Bolsonaro veta projeto que previa repasses para melhorar conectividade do ensino público

RICARDO DELLA COLETTA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou integralmente um projeto de lei que previa o repasse de cerca de R$ 3,5 bilhões da União para que estados e o Distrito Federal melhorassem a Internet e a conectividade da rede pública de ensino básico.


A proposta previa que os recursos deveriam ser utilizados para garantir o acesso a internet para alunos e professores durante a pandemia de coronavírus, quando as redes de ensino tiveram que suspender as aulas presenciais em diferentes ocasiões.


Pelo projeto vetado, os recursos beneficiariam alunos da rede pública provenientes de famílias que estão no cadastro único do governo para programas sociais, matriculados em escolas de comunidades indígenas e quilombolas e os professores.

O dinheiro poderia ser utilizado na compra de terminais, cedidos aos alunos e professores, e na aquisição de soluções de conectividade móvel.
Alunos dos ensinos médio e fundamental e professores também de ensino médio e fundamental, nessa ordem, teriam prioridade.
Excepcionalmente, os estados poderiam usar o dinheiro para contratar serviços de acesso à internet em banda larga para escolas, quando considerado essencial para a aprendizagem.


O texto também permitia que empresas nacionais ou estrangeiras doassem aparelhos portáteis de acesso a serviços de telefonia móvel. Essas doações poderiam ser feitas por edital ou manifestação de interesse.

Segundo o projeto, as fontes de recursos para a transferência seriam o Orçamento da União, o Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) e o saldo correspondente a metas não cumpridas dos planos gerais de universalização firmados entre o responsável pela concessão de serviços de telecomunicações e as telefônicas, além de outras.
Ao justificar o veto, Bolsonaro argumentou que o projeto não apresenta estimativa do respectivo impacto orçamentário e financeiro, o que vai conta a Lei de Responsabilidade Fiscal e outros dispositivos legais.
Também disse que o projeto aumentaria a “alta rigidez do Orçamento”, dificultando o cumprimento de regras fiscais.


“Por fim, o Governo Federal está empregando esforços para aprimorar e ampliar programas específicos para atender a demanda da sociedade por meio da contratação de serviços de acesso à internet em banda larga nas escolas públicas de educação básica, a exemplo do Programa de Inovação Educação Conectada e do Programa Banda Larga nas Escolas, bem como do Programa Brasil de Aprendizagem, em fase de elaboração, no Ministério da Educação”, disse o mandatário, em despacho publicado no Diário Oficial da União.


Agora, o veto de Bolsonaro precisará ser analisado pelo Congresso Nacional, que pode mantê-lo ou derrubá-lo.

Yudi Tamashiro se ajoelha e reza pelos pais internados com Covid em frente ao hospital

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com o pai e a mãe internados para tratar complicações da Covid-19, Yudi Tamashiro, 28, publicou um vídeo nesta quinta (18) em que se ajoelha e faz orações em frente ao hospital em que eles são atendidos, em Santana de Parnaíba (45 km de SP).


Nas imagens, o ex-apresentador do Bom Dia & Cia é acompanhado por um grupo, que canta músicas religiosas. Chorando, Yudi afirmou: “Eu estou fazendo isso não só pela minha família. Faça o mesmo, ore pelos seus familiares, pelas suas famílias, ore. Eu acredito em um milagre.”


Nelson, pai de Yudi, sofreu um infarto na noite de segunda (15) em decorrência da Covid. “Estado do meu pai está pior.”, afirmou ele, na ocasião.


Em vídeo publicado nas suas redes sociais na quarta (17), Yudi afirmou que a mãe sentiu muita falta de ar e também teve de ser internada. “Levei minha mãe no hospital também, ela estava com muita falta de ar. O médico falou que era interessante internar a minha mãe, só que não tinha vaga no hospital particular. Aí me bateu mais desespero ainda.”


A irmã de Yudi também recebeu diagnóstico diagnóstico positivo para a doença, mas não precisou ser hospitalizada.


“É a primeira vez que entro na minha casa e meu pai e minha não estão na sala assistindo a novela deles. Meu pai está intubado, ele teve uma parada, está com problema nos rins e parece que vai ter que fazer hemodiálise. Encheram ele de medicamento para tentar voltá-lo a estabilidade”, afirmou o apresentador em vídeo.

