Cidades paulistas têm Samu para atender animais de rua em perigo

Folhapress/ Gabriela Bonin

Assim como os humanos, os animais também passam por situações de emergência que demandam um suporte profissional adequado para sua sobrevivência. Por isso, o trabalho em ambulâncias faz parte do dia a dia de alguns médicos veterinários, que cruzam cidades para transportar e atender cães, gatos e até mesmo animais silvestres ou de grande porte.

Algumas cidades paulistas contam com iniciativas municipais de UTI móvel, que oferecem atendimento gratuito de emergência a animais de rua. Já na capital, o serviço é somente particular e mais voltado ao transporte de cães e gatos que precisam de suporte.

Em Campinas (96 km de SP), um serviço de atendimento móvel de urgência a cães e gatos foi criado em 2015 e ficou conhecido como Samu Animal.

“Nosso recorte de atendimento são animais sem dono, atropelados ou doentes e encontrados em vias e logradouros públicos”, explica Paulo Anselmo, veterinário do Departamento de Proteção e Bem Estar Animal (DPBEA) da Prefeitura de Campinas.

A UTI móvel fica à disposição 24 horas por dia e conta com um médico veterinário, um auxiliar e um motorista. Uma equipe de regulação faz uma triagem ao receber o chamado, buscando manter o atendimento exclusivo para animais de rua, sem ser acionado por tutores e donos de cães ou gatos.

“O Samu não é só a viatura, há todo um atendimento de retaguarda”, esclarece Anselmo. A ambulância tem todos os equipamentos necessários para o primeiro atendimento no local, mas, depois, o animal é levado ao DPBEA, onde passa por exames e, no caso de trauma, cirurgias.

Uma vez recuperados, os animais são colocados para adoção. “Temos em média 1,5 atendimentos de cães e gatos por dia, considerando os 365 dias do ano. 41% das causas são atropelamentos”, diz o veterinário. O serviço consegue salvar mais da metade dos animais atendidos, já que, por serem casos graves, a taxa de letalidade é de 47%.

Segundo Anselmo, o objetivo é trabalhar para que o serviço do Samu Animal deixe de ser necessário. “Temos uma estrutura de castração móvel que castra 200 animais de rua por dia. Além de diminuir a letalidade, queremos diminuir a quantidade de animais abandonados para minimizar a necessidade do serviço de urgência”, defende.

A cidade também conta com um veículo de transporte de animais de grande porte, como bovinos e equinos. Não é uma UTI móvel, mas o veículo possibilita trazer os animais para serem atendidos pelo departamento.

Uma iniciativa semelhante atua em Bragança Paulista (87 km de SP): o SamuVet. A ideia surgiu como parte do trabalho de conclusão de curso de Medicina Veterinária do tenente do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, Claudio Zago.

A proposta de Zago foi acatada pela prefeitura e, em 2019, o serviço móvel de urgência e emergência veterinária foi implementado no município. Desde então, uma ambulância atua no atendimento de animais de rua sem tutor vítimas de trauma ou doenças.

Após os primeiros socorros, os animais resgatados são levados ao Abrigo Municipal de Cães e Gatos, que conta com uma clínica onde exames e cirurgias são realizados. Todo o trabalho é fruto de uma parceria com a Associação de Proteção aos Animais Faros d’Ajuda, que administra o serviço terceirizado.

“O objetivo principal é a qualidade de vida do animal”, diz o tenente e médico veterinário que coordena o SamuVet. A média é de dez atendimentos por dia, explica Zago. “Atendemos não só a área urbana da Bragança, mas também a área rural.”

De acordo com o profissional, o serviço foi criado para atender cães e gatos, mas oferece os primeiros socorros também para animais silvestres, caso necessário. No atendimento, os veterinários estabilizam os parâmetros vitais e encaminham os animais para a Associação Mata Ciliar, ONG que executa trabalhos com espécies silvestres e faz a soltura das recuperadas.

Questionada pela reportagem sobre iniciativas semelhantes na capital, a Prefeitura de São Paulo afirma que o atendimento clínico e cirúrgico aos animais é realizado por meio dos hospitais veterinários públicos, exclusivo aos munícipes e, prioritariamente, àqueles assistidos por programas sociais.

“A Cosap (Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico) informa que o transporte do animal até o Hospital Veterinário deve ser realizado pelo seu tutor”, diz a nota da administração.

CAPITAL PAULISTA

Em São Paulo, o esquema das ambulâncias animais é diferente. Os serviços existentes são oferecidos por empresas particulares, que estão disponíveis 24 horas por dia para dar suporte necessário no transporte de animais de estimação.

