Estresse causado pela pandemia faz crescer os casos de bruxismo

GABRIELA BONIN
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O estresse e a tensão gerados pela pandemia podem trazer consequências para além da saúde mental da população. O número de atendimentos por dentes quebrados sem motivo aparente quase dobrou em 2021, segundo dados da OdontoCompany, rede de clínicas odontológicas.


Segundo Ben Hur Morimatsu, cirurgião dentista e diretor de controle de qualidade da OdontoCompany, o bruxismo pode também estar relacionado a fatores genéticos e respiratórios, mas, durante a pandemia, questões psicológicas, como a ansiedade, afetaram diretamente a incidência de desgaste nos dentes.


O bruxismo é mais frequente em crianças e ocorre durante o sono. “Quanto pior a qualidade do seu sono e mais leve ele for, mais episódios de bruxismo você apresenta e mais você usa a musculatura”, explica Andréa Lusvarghi Witzel, cirurgiã dentista e professora da Faculdade de Odontologia da USP.


A estrutura é a ATM (articulação temporomandibular), que liga a mandíbula ao crânio e permite ações como mastigação e fala. Ao grupo de condições que causam dores e perturbações na musculatura e na articulação da região, dá-se o nome de DTM (disfunções temporomandibulares).


“As DTMs são consideradas um guarda-chuva para várias doenças, porque você tem várias alterações diferentes dentro da disfunção temporomandibular”, ressalta a professora.


Mais comum em mulheres, as disfunções causam dores que podem ser incômodas no dia a dia dos pacientes. Acometem mais pessoas entre 20 e 40 anos.


Dentre muitos problemas que podem atingir a ATM, estão a mialgia (dor muscular local), dor miofascial (dor crônica muscular que se irradia da articulação para diferentes partes do corpo) e desvios na abertura da boca.


Os sintomas de cada disfunção são diferentes, mas, no geral, incluem dores de cabeça, de ouvido, no maxilar e na face. DTMs podem limitar a mastigação e a movimentação da mandíbula e causar estalos e crepitações.


Primeiro passo é orientar o paciente Cirurgiões dentistas reforçam que problemas na articulação temporomandibular e dores consequentes do bruxismo são, em sua maioria, resolvidos com tratamento não invasivo.


“O primeiro passo [no tratamento] é orientar o paciente”, diz Andréa Lusvarghi Witzel, cirurgiã dentista e professora da Faculdade de Odontologia da USP.


No caso do bruxismo, a melhoria da qualidade de sono é essencial. Especialistas recomendam evitar o uso de telas e atividades físicas próximo ao horário de dormir e manter uma rotina com horários estabelecidos para se deitar e levantar.


Além disso, a utilização de uma placa nos dentes na hora de dormir diminui o desgaste resultado do bruxismo. Andréa cita a existência de aplicativos de celular que, de tempos em tempos, enviam notificações para que o paciente lembre de soltar a tensão dos dentes.


Fisioterapia, medicamentos, acupuntura e técnicas com uso de laser também são opções no tratamento das disfunções da ATM. Caso nenhuma dê resultado, a cirurgia surge como última opção para resolver os incômodos.

SAIBA MAIS

BRUXISMO
O bruxismo é a desordem caracterizada pelo ranger ou apertar dos dentes, principalmente durante a noite
Causa desgaste nos dentes e dores de cabeça

Tipos de bruxismo

De vigília
A pessoa range ou morde os dentes enquanto está acordada, como em momentos de estresse, nervosismo ou concentração

De sono
Mesmo dormindo, a pessoa range os dentes em movimentos esporádicos

Disfunções

A ATM (articulação temporomandibular) é a estrutura anatômica que liga a mandíbula ao crânio. São dois ossos, a mandíbula e o osso temporal, e, entre eles, há um disco articular
As DTMs (disfunções temporomandibulares) são um grupo de condições que causam dores e perturbações musculares ou articulares na região da ATM
Atingem mais mulheres que homens e são mais comuns na faixa etária dos 20 aos 40 anos

Sinais e sintomas

Dor muscular
Dor maxilar
Dor de ouvido
Dor de cabeça
Dor na face
Limitação nos movimentos mandibulares
Estalos e crepitações

Causas

Fumo, álcool ou drogas
Estresse e ansiedade
Arcada dentária irregular
Prática de esportes de alto rendimento
Apneia
Problemas neurológicos
Uso de algum determinado medicamento

