Deputados aprovam projeto que aumenta pena para fraudes na internet

DANIELLE BRANT
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (15) projeto que aumenta a pena para quem cometer fraudes, furtos e estelionatos na internet ou com o uso de dispositivos eletrônicos.
O projeto foi aprovado em votação simbólica e, agora, volta para o Senado.

O texto é de autoria do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e muda dispositivos do Código Penal. O projeto aumenta a pena do crime de invasão de dispositivo de informática, ligado ou não à internet, para obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização do dono ou para instalar vulnerabilidades para conseguir vantagem ilícita.

No Código, a pena prevista hoje é de detenção de três meses a um ano e multa. O projeto aumenta a pena para reclusão de um a quatro anos e multa. O texto também estipula aumento de um terço a dois terços da pena se houver prejuízo econômico com a invasão.

A proposta eleva a pena na hipótese de a invasão ter como resultado a obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas ou o controle remoto não autorizado do dispositivo invadido. A pena atual, que prevê reclusão de seis meses a dois anos e multa, é ampliada para reclusão de dois a cinco anos e multa.

O projeto inclui dispositivo no artigo de furto para prever reclusão de quatro a oito anos e multa, caso o furto mediante fraude for cometido por meio eletrônico ou informático.

Além disso, agrava a pena em um terço a dois terços se o crime for praticado com servidor mantido fora do Brasil, e em um terço ao dobro se for praticado contra idoso ou vulnerável.

No dispositivo de estelionato, o texto inclui reclusão de quatro ou oito anos e multa quando a fraude for cometida com a utilização de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou envio de email fraudulento, por exemplo.

Dependendo da gravidade, a pena também é aumentada em um terço a dois terços se o crime for praticado com uso de servidor mantido fora do Brasil.

Para o crime de estelionato contra idoso ou vulnerável, o projeto aumenta em um terço ao dobro a pena se o crime for cometido contra idoso ou vulnerável e o resultado considerado grave.

No Código de Processo Penal, o relator do texto na Câmara, deputado Vinicius Carvalho (Republicanos-SP), decidiu suprimir artigo do projeto do Senado que previa o domicílio da vítima como fator definidor da competência pelo lugar da infração.

Carvalho acompanhou entendimento de que isso poderia gerar questionamentos de ordem processual que atrasariam a repressão aos crimes cibernéticos e poderiam levar à prescrição do crime.

JC Business recebe profissionais para falar sobre dores na coluna e práticas saudáveis

Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 80% da população do globo sofre com dores na coluna lombar e o estilo de vida está totalmente ligado aos problemas trazidos por esse mal.

“Estamos trazendo para o nosso programa semanal diversos assuntos de interesse da população como um todo e, quando tratamos sobre saúde, percebemos que a adesão do público é grande, pois quem é que nunca sofreu com esse tipo de dor, não é mesmo? Ainda mais em tempos de pandemia, com tanta gente fazendo home office, passando horas a fio trabalhando em casa ou até mesmo nos escritórios”, fala Maria Angela Tavares de Lima, gerente-geral do Grupo JC de Comunicação e mediadora do programa.

O JC Business, que acontece nesta quinta-feira (15), a partir das 19 horas, e é transmitido através do Facebook oficial do Jornal Cidade e também do YouTube do JC, recebe duas convidadas para falar sobre o assunto.

Adriana Casonato, que é profissional de Educação Física, sócia-proprietária da CM Funcional, personal funcional, personal em Ginástica Fascial do Assoalho Pélvico, master fascial Fitness da CM Funcional.

E Amália Casonato de Oliveira, bacharel em Educação Física pela UNESP Rio Claro, especialista em Fisiologia do Exercício pela UFSCar São Carlos, rolfista pela ABR – Associação Brasileira de Rolfing com Certificação em Liberação Miofascial pela ABR – Associação Brasileira de Rolfing.

PARTICIPE!

Tem dúvidas? Participe pelas redes sociais do JC mandando perguntas, fazendo comentários. O programa é interativo e a participação do público é fundamental para que seja cada vez mais dinâmico.

Ao vivo

O programa acontece ao vivo, a partir das 19 horas, através do Facebook e YouTube do Jornal Cidade. Participe mandando perguntas e comentários!

