SP: condição dos negros no mercado de trabalho piora na pandemia

A população negra da região metropolitana de São Paulo foi fortemente impactada no mercado de trabalho durante a pandemia do novo coronavírus. Isso é o que mostrou um estudo divulgado hoje (29) pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade).

A pesquisa Trajetórias Ocupacionais mostrou que a pandemia fez com que as desigualdades estruturais se acentuassem em um curto período, sendo mais desfavorável para o negro. Nesse período, foi ele quem mais sofreu com o desemprego, o trabalho informal e a menor renda.

No primeiro ano da pandemia, os negros foram fortemente afetados pela crise, com maior dependência de mecanismos de transferência de renda, maior desalento e menor isolamento social devido à necessidade de trabalho presencial.

O estudo demonstrou que apenas 17% dos negros ocupados em 2020 passaram para o regime de trabalho remoto, o que representou metade da parcela de não negros (34%). Essa menor possibilidade de manter o isolamento por meio do trabalho remoto se deve ao fato de, entre os negros, ser maior a parcela em ocupações não protegidas e em atividades consideradas essenciais durante a pandemia.

Entre os mecanismos de proteção à renda do trabalho, o maior diferencial observado foi no recebimento do auxílio emergencial. Entre os negros, 33% receberam o auxílio, percentual superior ao de não negros (27%).

Segundo o estudo, a cada 100 negros que estavam ocupados em 2019, 24 ficaram sem trabalho no ano passado. Metade desses foi para o desemprego e, a outra metade, para a inatividade (o que significa que não está trabalhando e nem procurando emprego). Entre os não negros, a mesma porcentagem (24%) ficou sem trabalho em 2020, mas a proporção de inativos foi maior: 15%. Mas os motivos dos inativos negros para não procurarem trabalho se distinguem aos dos não negros pela maior relevância da dificuldade em conseguir trabalho (28%) e a problemas de saúde (18%). Entre os não negros, esses números foram de 18% e 12%, respectivamente.

Incêndio é combatido em área da Feena

Bombeiros e Defesa Civil combateram na tarde de hoje (29), um incêndio na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena). Os profissionais foram acionados por uma equipe da Guarda Civil Municipal, que ao passar pela Avenida Ulisses Guimarães com Avenida 76-A, região do Anel Viário, se deparou com uma grande quantidade de fumaça.

Os guardas permaneceram no local orientando o trânsito para evitar acidentes e também reforçando a segurança dos bombeiros que realizavam o combate às chamas.

Este é terceiro incêndio registrado na Feena neste ano de 2021.

Cuidados preventivos à Covid devem ser mantidos após vacinação

As vacinas contra a Covid que vêm sendo aplicadas em Rio Claro, conforme no restante do país, são seguras e eficazes na proteção à doença, porém não isentam as pessoas vacinadas da necessidade de manterem os cuidados preventivos.

Tanto a Coronavac como a Oxford/Astrazeneca reduzem, e muito, a chance de pegar a doença, porém nenhuma vacina existente (nem para outros vírus e bactérias) apresenta 100% de eficácia. Com isso, mesmo vacinada, a pessoa deve manter os cuidados preventivos à Covid, que são distanciamento social, higienização das mãos e uso de máscara.

E quem pertence ao público-alvo deve tomar a vacina. Isso é fundamental no enfrentamento à pandemia, já que as vacinas protegem das formas mais graves da Covid, além de reduzir as chances de óbito. Há também a expectativa de diminuição da circulação do coronavírus à medida que um grande número de pessoas seja vacinado.

A campanha de vacinação em Rio Claro, nesta sexta-feira (30) atende pessoas com 62 anos ou mais e também pessoas vacinadas com a Coronavac/Butantan até 9 de abril ou com a Oxford/AstraZeneca até 12 de fevereiro. A vacinação será realizada no Centro Cultural e na Faculdade Anhanguera, das 8 às 15 horas, e, no período da manhã, também em três locais por sistema de drive-thru.