Diagnóstico

Exames dentários observam desgastes e alterações na estrutura
Na polissonografia (exame do sono) são identificados os movimentos do ranger dos dentes
Relato de quem convive com a pessoa ajuda a identificar o problema

Como tratar

Melhoria na qualidade de sono
Uso de placa oclusal (placa para bruxismo)
Corrigir técnicas de mastigação e evitar comidas mais duras no período de dor aguda
Fisioterapia

NA INFÂNCIA

É comum crianças rangerem os dentes para encontrarem uma posição de encaixe melhor, o que não pode ser confundido com bruxismo
É preciso um diagnóstico correto de um especialista para saber se há o hábito

Fontes: Andréa Lusvarghi Witzel, cirurgiã dentista e professora da Faculdade de Odontologia da USP; Ben Hur Morimatsu, cirurgião dentista e diretor de controle de qualidade da OdontoCompany; Conselho Regional de Odontologia de São Paulo

Missa de sétimo dia de MC Kevin ocorre em igreja de São Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Foi realizada neste sábado (22) na igreja da Paróquia de Nossa Senhora de Loreto, na zona norte de São Paulo, a missa de sétimo dia em memória de MC Kevin, que reuniu amigos, fãs e familiares do músico. O funkeiro morreu no domingo (16) após cair de um quarto de hotel na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.


O anúncio da missa foi feito no Instagram da Revolução Records, gravadora aberta por Kevin. MC Brinquedo também postou em sua rede social o anúncio da missa, que ocorreu às 18h na igreja localizada na Vila Medeiros.
O funkeiro também postou um vídeo onde mostrava que iria para a missa com uma bermuda que Kevin lhe emprestou. “Tô com a bermuda do meu irmão, do meu anjo”, disse.


“Cola lá, rapaziada, fazer uma oração, jogar uma energia boa”, falou MC Brinquedo ao convidar seus seguidores a comparecer à missa. O uso de máscara também foi lembrado pelo funkeiro.


CARREIRA
Conhecido por sucessos como “Cavalo de Troia”, “Favelado Vencedor” e “O Menino Encantou a Quebrada”, Kevin contava com 8,6 milhões de seguidores no instagram e 537 mil no YouTube. O artista já fez parcerias com outros artistas do gênero como MC Guimê e Igu.


Nascido na Vila Ede, bairro da zona norte de São Paulo, lançou o último álbum “Fênix”, recentemente.
Pouco mais de um mês antes de morrer, MC Kevin lançou a faixa “Minha Última Música”. A letra, que trata de alguém que trocou o crime pela música e que “vê o melhor da vida sempre andando pra frente” traz também momentos melancólicos. Em um trecho a canção fala sobre “parar”, “dar um tempo” para repensar a vida.


“Eu tô cansado de cantar, vou dar um tempo. Eu posso parar. Depois eu volto pro funk. Joga o tapete vermelho pra eu passar. Vou ficar um tempo distante, paz. Na minha vida, eu tô cansado de inveja. Eu vou aproveitar pra gastar meus milhões bem longe. Tô só pedindo um tempo pra minha vida repensar. É hora do descanso do gigante. É que a liberdade, tá f* a realidade, vê que o mundo tá acabando”, diz a música

Relatório da CPI da Vacina é votado nesta segunda-feira

Os vereadores da Câmara Municipal votam nesta segunda-feira (24), em reunião ordinária da CPI da Vacina, o relatório final apresentado após a investigação sobre o suposto ‘fura-fila’ da vacinação contra a Covid-19 entre os próprios parlamentares. O relator, vereador Adriano La Torre (PP), apresentou o documento recomendando advertência verbal pelo presidente do Legislativo, José Pereira (PSD), aos vereadores Luciano Bonsucesso e Carol Gomes e que após o mesmo pede que o processo seja arquivado por não ter como provar que de fato alguém furou a fila de vacinação, pois não existe exame conclusivo para identificar a vacina no organismo.

Os dois legisladores, Luciano e Carol, foram os protagonistas da investigação. O primeiro foi quem trouxe a público, durante sessão no mês de abril, a informação de que algum vereador teria sido vacinado, sem citar nomes. Após a instauração da CPI, a pedido do vereador Hernani Leonhardt (MDB) – que presidiu a Comissão – Luciano afirmou ter ouvido nos bastidores da Casa de Leis sobre a vereadora Carol Gomes supostamente ter dito que estaria imunizada.