Ação solidária contra a Covid-19: primeiro lote de medicamentos para intubação chega hoje ao Brasil

O primeiro lote com 2,3 milhões – de um total de 3,4 milhões, de medicamentos para intubação chega hoje à noite ao aeroporto de Guarulhos, em SP. A iniciativa partiu de um grupo de empresas que se uniu diante do agravamento da pandemia da Covid-19 no Brasil e da consequente escassez de insumos para o atendimento a pacientes em UTIs.

Todos os medicamentos serão doados ao Ministério da Saúde em quantidade suficiente para a gestão de 500 leitos pelo período de um mês e meio. Esta ação solidária, em caráter emergencial, conta com o engajamento e apoio da Engie, Itaú Unibanco, Klabin, Petrobras, Raízen e TAG, além da Vale, que deu início a essa mobilização há três semanas.
 
A expectativa é que até o final deste mês todos os insumos (sedativos, neurobloqueadores musculares e analgésicos opioides – itens básicos para realizar e manter pacientes intubados) sejam integralmente doados ao governo federal, que cuidará também da distribuição pelos Estados por meio do SUS-Sistema Único de Saúde.

Os itens, que foram adquiridos na China, possuem autorização para importação emitida pela Anvisa, além da certificação da agência chinesa.

Entenda como a Covid fez bombar as vendas de livros mas pôs em risco as livrarias

ÚRSULA PASSOS E WALTER PORTO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em um ano sob pandemia, o mercado editorial não sofreu o grande baque que se esperava quando, no final de março do ano passado, livrarias e bibliotecas tiveram de ser fechadas e as pessoas ficaram em casa temerosas do futuro.


O hábito de comprar online, que ganhou força, salvou as vendas das editoras, mas forçou as livrarias a uma competição com gigantes virtuais que pôs em risco sua sobrevivência.


A Blooks acaba de fechar duas de suas unidades, dentro dos cinemas Reserva Cultural, em São Paulo, e Estação Net, no Rio de Janeiro. “Nunca ia imaginar que um ano depois do começo da pandemia estaríamos numa situação muito pior”, diz Elisa Ventura, que comanda a rede. “Todo o planejamento que eu fiz de um ano para cá foi por água abaixo com essa piora.”

Ela diz que, mesmo contando com a parceria das editoras e do shopping Frei Caneca para renegociações, não tem como sustentar mais um mês de loja fechada em São Paulo. “Se em maio continuar fechado, eu jogo a toalha”, lamenta.


Já tiveram esse destino melancólico, há pouco, espaços tradicionais do Rio como as livrarias São José e Timbre.
“A gente está se planejando para lidar com um ano ainda muito difícil”, diz Irene de Hollanda, uma das diretoras da Megafauna, que começou a funcionar em novembro no edifício Copan e em março suspendeu tanto vendas presenciais quanto remotas, para preservar os funcionários. “Havia uma certa expectativa de retomada a partir do segundo trimestre e o que aconteceu foi o oposto.”


A livraria de rua Mandarina, das sócias Daniela Amendola e Roberta Paixão, conseguiu segurar bem o ano ao se adaptar para as redes virtuais. O problema, diz Paixão, é que “ficou muito pesada uma segunda quarentena, o caixa não estava altíssimo a ponto de segurar um mês de loja fechada”.


As livreiras, vale dizer, concordam com a necessidade sanitária de se fechar tudo neste momento de pico de mortes. Ventura, da Blooks, ressalta que não briga para reabrir, mas para que haja algum tipo de ajuda do governo.
Do lado das editoras, contudo, o balanço de receita na pandemia não é nada trágico.


Numa comparação direta dos 12 primeiros meses de quarentena com os 12 meses anteriores, o volume de livros vendidos cresceu 3% e o faturamento subiu 0,8%, segundo levantamento feito para a reportagem pela Nielsen, que elabora o Painel do Varejo de Livros no Brasil com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros.


O ano foi de “uma recuperação extraordinária”, afirma Marcos Pereira, presidente do sindicato, resumindo a questão dizendo que “a leitura vai muito bem, mas as livrarias estão sofrendo”.


Bernardo Gurbanov, presidente da Associação Nacional de Livrarias, acrescenta que “quem sentiu mais foram as pequenas e médias, porque não estavam preparadas para o atendimento por meios eletrônicos”.