Rio Claro continua vacinando contra Covid pessoas com 62 anos ou mais

O público-alvo da campanha de vacinação contra Covid nesta sexta-feira (30) em Rio Claro são pessoas com 62 anos ou mais, que devem tomar a primeira dose, e pessoas vacinadas com a Coronavac/Butantan até 9 de abril ou com a Oxford/AstraZeneca até 12 de fevereiro. Quem se encaixa em uma destas situações deve comparecer a um dos cinco pontos de vacinação.

A Secretaria Municipal de Saúde reforça a importância destas pessoas serem vacinadas. “A vacinação é o meio mais seguro e eficaz de evitar os danos provocados pela Covid, que são muito maiores que os riscos de eventual efeito colateral causado pelas vacinas”, observa Suzi Berbert, diretora de Vigilância em Saúde.

A vacinação será realizada no Centro Cultural e na Faculdade Anhanguera, das 8 às 15 horas, e,  no período da manhã, também em três locais por sistema de drive-thru. Das 8 horas ao meio dia, a equipe do Santa Filomena atende em drive-thru na entrada principal do Shopping Rio Claro, na Avenida Conde Francisco Matarazzo Junior. No mesmo horário, a equipe da Unimed atende na Rua 12 entre as avenidas 14 e 12 (prédio da antiga empresa Alexandre Junior). O atendimento no São Rafael vai das 8h30 até o meio-dia e é pela entrada do pronto atendimento na Rua 1 entre as avenidas 15 e 19. Nos pontos de drive-thru, são entregues senhas para a vacinação até que seja atingida a quantidade de doses disponível e o atendimento é realizado a pessoas conveniadas ou não.

Para dar mais agilidade ao atendimento, a Vigilância Epidemiológica orienta as pessoas que serão vacinadas para que façam o pré-cadastro no site www.vacinaja.sp.gov.br.

Coleta de lixo será normal e ecopontos abrem até o meio dia no feriado

A coleta de lixo domiciliar em Rio Claro será realizada normalmente nesse sábado, 1, feriado que comemora o Dia do Trabalhador. Moradores dos bairros nos quais o serviço é realizado aos sábados podem colocar o material para ser recolhido normalmente.

Já os ecopontos abrem em horário especial no feriado desse sábado e atenderão das 8 horas ao meio dia. Os sete ecopontos estão nos bairros São Miguel (anel viário, perto da Avenida 62-A), Inocoop/Guanabara (Avenida Tancredo Neves com a rodovia Fausto Santomauro), Jardim Figueira (Avenida 54 em frente à Rua 27), Jardim das Palmeiras (Avenida 3-JP, ao lado da Estação de Tratamento de Esgoto), no Cervezão (Rua 6-A, Avenida M-21) e Jardim São Paulo (Rua 1-A), e no distrito de Ajapi (quilômetro 16 da estrada Ajapi-Ferraz na esquina da Avenida 15).

A coleta seletiva de lixo é outro serviço que, excepcionalmente, não será realizado nesse sábado, devido às comemorações do 1º de Maio. Já o caminhão cata-bagulho não tem atividades aos sábados.

Claretiano – Centro de Carreira já empregou mais de 340 alunos durante a pandemia

O Claretiano – Centro de Carreira é o núcleo de empregabilidade do Claretiano – Centro Universitário de Rio Claro. Por meio desse departamento, os alunos recebem vagas de estágio e de empregos efetivos, conteúdos e informações sobre o mercado de trabalho, além de eventos, testes, dicas de preparação para processos seletivos, orientação profissional, entre outras atividades que os ajudam a se organizar na construção de carreira, tudo isso em um portal exclusivo.

