Bolsonaro diz que não acredita em “virada de Haddad”

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que não acredita em uma “virada” de Fernando Haddad (PT) na corrida pelo Planalto. “Mas não posso dar nenhuma canelada. Acho que não tem como virar esse jogo, mas temos que nos manter mobilizados até o final do segundo tempo”, disse, em entrevista ao programa Conexão Repórter, do SBT, exibido na madrugada desta terça-feira, 23. Sobre a denúncia de apoio de empresários à sua campanha por meio de disparos de notícias contra o PT, ele disse que nunca participou de nenhum ato ilegal. “Nós não precisamos de fake news contra o PT, apenas com verdades desmontamos a farsa da candidatura de [Fernando] Haddad.”

O candidato disse que tem conversas avançadas com o tenente coronel da Aeronáutica Marcos Pontes para assumir um dos ministérios (provavelmente o da Ciência e Tecnologia), em caso de vitória na corrida pelo Planalto. “Ele é patriota, tem conhecimento e iniciativa. Esses pré-requisitos é o que nós queremos para os ministérios”, afirmou.

Bolsonaro ainda afirmou que pretende ligar para o juiz Sérgio Moro, após eventual vitória. “Sempre disse que gostaria de ter no STF ministros com o perfil dele. Nunca conversei com ele, se eu dissesse que vou convidar ele agora, não sei qual seria a resposta”, afirmou, ao ser questionado se Moro poderia ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou ocupar o Ministério da Justiça.

Ditadura

Bolsonaro voltou a defender o ex-chefe do DOI-CODI Coronel Carlos Alberto Ustra. Apesar de dizer que “nada justifica a tortura”, o candidato ao Planalto afirmou que Ustra, reconhecido como torturador, “prestou um grande serviço ao País, ninguém pode negar”. Segundo ele, Ustra buscava desmobilizar grupos terroristas. “Do outro lado, estava José Dirceu, Dilma Rousseff ”

Bolsonaro ainda admitiu que havia “alguma” censura no período da ditadura militar, mas tentou justificá-la ao dizer que certas reportagens proibidas eram, na verdade, ordens “para terroristas tomarem alguma decisão”.

Brasil perdeu mais de 40 mil leitos do SUS nos últimos dez anos

Agência Brasil 

Levantamento divulgado hoje (23) pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que o Brasil perdeu, nos últimos dez anos, mais de 41 mil leitos hospitalares no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2008, o total de leitos na rede pública era de 344.573. Em 2018, o total chegava a 303.185.

Já os leitos classificados como não SUS aumentaram de 116.083 em 2008 para 134.380 este ano. De forma geral, portanto, o sistema de saúde brasileiro passou de 460.656 leitos em 2008 para 437.565 em 2018, totalizando 23.091 leitos a menos – o equivalente a seis leitos fechados por dia durante um período de dez anos.

“O estudo mostra comportamentos diferentes se compararmos quantitativos de leitos SUS e não SUS. Enquanto o primeiro teve mais fechamentos que habilitações, o segundo grupo mostrou um aumento de aproximadamente 18.300 unidades. Isso significa que os leitos públicos diminuíram mais drasticamente”, destacou a CNM que usou a base de dados do próprio Ministério da Saúde para lançar o estudo.

Ainda de acordo com a pesquisa, em 2008, o Brasil contava com 2,4 leitos (SUS e não SUS) para cada mil habitantes, caindo para o índice de 2,1 leitos na mesma proporção de pessoas em 2018.

“Considerando a quantidade de leitos hospitalares segundo especialidade, identifica-se que os leitos denominados ‘outras especialidades, pediátricos e obstétricos’ apresentaram uma redução considerável”, apontou o levantamento.

Agência Brasil entrou em contato com o Ministério da Saúde para saber o motivo do fechamento dos leitos e aguarda retorno do órgão.

Regiões

Os números mostram que, atualmente, nenhuma das regiões do país atinge o índice recomendado pelo próprio Ministério da Saúde – entre 2,5 e 3 leitos para cada mil habitantes. As regiões Sul e Centro-Oeste são as que mais se aproximam, com 2,4 e 2,3 respectivamente. A pior situação é no Norte, com 1,7. Já Nordeste e Sudeste têm, ambos, 2 leitos para cada mil habitantes.

Estados

Ao analisar o quantitativo de leitos por unidade federativa nos anos de 2008 e 2018, o estudo constata que 25 estados apresentaram queda nos índices de leitos por mil habitantes. Somente Rondônia e Roraima conseguiram obter um pequeno avanço na disponibilidade de leitos hospitalares.