Prefeito do litoral de SC critica lockdown e diz que cidade está aberta a turista

KATNA BARAN
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, o prefeito de Bombinhas, cidade do litoral de Santa Catarina, Paulo Henrique Dalago Muller (DEM), afirmou que não vai decretar lockdown no município e que as praias continuarão abertas para receber turistas.
O vídeo foi gravado na quarta-feira (17) no aeroporto de Brasília, onde o prefeito estava cumprindo agenda. Ele criticou a aglomeração de pessoas no local.


“Olho essa aglomeração de pessoas no aeroporto fechado, os aviões lotados, e me pergunto: por que eu tenho que determinar lockdown? Eu vou penalizar os comerciantes? Os pequenos empresários? Aqueles que estão colaborando desde o início? Não, de forma alguma”, afirmou.
Paulinho, como é conhecido, chamou de “demagogia” o fechamento de praias, espaços públicos e comércios diante da lotação de aeroportos e disse que não vai cumprir nenhum decreto de lockdown, caso seja essa a determinação do governo catarinense.


“Não me chamem para fazer parte desse conluio que eu não colaboro. Bombinhas estará e continuará aberta para receber nossos turistas e para que os empresários possam ganhar o seu pão de cada dia assim, como os profissionais que dependem do dia a dia para sustentar seus familiares”, finalizou.

Nesta sexta (19), o painel de monitoramento de leitos de Santa Catarina indica que há apenas 25 UTIs exclusivas para Covid-19 disponíveis no estado entre as 959 ativas. Na região de Foz do Rio Itajaí, onde fica Bombinhas, há apenas quatro vagas abertas em UTIs. Cerca de 450 pessoas aguardam na fila de espera por leitos em todo território catarinense.


O governo estadual endureceu as medidas de combate à pandemia a partir desta sexta-feira. Algumas atividades, como shows, casas noturnas e eventos, inclusive esportivos e na modalidade drive-in, continuam suspensas. O comércio e outros serviços não essenciais passam a funcionar com escalonamento de horários e limite de 25% de público.


Praças e praias continuam abertas para prática de exercícios físicos, mas é proibida a permanência de pessoas nesses locais. Também está vetado o consumo de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos entre 18h e 6h. Os ônibus devem circular com até 50% da capacidade.
A multa é de R$ 500 para quem descumprir as regras e de R$ 1.000 em caso de reincidência.

Com mais de 30 pontos de descarte irregular, Iracemápolis intensifica fiscalização

As equipes do setor de Serviços Urbanos realizam um mapeamento sobre o descarte irregular de vários itens em Iracemápolis. Até o momento, cerca de 35 pontos já foram identificados e, diante da situação, a Prefeitura ampliará a fiscalização para inibir essa prática que é proibida.

Entre as imagens que comprovam o descarte irregular, é possível ver móveis velhos, madeira, restos de construção e lixo jogados em frente de residências e em áreas verdes. Mesmo em frente das casas, esses itens configuram em descarte irregular.

A Coordenadoria de Meio Ambiente destaca que, conforme a Lei Municipal 2097/2014, é proibido expor, depositar, descarregar nos passeios, canteiros, ruas, jardins e demais área de uso comum público, entulhos, terras ou resíduos sólidos de qualquer natureza.

“Não será aceito em hipótese alguma qualquer descarte do lixo doméstico em vias públicas, bem como matas ciliares, canaviais, terrenos ou outro local que não seja a lixeira de uso restrito para lixo, citados no artigo anterior. Fica estabelecida a multa de 10 UFESP´s caso seja constatado o munícipe ou empresa destinando este material de forma irregular”, destaca a legislação.

A Prefeitura destaca que serão ampliadas as fiscalizações e serão tomadas as medidas cabíveis contra os que descumprirem a lei. A população também pode ajudar na fiscalização ao enviar dados e fotos por meio do aplicativo “E-Ouve” e também pelo site da Prefeitura na aba “Fale Conosco”.

Segundo a Lei, quando o munícipe ou a empresa forem flagrados depositando o material de forma irregular, o ato poderá ser comprovado através de uma imagem fotográfica. A população pode protocolar denúncia com foto, local do descarte, nome, relato e fotografia. Devido à fase emergencial, não há atendimento presencial, mas o munícipe pode usar os meios on-line.