“Atendemos principalmente pacientes interhospitalares, ou seja, de clínicas de menor suporte para hospitais maiores. Por exemplo, clínicas de bairro que conseguem fazer um primeiro atendimento, mas não tem equipamento suficiente para manter aquele paciente por mais tempo”, explica Gabriela Caldas, 28, médica veterinária da Osgate, serviço de ambulância veterinária.

Segundo Gabriela, a Osgate também atende em casa animais que estejam passando mal e muito instáveis. “O transporte de carro pode ser muito perigoso, então o tutor nos chama, vamos até a casa dele, fazemos um primeiro atendimento e levamos o animal para um hospital”, relata.

Na maior parte dos casos, esclarece a veterinária, os atendimentos são para animais com alterações respiratórias ou dor intensa, o que faz com que o transporte precise ser feito com o suporte da ambulância.

A Osgate atende chamados na região metropolitana de São Paulo e em outras cidades, como Santos, Jundiaí e São José dos Campos. Os valores cobrados pela empresa dependem da gravidade do paciente e da distância a ser percorrida pela ambulância e, hoje, variam entre R$600 a R$1500 por atendimento.

De acordo com Gabriela, a média é de 40 a 60 transportes de animais por mês. “Trabalhar com emergência é muito difícil, porque você está lidando com pacientes muito graves, mas, ao mesmo tempo, é gratificante conseguir fazer algo por aquele animal e dar esperança para sua sobrevivência”, argumenta a profissional.

Para a médica veterinária da Vita Ambulância Veterinária, Camila Peloso Bello, 37, há uma dificuldade financeira no mercado, já que os equipamentos são caros e fazem com que o serviço tenha que ser oferecido com preços que não agradam a todos.

Camila é uma das sócias da Vita, serviço de ambulância que começou a atuar no começo deste ano. Atualmente, a média é de 25 atendimentos por mês e, a partir de dezembro, esse número salta para 50, segundo ela. O valor varia de R$350 a R$850 por transporte, a depender do trajeto e da demanda do animal.

“Fazemos de tudo para atender os chamados em até uma hora”, relata. “Ver os efeitos, a melhora e a recuperação dos animais é sempre muito satisfatório. Fazer a diferença é o que nos motiva.”

TUTORES SÃO GRATOS

Cuidar de seu animal de estimação em estado grave é um momento difícil para qualquer um. Em São Paulo, tutores que precisaram do serviço de ambulância pontuam a importância de profissionais empáticos e que fazem de tudo para ajudar seus pets.

É o caso do advogado Sergio Ridel, 77, que foi tutor de um cão pequinês chamado Napoleão. O animal tinha 15 anos e, em julho de 2020, precisou de atendimento médico por estar em seu processo terminal.

Napoleão passou 40 dias em uma UTI veterinária. Segundo Sergio, o estado de saúde do cão já estava muito debilitado, o que poderia fazer com que outros animais fossem priorizados na UTI. “A morte dele era uma questão de tempo e eu queria que ele morresse junto de mim”, relata.

Por isso, o advogado contratou o serviço de ambulância veterinária da Osgate. Durante cerca de um mês, a equipe fez o transporte diário de Napoleão da UTI para casa e vice versa. O objetivo era que o animal pudesse passar as noites em casa e, durante a manhã e tarde, recebesse atendimento no hospital veterinário.

“Os profissionais da equipe, seja a médica veterinária ou o motorista, foram os amigos que eu tive naquela hora triste”, conta Sergio. “O apoio emocional que eles me deram foi essencial, assim como a dedicação com o Napoleão.”

A estudante de medicina veterinária Maria Carolina Graf Simões, 21, também precisou do serviço de ambulância. Seu cachorro Floquinho, um lhasa apso, tinha 12 anos quando os tutores descobriram um problema no fígado.

Após um mês de tratamento em uma clínica no Butantã (zona oeste), seu estado de saúde foi se agravando, ele teve uma infecção generalizada e precisou ser transferido para uma UTI em Moema (zona sul).

“Eu estava desesperada, meu cachorro poderia morrer a qualquer momento e eu busquei ajuda”, conta Maria Carolina. Ela contratou o pessoal da Osgate para fazer o transporte do animal, que precisava se suporte respiratório.

“O que me marcou muito foi que toda a atenção deles foi para o Floquinho. Era exatamente o que eu queria naquele momento, que cuidassem dele”, diz a estudante. “Me deu alívio ver que eu fiz aquilo por ele.”

Famílias vão optar por ceias mais baratas neste fim de ano

Folhapress/ Fábio Munhoz e Rubens Cavallari

A alta nos preços dos alimentos em 2021 deverá fazer com que as famílias brasileiras optem por preparar ceias de fim de ano mais baratas do que estavam acostumadas a fazer. Segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), os alimentos tiveram uma alta acumulada de 11,71% em 12 meses em todo o país.