“Vale ressaltar que, em 14 estados, identifica-se a abertura de leitos. No entanto, esta ação não satisfaz ao aumento populacional ocorrido para a área no período. Isto é, mesmo com a abertura de leitos hospitalares, houve queda no índice de leitos por mil habitantes em razão do aumento populacional expressivo”, informou o estudo.

Alagoas, por exemplo, tinha 6.146 leitos em 2008 para atender 3.127.557 pessoas. Dez anos depois, o estado passou a contar com 6.424 leitos, um crescimento de 4%. A população alagoana, entretanto, cresceu 8% e passou a contabilizar 3.375.823 pessoas. Nesse caso, o aumento populacional superou a abertura de novos leitos no estado e, consequentemente, diminuiu o índice de leitos por mil habitantes.

Facada acabou beneficiando campanha de Bolsonaro, afima Haddad

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 23, que a facada sofrida por Jair Bolsonaro (PSL) no dia 6 de setembro acabou por beneficiar a campanha do capitão reformado e aumentou suas chances de se eleger. “Ninguém quer ser esfaqueado para ganhar uma eleição. O fato é que ele subiu dez pontos em uma semana no nosso tracking, isso é fato. Estava entre 18 e 19, o (candidato do PSDB Geraldo) Alckmin estava subindo, indo para o segundo turno com o PT, e ele (Bolsonaro) foi para 28 em dez dias, subiu um ponto por dia”, afirmou o petista, em sabatina promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico e pela revista Época.

Ao responder sobre a dificuldade de conseguir apoios no segundo turno, Haddad afirmou que o PT nunca teve expectativas de trazer o PSDB para a fase final da eleição. O ex-prefeito de São Paulo lamentou o fato de Ciro Gomes (PDT) não estar a seu lado na campanha. “Fiz minha parte para defender o que considero um projeto democrático de País, sabendo que, em caso de vitória, preciso ampliar o governo para ser mais representativo da sociedade”, disse.

“Eu trabalhei com pessoas do PSDB tanto no Ministério da Educação quanto na Prefeitura (de São Paulo). Talvez eu seja o petista mais bem relacionado hoje com o PSDB. Eu não sei qual vai ser o futuro do PSDB na eventualidade de o Bolsonaro ganhar. Eles têm raiz social democrata, o que, na minha opinião, deveria ser valorizada. Acho lamentável que o PSDB tenha aderido à negação do que representa”, continuou.

O candidato do PT respondeu sobre a participação do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli (entre 2005 e 2012) em sua campanha, a despeito dos casos de corrupção na empresa – foi questionado se isso não seria um “mau sinal” para o eleitor.

“Ele não responde por nenhum desvio de recurso, não foi delatado por absolutamente ninguém. Foram delatados os diretores, que tinham 25, 30 anos de Petrobras. Eram de carreira, com dinheiro em paraíso fiscal. Gabrielli não tem nada a ver com (Nestor) Cerveró, Paulo Roberto Costa”. Ao ser perguntado sobre os leilões do pré-sal, declarou que “não é papel desse governo definir leilão, e sim do governo eleito”.

Construção de creche no Araucária avança com construção de muro

As obras para construção de uma creche no Jardim Araucária, em Rio Claro, avançam em ritmo acelerado. Depois de realizar serviços de terraplenagem e sondagem do solo, os trabalhos entram em nova etapa com a construção das fundações e do muro no entorno do terreno. Com investimento de R$ 2,4 milhões, sendo R$ 496,1 mil de contrapartida da prefeitura, a creche terá capacidade para atender 184 crianças na faixa etária de zero a três anos.

O prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, acompanhou a execução dos trabalhos na segunda-feira (22). “Estamos atentos para que a obra seja realizada dentro do prazo e com qualidade para melhora atender as crianças”, comenta Juninho, observando que o mesmo cuidado está sendo adotado nas duas outras escolas em construção.

A prefeitura está construindo mais duas escolas de ensino fundamental, uma no Benjamin de Castro e outra no Jardim Novo, que juntas vão atender 1.560 alunos. “Além dessas três escolas temos outros cinco projetos em andamento”, destaca Juninho lembrando que a prefeitura já inaugurou uma creche no Terra Nova e criou uma escola no Jardim Esmeralda. Todos esses projetos somados totalizam dez escolas. “Acreditamos no poder transformador da educação e que quanto mais escolas, menos presídios”, afirma Juninho da Padaria.