A parlamentar, por sua vez, assumiu que disse tal fato, no entanto, declarou que citou a frase de forma irônica diante de suposto contato com a doença, não por ter sido vacinada – fato que alega não ter ocorrido ao apresentar laudo e exame atestando não estar imune ao vírus. Pereira e o vereador Sivaldo Faísca (DEM) confirmaram que a frase da vereadora estava no contexto de ‘ironia’ durante uma reunião.

Segundo o relator La Torre, não houve ‘má-fé’ por parte de Luciano, porém, que a posição do vereador quando emitiu a informação na sessão colocou em ‘xeque’ todos os demais vereadores. Quanto a Gomes, o relator declara que não há espaço para ironias ou brincadeiras em falas de parlamentares dentro da Câmara Municipal. A recomendação por advertência verbal a ambos gerou discussões acaloradas nos bastidores.

“Solidariedade não envelhece” arrecada fraldas para Emaús

Não existe hora para ser solidário e esse é o tema da campanha “Solidariedade não envelhece”, realizada pelos alunos dos primeiros e últimos anos de Gestão do Claretiano de Rio Claro. A ação teve a mentoria das docentes Carolina Vitti e Viviana Gianini.

Este ano, devido à pandemia, a professora Maria Carolina Vitti teve a iniciativa de propor uma campanha que atingisse um público maior, além de propor um projeto que estabelecesse metas a serem alcançadas pelos alunos em cada fase do projeto interdisciplinar. A campanha teve como objetivo arrecadação de valores financeiros para a compra de fraldas geriátricas.

“Foi um trabalho realizado de forma interdisciplinar que teve início no mês de fevereiro, os alunos desenvolveram um folder com o nome da campanha, que arrecadou um valor em dinheiro e foi comprado em fraldas e entregue à Hospedaria Emaús, instituição também escolhida pelos alunos. Tudo foi feito pelos alunos, todo o processo”, explica Maria Carolina.

A docente explica ainda que os alunos tiveram a oportunidade de alinhar a teoria estudada na sala de aula com a prática ao desenvolver ações de responsabilidade social, planejamento, controle e organização. Ao todo foram arrecadados R$ 11.000,00 entre dinheiro e pacotes de fraldas. O fechamento final da campanha gerou a doação de 220 pacotes de fraldas geriátricas que representa o consumo de quatro meses deste produto pelos 80 moradores da Hospedaria Emaús. Todas as iniciativas foram dos alunos sob a mentora das docentes. A campanha envolveu mais de 800 pessoas da cidade de Rio Claro que participaram com doações.

Maria Carolina fala sobre o espírito de humanidade e empatia que a realização do projeto gerou nos alunos que estão ingressando e também deixando a faculdade.

“Este projeto teve como objetivo incentivar o espírito humanitário e de empatia, desenvolvendo o sentimento de responsabilidade social aos futuros gestores. Ocorreu um envolvimento grande dos mesmos baseado em conhecimentos acadêmicos que são desenvolvidos durante toda campanha, tais como: pesquisa de mercado, administração do tempo, responsabilidade social e análise das performances individuais e em equipes baseada em metas. Ao todo foram envolvidos 110 alunos, com total dedicação e participação nas atividades acadêmicas propostas pela campanha”, finaliza.

A entrega das fraldas foi feita no dia 15 de maio, quando a Hospedaria Emaús completou 51 anos.

VÍDEO: Sepultadores relatam os desafios e a nova realidade de trabalho em meio à pandemia

Os sepultadores lidam com a morte diariamente. Vivenciam na rotina de trabalho o choro e a tristeza de famílias que perderam entes queridos. No entanto, precisam ser fortes e relevar qualquer sentimento.

Na pandemia da Covid-19, tornou-se uma tarefa nada fácil, ainda mais tendo que disfarçar a angústia em meio a tanto sofrimento e vítimas da Covid-19. E não importa o tempo de profissão e a experiência: o momento é difícil para todos nesta pandemia.

