Extensão permite acelerar vídeos no Facebook e em outras plataformas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Há mais de um ano, os privilegiados que podem trabalhar em home office e/ou assistir a aulas online -e que conseguiram sobreviver à pandemia até aqui- passam boa parte das suas vidas na frente de um computador ou de um celular. É tanto tempo olhando para uma tela que o cansaço mental que isso provoca ganhou até nome: “Zoom fatigue” (fadiga de Zoom, em inglês). Mas há um modo de abreviar esses momentos, que às vezes parecem intermináveis: acelerar os vídeos.


Quem assiste a apresentações no YouTube pode fazer isso facilmente. Basta clicar no ícone de engrenagem, selecionar “Velocidade de reprodução” e escolher qual deseja. Porém, Facebook e outras plataformas não têm esse recurso nativo. Mas é possível baixar uma extensão para o navegador Google Chrome que faz o serviço.


Entre em chrome.google.com/webstore e digite na caixa de busca, no canto esquerdo superior, “Video Speed Controller”, uma das mais utilizadas. Se não aparecer de cara, clique em “Mais extensões” até localizá-la. Em seguida, clique em “Usar no Chrome”, no canto direito superior, e “Adicionar extensão”.


Se a página com o vídeo que quer acelerar já estiver aberta no seu navegador, clique na tecla F5 para atualizá-la. Aí basta dar play e, para acelerar o vídeo, clicar na letra D. Para reduzir a velocidade, teclar S. Para voltar à velocidade normal, R.


Ou para aparecer (ou ocultar) o menu da extensão, V. Quando o menu estiver visível, aparecerá um quadradinho no canto esquerdo superior do vídeo com “1.00” (a velocidade normal). Pouse o mouse em cima e depois clique nos ícones de + e -para acelerar ou desacelerar.


Pessoalmente, acho 1.50 velocidade a ideal. Isso significa que o vídeo vai passar 1,5 vez mais rápido, ou seja, você pode assistir a um vídeo de 30 minutos em apenas 20 (e poupar 1/3 do seu tempo). Se a pessoa fala muito devagar, dá para tentar assistir com o dobro da velocidade (2.00). Já se for alguém com fala mais acelerada naturalmente, pode ficar difícil de entender.


Porém, sinto dizer, isso só funciona para vídeos gravados. Se alguém descobrisse um método para acelerar reuniões improdutivas no Zoom ou aulas ao vivo maçantes, mereceria um prêmio.

Em dois meses, país tem mais de 23 mil novas internações de crianças

PATRÍCIA PASQUINI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dados do Sivep-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe) contabilizados e analisados pela plataforma SP Covid-19 Info Tracker, mostram que nos meses de março e abril de 2021 foram registradas no país 23.411 novas internações de crianças por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), com confirmação ou suspeita de Covid-19.


Foram 13.011 internações de crianças com idades entre 0 e 14 anos em março e 10.400 em abril, de acordo com a plataforma, criada por pesquisadores da USP e da Unesp com apoio da Fapesp para acompanhar a evolução da pandemia.


Até o dia 17, o mês de maio havia registrado 4.733 internações desse público, atingindo 7.164 novas internações no dia 24 –ou seja, 2.431 novas hospitalizações em sete dias.


“Pouco se discutiu a questão dos casos e internações de crianças porque na primeira onda se falava que elas eram resistentes à Covid-19 e aos casos mais severos”, afirma Wallace Casaca, coordenador da plataforma.


“Com o surgimento das variantes, o cenário mudou. É importante abrir esse debate. Em 2021, a pandemia ficou mais letal para jovens e crianças. Além das variantes, houve o reflexo da reabertura das escolas em fevereiro, o que não deveria ter ocorrido.”


Se comparados os meses de dezembro de 2019, quando a Covid-19 ainda não havia sido detectada no Brasil, e de 2020, o aumento nas novas internações de crianças por SRAG foi de 618%, passando de 1.062 para 7.626 hospitalizações. Em relação às mortes, a alta foi de 218,18%.