Segundo a consultoria Kantar, 13,6% dos lares fizeram a ceia em 2020 só com carnes típicas das comemorações de fim de ano, como chester e peru, por exemplo. No ano anterior, esse percentual era de 22,5%.

A fatia de famílias que misturaram as proteínas comemorativas com carnes do dia a dia subiu de 33% para 40% de 2019 para 2020. “O que vai diminuir são as comemorações onde só tem chester, peru ou uma ave especial. Elas até vão estar presentes, mas em conjunto com outras proteínas, como linguiça, suínos, bovinos ou peixes”, comenta Bruno Machado, gerente sênior de contas da Kantar.

Segundo Machado, a crise também deverá refletir nos presentes trocados entre familiares e amigos. “Talvez não necessariamente as pessoas presenteiem menos, mas deem presentes mais acessíveis.”

“Muita coisa vai mudar na ceia deste ano. A coisa está feia. O pernil vai ter, mas vai diminuir. E, no lugar do peru, vai ter galinha”, comenta o aposentado Alfrânio Moura da Silva, 61 anos.

Para conseguir fazer com que a ceia caiba no orçamento, a dona de casa Elizabeth Antunes, 49 anos, já começou a olhar os preços, faltando pouco mais de um mês para o Natal. “Estou pesquisando para ver se consigo manter as mesmas coisas dos anos anteriores”, diz.

Morador de Curitiba (PR), o chefe de cozinha Waldemar Santos, 61 anos, possui uma empresa que faz ceias para grupos fechados. “O peru não pode faltar. O cardápio será o mesmo, mas infelizmente tivemos que aumentar o preço em cerca de 40% para repassar a alta dos insumos.”

Funcionário de uma loja no Mercado Municipal Paulistano, no centro de São Paulo, Valter da Costa, 79 anos, afirma que a procura pelo bacalhau caiu cerca de 30% em relação a 2019, quando ainda não havia pandemia. “Como são produtos importados, o dólar elevado faz com que o preço suba muito. O pessoal vai acabar optando por peixe fresco”, avalia o profissional.

Proprietário de um açougue no Mercadão, o empresário Sílvio de Oliveira, 50 anos, concorda com a mudança nos hábitos de consumo para as ceias, principalmente em relação às carnes. “As famílias continuam comprando, mas em quantidades menores. O pernil, por exemplo, a gente vendia inteiro. Hoje estão comprando mais o fatiado”, diz.

Mãe de Marília Mendonça diz estar forte pelo neto

Folhapress

Ruth Moreira, mãe da cantora Marília Mendonça, afirmou em entrevista ao Fantástico (Globo), na noite deste domingo (14), que o neto, Léo, de quase dois anos, é a razão para ela estar sendo forte após a perda da filha. A artista morreu no último dia 5, em um acidente aéreo que matou cinco pessoas.

“Eu chorei muito por dois dias, mas eu tenho meu neto se ele me vir chorando vai se desesperar. Eu urrava, sabe? Gritar por dentro, mas aí lavava o olho e descia brincar com ele, me jogar no cão, jogar bola”, contou ela, que agora terá a guarda do neto compartilhada com o pai do menino, o cantor Murilo Huff, 26.

Ruth contou que Marília costumava falar alto e era mandona dentro de casa, o que às vezes lhe rendia brigas com o irmão caçula, João Gustavo, “mas tudo com muito amor”. Segundo ela, o período de pandemia foi muito bom para que a cantora ficasse com o filho, tempo que talvez fosse menor sem a suspensão de shows.

O pequeno Léo ainda não entende a morte da mãe. Avó e tio afirmam que contarão aos poucos, com histórias como a da estrelinha. As coisas de Marília também continuam do jeito que ela deixou, incluindo os objetos recolhidos no avião que caiu, como o caderno que a cantora usava para escrever suas composições.

“Eu vou continuar forte e sem mexer nas coisinhas dela”, afirmou Ruth, que afirmou que mata a saudade com visitas ao quarto da filha, para cheirar o travesseiro ou as roupas da cantora. “Se eu não tinha tido um pior dia da minha vida, ali chegou. O momento é de dor, mas passa e vai ficar a saudade”, afirmou.

Motociclista morre após colisão com caçamba no Jardim Novo I

Um acidente de trânsito com vítima fatal foi registrado no início da madrugada desta segunda-feira (15) na Avenida 1, no bairro Jardim Novo I, em Rio Claro.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, Mazinho Antunes de Moura, de 29 anos, pilotava uma motocicleta Honda NXR preta e teria colidido contra uma caçamba de recolha de entulho.

