Previsão do tempo para quarta-feira (08)
Confira como fica o tempo em Rio Claro nesta quarta-feira (08), com informações do Ceapla – Prefeitura de Rio Claro.
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Para ajudar na elaboração de políticas públicas de enfrentamento à epidemia de covid-19, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira informações sobre saúde que só sairiam no segundo semestre. Originalmente, as informações estariam na pesquisa Regiões de Influência das Cidades (Regic) 2018. A Regic é realizada a cada dez anos e apresenta a hierarquia dos centros urbanos brasileiros, delimitando regiões de influência. A pesquisa saiu a campo no segundo semestre de 2018 e investigou, entre outros aspectos, quantos quilômetros a população deve percorrer em média para ter acesso a serviços de saúde de baixa, media e alta complexidade.
Os resultados adiantados mostram que a população precisa percorrer, em média, 72 km para receber atendimento médico de baixa e média complexidade; caso de exames clínicos, serviços ortopédicos e radiológicos, fisioterapia e pequenas cirurgias que não envolvam internações. No caso do atendimento de alta complexidade, essa distância praticamente dobra, chegando a 155 km. “Se uma cidade tem um hospital regional, isso significa que ele não atende somente pacientes do município onde está localizado, mas também das cidades vizinhas”, explica o coordenador de Geografia do IBGE, Claudio Stenner. “Os dados dessa pesquisa ajudam a dimensionar o impacto disso na saúde.”
Para o gerente de Redes e Fluxos Geográficos do IBGE, Bruno Idalgo, os dados, quando cruzados com outros de saúde, fornecerão informações importantes para o enfrentamento da epidemia. “É possível identificar, por exemplo, municípios onde pode ocorrer superlotação das unidades de saúde”, disse. “Os órgãos poderão correlacionar a quantidade de respiradores e verificar os locais menos assistidos. São inúmeras as possibilidades de uso de dados.”
Os números variam muito dependendo da região do País. Manaus, a capital do Amazonas, é a cidade que recebe pacientes que tiveram de percorrer as maiores distâncias. São, em média, 418 km para ter acesso a procedimentos de baixa e média complexidade. Santa Catarina, por sua vez, é o único Estado onde ocorrem deslocamentos médios inferiores a 40 km, os menores, com destaque para Chapecó. Já Goiânia (GO) é o município que atende pacientes provenientes do maior número de cidades, 115 no total
Nas Regiões Sul e Sudeste, a média dos deslocamentos para procedimentos de alta complexidade fica em 100 km. Nessas regiões, os fluxos se dividem entre as capitais e cidades de menor porte no interior. No Nordeste, por sua vez, os tratamentos de alta complexidade estão concentrados nas capitais
Na semana passada, o IBGE já havia anunciado uma parceria para implementar uma versão inédita da PNAD contínua. “Planejamos liberar também dados sobre os locais de compra da população para contribuir com as ações de abastecimento”, adiantou o diretor de Geociências do IBGE, João Bosco de Azevedo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Folhapress
Após ele mesmo ter demorado a adotar medidas para conter a pandemia de coronavírus, o presidente dos EUA, Donald Trump, acusou a OMS (Organização Mundial da Saúde) de não ter tomado as providências necessárias e ameaçou cortar os fundos da entidade, segundo o New York Times.
“Vamos fazer uma retenção no dinheiro gasto na OMS, vamos fazer uma retenção poderosa e vamos ver”, disse o presidente, de acordo com o jornal americano. “Eles erraram. Eles erraram. Eles realmente erraram.”
O orçamento de US$ 5 bilhões (R$ 26,1 bilhões) da OMS é formado por financiamentos de diversos países. Em 2017, o último ano com dados disponíveis, os EUA investiram US$ 111 milhões (R$ 580,3 milhões), de acordo com as regras da organização, mas contribuíram com US$ 401 milhões (R$ 2,1 bilhões) adicionais, de forma voluntária.
“Não fechem suas fronteiras para China, não façam isso”, disse Trump, parafraseando a organização ao mesmo tempo em que acusava de não terem visto o surto quando começou em Wuhan, na China, publicou o jornal americano. “Eles não viram, como não se vê isso? Eles não viram. Eles não relataram. Se viram, eles devem ter visto, mas não relataram.”
