PATRÍCIA PASQUINI SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente Jair Bolsonaro teve alta neste domingo (18) do Hospital Vila Nova Star, na Vila Nova Conceição, zona sul de são Paulo.
Ele estava internado desde a quarta-feira (14) para tratar um quadro de suboclusão intestinal.
Segundo boletim assinado pela equipe médica, Bolsonaro seguirá com acompanhamento ambulatorial. Na manhã de quarta (14) ele chegou ao Hospital das Forças Armadas, em Brasília, queixando-se de dores abdominais e de uma crise de soluços que durou pelo menos 11 dias.
No mesmo dia, embarcou em um avião da Força Aérea Brasileira e viajou até São Paulo, para passar por avaliação médica no hospital Nova Vila Star e ver se precisaria ser operado de novo. Não foi o caso.
Nesse sábado (17), o diretor de Relações Institucionais da Associação Paulista de Cerâmicas de Revestimento – Aspacer, Luís Fernando Quilici, se reuniu com secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, com o prefeito de Cordeirópolis, Adinan Ortolan e também com o presidente da ANFACER e vice da ASPACER, Benjamin Ferreira Neto.
Na oportunidade, conversaram na prefeitura de Cordeirópolis sobre temas de interesse da região e depois fizeram um sobrevoo passando ainda por Santa Gertrudes e Rio Claro.
Na pauta, utilização das cavas de argila sem uso, como reservatórios de água para enfrentamento da crise hídrica; a ampliação das redes de distribuição e transmissão de energia elétrica para atendimento do crescimento da produção industrial na região; e apresentação de sugestões para o aprimoramento da renovação do contrato de concessão do serviço público de distribuição de gás canalizado.
“Temas que promovem o desenvolvimento sustentável da região, por meio de abordagens nas áreas econômica, social e ambiental”, destacou Quilici.
Há 31 anos, entrou em vigor no Brasil o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A data foi comemorada essa semana, no dia 13 de julho, e foi um marco na luta pelo reconhecimento de crianças e adolescentes como sujeitos de direitos.
“O ECA foi uma conquista histórica, através da mobilização da sociedade civil e garantiu que crianças e adolescentes tivessem direito a um novo olhar. A partir daí, foram inúmeros os avanços com relação às políticas de educação, saúde, segurança, esporte, cultura, lazer e assistência social”, afirmou Leo Alves, conselheiro tutelar de Rio Claro.
Ele ainda cita que a data vale a reflexão para desmistificar essa ideia de que o ECA tirou o poder dos pais: “Isso não é verdade, o ECA concedeu direitos, necessários, porém os pais continuam sendo os responsáveis pelos filhos. Ao longo dessas três décadas, o estatuto passou a oferecer acompanhamento de saúde às gestantes desde o pré-natal. Ao nascer, as crianças têm o direito de acompanhamento regular de saúde e vacinação. Houve ampliação da rede de saúde, erradicação de doenças e queda na mortalidade infantil. O número de crianças e adolescentes nas unidades escolares aumentou, houve redução do analfabetismo, aumento da construção de creches e escolas, aumento da construção dos espaços de cultura, esporte e lazer e a diminuição dos casos de trabalho infantil”, pontua.
Mas esses avanços ainda não são suficientes, na maioria das vezes quem viola os direitos de crianças e adolescentes são justamente quem deveria garantir, os responsáveis, as famílias e o estado.
“No último período, também influenciados por uma onda negacionista, os índices de vacinação de crianças têm caído, doenças erradicadas voltaram a aparecer, crescem o número de defensores do trabalho infantil para as crianças e adolescentes pobres, o que prejudica essas crianças na dedicação aos estudos e aumenta o abismo da desigualdade social e educacional entre famílias pobres e ricas. A pandemia escancarou a exclusão digital das famílias pobres e a falta de estrutura, recursos físicos e humanos de várias escolas públicas brasileiras, algo que precisa ser olhado pelo poder público”, explicou o conselheiro
O ECA também propiciou o aumento das campanhas de prevenção à violência e abusos sexuais de crianças e adolescentes, mas esses cuidados preventivos ainda precisam ganhar eco em toda a sociedade.