Lançado em 2019, o Centro de Carreira oferta em média 60 vagas mensais, em parceria com empresas de Rio Claro e região, nas mais diversas áreas, como Administração, Ciências Contábeis, Recursos Humanos, Marketing (principalmente por conta de muitas demandas serem transformadas em serviços on-line), Tecnologia da Informação (para automatização de vendas, suporte, desenvolvimento, programação etc.), Nutrição, Estética, além de outras áreas.

Durante o seu primeiro ano, muitas atividades foram realizadas, como o Workshop sobre Gestão do Tempo (confira aqui), realizado em parceria com a Prof.ª Sâmia Dias, do curso de Publicidade e Propaganda. Também, o Workshop Refundar ou Afundar, com a empresa Propósito Maior (confira aqui), que foi realizado com os coordenadores dos cursos de graduação e de setores do Claretiano de Rio Claro, a fim de ampliar o autoconhecimento e as estratégias para o desenvolvimento individual e da equipe.

Durante a pandemia, o trabalho do Centro de Carreira se intensificou ainda mais, tendo em vista a importância de manter os alunos do Claretiano no mercado de trabalho durante e depois da conclusão de seus cursos.

Em 2020, foram mais de 500 vagas disponibilizadas e mais de 340 estudantes estão empregados, graças ao Centro de Carreira. De acordo com a Coordenadora do Centro de Carreira, Cláudia Santos, muitos alunos perderam o emprego por conta da pandemia e isso os ajudou a buscar vagas nas áreas nas quais desejam construir carreira.

Veja abaixo o depoimento da ex-aluna Sabrina Luna da Silva Moreira, que concluiu sua graduação em 2020 e está feliz com os resultados do trabalho realizado durante o seu último ano.

Depoimento de Sabrina Lino da Silva Moreira

Gostaria de agradecer imensamente o Claretiano – Centro de Carreira pela ajuda para conquistar meu lugar no mercado de trabalho.

Em 2020, mesmo com a pandemia, o Centro de Carreira me ajudou a conseguir meu estágio. Eu estava no último ano da faculdade e não conseguia trabalho em lugar nenhum, mas com a ajuda consegui um estágio ótimo, em uma empresa excelente.

Assim que me formei na faculdade fui efetivada e estou empregada até hoje, trabalhando com o que eu amo.

Então gostaria de agradecer e dizer que o Claretiano é uma excelente instituição, que vai além da sala de aula e atua de maneira humana para com seus alunos. Gostaria também de agradecer em especial a Cláudia, que sempre foi muito atenciosa comigo. Deixo aqui meu forte abraço a todos os responsáveis por esse projeto tão bacana.

O Claretiano – Centro de Carreira possui parceria com mais de 300 empresas em Rio Claro e região, tais como Korin, Agroceres e Riclan. Essas empresas divulgam vagas, promovem atividades em parceria com a instituição, além de possibilitar a participação dos alunos em atividades internas e externas, como SIPAT e eventos específicos.

As empresas que anunciam vagas com o Centro de Carreira recebem uma atenção diferenciada para que a vaga seja atendida por um aluno que realmente possua o perfil desejado. Ao anunciar, a empresa define as especificidades do cargo; posteriormente, são realizadas avaliações, como seleções dinâmicas ou entrevistas que, de fato, colocam em prática a função para o aluno apresentar seus requisitos.

Dessa forma, além de receber o candidato exato para o cargo, o que possibilita que o aluno siga empregado, ainda possibilita à empresa conhecer o estudante que futuramente será seu colaborador.

Vale lembrar que o serviço do Centro de Carreira é um serviço exclusivo dos alunos do Claretiano – Centro Universitário de Rio Claro. Todos os estudantes matriculados em cursos presenciais do Claretiano em Rio Claro podem se inscrever no portal e se atualizar sobre vagas, eventos, materiais semanais ou orientações sobre elaboração de currículos, entrevistas e carreira.

De acordo com Cláudia, na tomada de decisão sobre a instituição de ensino superior, é importante considerar o tema empregabilidade e carreira, “esse apoio será um diferencial na sua evolução como um todo.

