Tênis: Bia Haddad conquista o WTA de Birmingham

Este é o segundo título seguido da brasileira na Inglaterra

AGÊNCIA BRASIL

A brasileira Bia Haddad conquistou, na manhã deste domingo (19), o WTA 250 de Birmingham (Inglaterra) ao superar a chinesa Shuai Zhang (54ª colocada do ranking), que abandonou a partida após sentir dores no pescoço.

A final durou apenas 37 minutos. Quando a brasileira estava à frente por 5/4 no primeiro set, a adversária deixou o confronto. Esse é o segundo título seguido de Bia Haddad. No último domingo (12) ela faturou o WTA de Nottingham (Inglaterra).

“Antes de tudo, Shuai, não tenho como dizer o quanto você mereceu. Jogamos juntas e você me fez me sentir mais forte. Você é uma jogadora e uma pessoa especial”, declarou a brasileira logo após a partida.

A conquista em Birmingham teve um sabor especial porque na semifinal a brasileira passou pela romena Simona Halep com parciais de 6/3, 2/6 e 6/4 em 2h14min. Essa foi a primeira vitória de Bia Haddad sobre a ex-líder do ranking mundial.

Mega-Sena acumula e próximo concurso deve pagar R$ 70 milhões

Próximo sorteio será na quarta

AGÊNCIA BRASIL

O concurso 2.492 da Mega-Sena, realizado nesse sábado (18) à noite no Espaço Loterias da Caixa em São Paulo, não teve acertadores das seis dezenas. Os números sorteados foram: 10 – 30 – 31 – 33 – 42 – 52.

O próximo concurso (2.493), na quarta-feira (22), deve pagar um prêmio de R$ 70 milhões.

A quina teve 65 ganhadores e cada um vai receber R$ 71.634,15. Os 6.645 acertadores da quadra receberão o prêmio individual de R$ 1.001,01.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.

O sorteio é realizado às 20h, no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.

Professor de geografia Adler Guilherme Viadana perde batalha contra o câncer

Será sepultado na cidade de Campinas o professor de Geografia da Unesp Adler Guilherme Viadana. A informação foi divulgada pela filha do docente, Deborah Caetano nas redes sociais.

O docente vinha lutando contra um câncer na pulmão, conforme divulgado por ele em sua página do Facebook em dezembro de 2021. “O câncer me pegou. Sem me avisar, covardemente o caranguejo abateu o meu pulmão direito. Sinto dores e o sangue que já não me pertence abandona-me. Lutarei com todas as minhas forças contra esta maldita doença. Não derramei nenhuma lágrima. Acredito nos médicos e na ciência”.

Haverá um breve velório das 15h às 16h30 no Crematório Municipal de Campinas, localizado na Avenida Sylvia da Silva Braga, S/n – Campos dos Amarais.

BIOGRAFIA

Licenciado em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Osvaldo Cruz (1972), bacharel em Geografia pela Universidade de São Paulo (1979), licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo (1979), mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1985) e doutorado em Geografia Física pela Universidade de São Paulo (1993). Atualmente é membro do COMDEMA da Prefeitura Municipal de Corumbataí e professor adjunto da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Biogeografia, atuando principalmente nos seguintes temas: Biogeografia, Fitogeografia, Zoogeografia, Fisiologia da Paisagem e Qualidade Hídrica. (Fonte: Currículo Lattes)

Saúde alerta para acidentes que causam queimaduras em festas juninas

Líquidos quentes, fogueiras e fogos de artifício exigem mais atenção

AGÊNCIA BRASIL

O Ministério da Saúde divulgou alerta com recomendações e cuidados para evitar acidentes que possam causar queimaduras durante as tradicionais festas juninas, muito populares em todo o país. A atenção deve ser especial em ambientes em que podem ser frequentes as queimaduras por líquidos quentes, chamas de fogueira e fogos de artifício.