Para Francisco Ivanildo de Oliveira Junior, infectologista e gerente de qualidade do Sabará Hospital Infantil, o aumento no percentual de crianças internadas reflete a explosão de casos de Covid-19 entre a população.


“Durante algum tempo houve uma minimização da gravidade em criança. Covid-19 em criança não é uma gripezinha. A gente sabe, e os números estão aí para mostrar, que pode ter formas graves. Com menos de um ano de idade, a chance de desenvolver forma grave é maior, com comprometimento pulmonar importante e pneumonia”, explica.
De janeiro a 24 de maio de 2021, o país registrou 46.717 novas hospitalizações e 886 mortes. O período concentra 60,9% do total de novas internações de crianças e 36,9% das mortes notificadas em 2020.


“Quando você vai estudar e entender por que a criança morre de Covid-19, você vê que tem muito mais determinantes socioeconômicas, a etnia, região onde mora, a dificuldade de acesso ao serviço de saúde e a um atendimento adequado”, afirma Oliveira Junior.


Em todo o período, a faixa etária entre zero e quatro anos concentra o maior número de internações (28.361) e mortes (522). Em maio, por exemplo, dos 7.164 registros, 4.448 estão nesse intervalo etário.


“Daqui para a frente, uma coisa que está sendo vista em países com a vacinação mais avançada, a população vacinada adoecerá menos e a infantil começará a ter uma representatividade maior nas estatísticas da doença”, diz Oliveira Junior.


Em 2021, o mês com a média mais alta de novas internações foi março (420), seguido por abril (347), fevereiro (327), maio (299) e janeiro (225).


“A Covid-19 também é perigosa para o público infantil. Por exemplo, a SIM-P (Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica) tem em torno de 8% de taxa de mortalidade”, explica Marcelo Otsuka, pediatra, infectologista, coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia e vice-presidente do departamento de infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo.


Caracterizada pelo comprometimento de múltiplos órgãos e sistemas, a SIM-P é uma alteração relacionada a uma resposta imunológica desencadeada pela infecção pelo coronavírus.


A doença pode ocorrer na vigência da infecção, com a presença do vírus, ou semanas após o quadro agudo. Pelo menos 80% das crianças com a síndrome precisam ser internadas em UTI.


Entre os hospitais públicos de referência para a criança na cidade de São Paulo –Hospital Infantil Cândido Fontoura (zona leste), Hospital Infantil Darcy Vargas (zona sul) e Hospital Municipal Menino Jesus (Centro)–, a média diária de internações por Covid-19 confirmada ou suspeita também alcançou índices altos.


No Cândido Fontoura, que é estadual, março, abril e maio de 2021 registraram a maior média diária de hospitalizações –19, 29 e 22. No Darcy Vargas, que também pertence ao estado, o índice ficou na casa dos 7.

A média mais baixa foi do Menino Jesus, gerenciado pela prefeitura de São Paulo com a entidade filantrópica Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês. Caiu de 4 em março para 1 em abril e maio.
Os dados dos três hospitais são da SP Covid-19 Info Tracker com base no Censo Covid.


No Sabará Hospital Infantil, que é privado, de janeiro a 24 de maio de 2021, 98 crianças foram internadas por Covid-19, o equivalente a 15,78% do total de casos positivos atendidos pela instituição (621).


No ano passado inteiro, foram 73 internações –13% dos casos (541). Março e janeiro registraram os maiores números –30 e 26, respectivamente.


A mensagem dos especialistas é de atenção e respeito aos protocolos de proteção contra a infecção pelo coronavírus. “Se os adultos tomarem os cuidados necessários, a chance de a criança pegar [Covid-19] é muito menor”, ressalta Otsuka.

“A gente recomenda que a partir dos dois anos de idade a criança já seja treinada pela família a utilizar a máscara para evitar se infectar e fazer o mesmo com outras pessoas”, diz Oliveira Junior.