Quer ser aluno do Claretiano? Aproveite! As inscrições para o segundo semestre estão abertas. Acesse claretiano.edu.br, conheça os cursos disponíveis.

Mortos por Covid-19 equivalem às populações de 128 cidades paulistas

MARCELO TOLEDO
RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) – A pequenina Motuca (SP) viveu momentos de apreensão nos últimos dois meses devido ao agravamento da pandemia de Covid-19. Sem uma rede hospitalar com UTI (Unidade de Terapia Intensiva), ela dependia de Araraquara (a 273 km de São Paulo), da qual um dia já foi distrito para internar seus pacientes.


No entanto, a circulação da variante brasileira do coronavírus fez com que as UTIs de Araraquara ficassem por semanas com ocupação de 100% de seus leitos, o que obrigou Motuca, que tem 4.795 habitantes, a levar seus pacientes para municípios distantes até 185 quilômetros.


A típica cidade interiorana, porém, seria uma das 128 localidades varridas do mapa -as menores do estado– caso as 400 mil mortes relacionadas à Covid-19, registradas nesta quinta (29), estivessem concentradas nos pequenos municípios paulistas. Juntas, elas têm pouco mais de 403 mil habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


Uma em cada cinco das 645 cidades de São Paulo também sumiria do mapa -desde a menor delas, Borá, com seus 838 habitantes, até Motuca.


Toda a população de Borá, aliás, poderia ter desaparecido logo nas primeiras semanas da pandemia, já que em 9 de abril do ano passado o país acumulava 957 óbitos.


“Temos pedido sempre que a população colabore, é o que tem de ser feito. Fui com o prefeito num assentamento e passamos por uma cachoeira, que faz parte de outro município, e tinha umas 40 pessoas sem máscaras tomando banho, aglomeradas. Se não houver conscientização, a tendência é só piorar”, afirmou Márcio Contarim, secretário da Saúde de Motuca.


Com 7 óbitos registrados dentre 266 casos de infecção confirmados de Covid-19, a cidade tem atualmente três pacientes internados em Araraquara, segundo a secretaria de Saúde do município vizinho.


Motuca, até sua emancipação, em 1993, era distrito de Araraquara, cidade que se tornou símbolo do avanço da variante P.1 do vírus, viu explodir casos, internações e mortes e foi a primeira a decretar lockdown, em fevereiro.
Com a rede hospitalar de sua cidade referência lotada, Motuca enviou pacientes para São Carlos (77 quilômetros) e até Ituverava, distante 185 quilômetros.


“A variante P.1 preocupa, mas, geralmente, temos condições de estabilizar os casos na unidade de saúde local, que tem atendimento 24 horas e sala de urgência com respirador [até a internação]”, disse Contarim.
Uma das preocupações na cidade é a realização de festas não autorizadas, que têm sido coibidas pela Polícia Militar e pela fiscalização municipal.


Da lista de 128 cidades paulistas cujas populações, somadas, equivalem às 400 mil vítimas da Covid-19 registradas no país desde o início da pandemia, ainda estão localidades espalhadas por praticamente todas as regiões do estado, como Ribeirão Corrente e Jeriquara, na região de Franca, Marinópolis e Turmalina, na região de São José do Rio Preto, ou Nova Guataporanga, na região de Presidente Prudente.


Em geral, elas têm pequenas unidades de atendimento de saúde aos seus moradores, sem leitos de UTI, o que amplia a preocupação em meio à escalada na ocupação de leitos intensivos registrada nos últimos meses.


A lista inclui Monteiro Lobato, que, com seus 4.696 moradores, registrou um aumento grande de casos entre março e abril. Sem UTI, a cidade do Vale do Paraíba tem como referência hospitalar São José dos Campos e possui apenas uma UBS (Unidade Básica de Saúde) e uma equipe de saúde da família. Por isso, desde o ano passado a prefeitura contratou até seguranças privados para dispersar aglomerações, inclusive de turistas.