O SAMU foi acionado, segundo registo, mas a vítima, que era natural da cidade de Matias Cardoso, em Minas Gerais e morava no Jardim Novo I, não resistiu.  

A Guarda Civil Municipal foi quem atendeu a ocorrência.

Cientistas lançam plano para salvar civilização de catástrofe climática

Folhapress/ Ana Estela de Sousa Pinto, de Glasgow, Escócia

Barrar já o desmatamento é crucial para permitir que o aquecimento global seja contido e revertido no futuro, afirmam cientistas de todo o mundo em uma carta de ações para evitar danos irreversíveis ao planeta.

O documento foi publicado na quinta (11), enquanto ainda se desenrolavam as negociações da COP26, Conferência do Clima da ONU que terminou neste sábado (13) com um acordo considerado aquém do desafio imposto pelo aquecimento global.

Talvez já antevendo o desfecho do encontro em Glasgow (Escócia), o grupo, que reúne acadêmicos, economistas e especialistas em governança e em políticas públicas, apresentou o que chamou de um “plano Marshall para salvar a civilização” –uma comparação com o plano apresentado pelos Estados Unidos para reconstruir a Europa destruída pela Segunda Guerra Mundial.

A carta detalha prioridades e passos que deveriam ser tomados até 2026, 2030 e 2050. Segundo o grupo, os cientistas decidiram substituir os alertas feitos anteriormente por uma proposta concreta de ação “antes que não haja mais estrada a percorrer”.

Os cientistas publicaram seu primeiro alerta sobre “emergência climática” em 1992, época da conferência realizada no Rio, e uma segunda versão da advertência, divulgada em 2017, já superou 15 mil assinaturas de cientistas.
“Apesar disso, houve poucas ações bem-sucedidas e os indicadores climáticos pioraram, mesmo com a pandemia de Covid, que reduziu a mobilidade.”

Segundo os cientistas, a mudança climática é a mais conhecida, mas não a única evidência de que os homens colocaram o planeta em risco.

Eles elencam alguns danos já irreversíveis, como a elevação do nível do mar e a perda de gelo no Ártico, que levará no mínimo um milênio –ou 40 gerações– para ser restaurado.

Outros desastres incontroláveis são ainda desconhecidos, porque sistemas naturais complexos sob estresse, como o clima, não mudam de forma gradual ou previsível, dizem os cientistas.

Além disso, mesmo com todas as promessas feitas pelos países na COP26, o mundo caminha para um aquecimento de mais de 2,4º C em relação ao período pré-industrial, segundo relatório recém-divulgado da CAT, a mais importante coalizão de monitoramento climático do mundo.

“A civilização enfrenta uma encruzilhada histórica, mas com resultados potencialmente muito melhores se agirmos agora”, escrevem os signatários da nova carta, que afirmam ser fundamental uma cooperação entre países de diferentes culturas e sistemas: “Nossos maiores desafios não são técnicos, mas sociais, econômicos, políticos e comportamentais”.

Os níveis de gás carbônico atuais, 48% mais altos do que os do período pré-industrial, exigem que as emissões de gases poluentes sejam cortadas pelo menos à metade até o final desta década, de acordo com os cientistas.
A ação é necessária em seis áreas, dizem eles: energia, poluentes, natureza, sistemas alimentares, estabilização da população e metas econômicas.

Para que o aquecimento seja revertido após esse primeiro momento de contenção, “temos que interromper imediatamente a destruição e negociação dos sistemas que capturam carbono, como florestas, pastagens e terras úmidas”, afirmam eles.

O papel do Brasil


O desmatamento é o principal responsável pelas emissões de gases de efeito estufa no Brasil: mais da metade (55%) vem de corte de árvores e queimadas, um número que vem crescendo nos últimos dois anos.

Dados divulgados pelo sistema Deter, do Inpe, registraram um recorde de devastação da Amazônia para um mês de outubro desde que a série histórica começou a ser feita, em 2016.

O plano dos cientistas nessa área prevê reduzir até 2026 e interromper até 2030 a destruição de ecossistemas naturais, incluindo os dos arredores de cidades, por meio de políticas de adensamento urbano, rezoneamento e reaproveitamento de áreas –plantando árvores em estacionamentos ou extensos gramados, por exemplo.

Também recomenda remover poluentes como pesticidas, restaurar áreas degradadas (não só as plantas, mas grandes animais, insetos, fungos, bactérias e outros componentes do ecossistema original) e zerar a queima de madeira para produzir energia, que, de acordo com o grupo, é mais prejudicial que a queima de carvão, além de reduzir a capacidade de absorção da cidade.