Os especialistas defendem a volta às aulas presenciais, contanto que as escolas estejam estruturadas.


“As escolas devem ser as últimas a fechar, dentro de um processo de lockdown ou qualquer nome que se dê, e as primeiras a reabrir desde que tenham estrutura. Estamos há mais de um ano nesta pandemia. Não é aceitável que as escolas não estejam preparadas. Quando eu falo de escola pública, não estou responsabilizando o diretor. Temos que pensar no gestor público”, afirma Oliveira Junior.


“Temos grande probabilidade de nas próximas semanas, no decorrer do mês de junho, de ter um grande aumento de casos. Já percebemos isso nos hospitais, as UTIs estão mais cheias, alguns locais do interior estão em situação grave no ponto de vista de lotação de UTIs. Pode ser que se chegue a um momento em que seja necessário parar novamente. Vamos começar mais uma onda ou um repique partindo de um patamar muito alto. É muito preocupante o que está para acontecer”, completa.


Para Otsuka, a volta às aulas de forma presencial pode ter contras.


“É lógico que temos um risco potencial de ter mais infecção, mas os estudos não demonstram isso. Pelo contrário. O prejuízo que as crianças estão apresentando é irremediável, tanto no aprendizado e no desenvolvimento psicomotor. Os pais precisam saber se os protocolos nas escolas estão sendo cumpridos. Agora, se você tem pessoas de potencial risco em casa, as crianças não devem ir. Tudo precisa ser analisado”, afirma.


Oliveira Junior faz um alerta em relação à vacinação. Nos países que começaram a vacinar mais cedo, as crianças já estão sendo inseridas no processo de imunização.


“Aqui nós só vamos conseguir controlar a situação de forma duradoura e efetiva quando ampliarmos a vacinação. Não vejo outra saída. A participação da criança será importante dentro do processo de imunidade coletiva. Se eu não vaciná-la, o vírus continuará circulando na população pediátrica.”

Agentes da Vigilância Sanitária Estadual e Municipal inspecionam 51 estabelecimentos em Campos do Jordão

Equipes da Vigilância Sanitária Estadual e Municipal realizaram uma ação conjunta na madrugada deste sábado (05), em Campos do Jordão. Foram inspecionados 51 estabelecimentos, sendo um deles autuado por descumprir as regras do Plano SP.

As forças policiais estaduais apoiaram ações do município, atuando durante a madrugada na desmobilização de seis festas clandestinas. Os organizadores foram identificados e autuados de acordo com a legislação municipal.

A Prefeitura instalou gradis no centro do bairro de Capivari com objetivo de restringir o acesso das pessoas e assim evitar aglomeração. Também têm sido utilizados alto falantes para reforçar as orientações à população. As ações dos agentes estaduais e municipais continuam.

Outras ações no Estado

Além da ação em Campos do Jordão, a equipe da força-tarefa também participou de inspeções na capital.

No total, 25 estabelecimentos foram inspecionados e orientados. Seis deles foram autuados por descumprimento de horário de funcionamento e aglomeração. As ações aconteceram nos bairros do Belenzinho, Interlagos, centro, Itaim Bibi, Vila Madalena e Ipiranga.

Comitê de Blitze

Criado no dia 12 de março, em parceria com a Prefeitura de São Paulo, o Comitê de Blitze tem como objetivo reforçar as fiscalizações e o cumprimento das medidas restritivas da fase emergencial e evitar a propagação do coronavírus.

Integram o Comitê agentes da Guarda Civil Metropolitana e da Covisa (Coordenadoria da Vigilância Sanitária) pela Prefeitura de São Paulo. Pelo Governo do Estado, atuam profissionais da Vigilância Sanitária, Procon e das polícias Civil e Militar.

Qualquer pessoa pode denunciar festas clandestinas e funcionamento irregular de serviços não essenciais pelo telefone 0800-771-3541 e também no site www.procon.sp.gov.br ou pelo e-mail [email protected], do Centro de Vigilância Sanitária.