Ex-distrito de São José dos Campos, ganhou o nome em 1949, em homenagem ao escritor, que viveu na Fazenda do Buquira.


Embora seja pouco populosa, registra grande fluxo de veículos que passa pela cidade, já que é rota para o sul de Minas Gerais ou para cidades como Campos do Jordão.


Hoje, Monteiro Lobato tem cinco mortes confirmadas e 224 casos confirmados de Covid-19. Cinco pacientes fazem o tratamento em casa e não havia nesta semana nenhum paciente internado em enfermaria ou UTI.


“Estávamos tranquilos quando começamos [o mandato, em janeiro], mas, de repente, em março, houve aquele pico. Felizmente, achamos que já conseguimos passar pela fase mais difícil. Os índices de internação no Vale estão melhorando. Mas a preocupação tem de ser diária”, disse o secretário da Saúde da cidade, João Francisco Ferreira.


Em Mira Estrela, cidade de 3.106 habitantes na região de Rio Preto, a prefeitura decidiu adotar lockdown em março, seguindo o que fizeram o maior município da região e outras dez cidades, devido à lotação nas UTIs de Rio Preto.
Então com quatro óbitos e 156 casos, hoje Mira Estrela tem nove mortes e 289 confirmações da doença, segundo dados do governo paulista.


De todas as cidades que desapareceriam nesse cenário hipotético, apenas Borá, Fernão e Sagres (as duas últimas com 1.727 e 2.430 habitantes, respectivamente) não registraram até esta semana óbitos ligados ao coronavírus.

Cão da GCM encontra drogas dentro de escola no Novo Wenzel

Em patrulhamento na tarde desta quarta-feira (29), pelo Jardim Novo Wenzel, uma equipe da Patrulha Ambiental flagrou dois homens que, ao avistarem a viatura, tentaram fugir.

Os rapazes pularam o muro da escola municipal Professor Luís Martins Rodrigues Filho. Os agentes solicitaram apoio da equipe do Canil para realizar uma varredura no interior da unidade com o cão de faro Argos.

Os homens não foram localizados. No entanto, enterrado junto ao muro, no lado de dentro da escola, foram localizadas 44 pedras de crack pesando um total de 12 gramas.

Diante dos fatos a equipe Canil deslocou-se ao plantão policial onde foi feita apreensão das drogas encontradas e confeccionado o Boletim de Ocorrência.

Governo de SP conclui estudo sobre variantes do novo coronavírus; RC tem cinco casos confirmados

O  Instituto Adolfo Lutz da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo concluiu na terça-feira (27) um estudo que identifica o panorama das variantes do novo coronavírus em todas as regiões do estado. Foram avaliadas 1.439 sequências genéticas realizadas pelo Lutz e por outras instituições de referência, que identificaram 21 linhagens diferentes em São Paulo com prevalência da P.1 de Manaus em 90% das amostras. O estudo também mostra uma evolução desta variante no decorrer dos três primeiros meses deste ano. Em janeiro ela representava 20% dos sequenciamentos, sendo que em fevereiro correspondia a 40% e em março 80%.

A P.1 está presente nos 17 Departamentos Regionais de Saúde (DRS), sendo predominante em 15 regiões, com exceção de São José do Rio Preto e de Presidente Prudente onde a P.2 é mais evidente. A P.1 é considerada pelas autoridades sanitárias uma “variante de atenção” devido à possibilidade de maior transmissibilidade ou gravidade da infecção.

“O aumento dos casos, internações e óbitos que identificamos especialmente no primeiro trimestre deste ano pode estar relacionado à maior circulação desta variante de atenção. Nossas equipes seguem analisando em múltiplas frentes este vírus, contribuindo com a Ciência e com as ações de combate à COVID-19”, explica a coordenadora de Controle de Doenças, Regiane de Paula.