Outro ponto de ação que afeta diretamente ao Brasil é o que se refere à produção de alimentos —a agropecuária responde por 23% das emissões do país, sem contar outras partes da cadeia de alimentação, como transporte e processamento.

Segundo os cientistas, os impactos da produção de alimentos “já estão muito além dos níveis que atendem às metas de saúde planetária”. O setor responde por mais de um quarto das emissões de gases de efeito estufa no mundo, por cerca de 70% do uso de água doce, pela maior parte do desmatamento e pelo escoamento de nutrientes para cursos d’água, poluindo-os.

A carta afirma que “a redução da demanda por carne e laticínios e a mudança para padrões alimentares baseados em plantas fornecem os maiores benefícios em todo o conjunto de impactos ambientais do sistema alimentar”, por reduzir a necessidade de terra, água, pesticidas, fertilizantes e cortar a emissão de gases poluentes.

Outras políticas necessárias são as de reduzir o desperdício de alimentos, aumentar a eficiência do uso da água, e adotar práticas agrícolas menos degradantes do meio ambiente.

“Ainda é concebível que a humanidade possa evitar grandes fomes neste século. Mas a convergência de gargalos de recursos e crises ambientais exige ação urgente em todo o sistema alimentar global em muitas frentes simultaneamente”, afirma o documento.

Inscritos no CadÚnico serão selecionados todo mês para Auxílio Brasil

Agência Brasil

Principal ferramenta do governo para incluir famílias de baixa renda em programas sociais, o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) também será usado para garantir o acesso ao Auxílio Brasil, programa social que paga a primeira parcela no dia 17. Todos os meses, o Ministério da Cidadania selecionará novos beneficiários para o programa, desde que os dados estejam atualizados.

Apesar de ser pré-requisito para o novo programa social, a inscrição no CadÚnico não representa garantia de que a família passará a receber o Auxílio Brasil. Apenas significa que ela está incluída em uma lista de reserva do programa, que será ampliado à medida que o governo tenha recursos no Orçamento. Os escolhidos todos os meses serão comunicados oficialmente pelo Ministério da Cidadania.

As informações deverão ser atualizadas a cada dois anos, mesmo que não haja mudança de dados. Caso haja alterações na família, a atualização deve ser feita o mais depressa possível. Isso se aplica em situações como novo endereço; aumento ou diminuição de renda; mudança de escola de filhos crianças ou adolescentes; alterações nos documentos do responsável pelo domicílio; nascimentos, mortes, chegada e saída de pessoas no domicílio.

Todos os anos, o governo federal convoca as famílias com dados desatualizados a alterar os cadastros. As prefeituras, que têm autonomia para operar o cadastro, também podem fazer a convocação. A chamada ocorre por cartas, telefonemas ou mensagens em extratos bancários. Por meio do aplicativo Meu CadÚnico, o cidadão pode acessar seus dados, acompanhar a situação do cadastro e imprimir comprovantes.

A atualização deve ser feita presencialmente, em um Centro de Atendimento de Referência Social (Cras) ou em postos de atendimento do CadÚnico, mas alguns municípios oferecem meios eletrônicos para a atualização dos dados. Os endereços dos Cras em cada município estão no site do Ministério da Cidadania. Famílias que não atualizarem as informações por mais de quatro anos serão excluídas do cadastro.

Podem inscrever-se no Cadastro Único famílias que ganham, por mês, até meio salário mínimo por pessoa (R$ 550), tenham renda mensal total de até três salários mínimos (R$ 3,3 mil), pessoas que moram sozinhas ou que vivem em situação de rua (só ou com a família). Caso a família receba mais de três salários mínimos, a inscrição só será permitida se as demais condições forem atendidas, mas apenas se o cadastro for vinculado à inclusão em programas sociais federais, estaduais ou municipais.

Como se inscrever

A inscrição no CadÚnico é realizada somente em postos do Cras ou em postos do Cadastro Único e do antigo Programa Bolsa Família na cidade onde a pessoa de baixa renda mora. Esses estabelecimentos são administrados pelas prefeituras. Geralmente, o processo é presencial, exigindo a ida do cidadão a esses locais, mas, por causa da pandemia de covid-19, alguns municípios abriram a possibilidade de cadastramento por telefone ou pela internet.

Só pode se inscrever no CadÚnico pessoas com pelo menos 16 anos. O cidadão deve ter Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou título de eleitor em seu nome e ser preferencialmente mulher. O responsável pela família deve levar pelo menos um desses documentos para cada membro da família: certidão de nascimento, certidão de casamento, CPF, carteira de identidade (RG), carteira de trabalho, título de eleitor ou registro administrativo de nascimento indígena (Rani), caso a pessoa seja indígena.