Para o sepultador Cláudio Gibilin Milano, 56 anos, a maior dificuldade tem sido lidar com a dor da despedida a distância. “Nos casos de Covid-19, do portão para dentro, somos nós e Deus, somente. É difícil ver o sofrimento dos familiares que não podem dar o último adeus a um pai, mãe, filho ou quem quer que seja”, comenta.

Há 17 anos trabalhando no Cemitério Municipal ‘São João Batista’, diz que é inevitável não se emocionar e solidarizar, mas que é preciso ser forte. “Tem hora que baqueia, a pandemia intensificou alguns sentimentos. A gente tenta minimizar a emoção, mas é difícil. Penso que tenho que seguir em frente, não levar esse sentimento para casa e acreditar que tudo vai melhorar em breve”, reforça Milano.

O profissional conta que junto à sua equipe chegou a fazer oito sepultamentos num único dia, entre Covid-19 e outras causas. Apesar das realidades que vivencia no dia a dia, confessa que não sente medo da morte. “Francamente, nunca tive. Estamos sujeitos à morte a partir do momento em que nascemos. Posso dizer que me acostumei com ela, mas não com o sofrimento do luto. A morte faz parte da vida”, comenta.

Carlos Henrique Camacho, 48 anos, também é sepultador no ‘São João Batista’. Apesar de todas as vidas que perderam a luta para a Covid-19, um momento que o emocionou foi ter que sepultar um amigo. “O mais delicado é se deparar com alguém conhecido. Perdi um amigo para a doença, o conhecido Zé Carioca. Foi bem difícil”, relembra Camacho.

Pai de uma menina, revela, ainda, situações angustiantes que o fizeram refletir ainda mais, como o falecimento de um recém-nascido e de uma criança em decorrência do novo coronavírus. “Ninguém está livre da doença e tudo isso gera insegurança. Tenho filha, a gente pensa nos filhos. Não tem como fugir disso. São vários momentos em que a emoção fala mais alto, com relatos e histórias de vida”.

Imunizados com as duas doses da vacina e devidamente equipados para o trabalho diário, com uso de luvas, máscara, roupa especial e uso de álcool em gel, seguem interruptamente com a responsabilidade e o compromisso de enterrar vítimas ou não da Covid-19. Firmes na missão, esperam por dias melhores e a conscientização de todos para que a luta contra o vírus seja vencida.

“Nunca pensamos em desistir e nem podemos. Guerreiro não pode abaixar a guarda. Enquanto Deus permitir, vamos exercitar a nossa profissão. Que Deus abençoe a nossa Nação, as pessoas se conscientizem e a vacinação chegue para todos”, conclui a dupla.

Rio Claro encara o Água Santa nesta segunda-feira (24)

Com a realização dos jogos da volta das quartas de final, foram definidos os quatro semifinalistas do Paulistão A-2. Rio Claro FC, Água Santa, Oeste e São Bernardo FC vão disputar duas vagas na elite do futebol de São Paulo.

Em conselho técnico virtual realizado ontem (22) entre os clubes e a Federação Paulista de Futebol, foi definida a tabela das semifinais.

O Rio Claro FC encara o Água Santa nesta segunda-feira (24) às 15h no Estádio Augusto Schmidt Filho com o jogo da volta agendado para quinta-feira (27) no Estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo do Campo.

A outra semifinal também tem início na segunda-feira (24), mas o primeiro encontro entre São Bernardo FC e Oeste acontece às 20h, no Estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo do Campo. A volta está agendada para a quinta-feira (27), às 21h, na Arena Barueri, no Grande ABC.

Rio Claro FC

Para o primeiro duelo amanhã (24) o técnico Alberto Felix deve ter o desfalque do atacante Denilson, que se machucou no jogo diante do Red Bull Brasil. Maikon Aquino deve entrar em seu lugar e formar a dupla de ataque com Jair.

Provável time

O Galo Azul deve ir a campo com: Murilo Prates, Toninho, Roger Bernardo, Marcelo, Alysson Dutra, Bruno Formigoni, Magno, Gian, Cesinha, Jair e Maikon Aquino.

Água Santa

No time de Diadema um rio-clarense comanda a equipe, o técnico Sérgio Guedes. O treinador vem realizando uma grande campanha no Netuno e caiu nas graças dos torcedores.

Mesmo a derrota para a Lusa por 2 a 1 no jogo da volta nas quartas de final não desanimou a equipe, que fez um grande investimento para retornar ao Paulistão.