Larissa Manoela cria rede própria de telefonia móvel para atingir os jovens

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A atriz Larissa Manoela, 20, agora tem uma operadora própria de telefonia: a Lari Cel. A novidade foi divulgada por ela em suas redes sociais. Ela promete muitas novidades na rede.


A Lari Cel é vinculada à empresa Dry Company, que é credenciada da Surf Telecom na Anatel. No modelo de telefonia móvel, os preços começam a partir de R$ 25 e o sinal utilizado é o da operadora TIM.


“Acredito que além de estarmos conectados pela vida agora estaremos conectados literalmente por um sinal potente de internet. Temos muitos benefícios e se eu fosse você já mudava para Lari Cel”, publicou ela ao mostrar um vídeo com a novidade.


A ideia de Larissa é engajar um público jovem que consome planos pré-pagos a mudar para a sua rede de telefonia. Atualmente, são mais de 38 milhões de seguidores na internet.


“A transformação do mundo sempre começa com as nossas atitudes e aos poucos temos o poder de mudar o mercado. Minha operadora é diferentona, nada parecido com o que você já viu”, reforçou a atriz.
Segundo Manoela, os planos têm cobertura nacional, não existe fidelidade e a personalização será feita por ela aos clientes.

Covid-19: mortalidade de gestantes é mais que o dobro da média no país

As gestantes e puérperas (mulheres que tiveram filhos há até 45 dias) registra uma taxa de letalidade de 7,2%, mais que o dobro da atual taxa de letalidade do país, que é de 2,8%. O dado faz parte do último Boletim do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta sexta-feira (4).

Segundo o boletim, um estudo sobre a pandemia nas Américas, publicado em maio pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), verificou que, entre janeiro e abril deste ano, houve um aumento relevante de casos em gestantes e puérperas, e de óbitos maternos por covid-19 em 12 países.

Os especialistas alertam ainda que as gestantes podem evoluir para formas graves da covid-19, com descompensação respiratória, em especial, aquelas que estão em torno de 32 ou 33 semanas de gestação. Em muitos casos, segundo os cientistas, há necessidade de antecipar o parto.

Esse quadro aumenta a preocupação em relação à disponibilidade de leitos de UTI adulto para essas mulheres e de leitos de UTI neonatal para os recém-nascidos, que podem ser prematuros. Os pesquisadores alertam que ambos precisam de cuidados especializados e imediatos. A partir de meados de 2020, começaram a ser publicados artigos sobre a morte de gestantes e puérperas por covid-19 no Brasil, alertando para a necessidade de preparação e organização de toda a rede de atenção em saúde.

De acordo como Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19, os óbitos maternos em 2021 superaram o número notificado em 2020. No ano de 2020, foram 544 óbitos em gestantes e puérperas por covid-19 no país, com média semanal de 12,1 óbitos, considerando que a pandemia se estendeu por 45 semanas epidemiológicas nesse ano. Até 26 de maio de 2021, transcorridas 20 semanas epidemiológicas, foram registrados 911 óbitos, com média semanal de 47,9 óbitos.

* Com informações da Fiocruz

Rio Claro tem 92 reeducandos inscritos em Olimpíada de Matemática

Presídios subordinados à Coordenadoria da Região Central (CRC) inscreveram cerca de 4 mil custodiados na 16ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A maior competição científica do país passou por mudanças em razão da pandemia de Covid-19 e a edição, que seria realizada em 2020, foi transferida para este ano. As avaliações poderão ser feitas de 30 de junho a 3 de agosto e serão aplicadas em salas de aula instaladas nos presídios, respeitando todos os protocolos de prevenção ao novo coronavírus.

Os exames são divididos por grau de escolaridade: Nível 1 (6º e 7º anos do Ensino Fundamental), Nível 2 (8º e 9º anos) e Nível 3 (Ensino Médio). A primeira fase é composta por uma prova de múltipla escolha de 20 questões.
No dia 9 de setembro, a organização divulgará os classificados para a segunda fase, prevista para ocorrer no dia 6 de novembro, cuja avaliação será discursiva, com seis questões.