No Twitter, Trump também atacou a entidade ligada à ONU. “Eles realmente estragaram tudo. Por alguma razão, amplamente financiada pelos EUA, mas ainda assim muito centrada na China. Vamos dar uma boa olhada. Felizmente, rejeitei o conselho de manter nossas fronteiras abertas para a China, no início. Por que nos deram uma recomendação tão deficiente?”
A OMS, no entanto, publicou seguidamente declarações sobre a emergência de coronavírus na China e seu movimento ao redor do mundo. Ainda no início da crise, a organização considerou que havia uma emergência de saúde pública de proporções internacionais.
Já nos EUA, o primeiro caso confirmado de Covid-19 foi em 21 de janeiro, mas Trump declarou estado de emergência nacional 52 dias depois, em 13 de março, e minimizou a crise em diferentes ocasiões. De acordo com especialistas em saúde pública ouvidos pelo New York Times, essa atitude do presidente retardou a resposta do país, com testes lentos e falha no estoque de equipamentos de proteção.
O prefeito João Teixeira Junior assinou na terça-feira (7) decreto autorizando a doação de sete toneladas de carnes que estavam destinadas à alimentação escolar para que sejam utilizadas no atendimento social realizado pelo município. “Com o prolongamento da suspensão das aulas decidida nesta semana, devido à pandemia do coronavírus, tomamos a decisão de fazer esse alimento chegar àqueles que mais necessitam”, explica o prefeito. “Além de afastar o risco de desperdício, essa decisão também deverá ajudar várias famílias neste momento tão difícil para todos nós”, acrescenta Juninho, que na terça-feira esteve com o secretário municipal da Educação, Adriano Moreira, e o diretor do departamento de Alimentação Escolar, Mário Veiga, conferindo parte da carne que será doada.
De acordo com o secretário da Educação as carnes estavam armazenadas e, com a necessidade de manter a quarentena, a prefeitura fará novamente o que já havia feito em relação a cinco toneladas de frutas, legumes, e hortaliças, além de 10 mil ovos, que foram doados da alimentação escolar ao atendimento social no dia 19 do mês passado. “Agora, estamos repassando carne suína, bovina, aves e peixes”, informa o secretário.
Os itens alimentares serão entregues para a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social para que sejam repassados a entidades parceiras da prefeitura no atendimento social. “Mais uma vez será um grande auxílio para o trabalho que desenvolvemos no setor”, comenta a secretária do Desenvolvimento Social, Érica Belomi, informando que 14 entidades serão beneficiadas.
De acordo com o decreto assinado nesta terça-feira, vão receber a carne doada pela Secretaria da Educação o Abrigo da Velhice São Vicente de Paula; Hospedaria de Emaús; Instituto Viver e Conviver – Casa Transitória + CDI Padre Augusto Casagrande + CDI Edmundo José Velasco Castro; Lar Bethel; Associação do Menor Fonte de Água Viva; Apae – Residência Inclusiva Feminina; Esperidião Prado; Bezerra de Menezes; Peniel; Comunidade Terapêutica Manasses; Desafio Jovem; Casa de Repouso Luz Divina; Hospedaria Lar Feliz; e Santa Casa.
A Caixa Econômica Federal liberou site e app nesta terça-feira (7) para a parcela da população que se encaixa na situação estabelecida pelo governo de auxílio emergencial. Benefício foi autorizado como medida de ajuda econômica em tempos de pandemia.
Boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Rio Claro no final da tarde desta terça-feira (7) aponta que subiu para 50 o número de casos suspeitos de coronavírus em investigação, que era 44.
O número de casos confirmados continua sendo três, mas os demais números também subiram. O de pacientes internados passou de 19 para 25, sendo em UTI, que antes eram seis, agora são sete. O número de óbitos em investigação passou de um para dois.
O novo óbito em investigação é de um homem idoso.
Ao menos 667 pessoas morreram pelo novo coronavírus no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados desta terça (7).
Foram registradas 114 novas mortes nas últimas 24 horas, um aumento de 21%.