Provável time

O Netuno deve ir a campo com: Oliveira; Luis Ricardo, Hélder, Rodrigo Sam, Rhuan, Marzagão, Tauã e Luan Dias, Dadá Belmonte, Lelê, Renato Júnior.

Regulamento

Vale relembrar que com resultados iguais nos dois jogos a decisão do acesso e vaga na grande final será nos pênaltis.

Transmissão

A Rádio Jovem Pan News RC transmite todas as emoções dessas duas partidas para o torcedor. Basta sintonizar AM 1410 ou pelos canais do Facebook e YouTube.

Guia traz 117 aves que habitam o Lago Azul

Durante o estágio no Projeto “Sala Verde – Luiz Antonio Scussolino”, coordenado pelo Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, os estagiários são incentivados a criar projetos, ações e atividades voltados à questão ambiental.

Diante de tal oportunidade, as jovens Graziela da Silva Oswaldino, Jade Faltz e Marina Almeida Souza decidiram informar a população sobre a importância da proteção da biodiversidade e viram no Parque do Lago Azul, em meio a uma área urbana, a chance de tornar o incentivo em realidade.

“Um dos últimos documentos que possuem os registros das espécies que podem ser vistas no Lago, foi publicado em 2007 pelo biólogo Carlos Gussoni, em forma de artigo científico na revista Atualidades Ornitológicas. Então buscamos desenvolver um projeto que compilasse todos os registros de espécies de aves, que fosse acessível não só para o meio científico, mas também para a população local”, cita Graziela da Silva Oswaldino, estagiária de ecologia.

No total foram catalogadas 117 espécies de aves. Todas as fotos do Guia foram tiradas por Carlos Otávio Araújo Gussoni e Luiz Carlos Ramassotti, biólogos e observadores de aves que há mais de 20 anos registram e estudam sobre elas. Com o auxílio deles foi possível agilizar o desenvolvimento do Guia.

“Esse guia foi uma maneira que encontramos de traduzir parte daquilo que nós aprendemos durante a faculdade para a população e, principalmente, reafirmar a importância de uma área verde para a biodiversidade da cidade”, afirmou Jade.

“Observar as aves e seu comportamento também é ajudar na sua preservação, e documentar isso é mostrar ao público, principalmente quando se trata do Lago Azul, que as aves têm o seu lugar e esse deve ser protegido”, concluiu Marina.

Acesse o guia: https://drive.google.com/file/d/1C6HxJxJPEFhoEvQ2Nz_24PtD-tuAIDnz/view

Maior santuário do mundo dedicado à Nossa Senhora de Caravaggio está em RC

Um dos mais populares líderes religiosos do interior de São Paulo, o padre Jocelir Leo Vizioli está construindo em Rio Claro um novo espaço para celebrar as missas. Segundo o religioso da igreja Católica Apostólica Brasileira, será o maior santuário de Nossa Senhora de Caravaggio do mundo.

A reportagem do Jornal Cidade esteve nesta semana no templo, que fica na Estrada Velha que liga Rio Claro a Ipeúna. A obra já está na fase de acabamento e foi projetada por um engenheiro da Rede Graal e terá capacidade para receber mais de oito mil fiéis.

“A ideia veio de uma necessidade de estarmos em outro espaço, pois o antigo não tinha capacidade suficiente para acolhermos o povo de Deus. O santuário no Palmeiras se tornou pequeno. Nesta obra, toda a estrutura está pronta. Agora, faltam acabamentos, como vidros, palco, portas e pintura”, disse.

Segundo o pároco, 30% dos materiais usados na construção são recicláveis. A obra está orçada em 30 milhões de reais e está sendo patrocinada por vários empresários e empresas, assim como a ajuda dos próprios fiéis. Ele agradeceu a todos que o ajudaram na obra.

“Nossa estrutura é totalmente tecnológica e acolhedora, desde a porta de entrada; a arquibancada com espaços bem grandes; e o altar giratório, que terá uma cruz enorme”, detalhou o padre.

Sobre a mão de obra, Jocelir explicou que 80% foram feitos por integrantes do CR (Centro de Ressocialização de Rio Claro), mas que, infelizmente, por conta do agravamento da pandemia do novo coronavírus, não podem mais sair para trabalhar. “É preciso valorizar essas pessoas que muitas vezes são discriminadas em nossa sociedade”, afirmou.