Balonismo volta à programação de aniversário de Rio Claro após cinco anos

Em entrevista ao Jornal da Manhã da Rádio Jovem Pan News de Rio Claro, o secretário de Esportes, Lazer e Turismo, Yves Carbinatti, confirmou o retorno do balonismo à programação de aniversário da Cidade Azul, após cinco anos sem o evento. No dia 24 acontece o tradicional Night Glow e nos dias 26 e 27 revoadas dos balões.

“Uma das missões que o prefeito nos deu foi o resgate no balonismo. Devido à pandemia, o Night Glow será de forma on-line com transmissão pelas redes sociais da prefeitura para evitar aglomeração. Não é um campeonato devido ao momento atual e custo. Faremos uma coisa enxuta, mas com o objetivo de resgatar essa festividade, trazendo cerca de seis balões, ainda sem local definido para a revoada, a fim de evitar aglomerações, mas a população poderá acompanhar no céu de nossa cidade”, disse o secretário.

As pessoas que quiserem acompanhar o Night Glow presencialmente devem se atentar aos protocolos. “Estamos fazendo um trabalho com outras secretarias para montar a estrutura para as pessoas que queiram acompanhar no Aeroclube. Só será permitido assistir de dentro do carro e claro sem aglomeração. Será feito todo um isolamento do local pela Secretaria de Mobilidade Urbana”, finalizou.

Rio Claro vacinou mais de 63 mil pessoas contra a Covid

Rio Claro vacinou 63.060 pessoas contra a Covid, conforme números desta sexta-feira (4) da Secretaria Municipal de Saúde. Deste total, 29.815 pessoas receberam também a segunda dose. No município 30,31% da população recebeu a primeira dose da vacina e 14,33% também a segunda dose. Rio Claro aplicou ao todo 92.875 doses de vacina contra a Covid. Nesta sexta-feira foram 948 pessoas vacinadas com primeira dose e 18 com segunda dose. As duas vacinas que vêm sendo aplicadas na campanha de vacinação são seguras e eficazes na proteção à Covid. A vacinação é fundamental no enfrentamento à pandemia, já que as vacinas protegem das formas mais graves da Covid, além de reduzir as chances de óbito.

Rio Claro tem 449 óbitos e 71 pacientes em UTI por Covid

Uma idosa é a mais recente vítima fatal da Covid-19 em Rio Claro. O óbito foi apontado em boletim divulgado nesta sexta-feira (4) pela Secretaria Municipal de Saúde. São 449 vidas perdidas no município desde o início da pandemia. O total de internados é 133, quatro a menos do que o registrado na quinta-feira (3), porém o número de pessoas em UTI subiu de 68 para 71. O índice de ocupação de leitos é de 79%. O município tem 14.825 casos de Covid, sendo que 119 foram confirmados nas últimas 24 horas. Deste total, 13.725 pacientes estão recuperados. A Secretaria Municipal de Saúde alerta a população para que mantenha os cuidados preventivos, com uso de máscara, distanciamento social e higienização frequente das mãos. Isso é fundamental para evitar a infecção pelo coronavírus e também sua transmissão.

Brasil tem bons indicadores, mas ainda é foco de exploração infantil

Brincar, estudar, ter direito à saúde e à dignidade são direitos constitucionais garantidos às crianças brasileiras. Apesar de fundamentais, esses direitos esbarram muitas vezes em condições socioeconômicas que encurtam o trajeto de amadurecimento natural das crianças e apressam responsabilidades – o que gera experiências que se refletem em um futuro incerto e, por muitas vezes, traumático e limitador.

