocalíptico”, caso seja consumida toda a reserva técnica do Sistema Cantareira. Neste caso, a Grande São Paulo ainda teria como fonte de abastecimento o Sistema integrado dos reservatórios do Alto Tietê (Billings, Guarapiranga, entre outros), que supriria suas necessidades hídricas em até 50%. Ao passo que as Bacias PCJ não possuem outra alternativa, a não ser o Sistema Cantareira. “Nesse sentido, solicitamos a vossas senhorias providenciarem moções de repúdio, em regime de urgência, para que nossa bacia não seja menosprezada”, escreveu Julinho Lopes no ofício divulgado pela assessoria do Consórcio PCJ. O documento foi enviado aos 86 membros do Conselho Fiscal dos 43 municípios associados ao Consórcio PCJ e aos Comdemas – Conselho de Meio Ambiente da região. Por outro lado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou na manhã de sexta (30) que 1,6 milhão de pessoas não são mais abastecidas pelo Sistema Cantareira, desde que o chamado volume morto passou a ser utilizado.

Segundo Alckmin, essas famílias estão recebendo água de sistemas menos atingidos pela seca, como o Guarapiranga e o Alto Tietê. A confirmação aconteceu durante visita a Brodowski. Na última quarta-feira, dia 28, o comitê anticrise que acompanha o esvaziamento do Cantareira recomendou à Sabesp que reavalie a sua operação no sistema, levando em conta um “cenário mais desfavorável” ao realizar planos de extração de água dos reservatórios. Isso porque a quantidade de água que entrou no sistema neste ano foi 28% menor do que o mínimo registrado entre 1930 e 2013, segundo o comunicado. A previsão atual é de retirar, dos quatro principais reservatórios do Cantareira, 22,2 mil litros por segundo em média até novembro.

Nos últimos anos, as Bacias PCJ tiveram a necessidade de envio de até 12 m³/s do Sistema Cantareira durante a estiagem. Estudos do Consórcio PCJ para a renovação da outorga do sistema atenta que até 2018 esses 12 m³/s não serão mais suficientes e a vazão necessária passará a ser de 18 m³/s frente ao desenvolvimento industrial, rural e populacional.

Jornal Cidade RC
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