Segundo o balanço, o país soma 13.717 casos confirmados da doença. No dia anterior, eram 12.056. O aumento foi de 14%.
O ministério, porém, tem informado que o número real de casos tende a ser maior, já que são testados apenas os casos graves, de pacientes internados em hospitais, e há casos represados à espera de confirmação.
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que equipes de atenção básica em várias cidades e estados afirmam que a subnotificação ao Ministério da Saúde de casos suspeitos tem sido gigantesca. Dizem ainda que, sem uma portaria específica do ministério, médicos têm se guiado por notas técnicas locais com orientações distintas.
São Paulo se mantém como o estado mais atingido pelo novo coronavírus.
Seguindo boletim do Ministério da Saúde divulgado no sábado (4), a transmissão no país está em fase inicial, mas a alta incidência de casos em quatro estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Amazonas) e no Distrito Federal já indica uma transição para fase de aceleração descontrolada nesses locais.
No documento, a pasta faz uma revisão da trajetória do vírus e reconhece gargalos diante de uma possível fase aguda da epidemia, como a falta de testes e leitos suficientes.
O Brasil confirmou o primeiro caso de Covid-19 em 26 de fevereiro. Um homem de 61 anos de São Paulo contraiu o coronavírus em viagem à Itália, que tem alta taxa de casos da doença.
A primeira morte foi confirmada 20 dias depois, em 17 de março. O paciente era um homem de 62 anos que tinha diabetes e hipertensão. Ele estava internado na UTI do Hospital Sancta Maggiore Paraíso desde o dia 14 e morreu no dia 16. Ele não tinha histórico de viagem para o exterior.
A prefeitura de Rio Claro anunciou nesta segunda-feira (06) a criação de um auxílio no valor de R$ 60 para alunos da rede municipal de famílias já cadastradas nos programas sociais. Em entrevista à rádio Excelsior/Jovem Pan News, o prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, falou sobre quais estudantes poderão ter acesso ao benefício.
Perto de completar um mês, o isolamento social estabelecido como principal estratégia para o combate ao novo coronavírus em diversos estados não faz parte da rotina de uma parcela expressiva da população brasileira.
Não seguem total ou parcialmente a orientação de ficar em casa 28% das pessoas entrevistadas pelo Datafolha, em pesquisa realizada entre os dias 1 e 3 de abril. Foram consultados 1.511 brasileiros adultos em todas as regiões do país.
Desta vez, o levantamento foi feito por telefone, em razão da pandemia. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
O resultado mostra que 24% dos entrevistados dizem que estão tomando cuidado em razão da pandemia, mas seguem saindo de casa para trabalhar ou realizar outras atividades.
Outros 4% afirmam que não houve nenhuma mudança na rotina, e que seguem vivendo como antes da crise.
Não é possível saber quantos desses trabalhadores desempenham atividades essenciais, em setores como alimentação, saúde e segurança, por exemplo, que precisam sair para trabalhar.
Ignorar o isolamento sem necessidade contraria a orientação da maioria dos especialistas e as diretrizes do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Mas é compatível com o que vem defendendo o presidente Jair Bolsonaro, para quem a quarentena deveria ficar restrita apenas a idosos e demais grupos vulneráveis. Infectologistas dizem que o isolamento total é fundamental, para não trazer o vírus para dentro de casa, por exemplo, onde poderia infectar os mais suscetíveis a terem complicações graves em seu estado de saúde.
Os demais 72% dos entrevistados afirmaram estar seguindo as orientações de ficar em casa, sendo que 54% disseram sair apenas quando é inevitável, para comprar comida, por exemplo. Outros 18% declararam estar totalmente isolados, sem sair de casa em nenhuma hipótese.
O confinamento em casa prejudica sobretudo trabalhadores sem renda fixa, especialmente os informais. Por isso, muitos deles têm se arriscado a ir para a rua em busca de trabalho, sendo encorajados para isso pelo próprio presidente.
Na faixa de renda mensal entre dois e cinco salários mínimos, que congrega muitos destes trabalhadores, a parcela dos que ignoram a quarentena sobe para 35%, sendo 30% dizendo tomar mais cuidado e 5% que afirmam não ter mudado em nada a rotina.
