Jornal Cidade

Neste aniversário de 198 anos, a cidade de Rio Claro está novamente “decorada” de roxo. A florada dos ipês transforma em pontos de visitação algumas avenidas e praças do município, como na Avenida 40, no Alto do Santana, e na Rua 2, no trecho do Centro Cultural Roberto Palmari, na Vila Operária. Um outro exemplar que também chama bastante a atenção fica na Avenida Visconde, na altura da Avenida 6.

O cenário florido da Avenida 40, aliás, é o que ilustra a capa da edição comemorativa ao aniversário de Rio Claro preparada pelo Jornal Cidade, disponível nas bancas. A fotógrafa Ana Julia Guerreiro Galvão, deslumbrada com a paisagem, registrou as imagens do marido, o vendedor Rafael Santantonio e o filho de casal, Benício.

Segundo o ecólogo Tadeu Olivetti, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, “o frio ajuda a estimular a florada do ipê roxo, como tivemos dias de frio intenso no início de junho, eles estão agora em sua plenitude. Trata-se de uma árvore nativa de nossa região, que sempre embelezam Rio Claro em seu aniversário, com maior ou menor intensidade, dependendo das condições climáticas naquele ano”.

Observando as árvores, em alguns casos a impressão é de que são flores rosa, mas Olivetti esclarece que a variação de tonalidade é comum, mas todos são ipê roxo. “O ipê rosa é o último a florescer no ano, entre setembro e outubro. Um especialista consegue facilmente distinguir. Para quem não estudou essa área, há realmente uma dificuldade em identificar. A cidade de Rio Claro é premiada, ela recebe de presente de aniversário a florada do ipê roxo”, acrescenta.

A beleza da florada atrai os moradores de Rio Claro para esses pontos de visitação. Muitos também divulgamos registros nas redes sociais, destacando a beleza na paisagem da cidade.

Hoje, dia 24 de junho, aniversário de 198 anos de Rio Claro, também é um dia muito especial para Ana Paula Santana. A moradora do bairro Consolação está celebrando 44 anos e a nova idade para ela chega como um renascimento depois do que ela enfrentou. O melhor presente que ela ganhou ao ‘apagar as velinhas’ foi a vida e a saúde.

Para o leitor(a) relembrar, Ana Paula apareceu em fevereiro de 2024 nas páginas do Jornal Cidade passando por uma situação muito delicada. O que era um sonho acabou se tornando um pesadelo. Ela que sempre lutou contra a balança optou pela cirurgia bariátrica em agosto de 2022. Na época ela pesava 96 quilos e por ter 1,52m já estava tendo problemas no joelho e na pressão arterial.

Após a operação e o período da dieta líquida, começou a ingerir alimentos sólidos e o organismo passou a não aceitar. Tudo o que ela comia, vomitava. No limite chegou a pesar 36 quilos. Não conseguia se manter de pé sem ajuda, ficou com problemas na fala e não conseguia escrever o próprio nome. Após longos períodos internada, outras cirurgias que não deram resultado e campanhas, em 2024 conseguiu reverter a bariátrica em um hospital em São José do Rio Preto.

O processo de recuperação foi lento e ainda acontece, mas Ana Paula hoje é uma nova mulher. Recuperou a autoestima, a alegria de viver e celebra: “Eu achava que não iria sobreviver. Tive que ter muita força e agradeço a todos que me ajudaram de alguma forma, que oraram por mim. Comemorar mais um ano de vida hoje é motivo de resiliência e conquista para mim”, concluiu.

VIDA SALVA POR TELEFONE

Com cinco anos de idade, Lorena Antunes de Sousa chama a atenção por onde passa por sua espontaneidade, inteligência, sorriso e carisma. Vaidosa, ela gosta de se produzir e não é a primeira vez que aparece no Jornal Cidade. Na realidade é a segunda vez. Na estreia, no ano de 2019, ela era uma bebê de apenas 19 dias que tinha dado um susto e tanto na família.

Na época a reportagem contou o drama vivido pela mamãe Carla Sousa que estava amamentando Lorena. Neste processo a recém-nascida engasgou e parou de respirar. Desesperada ela telefonou 193 e do outro lado da linha encontrou o bombeiro Diomarino que com muita responsabilidade, conhecimento e calma, orientou a família pelo telefone a como realizar o procedimento para o desengasgo de Lorena.

Na conversa, que você pode relembrar acessando o vídeo na página, o bombeiro pergunta quanto tempo a criança tem e se ela estava roxinha. A mãe passa as primeiras informações e Diomarino pede que a bebê seja colocada no braço, com o rostinho na palma da mão, virada para baixo. Na sequência orienta a fazer um movimento de levantar e abaixar o braço dando cinco tapinhas de leve nas costas da bebê com o rostinho da recém-nascida levemente voltado para baixo. Com ajuda, a mãe realiza os procedimentos e logo Lorena começa a chorar para o alívio de todos.

Alguns dias depois, Carla fez questão de ir até o quartel do Corpo de Bombeiros, na Avenida Brasil, para fazer um agradecimento especial ao bombeiro que falou com ela ao telefone e conhecer outros profissionais. Lorena foi junto e posou para fotos ao lado dos heróis da vida real.

A mamãe afirma hoje que nunca esqueceu a ajuda que recebeu e que sempre conta para a filha, que apesar de ainda não entender a dimensão do susto, desenvolveu verdadeira paixão pelo Corpo de Bombeiros: “Estou programando uma nova visita ao quartel, dessa vez com a Lorena já falando, andando. Acho que vai ser uma experiência muito legal para ela que já me disse que quer ir vestida com o uniforme dos bombeiros. Tenho muita gratidão não só pelo Diomarino que me atendeu no telefone naquele dia, mas a todos da corporação pelo incrível e humano trabalho que desempenham diariamente. Quero que minha filha cresça admirando cada dia mais os bombeiros”, disse Carla.