“Que possamos comemorar os avanços nesses 31 anos, mas também renovar nosso fôlego para lutar pelos direitos humanos das crianças e adolescentes do nosso país, que todos e todas tenham o direito a um futuro justo, fraterno e sem violência, que tenham direito de brincar, errar, aprender, estudar, trabalhar, sonhar e ser aquilo que sonharam. Se muito vale o já feito, mais vale o que será!”, finalizou Leo Alves.
Art. 4º do ECA
“É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”
O Brasil chegou neste sábado ao número total de 541.266 mortes em função da pandemia de covid-19. De ontem (16) para hoje (17), foram confirmadas por secretarias de saúde 868 novas vidas perdidas para a infecção.
Ainda há 3.462 mortes estão em investigação. O termo designa mortes com suspeitas de que podem ter sido causadas por covid-19, mas com origem sendo analisada por equipes de saúde.
A quantidade de pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia atingiu 19.342.448. Em 24 horas, foram notificados 34.339 novos diagnósticos de covid-19.
Ainda há 817.907 casos em acompanhamento. O nome é dado para pessoas cuja condição de saúde é observada por equipes de saúde e que ainda podem evoluir para diferentes quadros, inclusive graves. Nas últimas duas semanas esse índice vem caindo progressivamente.
Os novos dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde divulgada neste sábado (17), que consolida informações levantadas pelas secretarias estaduais de saúde. O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 somou 17.983.275.
Os dados, em geral, são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação do sistema pelas secretarias estaduais. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pela regularização dos registros acumulados durante o fim de semana.
O balanço diário do Ministério da Saúde também traz os dados por estado. No alto do ranking de mais mortes por covid-19 estão São Paulo (134.320), Rio de Janeiro (57.522), Minas Gerais (48.872), Paraná (33.680) e Rio Grande do Sul (32.623).
Na ponta de baixo estão Acre (1.776), Roraima (1.808), Amapá (1.879), Tocantins (3.396) e Alagoas (5.626).
Vacinação
Até o momento, segundo o Ministério da Saúde, já foram distribuídas aos estados um total de 154,7 milhões de doses de imunizantes. O número corresponde aos insumos já recebidos e em trânsito para os estados.
Considerando as informações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e dos levantamentos de cada secretaria estadual de saúde, foram aplicadas 121,9 milhões de doses, sendo 88,3 milhões da 1ª dose e 33,5 milhões da 2ª dose e dose única. Em 24 horas, foram aplicadas 1.493.853 doses de vacina.
1- A Reforma Tributária, que está sendo discutida no Congresso, nos termos em que foi colocada, segundo especialistas, trará muito mais perdas do que ganhos para a população como um todo. E, mais uma vez, essas perdas se refletem na vida da classe média e dos mais pobres.
Vários tributaristas afirmam que os Estados e municípios, em sua maioria à beira da falência, sofrerão perdas que variarão de 23 a 30 bilhões de reais.
Essa reforma tributária está sendo ensaiada já há um bom tempo, mas, ao que parece, foi mal elaborada. É como um edifício, que depois de construído, apresenta falhas na estrutura e também no alicerce. Não para em pé. E cai sobre aqueles que não têm anteparo para escapar do desastre.
Não é hora de taxar mais produtos e empresas, em um momento em que a economia está começando a sair do buraco. Não se pode aceitar calado uma reforma que mais deforma o sistema do que o melhora.
Quando pensamos em reforma, é necessário focar em uma simplificação na cobrança de impostos, sem se esquecer dos benefícios para a população. Mais malefícios, não dá para encarar. Chega!!
Quanto mais penalizado estiver o brasileiro, menos poder de compra terá. E, consequentemente, a economia continuará atrofiada, com alguns espasmos de recuperação, que não se firmarão a médio e a longo prazo.
2- Se o prestígio do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello já estava em baixa, agora, com o vídeo vazado, em que ele demonstra interesse em comprar vacinas da Coronavac, utilizando intermediários, por um preço três vezes superior ao oferecido pelo fabricante, cai mais ainda, de uma maneira veloz e devastadora.
Como justificar o injustificável? Quando compareceu à CPI para depor, Pazuello disse com todas as letras que negociar preços da vacina não era da alçada do comandante da Pasta.
O escândalo da compra de vacinas e de negociações bastante suspeitas só tende a crescer nos próximos meses, quando retornarem os trabalhos da CPI.