Igreja segue fechada com transmissões de missas pela internet

Antes da pandemia da Covid-19, as missas do padre gaúcho já chegaram a atrair até nove mil pessoas presencialmente. Há um ano e dois meses de portas fechadas ao público, Jocelir ressalta que pretende ficar assim, resguardando vidas.

Desde que foi falado que o distanciamento social seria uma das formas de prevenção ao novo coronavírus, a igreja não recebe público presente. Até que não tenhamos 60% do povo brasileiro vacinado, não vou abrir o santuário para o povo. Por consciência. Por enquanto, [o templo] ficará fechado”, falou.

Arrastar multidões já não é novidade para Jocelir, nem mesmo quando o assunto é tecnologia. Ao administrar a igreja, sempre pensou nas transmissões ao vivo que, na pandemia, tomaram ainda mais forma. São mais de 200 mil visualizações nas celebrações.

“Isso é resultado do investimento que fizemos a longo prazo. Há 18 anos que trabalho com os meios de comunicação. Hoje, por meio da internet, conseguimos atingir mais público para as celebrações. Fico grato, mas penso que o caminho é por aí: evangelizar sem medo”.

Dia de Nossa Senhora de Caravaggio

A igreja deu início, na última segunda-feira (17), à novena de Nossa Senhora de Caravaggio, com o tema: ‘Nossa Senhora Interceda Pela Bênção das Famílias’. A programação se encerra na quarta-feira (26), dia da Padroeira.

O padre relembrou que, assim como no ano passado, a tradicional carreata com concentração dos fiéis no Aeroclube de Rio Claro, com trajeto pelas ruas da cidade, não acontecerá neste ano. 

“Infelizmente, sem povo, sem carreata. Mas, na nova gruta, que ainda está em construção, vamos preparar um ambiente para a santa eucaristia. As pessoas podem visitar o santuário das 8h às 19h30, que é quando dará início à santa missa de ação de graças pelo Dia”.

Hoje, domingo (23), também como parte dos festejos à padroeira, acontece a Paella Caipira com Arroz Carreteiro com delivery a partir das 11h, na porta do novo santuário. Segundo o pároco, mais de 600 pessoas já aderiram, mas é possível retirar o ingresso na hora, pelo valor de R$ 35.

Com mais dois óbitos, RC chega a 427 mortes provocadas pela Covid

Rio Claro teve 20 novos casos de Covid e dois óbitos pela doença confirmados nas últimas 24 horas. As informações foram divulgadas no sábado (22) pela Secretaria Municipal de Saúde.

Agora, o município tem 14.039 casos de infecção por coronavírus e o total de óbitos chegou a 427. Os óbitos mais recentes são de uma mulher com menos de 60 anos e de um idoso.

O município tem, até o momento, 13.016 pessoas recuperadas da Covid. Outras 510 pessoas estão em isolamento domiciliar e 110 estão hospitalizadas.

O índice de ocupação de leitos é de 66%, sendo que 53 pacientes estão em UTI. A Secretaria Municipal de Saúde alerta a população para que mantenha os cuidados preventivos, com uso de máscara, distanciamento social e higienização frequente das mãos.

Japão pode prorrogar do estado de emergência para combater a covid-19

O governo japonês pode considerar uma prorrogação da declaração de estado de emergência contra o coronavírus para além da data estipulada de encerramento: 31 de maio. Atualmente, a declaração está em vigor em nove províncias, incluindo Tóquio e Osaka.

O premiê japonês, Suga Yoshihide, disse que o governo vai analisar a situação das infecções na próxima semana e decidir até o final do mês sobre uma possível prorrogação. Ele enfatizou a importância de implementar todas as medidas possíveis para conter o vírus.

A província de Okinawa será incluída no âmbito do estado de emergência amanhã (23), com prazo de duração até 20 de junho.

Alguns membros do governo sugeriram que a declaração para as atuais nove províncias também deveria ser prorrogada até 20 de junho. Eles afirmam que as taxas de infecção não melhoraram o suficiente para justificar o encerramento da emergência em 31 de maio.

Agência Brasil

Covid-19: Fiocruz desenvolve esforços para elevar produção de vacinas

Os esforços para a fabricação da vacina contra a covid-19 na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, devem entrar em junho em uma nova etapa, com o início da produção dos lotes de pré-validação usando ingrediente farmacêutico ativo (IFA) produzido no Brasil. 