Entre janeiro e abril deste ano, já foram registrados 3.540 procedimentos hospitalares e 32.631 atendimentos ambulatoriais por causa de queimaduras no Brasil.

Segundo o ministério, em junho, é comum aumentarem os casos, e a prevalência é de queimaduras de segundo grau, com destaque para as lesões dos membros superiores (mãos e braços), tronco e cabeça.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 180 mil pessoas morrem por ano em consequência de queimaduras, que são a quinta causa mais comum de lesões não fatais na infância. As queimaduras não fatais podem causar hospitalização prolongada, desfiguração e incapacidade, muitas vezes resultando em cicatrizes e rejeição.

Ao todo, 48 estabelecimentos são habilitados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como centros de referência na assistência a queimados, além da oferta de procedimentos, medicamentos, órteses, próteses, materiais especiais e exames necessários para atender às vítimas.

Primeiros socorros

De acordo com o Ministério da Saúde, em casos de queimadura, o paciente deve colocar, de imediato, a parte queimada debaixo da água corrente fria, com jato suave, por aproximadamente dez minutos. Compressas úmidas e frias também são indicadas.

Se houver poeira ou insetos no local, mantenha a queimadura coberta com pano limpo e úmido. No caso de queimaduras em grandes extensões do corpo por substâncias químicas ou eletricidade, a pessoa necessita de cuidados médicos imediatos.

É importante nunca tocar a queimadura com as mãos; nem furar bolhas; tentar descolar tecidos grudados na pele queimada, ou retirar corpos estranhos ou graxa do local queimado. Não se pode colocar manteiga, pó de café, creme dental ou qualquer outra substância sobre a queimadura. O Ministério da Saúde lembra que somente o profissional de saúde sabe o que deve ser aplicado sobre o local afetado.

Prevenção

Nas festas, é preciso também ter atenção ao manipular bebidas e alimentos com altas temperaturas e evitar brincadeiras perto de fogueiras para prevenir queimaduras por chamas e problemas nas vias aéreas, pela inalação de fumaça.

É importante ainda ter cuidado ao usar produtos inflamáveis, como o álcool 70% (na forma líquida ou em gel), e não manipular o produto perto do fogo, mantendo-o longe do alcance das crianças.

Outras recomendações são evitar fumar dentro de casa, principalmente se estiver deitado, ao acender fósforos, manter o palito longe do rosto, para não atingir cabelo ou sobrancelha, e, ao acender velas, observar se estão longe de produtos inflamáveis, botijões de gás, solventes ou tecidos.

No caso de queimaduras elétricas, é preciso retirar o fio da tomada ou desligar a energia geral. Recomenda-se ainda o uso de protetor nas tomadas elétricas da casa. Possíveis vazamentos de gás devem ser investigados com frequência, e as crianças precisam ficar longe da cozinha durante o preparo dos alimentos. O cabo e as alças das panelas, que devem estar em bom estado, têm de ficar sempre virados para a área do fogão.

Na hora do banho, é bom testar a temperatura da água com o dorso da mão antes de molhar a criança, que deve ficar sempre longe de produtos de limpeza. Recomenda-se ainda o uso de protetor nas tomadas elétricas da casa.

Além de morros e cachoeiras, Analândia também se destaca na cerveja artesanal

Município completa nesta terça-feira (21) 125 anos. JC pega a estrada para conhecer um mestre cervejeiro que, após anos de estudo, criou a ‘Coral’ – a cerveja da Cidade Fotográfica

Que Analândia é cheia de belezas, delícias e potencial turístico não é segredo para ninguém. Os sabores da cidade, que fica a 35 km de Rio Claro, chegam a várias partes do país, porque são especiais e, junto com a paisagem, formam alguns dos grandes atrativos do interior paulista.

A gastronomia típica, que utiliza ingredientes locais e receitas tradicionais, atrai turistas em todas as estações do ano. Quem passa por aqui fica maravilhado com o turismo gastronômico, que proporciona degustações e aprendizados sobre o processo de produção das iguarias da terra.