Quem ganha com isso? Quem perde é mais uma vez a população, em um momento de grande sofrimento daqueles que ainda não tiveram acesso às vacinas ou que perderam parentes próximos nessa tragédia que parece não ter fim.
Bom domingo.
O colaborador é cronista, poeta, autor teatral e professor de redação.
A cantora Fiah lançou no dia 16 de julho um novo clipe em seu canal oficial no YouTube onde faz uma releitura da faixa Céu Azul, de Charlie Brown Jr – um grande sucesso nacional lançado há exatos 10 anos. No trabalho, a cantora traz um toque sutil, romântico, misterioso e moderno ao transportar a canção para o estilo R&B, modernizando a música com elementos característicos deste estilo que está em ascensão no mercado musical brasileiro. A releitura da canção leva ao ouvinte a sensação de paz, tranquilidade, casualidade e a experiência de viajar na interpretação da cantora de forma profunda, dramática e envolvente.
O fonograma é fruto da parceria da cantora Fiah com Fred Afrowlk, DJ, beat maker e produtor musical natural de Valença/RJ, e Netto Galdino, produtor musical e beat maker natural de Caravelas/BA com extensa trajetória artística no estilo R&B, Trap, TrapSoul, NeoSoul, entre outros gêneros derivados.
O clipe tem direção de Robert Vieira e vídeo de Guilherme Figueiredo, coreógrafas Bruna Mazzeo e Bianca Ometto, o clipe narra a história da música com muita dança contemporânea, movimentos leves unidos a uma pegada de dança urbana, proporcionando ao expectador a conexão entre melodia, letra, expressão corporal, despertando sensações profundas de bem-estar e leveza.
A reabertura do Museu da Língua Portuguesa, instalado na histórica Estação da Luz, na capital paulista, será no dia 31 de julho. A estrutura sofreu um incêndio de grandes proporções em 21 de dezembro de 2015 e teve que ser completamente reformada. Além do conteúdo das exposições, que foi revisto e ampliado, o prédio contará com um novo terraço, com vista para o Jardim da Luz e a torre do relógio, e instalações de reforço da segurança contra incêndio.
A inauguração terá transmissão ao vivo pelas redes sociais do museu. O acesso ao público seguirá as restrições das medidas de prevenção contra a covid-19. Por isso, será possível adquirir o ingresso apenas pela internet, com dia e hora marcados. Quarenta pessoas vão poder entrar no museu a cada 45 minutos. Além disso, cada visitante receberá um chaveiro touchscreen para que não seja necessário tocar nas telas interativas.
O museu foi reconstruído por iniciativa do governo do estado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. A gestão é feita pela organização social ID Brasil Cultura, Educação e Esporte. Foram investidos R$ 85,8 milhões, sendo parte da iniciativa privada via lei federal de incentivo à cultura e da indenização do seguro contra incêndio.
Exposições
Novas instalações entre as exposições de longa duração marcam a reabertura do museu. Elas ficam dispostas no segundo e no terceiro andar do prédio. Entre as novidades, está a “Línguas do mundo”, na qual mastros se espalham pelo hall com áudios em 23 diferentes idiomas. Foram escolhidas línguas, entre as mais de 7 mil existentes, que tenham relação com o Brasil, incluindo expressões originárias, como yorubá, quimbundo, quéchua e guarani-mbyá.
Os sotaques e as expressões do português no Brasil ganham espaço na instalação “Falares”. E os “Nós da Língua Portuguesa” mostram os laços e a diversidade cultural entre os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). O idioma é falado em cinco continentes por 261 milhões de pessoas.
Continuam a ser exibidas, assim como nos quase 10 anos em que o museu esteve ativo, a instalação “Palavras Cruzadas”, que mostra influências históricas no português falado no Brasil e a “Praça da Língua”, que homenageia a língua falada, escrita e cantada com um espetáculo de som e luz. A praça, uma espécie de planetário, traz poemas e músicas interpretados por nomes como Maria Bethânia e Matheus Nachtergaele.
O museu tem curadoria de Isa Grinspum Ferraz e Hugo Barreto e contou com a colaboração de artistas, músicos, linguistas, entre outros profissionais.
Temporária
A estreia na exposição temporária é com a mostra “Língua Solta”. “São 180 peças que vão desde mantos bordados por Bispo do Rosário até uma projeção de memes do coletivo Saquinho de Lixo, com curadoria de Fabiana Moraes e Moacir dos Anjos”, explica o material de divulgação. Obras de artistas como Mira Schendel, Leonilson, Rosângela Rennó e Jac Leirner estarão expostos.