Quem não tiver documentação ou registro civil pode inscrever-se no Cadastro Único, mas só poderá ter acesso a programas sociais após apresentar os documentos necessários. No caso de quilombolas e indígenas, os responsáveis familiares estão dispensados de apresentar o CPF ou título de eleitor, caso não o tenham, mas devem levar pelo menos um dos documentos de identificação mencionados anteriormente.

Etapas seguintes

Após a apresentação dos documentos, um funcionário da prefeitura entrevistará o responsável familiar, para conferir os dados e traçar o perfil da família. A conversa pode ser registrada em formulário de papel ou pelo computador, no Sistema de Cadastro Único. Caberá ao entrevistador social entregar o formulário preenchido ou impresso, pedir a assinatura do responsável familiar e fornecer um comprovante de cadastramento.

O Sistema de Cadastro Único verificará se as pessoas da família têm um Número de Inscrição Social (NIS). Caso não o tenham, o sistema gerará um número em até 48 horas. O NIS é necessário para a participação em todos os programas sociais.

Caso o Cras ou os demais pontos de atendimento não queiram fazer o cadastramento, o cidadão pode fazer uma denúncia à Ouvidoria do Ministério da Cidadania. Basta ligar para o telefone 121.

Hamilton vence GP de São Paulo em fim de semana impressionante na F1

O heptacampeão mundial Lewis Hamilton venceu o Grande Prêmio de São Paulo com a Mercedes neste domingo (14), reduzindo a liderança de Max Verstappen no campeonato de Fórmula 1 para 14 pontos, faltando três corridas para o final.

Verstappen, da Red Bull, terminou em segundo com Valtteri Bottas, da Mercedes, em terceiro, depois de um fim de semana impressionante no Brasil em que Hamilton foi de último no grid da corrida classificatória de sábado à vitória neste domingo depois de largar em 10º lugar.

Rio Claro tem sete hospitalizados por Covid

O município de Rio Claro não registrou nenhum caso de infecção por coronavírus nas últimas 24 horas e com isso mantém 19.486 casos positivos, de acordo com o boletim da Fundação Municipal de Saúde emitido neste domingo (14). 
Río Claro tem sete pessoas hospitalizadas e índice de 8% de ocupação de leitos. Dos pacientes internados, quatro estão em unidade de terapia intensiva. Há 20 pessoas em isolamento domiciliar.
Até agora Rio Claro tem 18.878 pessoas recuperadas da Covid-19. 
A Fundação Municipal de Saúde alerta a população para a importância da vacinação e para que mantenha os cuidados preventivos, com uso de máscara, distanciamento social e higienização frequente das mãos.

Quadrilha invade shopping Iguatemi e assalta joalheria em Sorocaba

 (FOLHAPRESS) –

Um assalto a uma joalheria do shopping Iguatemi Esplanada, em Sorocaba, no interior paulista, causou pânico entre clientes e lojistas na noite deste sábado (13).
De acordo com informações da Polícia Militar ao jornal Cruzeiro do Sul, ninguém ficou ferido. Em nota, o shopping confirmou o assalto, disse que a polícia foi imediatamente acionada e que segue colaborando com as autoridades.
Imagens divulgadas em redes sociais mostram pessoas correndo pelos corredores do estabelecimento.
A ação dos bandidos ocorreu por volta de 20h30, segundo alguns frequentadores. O grupo armado invadiu uma joalheria e levou vários objetos, entre eles, joias e relógios de luxo, totalizando cerca de R$ 500 mil em produtos.
Conforme apurado pelo g1, oito criminosos participaram do assalto. A quadrilha também levou duas armas e um colete do vigilante.
Houve troca de tiros com um profissional de segurança do shopping e um vigilante foi feito refém na entrada da loja e liberado na saída.
Durante a confusão, o alarme foi acionado. Funcionários e clientes tiveram de permanecer trancados dentro de lojas e restaurantes por mais de uma hora, enquanto a PM fazia varredura no local em busca dos assaltantes.
Além da PM, a Polícia Civil, Guarda Municipal de Sorocaba e a Polícia Científica foram acionadas.

Veja vídeos e fotos do pânico de quem estava no shopping:

Rio-clarenses relatam como é vencer o câncer de próstata em meio ao preconceito

O mês de novembro já se consolidou como o de campanhas de conscientização sobre a saúde do homem. Novembro Azul tem os holofotes voltados na prevenção e no combate ao câncer de próstata, que é o segundo tumor que mais mata os brasileiros, ficando atrás apenas do câncer de pulmão.