Enquanto isso, a Amazon enviou um email a diversas editoras de menor porte para propor um novo acordo de descontos, entre 55% e 58% sobre o valor de capa de seus livros, aumentando também a taxa de publicidade –até então, a praxe era vender com descontos de 45% a 55%.


Editoras se uniram para recusar a proposta, mas, várias semanas depois, não tiveram resposta alguma.
A Carambaia, que teve uma queda de 70% de receita no começo da pandemia, está encerrando suas vendas na plataforma. “Não compactuo com as políticas da Amazon, que são nocivas para o mercado editorial e que vão, a longo prazo, levar ao fechamento de editoras e livrarias”, diz Fabiano Curi, diretor editorial da casa voltada a edições limitadas.
Para se ter uma ideia de como a internet tem incrementado sua participação na venda de livros, o Magazine Luiza viu em um ano a categoria crescer 276% em seu site. Segundo Cristiane Davison, gerente de produtos da marca, o Magalu tem hoje lojas físicas em 300 cidades que não possuem biblioteca ou livraria, mas, em plena pandemia, não há estratégia concreta para passar a vender livros fora do ambiente virtual.


O panorama se completa com as pesquisas que mostram um aumento do desconto médio aplicado aos livros –se em 2019 ele foi de 18,45%, no ano seguinte passou a 22,94%. O consenso no mercado é que a guerra de preços imposta pelos grandes vendedores da internet é prejudicial a todos. “No final das contas, há uma desvalorização do produto, e a percepção do preço do livro acaba sendo prejudicada”, diz Daniela Kfuri, diretora comercial da editora HarperCollins.
Com as livrarias fechadas, o maior desafio é fazer o leitor saber dos lançamentos. Regida por algoritmos, a compra online oferece ao usuário aquilo com o que ele já está acostumado. Os livreiros, diz Kfuri, têm um papel essencial na renovação dos títulos.


Para a editora Intrínseca, a saída foi fortalecer o canal aberto com os leitores nas redes sociais e no clube de assinatura Intrínsecos, que, segundo a diretora de marketing Heloiza Daou, cresceu 150% no ano da pandemia.
A TAG, outro clube de livros, saltou de 49 mil assinantes em março de 2020 para cerca de 70 mil hoje. “O produto faz sentido neste momento, pois é um jeito de se conectar e conversar com outros associados”, diz o cofundador Arthur Dambros.


Mas para quem não pode comprar livros, ler ficou mais difícil com o fechamento das bibliotecas públicas na maior parte do ano. Segundo a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, responsável por 54 bibliotecas, os empréstimos caíram de 660 mil em 2019 para 139 mil em 2020.


As bibliotecas estaduais de São Paulo oferecem, desde dezembro, o empréstimo de livros digitais, modelo que ainda engatinha no país. Pierre André Ruprecht, diretor executivo da SP Leituras, organização social que gere as unidades, aponta que, mais que a oferta de livros, foi afetado o acesso da comunidade a computadores, jornais e a uma programação de eventos ligados à leitura.

“O livro é um produto cultural e exige ações culturais”, diz Gurbanov, da Associação Nacional de Livrarias. Hollanda, da Megafauna, afirma que hoje “trabalhar em defesa do livro, mais do que nunca, é um ato de resistência”.

‘Quero viver esse amor’, afirma, durante a missa, Padre italiano que diz estar apaixonado

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O padre Riccardo Ceccobelli, 41, disse para seus fiéis que estava apaixonado, durante a missa no último domingo (11), por isso irá abandonar seu serviço clerical. “Meu coração se apaixonou. Nunca tive a possibilidade de trair as promessas que fiz, mas quero tentar viver esse amor”, afirmou.

Ceccobelli foi sacerdote da diocese de Todi, na Itália, durante seis anos, e contou sua história à imprensa nesta terça-feira (13). Segundo o bispo Gualtiero Sigismondi, o padre foi suspenso de seu serviço e deu início aos trâmites para voltar ao estado laico.

“Agradeço a dom Riccardo por todo serviço prestado até agora. E, em primeiro lugar, envio-lhe meus mais sinceros votos para que esta decisão, tomada em plena liberdade como ele mesmo me disse, garanta-lhe paz e serenidade”, disse o bispo Sigismondi.