Até outubro do ano passado, a variante B.1.1.28 predominava e chegou a ultrapassar 90% das sequências. Havia também a B.1.1.33 que chegou a alcançar 30% das amostras. Ambas sofreram mutações e deram origem a duas novas variantes, respectivamente: a P.2 e a N.9, que surgiram no último bimestre de 2020. Em novembro, a variante inglesa B.1.1.7 passou a circular no Estado e, a partir de dezembro, a P.1 (derivada da B.1.1.28).

A B.1.1.7 está em 12 regiões do estado, com maior predominância em Campinas e Taubaté – de 12,33% e 21,05%, respectivamente. Não há registros em São João da Boa Vista, Bauru, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Marília.

“O sequenciamento genético não deve ser confundido com diagnóstico de COVID-19, até porque não se trata de uma análise individualizada do paciente. Ele também não muda as orientações e hábitos de prevenção, nem mesmo a assistência médica, que considera sempre o quadro clínico do paciente. Identificar as novas linhagens de um vírus é um instrumento epidemiológico que contribui para ações de saúde pública ao permitir que identifiquemos como o vírus se comporta no espaço e tempo”, diz Adriano Abbud, diretor do Centro de Respostas Rápidas do Instituto Adolfo Lutz.

Sobre as variantes

Há centenas de variantes do novo coronavírus ao redor do mundo e, atualmente, somente três são consideradas variantes de atenção pelas autoridades sanitárias nacionais e internacionais: P.1, B.1.1.7 e B.1.351. O panorama do Lutz indica que as duas primeiras circulam mais efetivamente em SP.

Existem também as chamadas “variantes de interesse” que também são monitoradas, mas não sugerem alterações significativas no comportamento da pandemia. A saber: B.1.1.28, que sofreu mutação e deu origem à P.2; B.1.1.33 e sua “derivada” N.9. Elas representam menos de 10% dos sequenciamentos feitos no Estado.

Entenda como é identificada uma variante

A confirmação ocorre por meio do sequenciamento genético com alta qualidade, ou seja: o vírus é “decifrado” para que sejam identificadas eventuais mutações no código genético.

O material analisado é sempre uma amostra positiva para COVID-19 após indicação dos Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) e Laboratórios Regionais do Lutz. A seleção leva em conta fatores como o perfil do paciente (por exemplo: pessoas que tinham idade inferior a 50 anos e nenhuma comorbidade), bem como o local de origem dessa amostra (como uma cidade onde se constatou aceleração de transmissão ou da mortalidade, após varredura no território e municípios vizinhos).

O banco de amostras de COVID-19 do Lutz recebe esse material, verifica, acondiciona e separa o material, para que o Laboratório Estratégico da instituição realize o sequenciamento do genoma completo do vírus. Este processo consiste numa análise complexa a partir da reextração do RNA viral, clonagem de DNA e sua amplificação, uma sucessão de reações de purificação e dosagem para processamento em equipamentos de última geração. Isso permite a “leitura” dos códigos (sequência de “letras”) e é a partir da comparação com outras sequências previamente realizadas que pode ser identificada uma nova variante, que consiste basicamente de conjunto de mudanças nesse código.

Com estes resultados, o Centro de Vigilância Epidemiológica realiza a investigação para confirmação final. O resultado é comunicado ao município para monitoramento e definição de estratégias de atuação, de acordo com a necessidade.

Balanços

Até 27 de abril foram confirmados após análise e confirmações do Lutz e do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) 164 casos autóctones das três variantes de atenção, sendo elas:

152 confirmações de P.1: Capital (15); Araraquara (12); Andradina (1); Araçatuba (4); Avanhandava (2); Bauru (3); Birigui (4); Biritiba Mirim (1); Bocaina (1); Cajamar (1); Cravinhos (1); Diadema (3); Divinolândia (1); Dois Córregos (1); Dracena (1); Espírito Santo do Pinhal (1); Fernandópolis (1); General Salgado (1); Guaíra (1); Guapiara (2); Guariba (1); Icem (1); Ipeuna (1); Ipigua (1); Ituverava (1); Jacupiranga (1); Jaú (10); Leme (2); Lençóis Paulista (4); Limeira (2); Lins (3); Martinópolis (1); Matão(3); Mauá (4); Mococa (8); Morro Agudo (1); Orlandia (1); Osasco (1); Pariquera-açu (1);Paulínea (1); Perdeneira (1); Pitangueiras (1); Poá (1); Pontal (1); Porto Feliz (1); Pradópolis (1); Presidente Prudente (3); Presidente Venceslau (1); Registro (6); Ribeirão Preto (2); Rio Claro (5); Rio Grande da Serra (1); Salto (1); Santa Gertrudes (1); Santa Lúcia (1); Santo André (1); São Bernardo do Campo (5); São João da Boa Vista (1); São José do Rio Preto (1); São José dos Campos (2); Sorocaba (1); Sumaré (1); Taquaritinga (3); Tarabaí (1); Terra Roxa (1); Tietê (1).

9 confirmações de B.1.1.7: Capital (5); Peruíbe (1); Jacareí (1); Guarulhos (1); Bauru (1).

3 confirmações de B.1.351: Sorocaba (2) e Santos (1).

Operação TUTTE: PC faz operação em Santa, Rio Claro e Cordeirópolis e prende quatro

A Polícia Civil desencadeou na manhã desta quinta-feira (29), por volta das 6 horas, uma operação para cumprir 18 mandatos de busca e dois de prisão, onde quatro pessoas foram apreendidas. A operação aconteceu na cidade de Santa Gertrudes, no bairro Parque Jequitibás, na cidade de Cordeirópolis e também em Rio Claro.

De acordo com informações preliminares da Polícia Civil de Santa Gertrudes, o trabalho de investigação teve início há cerca de quatro meses, após um quilo de maconha ser apreendido no Jequitibás e através de interceptações, sob o comando do delegado seccional de Rio Claro e o delegado de Santa Gertrudes, os mandados foram cumpridos na manhã de hoje.

A operação teria desmantelado uma parte de uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios do país e apreendeu uma arma artesanal, drogas e ainda realizou o fechamento de um cassino em Santa Gertrudes. Das quatro pessoas presas, uma mulher e três homens, um dos homens, que estaria com a arma, pagou fiança e foi liberado. A operação recebeu o nome de Tute, por conta do chefe da quadrilha, que segundo a Civil, segue foragido.

Atuaram na ocorrência policiais civis, guardas civis e a profissionais da secretaria de segurança de Santa Gertrudes, policiais da seccional de Rio Claro, da Dise e do Goe de Piracicaba e policiais civis de Cordeirópolis.   

Academia da Força Aérea isola 247 cadetes em surto de Covid-19 em Pirassununga (SP)

MARCELO TOLEDO
RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) – O surto de Covid-19 que atinge a AFA (Academia da Força Aérea) em Pirassununga (a 211 km de São Paulo) fez com que ao menos 247 cadetes fossem isolados por terem tido contato com outros cadetes com suspeita de terem contraído o novo coronavírus. Quatro deles, com diagnóstico confirmado, foram internados no Hospital da Força Aérea de São Paulo.


No total, 39 cadetes contraíram a Covid-19 e foram isolados dos demais alunos e funcionários da AFA, dos quais 27 estão com a doença atualmente.

Os quatro cadetes que foram transferidos para o Hospital da Força Aérea estão, segundo a Aeronáutica, internados em enfermaria. Os demais 23 apresentam sintomas leves, sem a necessidade de remoção para uma unidade hospitalar.
Não é a primeira vez que a AFA enfrenta um surto interno entre seus cadetes. No ano passado, num intervalo de um mês, cerca de cem deles tiveram sarampo, o que representava 14% dos 692 cadetes da academia.