Cuidado com a cidade

Para a prefeita Nelita Michel, cuidar da cidade é algo que depende de todos. “Se cada um fizer a sua parte fica mais fácil, pois o direito de um termina quando começa do outro. Temos que ter consciência de que tem lugar certo para isso. O cuidado com a nossa cidade depende de todos e não só do Poder Público”, destacou.

O município ressalta que a cidade possui coleta seletiva em dia para os lixos orgânicos. Para o caso de obras, é necessária a contratação de caçambas. Outra opção é o ecoponto municipal.

O que pode ser levado no ecoponto?

Podem ser destinados ao ecoponto resíduos de construção civil e entulhos em geral, troncos e madeiras em geral, picados e sem pregos, resíduos domiciliar reciclável (“lixo seco”), móveis, estofados, eletroeletrônicos e eletrodomésticos, lâmpadas e Pilhas e baterias.

WhatsApp, Instagram e Facebook apresentam instabilidade

WhatsApp, Instagram e Facebook, todas plataformas do mesmo grupo, apresentam instabilidade no início da tarde desta sexta-feira (19).


Os problemas de acesso por usuários começaram a ser relatados por volta das 14h, de acordo com o site DownDetector, em várias regiões do Brasil.

Há pontos de reclamação em outros países da América Latina.
Procurado, o Facebook ainda não respondeu o motivo da queda.

Lázaro Ramos imagina Brasil que expulsa negros em seu filme de estreia na direção

FERNANDA EZABELLA
LOS ANGELES, CALIFORNIA (FOLHAPRESS) – Num futuro próximo, uma ex-motorista de táxi de 84 anos caminha até o banco para receber a primeira indenização do governo brasileiro por conta dos séculos de escravidão no país.

O filme “Medida Provisória”, estreia na direção do ator Lázaro Ramos, começa num embalo positivo de esperança, mas logo puxa o tapete do espectador para construir uma distopia sombria, sem perder o humor.
O longa foi exibido nesta semana no festival SXSW, o South by Southwest, que pela segunda vez aconteceu virtualmente. O lançamento do filme no Brasil está previsto para o segundo semestre.

“Medida Provisória” traz a atriz Taís Araújo e Alfred Enoch, ator britânico com raízes brasileiras, no papel de um casal no Rio de Janeiro em meio ao caos depois de um golpe racial no Brasil. No rastro de um fracassado programa de indenização aos negros, o governo cria o projeto “Resgate-se Já”, em que passa a pagar para pessoas de “melanina acentuada” irem morar na África de maneira voluntária.


“Para vocês que querem reparações sociais pelo tempo de escravidão, o governo vai oferecer uma oportunidade única de voltar para a África”, anuncia uma propaganda na televisão, com um homem branco vestido de indígena. “Estamos num país livre, com direito de ir e vir e também de voltar. Pois, então, voltem.”


Em pouco tempo, porém, o projeto se transforma numa medida provisória, e forças armadas começam a caçar nas ruas qualquer cidadão com traços africanos para o mandar à força a países africanos aleatórios. É criado até mesmo o Ministério da Devolução, cuja funcionária mais exemplar é interpretada por Adriana Esteves, num papel que a atriz equilibra entre o cômico caricato e o assustador.


“Meu desejo é que o filme tenha a mesma trajetória do meu livro e da peça ‘O Topo da Montanha'”, disse Lázaro Ramos à repórter, lembrando o livro de memórias “Na Minha Pele”, de 2017, e a peça que ele dirigiu e encenou baseado em texto de uma autora americana sobre Martin Luther King.
“Quero falar sobre esse assunto [racismo] sem vomitar nenhuma verdade e sensibilizar as pessoas, emocionar. Por isso que o investimento do filme é tão grande nos seus três gêneros, na comédia, no thriller e no drama. Espero que a gente consiga conversar sobre o tema”, continuou.


A médica Capitu –papel de Taís Araújo– consegue fugir para um “afrobunker”, espaços escondidos na cidade onde os negros passam a viver, em cenas que trazem as cores do afrofuturismo e também acalorados debates raciais, com todas as suas complexidades.


“Vão renascer os quilombos?”, pergunta Capitu ao chegar ao lugar que um dia foi casa de uma escola de samba. “A gente prefere [chamar de] afrobunker. Quilombo é muito século 18”, responde um morador, vivido pelo rapper Emicida.