Estimativa do Inca (Instituto Nacional do Câncer), indica que em 2021 são esperados 65.840 novos casos, mas muitos podem nem ser diagnosticados. A SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) obteve informações que indicam aumento de 10% na mortalidade por câncer de próstata em cinco anos: em 2015 eram 14.542 mortos pela doença, número que subiu para 16.033 em 2019.

De acordo com dados da Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro, o número de mortes na cidade se manteve estável. Em 2016, foram 13 mortes; em 2017, o número subiu para 15; o índice voltou a cair em 2018, quando 13 homens morreram; em 2019, o número caiu para 11, enquanto em 2020, cresceu para 12. Neste ano, foram contabilizados sete óbitos até agora.

Mas a maior dificuldade ainda é convencer os homens a fazerem os exames por conta do preconceito. Por isso, a ‘Reportagem da Semana’ conversou com o cirurgião robótico e urologista Fabrizio Messetti, de 43 anos, um dos profissionais mais conceituados na área, para esclarecer dúvidas sobre o tumor. Além disso, você vai conhecer a história de dois rio-clarenses que venceram o câncer de próstata. Eles receberam o JC e contaram as experiências que viveram quando foram diagnosticados.

O motorista de aplicativo Djalma Francisco, de 64 anos, morador no Jardim Novo I, descobriu um câncer de próstata agressivo numa consulta de rotina. Ele já tinha histórico na família. Seu avô e um primo foram diagnosticados com a doença. Ao fazer a biópsia, veio o alerta de um tumor.

“Receber a notícia não é nada fácil. Quando o doutor [Fabrizio] me chamou, levei minha esposa e ele abriu o jogo de como seria a operação. Fiquei tenso, mas durante a espera, até o processo cirúrgico, ele me deixou bem mais tranquilo.”

Há dois anos e meio, o motorista de aplicativo fez a retirada do tumor por meio de uma cirurgia robótica, feita com auxílio de um robô manipulado por um cirurgião. O procedimento consiste na remoção total e completa da próstata e das vesículas seminais e é indicado principalmente quando o paciente apresenta doença localizada somente na próstata.

“O paciente foi operado na cidade de São Paulo e recebeu alta dez horas depois do procedimento. A cirurgia foi um sucesso e todas as funções foram preservadas. A doença está indetectável”, explicou o cirurgião Fabrizio Messetti.

Seu Djalma contou ao JC que durante todo o processo se apegou em Deus para que tudo isso acabasse logo. “Agarrei com minha fé em Deus. Tenho certeza que me ajudou muito. É aquela coisa, né: quando a água bate na garganta, a gente olha para cima. Isso, inclusive, fez com que eu me renovasse perante a Ele”, afirmou.

O motorista de aplicativo fez questão de deixar um recado para os homens que têm medo ou vergonha de irem ao médico urologista. “Perca a vergonha. Isso pode levar à perda da vida. E tenho conhecidos que se foram por conta disso. É extremamente importante procurar um médico para se prevenir, pois se tiver algum problema, a chance de reverter a situação é de quase 100%, como o meu caso”, relatou.

José Edmilson foi operado há 20 dias

O analista de sistemas José Edmilson dos Santos, de 51 anos, morador no Jardim América, foi diagnosticado com a doença neste ano. Ao contrário do caso acima, não teve antecedentes na família.

O médico vinha o acompanhando nas consultas de rotina e percebeu uma alteração no PSA, conhecido como Antígeno Prostático Específico, que é uma enzima produzida pelas células da próstata cujo aumento da concentração pode indicar alterações na próstata, como prostatite, hipertrofia benigna da próstata ou câncer. Após isso, fez uma ressonância que confirmou o tumor.

“Quando você descobre, o ‘baque’ é muito grande. Você fica meio perdido. O doutor me explicou todas as possibilidades de tratamento e aí fiquei mais tranquilo. Mas, na hora de passar a informação para a esposa e para a filha, é muito complicado. Quando você começa a pensar no que pode acontecer, a preocupação vem à tona. Afinal, o medo de não poder ver minha filha crescer era grande”, contou.

O analista de sistemas foi operado por uma videolaparoscopia há 20 dias. O procedimento foi realizado por meio de pequenos furos no corpo do paciente, que variam de acordo com o objetivo da cirurgia, e é considerado minimamente invasivo.

Além disso, segundo os especialistas, esse tipo de procedimento traz inúmeras vantagens em relação à operação convencional, como menos dor no pós-operatório, melhores resultados estéticos, recuperação mais rápida do paciente, menor permanência hospitalar e menores riscos de infecções.

“Em pacientes que não têm acesso à cirurgia robótica, essa é uma boa opção. Apesar de ter feito a cirurgia recentemente, já está muito bem. A robótica tem suas vantagens, é claro, mas quando bem indicada, também faz sentido”, salientou Messetti.