Uma variedade de produtos de alta qualidade é cultivada aqui, como já mostramos em outras edições. Nesta reportagem especial, em comemoração aos 125 anos da cidade, vamos conhecer a produção totalmente artesanal de uma cerveja, que vem conquistando muita gente.

Quem diria que um festival de cerveja seria o divisor de águas na vida do gerente comercial de uma multinacional, Luiz Filipe Guerreiro, de 35 anos. Há dois anos, ele foi convidado a participar, como expositor, do primeiro Festival de Cerveja Artesanal de Analândia, evento organizado pelo Vitor Ferreira, na antiga Choperia João Bebeu, que hoje dá lugar à Pizzaria Di Maria.

Na época, Guerreiro tinha como hobby a produção de cerveja em casa, apenas para consumo próprio. Com o convite, ele viu a necessidade da criação de uma marca, já que nesse evento, estariam ao lado de cervejarias já conhecidas, consolidadas e respeitadas no mercado. 

“Fizemos todo o planejamento para lançar a Coral e deu tudo certo. O lançamento da marca aconteceu no dia do evento. A partir daí, a cerveja ficou conhecida e passamos a receber mensagens de pessoas que queriam adquirir os produtos. Com isso, o próximo passo foi profissionalizar a Coral, registrando as cervejas no Ministério da Agricultura, aumentando nossa capacidade de produção e abrindo um CNPJ”, explica.

O mestre cervejeiro conta que, ao todo, a marca possui dez receitas desenvolvidas e catalogadas. No entanto, os dois estilos que possuem registro são a Blonde Ale  e a IPA, ou seja, esses são os tipos de Coral que são autorizados a circular em pontos comerciais.

A Blonde, segundo Guerreiro, é o estilo mais vendido. Pelo fato da receita ter sido inspirada na escola belga, é uma cerveja de alta fermentação, muito intensa, complexa, porém, ao mesmo tempo, versátil.

“Tem um sabor frutado bem evidente, o IBU dela é baixo, ou seja, quase não tem amargor e o teor alcoólico é 5,3%. Pode ir nela sem qualquer risco de erro. Com certeza vai agradar todos os paladares, até mesmo daqueles que não têm o hábito de consumir cerveja artesanal”, explica.

Já a IPA da Coral é uma clássica American IPA, ou seja, foi inspirada na escola americana. Também é uma cerveja de alta fermentação, mas com uma carga de lúpulo bem alta. Por isso, tem amargor elevado. No entanto, para o mestre cervejeiro, ela é perfeitamente equilibrada com o corpo e o teor alcoólico é de 6,3%. 

“É um estilo que traz características florais e cítricas por conta da combinação de três tipos de lúpulos americanos. Para quem já é apreciador de uma boa IPA, ela é completa! Uma verdadeira pancada!”, brinca.

Como a Coral é produzida

O processo de produção de cerveja em geral é fascinante, como constatou o JC na própria fábrica. Ele consiste em várias etapas, que são moagem do malte, parte quente, parte fria, e envolve muitos processos químicos naturais. 

A produção de um lote de Coral dura em torno de 30 dias contando com o tempo de fermentação e maturação. De maneira simples e resumida, a primeira etapa é fazer a mosturação, que é o aquecimento do malte em água em temperatura controlada. Esse processo vai permitir a conversão do amido e do malte em açúcares fermentáveis. Com isso, é obtido o mosto, que é o líquido rico em açúcares do malte.

A segunda etapa consiste na filtragem e fervura do mosto. Durante o processo, são feitas as adições dos lúpulos, sempre em tempos e quantidades controladas para atingir os níveis de amargor, sabor e aromas desejados. Os tempos de adição e quantidades variam em cada receita/estilo.