O padre ainda confessou que sua decisão não foi fácil, devido ao seu amor e respeito com a Igreja. “Não consigo continuar sendo coerente, transparente e correto em relação à Igreja, como sempre fui até hoje”, afirmou Ceccobelli, segundo declaração publicada pela diocese da cidade.

“Meu coração se apaixonou, mas, mesmo assim, eu nunca tive a oportunidade de trair as promessas que fiz. Eu quero tentar viver esse amor sem tentar reprimi-lo ou sufocá-lo”, continuou. Segundo o jornal II Corriere della Sera, “todo mundo sabia” na cidade que ele estava com uma mulher que não teve a identidade divulgada.

Paulo Gustavo não tem mais hemorragias, mas caso ainda é crítico

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Internado a pouco mais de um mês o ator Paulo Gustavo, 42, segue enfrentando complicações com a Covid-19. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (15) a assessoria do humorista afirma que ele “segue em terapia intensiva e ainda se encontra em situação grave”.


Segundo o comunicado, a equipe médica afirmou que foi possível “sanar as fístulas bronco-pleurais identificadas”. “Nas últimas 48 horas também observamos a normalização da coagulação com o tratamento instituído e não mais detectamos sinais de hemorragias”, completa.


“A situação clínica do paciente, embora ainda crítica, traz à equipe profissional mais confiança em sua recuperação. Estamos cientes que ainda temos um caminho pela frente”, continua a nota, que completa dizendo que “o paciente permanece utilizando ventilação mecânica e ECMO.”

Por fim, a família do ator agradece a todos que enviam carinho e fazem orações pela saúde do artista. “Continuem a enviar boas energias para a recuperação de todos os que se encontram na luta contra o vírus”, disse o comunicado.
ENTENDA O QUADRO


Paulo Gustavo foi internado no dia 13 de março após receber diagnóstico positivo para a Covid. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa dele dois dias depois, no dia 15/3. Na ocasião, o marido dele, Thales Bretas, disse que ele estava melhorando e agradeceu o carinho dos fãs.


Pouco mais de uma semana após a internação, no dia 21 de março, o ator precisou ser intubado porque estava com dificuldade para respirar. Na época, foi divulgado que o procedimento era uma precaução e Bretas disse que era “mais um passo na cura da infecção”.


O ator respondeu bem ao tratamento e teve uma evolução positiva nos dias seguintes. Porém, no dia 2 de abril, o estado de saúde dele piorou. Ele acabou precisando mudar de tratamento e passou a respirar com a ajuda de ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea), uma espécie de pulmão artificial usado apenas em casos mais graves.
Dois dias depois, Paulo Gustavo precisou passar por uma pleuroscopia, para que a equipe médica pudesse verificar a condição de seus pulmões. Na ocasião, foi identificada uma fístula broncopleural, espécie de comunicação anormal entre os brônquios e a pleura. Ela foi corrigida.


Na quarta-feira (7), o marido de Paulo contou que o ator teve que receber uma transfusão de sangue. Segundo ele, devido ao ECMO, o paciente ficou “anticoagulado” e perdeu “um pouco de sangue”, “Por isso precisou tomar algumas bolsas de sangue”, explicou. Na mesma publicação, ele também incentivou as pessoas a irem doar sangue.
Porém, dias depois foi realizada uma toracoscopia, na qual uma nova fístula broncopleural foi identificada e corrigida. De acordo com comunicado da assessoria de imprensa do humorista, o procedimento foi um sucesso.

Gerente de indústria morre após atropelar cavalo na Washington Luiz

Um acidente com vítima fatal foi registrado na noite de ontem(14), na SP-310 no KM-177. Ricardo Makoto Kodama, de 56 anos que é gerente de uma indústria, em Rio Claro, morreu após chocar seu carro contra um cavalo na rodovia.

De acordo com o boletim de ocorrência o impacto fez com que o motorista atravessasse o canteiro e batesse em uma canaleta e um barranco. Ricardo veio a óbito no local e seu corpo foi encaminhado para o Instituo Médico Legal de Rio Claro. Ainda não foi divulgado informações sobre o velório e sepultamento.

O animal não resistiu aos ferimentos graves e morreu no local.