Urologista alerta para saúde do homem e prevenção do câncer de próstata

    O JC também conversou com o urologista Fabrizio Messetti para saber qual a importância de realizar o acompanhamento médico, além de orientações sobre sintomas e prevenção.

“O exame de rastreamento é muito importante, pois sabemos que caso diagnosticado na fase inicial, em cinco anos, há uma sobrevida de quase 100%. Ou seja, esse paciente é curado. Agora, quando você encontra um tumor avançado, a sobrevida em cinco anos é menor que 30%. Ou seja, 70% morrem em cinco anos. A principal arma é fazer o diagnóstico precoce uma vez por ano em todos os pacientes acima de 50 anos. Abaixo dessa idade, a gente individualiza cada caso”, explicou.

    O cirurgião robótico afirmou, ainda, que o câncer de próstata é uma doença silenciosa, sem sintomas. E, quando dá sinais, há um problema bem maior, pois a doença geralmente já está avançada. “Se deu sintoma, provavelmente o tratamento será paliativo, sem chances de cura desse paciente”, alertou.

Preconceito e medo

    Uma das principais dificuldades, vista no dia a dia, é o preconceito com o exame da próstata. Índices expedidos pela SBU em 2020, já demonstraram, por meio de uma pesquisa, o abandono do público masculino nos consultórios: mais da metade, 55%, com mais de 40 anos, deixaram de ir ao médico ou até abandonaram o tratamento.

    “Lógico que isso vem diminuindo, mas ainda existe o preconceito. No entanto, é um exame rápido, um pouco desconfortável, mas essencial. Outra coisa é o medo de ter o diagnóstico. É que existe a lenda de que o tratamento está ligado com sequelas de impotência sexual. No entanto, com as técnicas modernas, temos cada vez menos sequelas, como os personagens entrevistados para essa reportagem. Muito maior do que o medo de ter o diagnóstico positivo, é não ter como tratá-lo. Procure um médico e se cuide.” 

Jovem de 18 anos é baleado após roubo no Jardim São Paulo em Rio Claro

Na madrugada deste domingo(14) um jovem de 18 anos foi baleado na cabeça, após um roubo no Jardim São Paulo em Rio Claro. A Polícia Militar atendeu a ocorrência e de acordo com o boletim de ocorrência quando os policiais chegaram ao local dos fatos já encontraram a vítima caída, com um disparo de arma de fogo na testa e sendo atendida pelo SAMU.

O jovem foi encaminhado consciente para o PSMI da Santa Casa de Rio Claro, onde está internado. As outras cinco vítimas do roubo foram ouvidas e liberadas. Foi levado um celular no roubo de acordo com o boletim de ocorrência.

Entrega de lâmpadas a moradores no Jardim Brasília será de terça a sexta-feira

De terça-feira a sexta-feira (19) o caminhão da Neoenergia Elektro estará no Centro de Referência em Assistência Social (Cras) do Jardim Brasília entregando lâmpadas a moradores. O atendimento é realizado das 8h30 às 17h.

O projeto Energia Mais Eficiente é uma iniciativa da Neoenergia Elektro que realiza ações de eficiência energética nas comunidades de baixo poder aquisitivo da área de atendimento da distribuidora. Em Rio Claro, a parceria com a prefeitura envolve as secretarias municipais do Desenvolvimento Social e Governo, e o Fundo Social de Solidariedade.

A ação é voltada aos clientes residenciais que podem trocar até cinco lâmpadas incandescentes ou fluorescentes por lâmpadas de LED, 40% mais econômicas. Para receber o kit de novas lâmpadas, os clientes residenciais, ou rurais-residenciais, devem estar cadastrados na TSEE (Tarifa Social de Energia Elétrica) ou morar em comunidades de baixo poder aquisitivo, não possuir débitos com a concessionária, levar a conta de energia junto com a documentação de identificação do titular e até cinco lâmpadas incandescentes ou fluorescentes usadas (potência igual ou superior a 15W).

Ao comparecerem aos locais de troca das lâmpadas, as pessoas deverão usar máscaras de proteção e manter o distanciamento de dois metros das demais pessoas, como forma de se prevenirem do coronavírus.

A programação anunciada pela Neoenergia Elektro prevê atendimento aos moradores até dezembro, com o seguinte calendário: 16 a 19 de novembro no Cras Brasília; 22 a 26 de novembro no Cras Panorama; de 29 de novembro a 3 de dezembro no Cras Independência; e dias 6 a 10 de dezembro no Cras Mãe Preta.

Jornal Cidade RC
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