A terceira etapa consiste no resfriamento do mosto e transferência para o tanque de fermentação, onde é adicionada a levedura, e é no tanque de fermentação que ocorre a transformação do mosto em cerveja. Nesse processo as leveduras vão consumir o açúcar do mosto e transformá-lo em álcool e CO2.

A quarta e última etapa é o processo de envase, que basicamente consiste em transferir a cerveja para as garrafas. Apesar de parecer simples, é uma etapa tão trabalhosa quanto as anteriores, pois inclui a sanitização de todas as partes da embalagem que terão contato com a cerveja,  transferência para a máquina de envase, rotulagem e arrolhamento das garrafas. E isso tudo é feito manualmente.

Primeiro ano positivo

Em 2021, primeiro ano de produção na fábrica, o cervejeiro produziu aproximadamente 8.400 litros, uma média de 700 litros de bebida por mês, que foram distribuídos e vendidos tanto na cidade, como na região. 

“Temos nosso público fiel na cidade de Analândia, ao qual somos muito gratos e que sempre nos apoia muito, não só consumindo cerveja, mas também nas divulgações da marca e reconhecimento do nosso trabalho.”

Um movimento interessante que o empresário tem percebido entre os turistas, é que a cerveja tem sido consumida também como um souvenir da cidade. Por exemplo: a pessoa vem para Analândia, conhece a cerveja e leva algumas garrafas, kits e copos para presentear familiares e amigos. Isso se deve ao fato de toda a comunicação visual da marca fazer menção à cidade.

“A Coral Cervejas Especiais LTDA é uma empresa analandense e fazemos questão de fazer menção à cidade, não só em nossos rótulos, mas em toda comunicação de redes sociais, pontos de venda, uniformes de eventos e etc. Temos orgulho de levar o nome de Analândia, isso está no DNA da Coral e continuará sendo assim independente do lugar que estejamos”, complementa Guerreiro.

É possível encontrar a Coral em diversos pontos comerciais e turísticos de Analândia e também pelo Instagram, Facebook e Tik Tok: @coralcervejas. Já você, comerciante de Rio Claro e região que pretende ter a cerveja da Cidade Fotográfica no seu estabelecimento, pode entrar em contato pelo telefone que também é Whatsapp: (19) 99859-6826 e falar com o Guerreiro, o proprietário.

Sem concursos, Funai tem menor número de funcionários desde 2008

JOÃO GABRIEL – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Enquanto vê pedidos para abertura de concursos públicos negados pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), a Funai (Fundação Nacional do Índio) chegou neste ano ao seu menor quadro de funcionários permanentes desde 2008.

Documentos aos quais a Folha teve acesso mostram que apenas 4 em cada 10 cargos do órgão estão atualmente ocupados. De um total de 3.700 postos, cerca de 1.400 têm servidores permanentes em atividade, enquanto o restante encontra-se vago –soma-se a isso um contingente de 600 trabalhadores temporários, contratados após uma ordem do STF (Supremo Tribunal Federal).

A gestão Bolsonaro já negou dois pedidos para realização de concursos feitos pela fundação (em 2019 e 2020) e tem mais dois ainda em análise pelo Ministério da Economia.

Em 2019, a pasta negou o pedido afirmando que “as atuais diretrizes do Poder Executivo Federal apontam pela impossibilidade de autorização de novos concursos públicos em face da atual situação fiscal do país”.

Segundo uma nota técnica da Funai, o Ministério da Justiça chegou a insistir com o pedido junto à pasta do ministro Paulo Guedes. Sob o mesmo argumento, a equipe econômica reiterou a negativa.

Procurada, a Economia não respondeu aos questionamentos da reportagem e afirmou que “não comenta demandas relacionadas a processos seletivos”.

Servidores da Funai ouvidos sob condição de anonimato afirmam que a falta de recursos é hoje um dos maiores obstáculos para a atuação do órgão, o que inclusive dificultou as operações de busca do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, que desapareceram no Vale do Javari, no Amazonas.