A creche do Jardim Araucária está sendo construída em uma região de grande demanda, sem escolas nas proximidades. Com a nova unidade, as crianças vão poder estudar perto de casa proporcionando maior comodidade para as famílias. “Essa creche vai atender dezenas de famílias que dependem das unidades do município para cuidar de seus filhos enquanto estão trabalhando”, declara o secretário municipal da Educação, Adriano Moreira.

Desde o ano passado, a prefeitura já criou 823 vagas na rede municipal de ensino, sendo 555 em creches, 135 em pré-escola, 100 em projetos do ensino fundamental e 33 em salas de recursos multifuncionais.

Rio-clarense que morreu em acidente tem órgãos doados

Aconteceu na noite desta segunda-feira (22) na Santa Casa de São Carlos, a cirurgia para a captação de órgãos do jovem rio-clarense Raphael Masson, 23 anos, que morreu em um acidente automobilístico na Rodovia Engenheiro Thales de Lorena Peixoto Júnior (SP-318).

Ele teve a morte cerebral confirmada na manhã de segunda-feira (22), um dia após o acidente e a família optou pela doação de órgãos. Foram captados fígado, pâncreas, córneas, coração, pulmão e rins.

O jovem será velado e sepultado no Cemitério das Palmeiras em Rio Claro. Em contato na manhã desta terça (23), ainda não há previsão de chegada do corpo.

Como aconteceu 

O jovem rio-clarense não resistiu aos ferimentos após sofrer um acidente de carro, no início da manhã de domingo (21), na Rodovia Engenheiro Thales de Lorena Peixoto Junior (SP-318), que liga São Carlos a Ribeirão Preto. No veículo, além de Raphael, estavam mais três ocupantes que tiveram ferimentos leves. De acordo com a Polícia Rodoviária, o motorista perdeu o controle da direção e colidiu contra um barranco no km 273.

Obras da nova base do Samu são retomadas

As obras de construção da base descentralizada do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) na zona sul de Rio Claro estão sendo retomadas. Nessa segunda-feira (22) o prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, o secretário municipal de Saúde Djair Francisco e representante da empresa Cordeiro Construções estiveram no local.

“Com essa nova fase das obras pretendemos entregar a nova base do Samu o mais breve possível à comunidade. Com isso o atendimento será mais ágil e rápido para salvar vidas”, afirmou o prefeito. “Uma reivindicação antiga da população dos bairros da zona sul que em breve será atendida”, acrescentou Juninho.

Com a base descentralizada que a prefeitura está construindo na zona sul da cidade, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) conseguirá chegar ao local de um acidente naquela região num tempo muito menor do que precisa atualmente para se deslocar da Vila Martins. O Samu reduziu em mais de 50% o tempo de atendimento de uma simulação de acidente do Jardim Terra Nova.

“Sabemos que cada minuto é precioso para uma vida. Por isso a Fundação Municipal de Saúde está empenhada no término dessa obra e seu funcionamento o mais rápido possível”, afirmou Djair.

A nova base do Samu está localizada em um prédio em área na Via Kennedy próxima ao aeroclube. O investimento na base descentralizada do Samu é estimado em R$ 250 mil.

O vereador Rafael Andreeta, que fez encaminhamentos ao prefeito para a construção dessa segunda base do Samu, destaca a importância da obra.

Atualmente o Samu conta com base localizada próxima ao Corpo de Bombeiros, na Avenida Brasil, Vila Martins, entre as regiões norte e nordeste do município. Dados levantados no ano passado pela Secretaria Municipal de Saúde mostravam média de 55 chamadas por dia, ou seja, mais de duas chamadas por hora. Com base em Rio Claro, o Samu é regional e abrange ainda os municípios de Santa Gertrudes, Itirapina, Corumbataí, Ipeúna e Analândia.

O serviço é acionado pelo telefone 192 em casos de problemas cardiorrespiratórios, acidentes de trânsito, queimaduras graves, intoxicação, em crises hipertensivas, em trabalhos de parto onde haja risco de morte da mãe ou do feto, em caso de choque elétrico severo, tentativas de suicídio, casos de afogamento e de acidente com produtos perigosos e na transferência inter-hospitalar de pacientes com risco de morte.

Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio de R$ 18 milhões

Na Mega Semana da Sorte, quando serão realizados três concursos, um hoje (23), outro na quinta-feira (25) e mais um no sábado (27), a Mega-Sena sorteia nesta terça-feira R$ 18 milhões para quem acertar as seis dezenas do prêmio principal.

De acordo com a Caixa, o valor do prêmio, caso aplicado na poupança, renderia cerca de R$ 66,8 mil por mês.