O Datafolha também pesquisou qual o grau de preocupação dos brasileiros com a pandemia. A grande maioria declara ter medo da doença. São 77% no total, sendo 39% que dizem ter um pouco de medo e 38% muito medo, uma situação de empate técnico.
Apenas 23% disseram não ter medo nenhum, na linha do que afirmou Bolsonaro em um pronunciamento de TV, quando menosprezou o risco de contrair o vírus porque seria apenas uma “gripezinha”.
Em sua maioria, contudo, as pessoas ouvidas avaliam que é grande a chance de contrair e transmitir o vírus. São 81% os que dizem acreditar que podem ser infectados, mas a maior parcela (35%) diz que a chance de isso acontecer é pequena. Apenas 17% creem que a possibilidade é grande.
Segundo o Datafolha, 72% dos entrevistados afirmam acreditar que têm chance de contaminar outra pessoa, mesmo índice dos que creem que uma pessoa que more em sua residência pode contrair a doença.
A pesquisa mostra ainda que para 52% dos entrevistados a pandemia provocará muitas mortes. Entre os mais jovens, na faixa de 16 a 24 anos de idade, esse índice sobe para 63%. Afirmam que haverá poucas mortes 41% dos pesquisados, e 6% dizem não saber.
Como mostraram imagens de pessoas correndo no calçadão das praias cariocas ou no entorno de parques paulistanos, muitos ainda desprezam os riscos da doença.
Para 46% dos entrevistados, os brasileiros estão menos preocupados do que deveriam, enquanto 33% consideram que o grau de apreensão está na medida certa. Outros 19% afirmam que a preocupação das pessoas com é excessiva.
Entre os moradores dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, os dois mais afetados pela crise em número de casos e mortes, o pessimismo é, previsivelmente, mais acentuado.
Nos dois locais, 52% dos entrevistados avaliam que a população está menos preocupada do que deveria com a crise, ou seis pontos percentuais acima da média nacional.
Quanto ao número de mortes na pandemia, os paulistas veem um cenário bem mais negativo que entre os pesquisados nacionalmente. Acreditam que haverá muitas mortes 60%, oito pontos percentuais acima do total do Brasil. No Rio de Janeiro, o índice é de 55%.
São Paulo tinha até a noite de segunda-feira (6) 4.866 casos confirmados e 304 mortes, seguido pelo Rio, com 1.461 casos e 71 mortes.
*** Atualização às 16h44
Um supermercado localizado na Avenida Ápia, no Jardim Paulista, foi alvo de criminosos no início da tarde desta terça-feira (7) em Rio Claro. De acordo com as primeiras informações, a quadrilha chegou armada ao estabelecimento e anunciou o assalto.
Nas imagens gravadas por câmeras de segurança é possível verificar que os indivíduos deixam o local carregando objetos. A assessoria de imprensa do Spani Atacadista informou ao JC que na ação, que durou aproximadamente cinco minutos, dois dos homens do grupo abriram e furtaram dinheiro dos caixas e também levaram alguns malotes.
“O grupo fugiu do local em um automóvel que se encontrava no estacionamento da loja com um quarto integrante na direção do veículo. Tanto os colaboradores que ficaram em poder de um dos assaltantes, quantos os demais funcionários e clientes não sofreram ferimentos. Durante a ação não houve disparos de arma de fogo ou agressões”, informa. Ainda, a empresa afirma que reitera seu compromisso com a segurança e bem-estar de todos os seus colaboradores e clientes e está prestando toda a assistência necessária.
O JC também procurou a comunicação do 37º Batalhão da Polícia Militar que informou que equipes realizam diligências nas imediações e que a ocorrência ainda não foi apresentada no plantão policial. A reportagem completa você confere na edição impressa do Jornal Cidade nesta quarta-feira (8).
A GCM de Rio Claro realizou nesta terça (7) a detenção de um indivíduo por porte de arma de fogo ‘artesanal’.
Na madrugada, a Guarda Civil Municipal, em patrulhamento pelo Jardim Novo II, próximo à Rodovia Fausto Santomauro, se deparou com um veículo saindo de um canavial, e os Guardas abordaram os dois indivíduos ocupantes do carro.