Mais informação a qualquer momento e no JC desta sexta-feira(15).

Morre homem que estava internado após ser baleado no Centenário

Morreu na madrugada desta quinta-feira (15), Dirceu Tadeu dos Santos, 39 anos. Ele estava internado a uma semana após ser alvejado com três tiros que atingiram a região do pescoço, cervical e clavícula.
O crime aconteceu na Rua 2 no Jardim Centenário e segundo informações fornecidas pela companheira de Dirceu à uma equipe da Polícia Militar, foi cometido por um vizinho alguns dias depois de uma discussão por barulho e som alto.
A vítima chegou a ser socorrida consciente por profissionais do Samu para o PSMI da Avenida 15 mas o quadro se agravou nos últimos dias.

Covid mata mais PMs em março do que confrontos em 10 meses somados em SP

WILLIAM CARDOSO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) –

Dez policiais militares da ativa morreram em decorrência do coronavírus no estado de São Paulo somente em março deste ano, recorde para um único mês desde o início da pandemia. Como comparação, é um número maior que o daqueles mortos em serviço, em confrontos, entre maio de 2020 e fevereiro último –foram nove mortos no período. Os dados são da própria corporação e foram obtidos pela reportagem via Lei de Acesso à Informação.
A curva de contaminação e morte dentro da Polícia Militar segue o padrão do restante da sociedade, com uma diminuição no número de casos entre setembro e novembro e um aumento significativo a partir de janeiro deste ano, com a explosão em março.
No mês passado, a corporação concedeu diariamente, em média, 143 afastamentos por causa da Covid-19 (4.418), com um PM morto a cada três dias por causa do coronavírus. No mês anterior, em fevereiro, foram duas mortes ao todo, com a concessão de 96 afastamentos a cada dia.
Se cada policial passou duas semanas afastado do serviço até não ter mais sintomas, a corporação ficou desfalcada de ao menos 2.000 PMs todos os dias, no mês passado, por causa do coronavírus. A Polícia Militar conta com cerca de 85 mil integrantes no estado de São Paulo.
Os policiais militares começaram a ser vacinados contra a Covid-19 no início deste mês. Em janeiro, reportagem do jornal Agora mostrou que parte dos PMs se negava a acreditar na letalidade do vírus e demonstrava não acreditar na eficácia da vacina, que estava prestes a ser liberada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância).
Ao mesmo tempo, uma grande parcela da corporação se mostrava preocupada com a doença e ansiava pela imunização. Na ocasião, o então senador Major Olímpio (PSL), morto pelo coronavírus em março, criticou o fato de muitos policiais serem obrigados a fazer o “bico oficial”, se expondo ainda mais aos riscos.
Segundo os dados obtidos via Lei de Acesso à Informação, foram quase 38 mil afastamentos desde o início da pandemia, com 45 mortos na corporação até março.
Especialista diz que policiais se arriscam contra aglomerações Consultor em segurança pública e coronel da reserva da PM, José Vicente da Silva afirma que o policial militar fica vulnerável em muitas ações, apesar dos cuidados. “Não tem jeito. Os policiais estão sendo muito demandados para atuar em aglomerações. Vi uma conta com mais de 12 mil operações sendo realizadas pela PM”, diz.
Segundo o consultor, não deveria causar espanto o fato de PMs serem priorizados na vacinação contra a Covid-19. Silva cita, como exemplo, o fato de o pessoal do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ter recebido a vacina antes de bombeiros do resgate, que prestam o mesmo serviço, mas são enquadrados como policiais militares. “Acho até que a vacina chegou um pouco tarde”, diz.
O coronel da reserva diz que é importante que o comando da corporação reforce sempre os pedidos de cuidado e forneça suprimentos necessários para a tropa, como álcool em gel e máscaras. Ele diz que o hospital da PM oferece uma boa retaguarda para os contaminados, em uma preparação que teve início logo no começo da pandemia. Também destaca a responsabilidade de cada policial com a sua própria saúde. “Às vezes, a pessoa toma cuidado no trabalho, mas relaxa ao chegar em casa”, explica.
OUTRO LADO
A SSP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo), sob a gestão de João Doria (PSDB) e responsável pela Polícia Militar, afirma que, desde o início da pandemia, tem adotado as medidas necessárias para garantir a proteção dos agentes, como aquisição e distribuição de EPI (Equipamentos de Proteção Individual), como máscaras, luvas, aventais descartáveis, álcool gel, face shield, além da higienização dos ambientes de trabalho, viaturas e laboratórios.
“Desde o último dia 5, os profissionais da ativa da Segurança Pública em todo o estão sendo imunizados contra a Covid-19. Até ontem (13), 87% desse público já havia sido vacinado”, diz, em nota.
Segundo a SSP, atualmente, o total de agentes afastados, nas três polícias, corresponde a 1,10% do efetivo em todo o estado. Para chegar a esse percentual, a secretaria leva em consideração apenas aqueles que estão afastados no dia citado. A secretaria afirma que todo policial com suspeita ou diagnóstico da Covid-19 foi ou está devidamente afastado, conforme orientações do Comitê de Contingência do Coronavírus. “A SSP acompanha o quadro clínico, fornecendo todo o suporte necessário para a recuperação de seus agentes.
Segundo a pasta, desde o início da pandemia, 107 policiais (incluindo civis e da polícia técnico-científica) morreram no estado de São Paulo vítimas da doença.