Já o advogado Antonio –interpretado por Alfred Enoch– se vê trancado em seu apartamento, onde a polícia é proibida de entrar. Luz e água são cortadas, e ninguém pode entrar para levar mantimentos ou mesmo sua insulina. Ele tem a companhia do amigo ativista André –papel de Seu Jorge–, um blogueiro que não tem medo de provocar as autoridades com sua câmera em mãos.

Lázaro Ramos faz sua estreia em longa de ficção, embora já tenha experiência na direção de teatro, incluindo da própria peça da qual o filme é inspirado, “Namíbia, Não!”, do autor baiano Aldri Anunciação. A peça virou livro em 2012 e ganhou o prêmio Jabuti na categoria ficção juvenil. Ramos assina o roteiro com Lusa Silvestre, de “Estômago”.


“O projeto do filme começou em 2012, e tantos anos convivendo com a mesma história dava uma angústia muito grande por não saber se poderia ser uma história universal e se continuaria relevante”, disse. “Mas a passagem pelos festivais agora tem dado uma tranquilizada. O filme ainda pode cumprir seu propósito.”


Antes do SXSW, “Medida Provisória” passou por festivais menores como o Pan African Film Festival, em Los Angeles, e o Indie Memphis, onde ganhou prêmio de roteiro.


Na pele do protagonista Antonio está o ator britânico Alfred Enoch, que é também brasileiro. Ele ficou conhecido como o bruxinho Dean Thomas nos filmes “Harry Potter” e depois como o charmoso estudante de direito Wes Gibbins na série “How to Get Away with Murder”.


Enoch nasceu e estudou em Londres, tem mãe brasileira e pai britânico, o ator William Russell, que tem uma carreira prolífica na TV do Reino Unido. Russell faz uma ponta em “Medida Provisória”, na primeira vez em que pai e filho contracenam juntos.

“Sempre foi meu sonho, meu pai é minha referência, meu primeiro professor”, disse Enoch num vídeo do seu Instagram, nos bastidores do filme em 2019. “Ele está com 94 anos, achei que nunca teria essa oportunidade.”


Segundo Ramos, Enoch foi uma grande descoberta. “O filme tem uma história de pertencimento, de sentir orgulho de pertencer a um lugar, e eu havia visto uma entrevista do Alfred falando que ele tinha vontade de resgatar suas origens brasileiras. Então entrei em contato através dos agentes e conversamos por um ano. Ficamos amigos antes mesmo de saber se o filme aconteceria.”


Enoch faz sua estreia num filme brasileiro, falando português sem nenhum sotaque. Ele foi ao Rio de Janeiro dois meses antes das filmagens para treinar o idioma e se embrenhou na vida carioca. Andava a pé, pegava ônibus, frequentava as festas na Lapa e curtiu o Carnaval.

“Foi muito bom dirigir Alfred. Primeiro pela disciplina, e segundo pela paixão com a qual ele veio para cá”, disse Ramos. “Ele ficou amigo das pessoas da equipe, da nossa família também. Isso fez com que o trabalho dele no filme seja muito mais emocionante porque está junto com uma descoberta do seu lado brasileiro que ele tanto preza.”

Com UPA lotada e sem maca, idoso morre após ser atendido no chão em Teresina

JOÃO VALADARES
RECIFE, PE (FOLHAPRESS) – Um idoso com complicações cardiorrespiratórias morreu na tarde desta quarta-feira (17) após ser atendido no chão, por falta de maca, numa UPA (Unidade de Pronto Atendimento) localizada na zona sul de Teresina (PI).


O resultado do teste de Covid-19 do paciente ainda não foi divulgado. O homem tinha 86 anos. Em estado bastante grave, ele chegou na sala vermelha da unidade de saúde trazido nos braços por familiares.


Como não havia mais leitos no local, a equipe médica de plantão colocou o paciente no chão e iniciou o processo de reanimação enquanto era providenciada uma maca.

“Devido à gravidade da situação, não era possível interromper o processo de ressuscitação cardíaca para mudar de local”, destacou nota divulgada pela Prefeitura de Teresina.


De acordo com o poder público municipal, todos os recursos possíveis foram usados para reanimação do paciente. “No entanto, ele já chegou à unidade em estado muito grave e veio a óbito”, diz o comunicado.