O museu recebeu, entre março de 2006 e dezembro de 2015, cerca de 4 milhões de visitantes, com mais de 30 exposições temporárias. Foram homenageados escritores como Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Machado de Assis e Fernando Pessoa.
Estrutura
No começo do século passado, a Estação da Luz foi porta de entrada, na capital paulista, de imigrantes que chegavam ao Brasil, desembarcando no Porto de Santos. A reconstrução manteve os conceitos do projeto de intervenção original do arquiteto Paulo Mendes da Rocha e seu filho Pedro, em 2006, mas foi aperfeiçoado. O prédio ganhou mais salas de exposição e o terraço, com vista para o Jardim da Luz e a torre do relógio, será uma homenagem ao arquiteto Mendes da Rocha, morto este ano. O filho dele foi responsável pela nova versão.
Entre as melhorias de prevenção contra incêndio, está a instalação de sprinklers (chuveiros automáticos). De acordo com os gestores do museu, apesar de não ser uma exigência legal, a medida foi sugerida pelo Corpo de Bombeiros e acatada pelos responsáveis.
Cada um faz o que pode para fugir da rota do vento nas noites mais frias. Se aglomeram em esquinas, marquises ou em qualquer canto em busca de um lugar para se esquentar. Para quem não tem casa, o frio acaba sendo um companheiro incômodo durante a madrugada. Essa é a vida das pessoas em situação de rua, tema da ‘Reportagem da Semana’ deste domingo (18).
Nos últimos meses, enquanto todo mundo ficava em casa para se proteger do coronavírus, eles estavam lá, à mercê da própria sorte. A chegada do inverno escancara a desigualdade social, que se tornou ainda mais evidente com a pandemia da covid-19. Muitos deles não possuem escolhas e a única maneira é resistir ao frio cobertos com panos, cobertores quando têm, ou até mesmo um papelão.
Pesquisas do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontam que a população em situação de rua cresceu 140% desde 2012, chegando a quase 222 mil brasileiros até março de 2020, e tende a aumentar com a crise acentuada pela pandemia. A análise constatou que a maioria dos moradores de rua (81,5%) está em municípios com mais de 100 mil habitantes, principalmente das regiões Sudeste (56,2%), Nordeste (17,2%) e Sul (15,1%).
Em Rio Claro, balanço da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social apontou que aproximadamente 80 pessoas vivem nas ruas e que, destas, várias são de cidades da região. O município chegou a registrar, nas últimas semanas, temperaturas de – 0.6ºC durante as madrugadas.
Silvia Pereira, de 48 anos, recorreu aos cobertores que ganhou das pessoas que passam por onde ela chama de casa, na esquina da Avenida 2 com a Rua 6, na região central de Rio Claro. Havia pelo menos meia dúzia no chão.
Cheia de sacolas, onde também leva alguns pertences da vida pré-rua, ela se abriga debaixo de um toldo. Na calçada, o jeito foi forrar com panos para tentar se aquecer. Ela divide o espaço com o filho Hiago, de 26 anos. Silvia o trouxe para matar a saudades dos outros três, que deixou para trás.
“A madrugada é longa. A noite é muito fria. Usamos muito cobertor, o que restou deles. Até tenho uma barraca, mas alguém pode vir e ‘tacar’ fogo na gente. Somos julgados o tempo todo. Ouvi falar que várias pessoas morreram por dormir dentro [da barraca]. Eu não quero morrer queimada. Precisamos de mais amor. Por isso meu filho me acompanha. A gente se aquece”, comentou.
Essa é a segunda vez de Sílvia nas ruas. Ela contou que não pede dinheiro, mas trabalha com reciclagem para conseguir o que considera básico. Mas nem sempre é o suficiente. Mãe e filho contam com a solidariedade dos vizinhos e de projetos sociais para se alimentarem. Questionada sobre o porquê de não procurar um abrigo, a resposta foi emocionante.