Argentina amplia toque de recolher obrigatório

Agência Brasil

O presidente argentino, Alberto Fernández, ampliou o horário do toque de recolher, anunciado uma semana antes, e suspendeu uma série de atividades, incluindo as aulas presenciais, até 30 de abril, para evitar a saturação de doentes com covid-19 nos hospitais.

“O que tentamos na semana passada foi pouco. Todo o esforço que fizemos até aqui parece insuficiente à luz de como aumentam os contágios na Argentina. Por isso, decidi que entre as 20h e as 6h ninguém poderá circular pelas ruas”, disse Fernández, em rede nacional de rádio e TV.

Há uma semana, Fernández tinha anunciado um toque de recolher entre a meia-noite e as seis da manhã. Além disso, tinha determinado que bares e restaurantes só funcionassem até as 23h, horário que também diminuiu em quatro horas.

“Todas as atividades comerciais só poderão ocorrer entre as 9h e as 19h. As atividades gastronômicas ficarão fechadas em horário noturno. Também suspendi todas as atividades recreativas, sociais, culturais, desportivas e religiosas em lugares fechados”, disse o presidente, incluindo na lista aquilo que o governo prometera que seria a última atividade a ser fechada: as escolas.

“Todas essas medidas incluem a suspensão de aulas, durante duas semanas, a partir de segunda-feira [19]. Alunos e professores não irão à escola. A educação será virtual, a distância. As demais medidas começaram a valer a partir da zero hora de sexta-feira e vão até o dia 30 de abril”, afirmou, acrescentando que as medidas visam a atingir dois objetivos: “não interromper a campanha de vacinação e evitar que o sistema de saúde fique saturado”.

Várias clínicas do sistema de saúde privado, onde 70% dos argentinos são atendidos, estão próximas da saturação, especialmente na área metropolitana de Buenos Aires. No sistema de saúde público, a ocupação de leitos de cuidados intensivos está em 70%.

“Há um mês, tínhamos 45.498 casos de contágios. Na semana passada, 122.468 casos. Nesta semana, o número será maior. Isso significa que multiplicamos por mais de duas a quantidade de contágios em apenas um mês”.

As medidas são destinadas à área metropolitana de Buenos Aires que abrange a capital argentina, onde vivem 3 milhões de habitantes, além de mais dez distritos com 13 milhões de pessoas.

Protestos

Logo após o anúncio das medidas, milhares de pessoas começaram um forte panelaço de protesto na maioria dos bairros de Buenos Aires. Primeiro pelas janelas, depois, pelas ruas. Em frente à residência presidencial, milhares de pessoas protestaram.

No ano passado, a Argentina manteve a mais prolongada quarentena do mundo, com 233 dias de isolamento, que provocou milhares de falências e uma queda de 10% no Produto Interno Bruto (PIB).

Em apenas um ano, a pandemia já deixou na Argentina quase o dobro de mortos: 58.542. Só nas últimas 24 horas foram registrados 368 óbitos.

Com 45 milhões de habitantes, o número de casos chega a 2,604 milhões, com 25.157 novos casos nas últimas 24 horas.

Jornal Cidade RC
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