A foto com o paciente atendido no chão viralizou nas redes sociais. O estado do Piauí enfrenta colapso no sistema de saúde. Nesta quarta, havia 139 doentes com síndrome respiratória grave aguardando na fila para acessar um leito de UTI. A taxa de ocupação de leitos de UTI no estado é de 91%.

Doria e Covas se desentendem sobre decisão da prefeitura de antecipar feriados em SP

ARTUR RODRIGUES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), se desentenderam sobre a decisão da Prefeitura de São Paulo de antecipar feriados na tentativa de aumentar o isolamento social.


Covas decidiu adiantar cinco feriados municipais para tentar conter o avanço da doença. Doria, no entanto, afirmou nesta sexta-feira (19) que faltou bom senso da prefeitura.

Embora os dois tenham tido outras discordâncias, o bate-boca foi visto no mundo político com um tom acima de atritos anteriores.
Agora, há um medo no governo que os feriados adiantados possam gerar uma onda de viagens ao litoral paulista.


“As prefeituras têm autonomia para suas decisões, e nós reconhecemos isso. Mas há certas decisões que o bom senso recomenda que sejam compartilhadas previamente com o governo dado ao fato de que a decisão de uma cidade muitas vezes implica em impacto nas cidades vizinhas.

Faltou aí um pouco de bom senso da Prefeitura de São Paulo em fazer esse compartilhamento prévio para evitar exatamente o mal-estar que acabou provocando”, disse o governador, durante visita ao Instituto Butantan.


Covas, após a manifestação do governador, emitiu uma nota: “O senso que falta é o senso de urgência. Aqui na Prefeitura tem menos falação, foco no trabalho e colaboração. Faço o máximo que posso para defender o povo da minha cidade. Sempre aberto a colaborar com outras cidades e com o governo do Estado. Mas cada um precisa assumir suas responsabilidades.”
Covas e Doria já tiveram diversos momentos de discordância durante a pandemia.


Inicialmente, no começo da pandemia, Covas era adepto de tomar medidas mais duras, enquanto o governo estadual já ensaiava a possibilidade de flexibilizar a quarentena. Em 2020, o secretário de Transportes Metropolitanos de Doria, Alexandre Baldy, acusou a prefeitura de não avisar o governo sobre um megarrodízio para tentar aumentar o isolamento social na cidade em maio -posteriormente, a ideia do rodízio foi abortada.


Depois, conforme a pandemia avançou, a gestão Covas via índices da pandemia melhorarem e sua equipe começou a cobrar reabertura de alguns setores. A possibilidade de a cidade se manter com as mesmas restrições de locais onde a epidemia estava mais acelerada irritou técnicos do município, que chegaram a deixar de participar das reuniões com o governo estadual.

Para desestimular viagens à praia, governo Doria suspende operação descida para o litoral de SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo João Doria (PSDB) anunciou nesta sexta-feira (19) que suspendeu a operação descida do sistema Anchieta-Imigrantes.


“As faixas das rodovias que ficam disponíveis no sentido a Baixada Santista serão reduzidas. O objetivo é desestimular o aumento do fluxo de veículos em direção às praias nesta fase emergencial”, disse o vice-governador Rodrigo Garcia (DEM).


Segundo ele, a medida passa a valer a partir desta sexta (19) e vai ao menos até o fim do mês. “A gente quer reafirmar com esse cancelamento da operação descida que quarentena não é férias. Faremos de tudo, com ajuda dos prefeitos, para desestimular deslocamento de pessoas para o litoral”.
O governo estadual tende uma ida em massa ao litoral após decisão da prefeitura paulistana de antecipar feriados.


Covas decidiu adiantar cinco feriados municipais para tentar conter o avanço da doença. Doria, no entanto, afirmou nesta sexta-feira (19) que faltou bom senso da prefeitura.


“As prefeituras têm autonomia para suas decisões, e nós reconhecemos isso. Mas há certas decisões que o bom senso recomenda que sejam compartilhadas previamente com o governo dado ao fato de que a decisão de uma cidade muitas vezes implica em impacto nas cidades vizinhas. Faltou aí um pouco de bom senso da Prefeitura de São Paulo em fazer esse compartilhamento prévio para evitar exatamente o mal-estar que acabou provocando”, disse o governador, durante visita ao Instituto Butantan.