Pirassununga, cidade de 78 mil habitantes no interior paulista, viu disparar neste ano as mortes provocadas pela Covid-19. Até o início de março, eram 67 óbitos causados pela doença, total que nesta quarta-feira chegou a 180.
A origem da contaminação no maior complexo de ensino da aviação militar do país é incerta. Dos 247 isolados na quarta, o Primeiro Esquadrão, com 89, liderava os casos de isolamento, seguido pelas turmas Anúbis (64), Orthrus (52) e Mihos (42).

No primeiro esquadrão, todos foram isolados entre os dias 16 e 27, com previsão de saída que varia, até o limite de 10 de maio. Dois dos cadetes foram para o Hospital da Força Aérea –os outros dois são da Orthus e da Anúbis.


O alto número de cadetes isolados ocorre porque, conforme a AFA, quando um apresenta sintomas suspeitos de Covid-19, mesmo sem a confirmação, os que tiveram contato com ele são afastados preventivamente.
Segundo a AFA, a equipe médica está fazendo busca ativa com aferição de temperatura e nível de saturação de oxigênio no sangue, com o objetivo de detectar pacientes com sintomas iniciais para fazer isolamento precoce, além de testes PCR nos casos suspeitos.

“Devido a esse constante acompanhamento da conjuntura da doença, foi possível identificar uma elevação do número de cadetes da AFA que apresentaram sintomas gripais. Isso permitiu que a Academia afastasse os cadetes de atividades que pudessem gerar maior risco de propagação, seja pela proximidade física ou pela natureza”, diz trecho de comunicado enviado à reportagem pelo comando da Aeronáutica.

O surto ocorre ao menos desde meados de março, já que há cadetes que tiveram alta no dia 19 do mês passado, conforme planilha à qual a reportagem teve acesso.


A Aeronáutica informou que os cadetes têm acompanhamento em tempo integral das equipes de saúde e que, como o efetivo está inserido na comunidade e as atividades essenciais para a formação estão em andamento, “não é possível identificar como ocorre a contaminação”.


A reportagem ouviu um dos alunos da AFA diagnosticado com o novo coronavírus. Ele relatou ter tido febre alta e sintomas como fadiga e dores no corpo e na cabeça, e que esse cenário é recorrente entre os cadetes.

Um docente morreu no último dia 8 devido a complicações da Covid-19. A FAB, que lamentou o óbito, informou que os professores estavam em home office, ministrando aulas online, sem contato com o efetivo desde o início da pandemia.


No total, 138 militares, sendo 77 aviadores, 43 intendentes e 18 de infantaria, se formaram no último mês de dezembro em Pirassununga –122 homens e 16 mulheres. Um dos formandos é de Senegal.


No local, eles recebem diplomas de graduação em nível superior em áreas como ciências aeronáuticas (aviadores), militares (infantaria) e logística (intendentes). A AFA tem área construída de 215 mil m², dos quais 73 mil m² são de área residencial.


O forte avanço da pandemia em Pirassununga em 2021 fez com que o prefeito Dimas Urban (PSD), que é médico, encerrasse com irritação um vídeo no mês passado em que falava à população dos impactos provocados no município.
“Para de ser ignorante, pelo amor de Deus. A Covid está aí, e quem não acredita nela é porque é ignorante, ‘zóio’ tapado. Pelo amor de Deus, inferno”, disse o prefeito ao final do vídeo de cerca de 15 minutos.
Ele demonstrou indignação com negacionistas da pandemia e criticou aglomerações formadas na cidade, numa fala que inspirou a operação “Entendeu? Inferno!”, desencadeada nos dias seguintes e que resultou na interdição de 11 estabelecimentos.


Além das 180 mortes provocadas pela Covid-19, Pirassununga já registrou 6.692 casos confirmados da doença. A cidade tem 23 pacientes internados e há 132 pessoas em isolamento domiciliar. Seis das mortes foram confirmadas nesta quarta, de pessoas com idades entre 59 e 81 anos.

Jornal Cidade RC
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