A fundação atingiu nesta semana a marca de 50 milhões de doses produzidas com IFA importado, e 36 milhões já foram entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Apesar de correr em tempo recorde, a preparação para nacionalizar o IFA da vacina Oxford/AstraZeneca tem grande complexidade, já que, entre outros motivos, a tecnologia usada nesse imunizante é uma novidade na indústria farmacêutica e só passou a ser utilizada em larga escala na pandemia. 

Diferentemente de outras vacinas produzidas no país, que possuem vírus vivo enfraquecido (atenuado) ou vírus inativado (morto), a vacina Oxford/AstraZeneca tem uma plataforma tecnológica chamada de vetor viral, em que outro vírus é modificado para transportar as informações genéticas do coronavírus.

Fabricar o IFA é dominar esse processo, já que ele é o ingrediente que contém o vetor viral com as informações genéticas necessárias para desencadear a resposta imunológica. A dependência de IFA importado e os atrasos nas importações estão entre as dificuldades enfrentadas pelo tanto pela Fiocruz como pelo Instituto Butantan, em São Paulo, no fornecimento de vacinas ao país.

Transferência de tecnologia

Em cronograma apresentado nesta semana na Comissão de Enfrentamento à Covid-19 da Câmara dos Deputados, o vice-presidente de Produção e Inovação da Fiocruz, Marco Krieger, explicou que os próximos passos para nacionalizar o IFA ainda dependem da assinatura do contrato de transferência de tecnologia que vai autorizar Bio-Manguinhos a produzir o insumo. A assinatura está em negociação e deve ocorrer ainda em maio, disse o executivo da fundação. 

Apesar de o acordo ainda não ter sido assinado, a Fiocruz afirma que a AstraZeneca já repassou todas as informações técnicas necessárias à transferência de tecnologia. Com esses dados, já tiveram início na fábrica de Bio-Manguinhos alguns processos ligados à produção, como simulação de operações, treinamento de pessoal em processo e absorção de metodologias analíticas. 

A produção dos lotes de pré-validação e validação em junho e julho permitirá a realização de testes de controle de qualidade segundo padrões internacionais, além da ampliação da escala de produção. Em agosto, a Fiocruz vai começar a produzir os lotes chamados comerciais, que serão estocados até a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluir a autorização da produção do IFA no Brasil.

O trabalho que a Fiocruz tem pela frente inclui também a produção das documentações necessárias para solicitar a alteração no registro da vacina, incluindo Bio-Manguinhos como novo local de fabricação do IFA. A autorização para a vacina que está em vigor atualmente foi concedida considerando a fabricação do IFA no laboratório WuXi Biologics, vistoriado por técnicos da Anvisa na China.

A primeira vistoria da Anvisa às instalações de Bio-Manguinhos para autorizar a produção o IFA foi realizada em abril, e a agência concedeu a certificação das condições técnico-operacionais das instalações (CTO). Só em agosto, porém, a Fiocruz dará entrada em um novo processo de submissão contínua de informações para o registro da vacina, que deve ser concluído em outubro. A entrega das doses com IFA produzido no Brasil ao Programa Nacional de Imunizações depende desse registro. 

210 milhões de doses

Desde o ano passado, a Fiocruz estima produzir 210,4 milhões de doses da vacina em 2021. E as primeiras 100,4 milhões serão fabricadas a partir de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado da China, o que era previsto pelo acordo de encomenda tecnológica assinado com a AstraZeneca.

A nacionalização do IFA deve viabilizar a produção de mais 110 milhões de doses, que começarão a estar disponíveis para o PNI a partir de outubro. 

O PNI também receberá a vacina Oxford/AstraZeneca de outros produtores: quatro milhões de doses da vacina já foram importados do Instituto Serum, na Índia, que deve fornecer mais oito milhões de doses. O consórcio Covax Facility, do qual o Brasil é integrante, também deve fornecer doses da vacina em seu portfólio.

Covid-19: vírus primitivo pode aumentar mortes em UTIs, diz Fiocruz

Um vírus primitivo, presente nos humanos há milhares de anos, pode estar sendo ativado pelo coronavírus e provocando aumento de mortes em pacientes graves. A hipótese faz parte de um estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que pode ajudar a compreender por que alguns pacientes graves submetidos à ventilação mecânica conseguem deixar a UTI, enquanto outros não sobrevivem à covid-19.