O concurso 2.090 ocorre às 20h (horário de Brasília) no Caminhão da Sorte estacionado na cidade de Jequié, na Bahia. Tradicionalmente, os sorteios ocorrem às quartas e sábados.

As pessoas podem fazer suas apostas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer casa lotérica credenciada pela Caixa em todo o país. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 3,50.

Setembro tem a maior criação de emprego formal para o mês desde 2013

Agência Brasil 

Beneficiada pelos serviços e pela indústria, a criação de empregos com carteira assinada atingiu, em setembro, o maior nível para o mês em cinco anos. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, 137.336 postos formais de trabalho foram criados no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.

A última vez em que a criação de empregos tinha superado esse nível tinha sido em setembro de 2013, quando as admissões tinham superado as dispensas em 211.068. A criação de empregos totaliza 719.089 de janeiro a setembro e 459.217 nos últimos 12 meses.

Na divisão por ramos de atividade, sete dois oito setores econômicos criaram empregos formais em setembro. O campeão foi o setor de serviços, com a abertura de 60.961 postos, seguido pela indústria de transformação (37.449 postos) e pelo comércio (26.685 postos). A construção civil abriu 12.481 vagas, seguida pelos serviços industriais de utilidade pública (1.091 vagas), administração pública (954) e extrativa mineral (403).

O nível de emprego caiu apenas no setor da agropecuária, que demitiu 2.688 trabalhadores a mais do que contratou no mês passado. Tradicionalmente, setembro registra contratações pela indústria, que começa a produzir para o Natal. Em contrapartida, o mês registra demissões no campo, por causa da entressafra de diversos produtos.

Nos serviços, os grandes destaques foram o comércio e a administração de imóveis, valores mobiliários e serviço técnico, que abriu 25.872 postos, e os serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação, com 13.168 vagas. A indústria foi impulsionada pelos produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, com 29.652 postos.

Regiões

Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em setembro. O Nordeste liderou a abertura de vagas, com 62.177 postos, seguido pelo Sudeste (38.933 vagas). Foram abertos 18.063 postos no Sul, 10.262 no Norte e 7.901 no Centro-Oeste.

Na divisão por estados, apenas o Mato Grosso do Sul demitiu a mais do que contratou, com o fechamento de 2.645 postos formais de trabalho. As maiores variações positivas no saldo de emprego ocorreram em São Paulo (22.448 vagas), Pernambuco (21.414), Alagoas (15.179) e Paraná (9.487).

Bolsonaro e Haddad divergem sobre Mais Médicos e SUS

Apesar de figurar como um dos problemas mais citados por brasileiros em pesquisas recentes feitas pelo Ibope e Instituto Datafolha, a saúde parece ter perdido espaço nas entrevistas e discursos dos presidenciáveis.

Em seu plano de governo, Jair Bolsonaro (PSL) afirma que o Sistema Único de Saúde (SUS) não precisa de mais recursos e propõe mudanças no Programa Mais Médicos. Já Fernando Haddad (PT) defende maior financiamento público da saúde e o reforço do Mais Médicos. O único ponto em comum na plataforma de ambos é a adoção de um prontuário eletrônico que permita reunir o histórico do paciente, incluindo consultas realizadas, medicamentos prescritos e resultados de exames.

Jair Bolsonaro (PSL)

O candidato diz que, se eleito, a saúde será uma das três áreas consideradas prioritárias, acompanhada de educação e segurança. Bolsonaro avalia a situação atual do setor como “à beira do colapso” e diz que as ações planejadas terão como foco “eficiência, gestão e respeito com a vida das pessoas”. A bandeira defendida pelo partido é a de que é possível fazer mais com os recursos atualmente disponíveis.

“Abandonando qualquer questão ideológica, chega-se facilmente à conclusão de que a população brasileira deveria ter um atendimento melhor, tendo em vista o montante de recursos destinados à saúde”, destaca o plnao de governo do candidato, disponível no Tirbunal Superior Eleitoral (TSE). “Mesmo quando observamos apenas os gastos do setor público, os números ainda seriam compatíveis com um nível de bem-estar muito superior ao que vemos na rede pública.”

Prontuário Eletrônico

O chamado Prontuário Eletrônico Nacional Interligado, de acordo com o plano de governo, será o pilar da saúde. A proposta é que postos, ambulatórios e hospitais sejam informatizados com todos os dados de atendimento e que registrem o grau de satisfação do paciente ou responsável. O cadastro do paciente, segundo Bolsonaro, reduz os custos ao facilitar o atendimento futuro por outros médicos em diferentes unidades de saúde, além de permitir cobrar maior desempenho dos gestores locais.