Com os suspeitos, os GCMs encontraram uma arma de fogo artesanal, bem como chumbos, pólvora e espoletas. Segundo um dos indivíduos, eles estavam tentando caçar animais nas imediações.
Diante da situação os indivíduos foram apresentados no Plantão Policial, onde foi registrado Boletim de Ocorrência. O indivíduo que portava a arma foi encaminhado à carceragem local.
O WhatsApp anunciou nesta terça-feira (7) que vai limitar o encaminhamento de mensagens no aplicativo para evitar a propagação de notícias falsas. A medida resulta do cenário de desinformação na plataforma durante a epidemia do novo coronavírus.
A partir de agora, não será mais possível encaminhar uma mensagem que foi retransmitida diversas vezes a cinco destinatários, mas a apenas um.
A mudança vale para as chamadas mensagens encaminhadas com frequência, que são rotuladas no aplicativo com setas duplas. Essas setas indicam que a mensagem não se originou de um contato próximo.
“Agora, estamos introduzindo um limite para que essas mensagens possam ser encaminhadas para apenas uma conversa por vez”, diz o WhatsApp.
A empresa afirma ter observado aumento significativo na quantidade de encaminhamentos, o que “pode fazer com que os usuários se sintam sob pressão, além de contribuir para a disseminação de informações erradas”.
Essa é a terceira vez que o mensageiro, que pertence ao Facebook, altera o número de vezes que um conteúdo pode ser transmitido na plataforma. As mudanças são sempre respostas a crises.
O repasse não tinha limite até ser reduzido para 20, após um linchamento na Índia (defendido por usuários da plataforma); no início de 2019, o número caiu para cinco, depois de episódios de disparos em massa durante as eleições brasileiras em 2018.
Um estudo recente feito em parceria pelos projetos Eleições Sem Fake, do Departamento de Ciência da Computação da UFMG, e Monitor do Debate Político no Meio Digital, da USP, identificou que quatro de 10 áudios mais compartilhados sobre coronavírus no Brasil são negacionistas.
O grupo analisou 2.108 áudios que circularam de 24 e 28 de março, em 522 grupos públicos de WhatsApp, com a participação de mais de 18 mil usuários ativos.
Os conteúdos têm supostos depoimentos de médicos e testemunhas que afirmam que as CTIs estão vazias, as funerárias estão sem corpos e os mortos por acidente estão sendo contabilizados como mortos pelo vírus.
O professor de gestão de políticas públicas da USP e colunista da Folha Pablo Ortellado, um dos integrantes do estudo, considerou a medida do WhatsApp positiva e mais ágil do que em relação a episódios de alta circulação de informações falsas.
“Tende a reduzir bastante o tráfego de conteúdo viral. O WhatsApp agiu mais rápido. Nas eleições de 2018, foi pego de surpresa; eles haviam recém trocado de direção”, diz. “Agora é uma questão de vida ou morte.”
O Facebook também implementou mudanças em seus outros produtos mais populares, como a rede social e o Instagram, a fim de conter a disseminação de informação falsa durante a pandemia. A empresa e o Twitter eliminaram com celeridade publicações de políticos, como do presidente Jair Bolsonaro, por violarem políticas durante a crise da Covid-19.
Ortellado defende mais duas medidas para o WhatsApp: que, por padrão de privacidade, apenas contatos possam incluir pessoas em grupos (hoje esse recurso não vem por default, precisando ser alterado de forma manual) e que seja possível diminuir as listas de transmissão, que hoje alcançam até 255 contatos.
O WhatsApp também afirma que incluiu em sua versão beta mais recente uma maneira de os usuários descobrirem mais informações sobre mensagens encaminhadas.
Segundo a empresa, a ideia envolve a exibição de um ícone de lupa ao lado dessas mensagens frequentemente encaminhadas, dando aos usuários a opção de realizar uma pesquisa na web, na qual podem encontrar resultados de notícias.
“Estamos trabalhando diretamente com ONGs e governos, incluindo a Organização Mundial da Saúde e mais de 20 ministérios nacionais da saúde, incluindo o do Brasil, para ajudar a conectar as pessoas com informações precisas”, diz a empresa.