“Prefiro deixar abrigo aos idosos. Eu não cheguei nessa hora ainda. Deixo essa proteção a eles. Eu fico na rua porque sou forte. Os idosos são mais fraquinhos e com esse frio, melhor eles se acalentarem. Já vi gente morrer nas ruas de bronquite, asma, pneumonia. Não temos socorro aqui. Na UPA, temos que marcar consulta, mas nunca chega o dia. Nesse frio, eles [outros moradores de rua] se aglomeram para se aquecer, mas levam nossos objetos. Por isso não me junto”, explicou.
Com o currículo em mãos, ela segue em busca de um emprego. No papel, experiências como diarista, babá, auxiliar geral e vendedora. “Sonho em trabalhar para pagar meu aluguel e dar uma vida digna ao meu filho, que me acompanha porque gosta muito de mim. Tenho várias experiências. Quero mudar de vida. Mas, enquanto isso não acontece, a gente vai vivendo como dá. Existe amor na rua”, falou emocionada.
Cachaça, sopa e cobertor
Marcela Jóia, de 44 anos, contou à reportagem do JC que recorreu a cachaça, sopa e cobertor para se esquentar na região central da cidade. Ela se abriga em uma pequena cama feita de panos e divide o espaço com vários moradores de rua.
“Tomamos sopa, quando o pessoal da igreja traz, as mantas, que também foram de doação e a parceria dos amigos. Só assim para se esquentar. Já dormi em vários lugares da cidade, inclusive na Estação, mas tiraram a gente de lá”, disse.
Na rua há mais de 10 anos, ela explicou que está nessa vida por problemas familiares. Mãe de três filhas, Marcela comentou que foi abusada dentro de casa e que na rua é melhor e que cada um tem sua tribo.
“Cada um é de uma tribo aqui. Eu sou das ‘pingaiadas’. Eu bebo cachaça, mas nunca fiz mal para ninguém. Todo mundo gosta de mim, inclusive a galera das lojas. Não tenho passagem pela polícia, nunca assaltei, como diz meu sobrenome, sou jóia”, falou.
Ex-morador de rua se torna vereador em Rio Claro
Irander Augusto é um respeitado vereador na cidade de Rio Claro pelo Republicanos. Mas, antes disso, viveu mais de um ano nas ruas. Em entrevista ao JC, ele comentou como sua vida teve uma reviravolta.
“Com o apoio da minha família, consegui dar a volta por cima e também a minha fé em Deus”. Ele deixou um recado para as pessoas que estão nas ruas. “Para tudo tem solução. Basta querer. Nada é impossível. Basta crer e ter força de vontade. Não importa a situação, é só ter vontade de vencer”, finalizou.
O acesso de ciclistas à Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena) foi abordado por Alessandro Almeida (Podemos) na sessão ordinária dessa semana (12). Segundo o vereador, muitas pessoas afirmam que encontram dificuldades ao passarem pela portaria principal que se dá pela via que liga a reserva florestal ao Centro da cidade.
“A solicitação é para que o gestor libere o acesso de ciclistas à Feena pela entrada via Avenida Nossa Senhora da Saúde para que este impasse possa ter fim”, comentou Alessandro Almeida na tribuna da Câmara Municipal ao lembrar que muitas das pessoas que utilizam a reserva florestal são praticantes de mountain bike.
Para agravar a situação, citou o parlamentar, ciclistas comentam que funcionários que trabalham na portaria principal têm comportamento diferente quando outros motoristas tentam acessar a Feena. “Pessoas que se apresentam conduzindo veículos e motos são liberadas. Os ciclistas têm de ser tratados de forma igual”, sinalizou o vereador.
A polêmica chegou à Assembleia Legislativa de São Paulo, a Alesp. Alessandro Almeida buscou apoio político do deputado estadual Murilo Félix (Podemos) para que ciclistas tenham o direito de acesso à Feena garantido. “Solicito que o governo do Estado respeite a circulação dos rio-clarenses seja por meio de carro, moto, bicicleta, ou da forma como a população decidir. A floresta é pública”, finalizou o vereador.
Queixas
Ao abordar a questão da floresta estadual na última sessão, o vereador Almeida falou sobre a “barricada” que obstrui a passagem na Avenida Nossa Senhora da Saúde, dificultando também a circulação de moradores da região. Também abordou o risco de queda de um poste de energia elétrica na região das casas localizadas dentro do antigo horto florestal. Outros vereadores também se manifestaram cobrando informações e mudanças na forma como tem sido controlado o acesso ao patrimônio
Acesso
Em comentários enviados ao JC, leitores cobraram mudança no controle de visitantes, reclamando que, como não há contagem na saída, a capacidade máxima é atingida logo pela manhã e impede novas entradas
Fundação Florestal responde às críticas de vereador e às dúvidas de leitores do JC
JC- Qual o motivo do fechamento da Florestal Estadual Edmundo Navarro de Andrade? Existe previsão de liberação do acesso?