Visto atualmente por organismos internacionais como referência no combate ao trabalho infantil, o Brasil tem um histórico considerável de campanhas e ações públicas de combate à exploração de crianças e adolescentes. Mas nem sempre foi assim. Até a década de 90, o país era foco de exploração de suscetíveis na América Latina e apresentava indicadores alarmantes para faixas etárias abaixo de 16 anos.

Considerado um marco na aplicação dos direitos infantis, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é um dos responsáveis pela mudança nos indicadores brasileiros. Confira o especial sobre os 30 anos do ECA na Agência Brasil.

Hoje (4), é comemorado o Dia Internacional das Crianças Vítimas de Agressão. A data, criada em 1982 pela Organização das Nações Unidas (ONU), foi inicialmente pensada para conscientizar a sociedade sobre as crianças que sofriam no conflito entre Israel e Palestina, mas foi ampliada para lembrar de abusos físicos, psicológicos e emocionais contra pessoas em idade vulnerável em todo o mundo.

O ano de 2021, em especial, faz parte de uma campanha internacional pela extinção de atividades exploratórias de crianças, e foi eleito pela ONU como “Ano Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil”. Outras iniciativas semelhantes acontecem ao longo do mês de junho, como o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, celebrado no dia 12.

“Desde 1990 o Brasil vem se destacando no cenário nacional pelas boas práticas de erradicação do trabalho infantil com a Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança e do Estatuto da Criança e do Adolescente. A intolerância a essa violação de direitos gerou que de um lado ajudassem as famílias para que suas crianças não necessitassem adotar essas estratégias de sobrevivência. E, de outro, desestimulassem a todos aqueles que explorassem o trabalho infantil”, disse Benedito Rodrigues Dos Santos, consultor do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para a Proteção à Criança e ao Adolescente.

Trabalho nocivo

Segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil conta com 1,8 milhão de crianças e adolescentes com idades entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil. Destes, 45,9% – cerca de 706 mil – enfrentam ocupações consideradas altamente nocivas para o desenvolvimento.

Para tentar reverter o quadro, o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Justiça do Trabalho, o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançaram nesta semana a campanha “Precisamos agir agora para acabar com o trabalho infantil!”, que promove ações de conscientização e visibilidade sobre o tema em redes sociais.

Exploração na pandemia

Segundo estimativa dos órgãos, o contexto da pandemia de covid-19 e o aumento de desigualdades sociais pode resultar em mais 300 mil crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. Atualmente, América Latina e Caribe somam 10,5 milhões nessa condição.

“Mais do que nunca, crianças e adolescentes devem ser colocados no centro das prioridades de ação, nas agendas políticas de reativação da economia e de atenção à população durante a crise, sempre por meio do diálogo social e com um enfoque de saúde em todas as políticas e ativa participação da sociedade civil”, afirmou Maria Cláudia Falcão, Coordenadora do Programa de Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, do Escritório da OIT no Brasil.

Para a Unicef, embora não existam estudos nacionais consolidados sobre o impacto da pandemia do covid-19 nas praticas de trabalho infantil, relatos de conselheiros tutelares, fiscais do trabalho, profissionais dos centros de referências da assistência social e colaboradores em geral denotam a percepção empírica de que houve impacto negativo da pandemia sobre os direitos das crianças.

“Dados coletados pelo Unicef em São Paulo apontam para o agravamento da situação de trabalho infantil durante a pandemia em pelo menos duas das consideradas piores formas de trabalho infantil: o trabalho urbano no mercado informal e o trabalho doméstico. A pandemia parece ter afetado, ainda, formas de exploração sexual e a participação de menores no tráfico de drogas”, relata Benedito Rodrigues Dos Santos.

Segundo o levantamento do Unicef, no conjunto dos domicílios em que mora pelo menos uma criança ou um adolescente, a incidência do trabalho infantil era de 17,5 por 1.000 antes da pandemia, e passou a ser 21,2 por 1.000 depois da pandemia, o que representa um aumento de 21%. Os dados da pesquisa são referentes à cidade de São Paulo.

Jornal Cidade RC
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.