Covas, após a manifestação do governador, emitiu uma nota: “O senso que falta é o senso de urgência. Aqui na Prefeitura tem menos falação, foco no trabalho e colaboração. Faço o máximo que posso para defender o povo da minha cidade. Sempre aberto a colaborar com outras cidades e com o governo do Estado. Mas cada um precisa assumir suas responsabilidades.”
Rodrigo Garcia divulgou dados que reforçam a queda 62% de pessoas usando o sistema de transporte metropolitana.

Sem filas, Rio Claro já começa a vacinar idosos com 73 anos

Com movimento tranquilo nos postos de vacinação, a Secretaria Municipal de Saúde de Rio Claro decidiu começar a vacinar já na tarde desta sexta-feira (19 de março) idosos com 73 anos ou mais. Inicialmente, a vacinação de hoje seria apenas para quem tem 74 anos ou mais.

“Para aproveitarmos as doses que já foram levadas aos postos, vamos vacinar hoje até que as doses se esgotem”, informa Fabyolla Lourenço, da Vigilância Epidemiológica, acrescentando que “em alguns postos as vacinas deverão acabar antes do final da tarde”.

A vacinação contra Covid-19 está sendo feita em todas as unidades de saúde da família e nas unidades básicas de saúde. 

Rio Claro tem 34 casos de dengue

Com mais nove casos de dengue na última semana, Rio Claro chegou a 34 casos neste ano. Os números estão no mais recente boletim da Vigilância Epidemiológica e confirmam a necessidade da população redobrar os cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, que também transmite febre amarela, zika vírus e chikungunya, esta última doença com um caso, importado, confirmado no município.

As precauções incluem eliminar os criadouros para reduzir a quantidade do inseto circulando no município. Como o Aedes se reproduz em água parada, retirar potenciais recipientes é essencial. Além de remover tudo o que pode acumular água, é igualmente necessário manter os quintais e terrenos limpos.

Para evitar a proliferação do mosquito da dengue, a Secretaria Municipal de Saúde realiza ações preventivas que incluem visitas casa a casa, nebulização e vistorias em pontos estratégicos. Essas atividades estão sendo realizadas tomando-se todos os cuidados sanitários necessários devido à pandemia do coronavírus.

Outras orientações do setor municipal de saúde de Rio Claro à comunidade é adotar ações como colocar areia nos pratinhos dos vasos de plantas, tampar baldes e bacias, manter pneus em local coberto, deixar garrafas com a boca virada para baixo, limpar calhas para não haver acúmulo de água, tratar água de piscina e fontes com produtos adequados, limpar e manter caixas d’água bem fechadas e lavar regularmente os bebedouros de animais com água e sabão.

Vigilantes patrimoniais apresentam reivindicações

De casa nova na Avenida 8, região do Jardim Mirassol, os vigilantes patrimoniais de Rio Claro celebram a conquista de terem pela primeira vez, em mais de 30 anos de atuação no município, uma sede própria.

O local, que antes era uma base comunitária da GCM, estava inutilizado e foi reformado com o esforço dos próprios profissionais que só não fizeram uma inauguração oficial por conta da pandemia.

Apesar do passo importante, os vigilantes ainda lutam por outras conquistas e por isso realizaram na manhã de ontem, quinta-feira (18), uma reunião com Hernani Leonhardt – vereador e vice-presidente da Câmara Municipal de Rio Claro, para expor as reivindicações: “Somos 82 vigilantes patrimoniais entre homens e mulheres e sabemos do nosso valor e importância para a segurança do município. Muitas de nossas funções podem ser equiparadas com as realizadas pela GCM e por isso solicitamos um olhar mais atencioso. Queremos trabalhar, mas precisamos de condições como fixação de escalas, armamentos. E, para tudo isso acontecer, são necessárias verbas, por isso essa reunião para solicitar um olhar diferenciado”, citou Raquel dos Santos, chefe de Núcleo da Vigilância Patrimonial, que completou: “Quero frisar que o nosso secretário de Segurança, Dr. Balbão, tem se mostrado empenhado em nos dar todo o amparo, mas para isso são necessárias verbas e investimentos. Essa é a nossa luta”.

Jornal Cidade RC
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