Informamos inicialmente que a Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA) é uma Unidade de Conservação administrada pela Fundação Florestal, órgão do Governo de São Paulo, que tem como sua principal atribuição conservação da biodiversidade e a produção sustentável.
As alterações no horário de funcionamento da Unidade iniciaram-se a partir de 22 de março de 2020 e foram sempre pautadas pelas medidas do Centro de Contingência do Coronavírus, instituído pela Resolução nº 27 da Secretaria Estadual da Saúde. Uma vez que a FEENA possui diversas entradas, acessadas de maneira irregular e que comprometem a segurança dos visitantes e da área em si, em meados de 2020 ocorreu o fechamento da Avenida Nossa Senhora da Saúde, que dá acesso ao interior da Unidade de Conservação e também à zona rural do Município de Rio Claro. Os usuários da citada Avenida, que fazem acesso às áreas rurais, atualmente realizam este trajeto pela portaria principal da Unidade, situada na Avenida Navarro de Andrade.
O fechamento da citada Avenida foi realizado de forma emergencial e inicialmente utilizando cavaletes cedidos pela Prefeitura Municipal de Rio Claro e banners informativos que lamentavelmente foram desrespeitados, vandalizados e furtados em menos de 24 horas após sua instalação. Desta forma, com o objetivo de cessar o acesso optou-se pela colocação de toras de madeiras caídas que se encontravam nas proximidades do local, até que ocorra a instalação de portões e alambrados já licitados pela Fundação Florestal que possibilitarão um melhor fechamento e sinalização do local.
JC- Leitores do Jornal Cidade cobraram mudanças no controle do acesso, não contando apenas quem entra. A sugestão é controlar também as saídas, para que outras pessoas possam entrar ao longo do dia.
Atualmente todas as Unidades de Conservação do Estado de São pautam-se pelo estabelecido no Decreto Estadual 65.856 de 07/07/2021 o qual estabeleceu que a restrição em espaços de acesso ao público nesse momento seja de até 60% da respectiva capacidade. Atualmente, o horário de funcionamento da FEENA é de terça-feira a domingo, das 7h às 18h, com até 60% da capacidade máxima (900 pessoas).
JC- Existe multa para acesso fora do horário? Qual o valor da multa?
Sim, a Resolução SIMA nº 05/2021 em seu Artigo 67 estabelece que: “Realizar quaisquer atividades ou adotar conduta em desacordo com os objetivos da unidade de conservação, o seu plano de manejo e regulamentos: Multa de R$ 500,00, majorada até R$ 10.000,00”.
E a Resolução SIMA nº 05/2021 em seu Artigo 69 estabelece que: “Penetrar em unidade de conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para caça, pesca ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais e minerais, sem licença da autoridade competente, quando esta for exigível: Multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais), majorada até R$ 10.000,00 (dez mil reais) mediante laudo técnico do órgão gestor da unidade de conservação. § 2° – Incorre nas mesmas multas quem penetrar em unidade de conservação cuja visitação pública ou permanência sejam vedadas pelas normas aplicáveis ou ocorram em desacordo com a licença da autoridade competente”.
A Secretaria de Saúde de Rio Claro divulgou neste sábado (17) boletim com números do município na pandemia de coronavírus. Foram registrados 49 novos casos da doença, totalizando 18.044.
O município tem 72 pacientes hospitalizados, sendo 40 em unidades de terapia intensiva. O índice de ocupação de leitos é de 41%. Pelo quarto dia seguido não houve registro de óbito por Covid no município.
A Secretaria Municipal de Saúde alerta a população para que mantenha os cuidados preventivos, com uso de máscara, distanciamento social e higienização frequente das mãos. Isso é fundamental para evitar a infecção pelo coronavírus e também sua transmissão.
Ana Marília Rando, de 41 anos, é uma artista ararense e foi no artesanato que encontrou o seu sustento e razão para viver: “Me ajuda a ver o mundo com outros olhos”, contou ela, de 41 anos, moradora do bairro Jardim São João, em Araras.