Credenciamento de médicos

O candidato também propõe o credenciamento universal de médicos que, segundo ele, abriria caminho para que toda força de trabalho da saúde possa ser utilizada pelo SUS, “garantindo acesso e evitando a judicialização”. A estratégia permitiria às pessoas maior poder de escolha, compartilhando esforços da área pública com o setor privado. “Todo médico brasileiro poderá atender a qualquer plano de saúde”, cita o documento.

Mais Médicos e carreira de médico de Estado

Em relação ao Mais Médicos, o plano de governo prevê que “nossos irmãos cubanos serão libertados” e que suas famílias poderiam imigrar para o Brasil desde que os profissionais sejam aprovados no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira (Revalida). Os médicos cubanos, segundo o candidato, passariam a receber integralmente o valor pago pelo governo brasileiro e que, atualmente, é redirecionado, via convênio com a Organização Pan-americana da Saúde (Opas), para o governo de Cuba.

Bolsonaro se compromete a criar o que chama de carreira de médico de Estado, no intuito de atender áreas remotas e com carência de profissionais – demanda antiga da classe médica e defendida fortemente por entidades como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB). Agentes comunitários de saúde, de acordo com o plano de governo, seriam treinados para se tornarem técnicos de saúde preventiva numa tentativa de auxiliar o controle de doenças como diabetes e hipertensão.

Gestantes

Há ainda a previsão de estabelecer, em programas neonatais, a visita de gestantes ao dentista, como alternativa para a redução de partos prematuros; e a inclusão de profissionais de educação física no programa Saúde da Família no intuito de ativar as academias ao ar livre como forma de combater o sedentarismo e a obesidade.

Hospitais
Candidatos Bolsonaro e Haddad divergem sobre Mais Médicos e financiamento do SUS – Arquivo/Marcello Casal/Agência Brasil

Fernando Haddad (PT)

Caso seja eleito, o candidato do PT diz que terá compromisso com o SUS e sua implantação total para assegurar a universalização do direito à saúde, fortalecendo a regionalização e a humanização do atendimento. Em seu plano de governo, Haddad cita diretrizes como aumento imediato e progressivo do financiamento da saúde; valorização dos trabalhadores; investimento no complexo econômico-industrial; e articulação federativa entre municípios, estados e União.

“O país deve aumentar progressivamente o investimento público em saúde, de modo a atingir a meta de 6% em relação ao PIB [Produto Interno Bruto]. Novas regras fiscais, reforma tributária, retorno do Fundo Social do Pré-Sal, dentre outras medidas, contribuirão para a superação do subfinanciamento crônico da saúde pública”, destaca o plano de governo, apresentado à Justiça Eleitoral.

Mais Médicos

Além do Mais Médicos, programas como Saúde da Família, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Farmácia Popular teriam, de acordo com o PT, “novamente” o apoio da União. O partido propõe também a criação de uma rede de Clínicas de Especialidades Médicas que articularia a atenção básica com cuidados especializados para atender a demanda de consultas, exames e cirurgias de média complexidade.

Em relação ao Mais Médicos, citado pelo partido como “ousada iniciativa para garantir a atenção básica a dezenas de milhões de brasileiros”, Haddad defende que o programa norteie novas ações de ordenação da formação e especialização de profissionais de saúde, considerado o interesse social, a organização e o funcionamento do SUS.

Regionalização

O candidato defende a regionalização dos serviços de saúde que, segundo ele, deve se pautar pela gestão da saúde interfederativa, “racionalizando recursos financeiros e compartilhando a responsabilidade com o cuidado em saúde”. Além disso, o partido propõe explorar ao máximo a potencialidade econômica e tecnológica do complexo industrial da saúde, de forma a atender as necessidades e especificidades do setor, reduzindo custos e aumentando eficiência.

Há ainda a previsão de integrar serviços básicos e especializados já existentes e criar novos, além de qualificar o cuidado multiprofissional e ampliar a resolutividade no setor. “Será implantado um eficiente sistema de regulação das filas para gerenciar o acesso a consultas, exames e procedimentos especializados, em cogestão com estados e municípios”, destaca o plano de governo.

Prontuário eletrônico

O candidato também se compromete a investir na implantação do prontuário eletrônico de forma universal e no aperfeiçoamento da governança da saúde. A proposta é estimular a inovação na saúde, ampliando o uso da internet e de aplicativos na promoção, na prevenção, no diagnóstico e na educação em saúde.

Jornal Cidade RC
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