A pesquisa indica que a presença do retrovírus endógeno humano da família K (HERV-K) está associada não só ao agravamento da doença como também à mortalidade precoce. De março a dezembro de 2020, o estudo “Ativação do Retrovírus Endógeno Humano K no Trato Respiratório Inferior de Pacientes com Covid-19 Grave Associada à Mortalidade Precoce” acompanhou 25 pessoas em estado crítico que necessitaram de ventilação mecânica. Com idade média de 57 anos, elas estavam internadas no Instituto D’Or e no Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer.

“A progressão de casos brandos para graves vinha sendo associada à hipoxia, inflamação descontrolada e coagulopatia. No entanto, os mecanismos envolvidos com a mortalidade em casos muito graves ainda não são bem conhecidos. Para isso, o estudo buscou compreender o viroma do aspirado traqueal de indivíduos em ventilação mecânica — isto é, os vírus presentes na amostra. Os testes mostraram níveis altos de HERV-K, em comparação com exames de pacientes com casos brandos e de não infectados”, explicou a Fiocruz.

O coordenador do estudo foi Thiago Moreno, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz). “Verificamos o viroma de uma população com uma altíssima gravidade, em que a taxa de mortalidade chega a 80% para ver se algum outro vírus estava coinfectando esse paciente que está debilitado, imunossuprimido. A nossa surpresa foi encontrar esses altos níveis de retrovírus endógeno K. É o tipo de pesquisa que parte de uma abordagem completa não enviesada. Isso dá muita força, muita credibilidade ao achado”, explicou o cientista.

Ancestral

Segundo o estudo, o HERV-K é um retrovírus endógeno, um vírus ancestral que infectou o genoma humano quando humanos e chimpanzés estavam se dissociando na escala evolutiva. Alguns desses elementos genéticos estão presentes nos nossos cromossomos. Muitos ficam silenciosos durante a maior parte da vida, mas parece que, de alguma forma, o Sars-CoV-2 pode ter reativado esse retrovírus ancestral. O índice de morte em pacientes graves de covid-19 chega a 50% entre os que apresentam altos níveis de HERV-K.

O estudo estabeleceu ainda uma ligação direta: ao infectar em laboratório uma célula de uma pessoa saudável com o Sars-CoV-2, houve um aumento nos níveis do HERV-K. “A gente estabeleceu, de fato, que o Sars-CoV-2 é o gatilho para o aumento desses retrovírus endógenos, para despertar os genes silenciosos”, disse Moreno.

Junto com o aumento dos níveis do HERV-K nos pacientes, os pesquisadores perceberam que fatores de coagulação foram mais consumidos, que ocorreram mais processos inflamatórios e que diminuíram os números de fatores necessários para a sobrevivência de células do sistema imune. Conforme os níveis de HERV-K aumentaram, os números de monócitos inflamados ativados também cresceram. “Esses níveis de HERV-K se correlacionaram com o que se chamou de mortalidade precoce, como menos de 28 dias de internação”, conta Thiago.

Genes silenciosos

A pesquisa é ainda a primeira evidência da presença desse retrovírus no trato respiratório e no plasma de pacientes graves de covid-19. A presença do HERV-K, que ocorre também em outras doenças, como câncer e esclerose múltipla, pode ser usada como um biomarcador associado à gravidade em casos de covid-19. Sua detecção precoce poderia reforçar o uso de determinadas estratégias, como o uso de anticoagulantes e anti-inflamatórios.

Mas ainda é difícil saber por que isso ocorre em algumas pessoas e não em outras. “Esse despertar de genes silenciosos é o que pode fazer a diferença das evoluções. Talvez o sinal para o silenciamento de determinados retrovírus endógenos seja mais forte em algumas pessoas do que em outras. Parece estar associada à gravidade essa capacidade do novo coronavírus de mudar o perfil epigenético da célula do hospedeiro, ativando inclusive vírus ancestrais, alguns deles que deveriam estar adormecidos no nosso genoma”, comentou o coordenador do estudo.

Além da Fiocruz, fazem parte da pesquisa cientistas da Universidade Federal de Juiz de Fora, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer e da empresa MGI Tech.

Jornal Cidade RC
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