Aos 18 anos, Ana teve paralisia facial de bell – fraqueza súbita nos músculos de uma metade do rosto. Foi um longo processo de 20 anos para se aceitar. Ela pensou inúmeras vezes em desistir. “Não me expressava, tinha vergonha de falar em público. A paralisia facial faz um estrago enorme no emocional. Medo, inseguranças”, comentou.
A ararense recorreu à terapia e a cirurgia para enxergar um novo mundo de possibilidades. “Demorou, mas resgatei a autoestima e aos poucos fui falando sobre o assunto e buscando novas alternativas. Fiz a tão sonhada cirurgia de reparação. Tirei um músculo da perna e enxertei no rosto. Mesmo com as seqüelas que ficaram, tudo mudou e comecei a compartilhar minha experiência nas redes sociais”, contou.
Ana inspira muitas pessoas com sua autoestima e seu dom. Suas habilidades são desenvolvidas no ateliê. Ela trabalha com tecido e feltro e confecciona peças decorativas, lembrancinhas de vários tipos. “O artesanato tem papel fundamental no resgate da minha autoestima. Ele resgata meus valores e talentos que foram perdidos”, disse ela ao JC.
Além disso, Ana usa as redes sociais para encurtar o processo de quem precisa se aceitar. Ela tem um perfil no instagram (@ana_mrando). É por lá que ela ajuda as pessoas a verem a vida com outros olhos. “Dou dicas de autoestima, faço lives com profissionais especializados, muito conteúdo para ajudar esse público, que precisa de ajuda. Uma condição tão comum e tão pouco divulgada”.
O ateliê de Ana
Apesar da pandemia, o refúgio de Ana nas artes continua a todo vapor. A artesã está vendendo suas peças pela internet e sonha em um dia em ampliar o seu espaço.
“O meu cantinho ‘patchwork’ é minha principal atividade. No entanto, com a pandemia, foi preciso reinventar. Me uni com a fisioterapeuta especialista em paralisia facial, Priscila Cairo do Rio de Janeiro e lançamos a almofada térmica ‘Reconectando as Faces’ – idealizada pela profissional e feita artesanalmente por mim”.
A almofada é feita de tecido 100% algodão, sementes e ervas medicinais que, segundo a ararense, trabalham o emocional, quando aquecida. “A especialista Priscila segue a linha do autocuidado na evolução do tratamento da paralisia e tem sido um verdadeiro sucesso”.
Para conhecer mais sobre o trabalho de Ana, basta acessar pelo Instagram: @omeucantinhopatchwork. Ela envia sua arte para todo o Brasil.
A funcionária pública municipal Daniela de Oliveira Grecchi, 40 anos e suas duas filhas de 13 e 15 anos foram sepultadas nesta sexta-feira (16), no Cemitério da Vila Rezende, em Piracicaba. Mãe e filhas foram atingidas a facadas pelo namorado de Daniela, no bairro Martin de Sá, em Caraguatatuba, no dia anterior. Outra filha de Daniela de 9 anos, conseguiu escapar do agressor e foi socorrida para um hospital. Ela não corre risco de morte
A filha mais nova, de 9 anos, chegou a ser socorrida com vida, pois conseguiu escapar do agressor e foi levada até um hospital. Ele fugiu em uma bicicleta, com manchas de sangue, foi localizada em um barranco a 300 metros do local do crime. Câmeras de segurança identificaram que o agressor entrou em uma trilha e não retornou.
VÍTIMAS
A Polícia Civil localizou a adolescente de 17 anos caída no corredor da casa, com uma faca atravessada no pescoço. No quarto do casal, foi localizada Daniela com várias perfurações e indícios de luta corporal, pois tinha uma cômoda quebrada no interior do cômodo. A filha de 13 anos foi localizada caída em uma edícula nos fundos da casa.
AGRESSOR MORREU EM CONFRONTO
O namorado de Daniela, o funcionário público municipal Júlio César Cardoso, 37 anos, que trabalhava na Prefeitura de Caraguatatuba, morreu após se envolver em um confronto com a Polícia Militar. Os policiais usaram um cão para buscá-lo em uma mata. De acordo com a polícia, ele teria resistido a prisão e foi baleado.