Por sua atuação na região, a Funai foi uma das primeiras entidades a montar equipes de busca no local, já no segundo dia do desaparecimento, com grupos compostos por indígenas dos povos kanamari e matis.
Mas a falta de mão de obra dificulta as ações de fiscalização e combate a ações ilegais e o trabalho de campo junto a terras indígenas. Também diminui a segurança no trabalho dos servidores que atuam em campo, deixando-os muitas vezes sob riscos.

A base da entidade no Javari, por exemplo, já foi atacada a tiros mais de uma vez nos últimos anos. Em 2019, Maxciel, um servidor que atuava na Frente Etnoambiental do Vale do Javari foi assassinado a tiros em Tabatinga (AM).

Bruno Pereira era servidor licenciado da fundação. Ele atuou na coordenação geral da região, antes de ser deslocado para a coordenação de povos isolados, em Brasília.

Pediu licença da Funai em 2019, depois de ser exonerado após 14 meses no cargo. Entre outros motivos, a decisão foi tomada porque ele estava encontrando dificuldades para fazer o trabalho que achava correto, de acordo com pessoas que o conheceram.

O indigenista é um retrato de como a situação de insegurança era latente para quem atuava na região, com ameaças recorrentes de pescadores –um deles, inclusive, confessou ter participado do assassinato de Pereira e Dom.

A falta de força de trabalho é um panorama que vem se agravando nos últimos anos. Desde sua reestruturação organizacional em 2009, a Funai teve apenas dois concursos públicos aprovados pelo governo federal, um em 2010 e outro em 2016. Isso levou a queda do número de funcionários permanentes.

Em 2008, a entidade tinha pouco mais de 1.000 servidores do quadro permanente atuando na Amazônia Legal, número que chegou a mais de 1.300 em 2013. Atualmente, são menos de 700.

Para tentar mitigar o prejuízo, a Funai tem recorrido cada vez mais ao empréstimo de servidores de outros órgãos. O gasto com essa modalidade cresceu de R$ 49 mil em 2018 para R$ 2 milhões previstos em 2022. Essas pessoas, em sua maioria, podem ser usadas apenas em funções administrativas, o que não resolve o problema nas atividades de campo.

Este ano, houve a contratação de mais de 600 funcionários com vínculos temporários –todos para a Amazônia–, o que fez o número total de trabalhadores da entidade crescer pela primeira vez em oito anos.

A contratação responde a uma determinação da Justiça para a atuação nas barreiras sanitárias criadas para controlar o impacto da pandemia do coronavírus sobre os povos indígenas.

Um levantamento feito por Helton Soares dos Santos, da Escola Nacional de Administração Pública, aponta ainda que, enquanto a força de trabalho da fundação diminui cada vez mais, a população indígena vem crescendo: de cerca de 400 mil no início do século, dobrou para mais de 800 mil em 2010.

O quadro de funcionários da Funai, por outro lado, fez o inverso: de 1992 a 2021, comparando o ingresso de novos funcionários com aqueles que deixaram a entidade, seja por aposentadoria ou por exclusão, a entidade perdeu mais de 2.300 trabalhadores.

A perspectiva é que essa tendência continue pelos próximos anos. Atualmente, cerca de 30% dos servidores da fundação estão em abono de permanência –ou seja, estão trabalhando, mas já podem se aposentar.

“Deve-se considerar que a maioria dos servidores possui idade acima de 50 anos, ou seja, a previsão de um ritmo maior de aposentadorias e a consequente redução no quadro de servidores da Funai resulta em preocupação com relação à continuidade do cumprimento das atividades”, alerta a nota técnica da entidade.

Brasil faz campanha histórica no Mundial de natação paralímpica

Delegação brasileira ficou na terceira posição geral com 53 medalhas

AGÊNCIA BRASIL

O Brasil encerrou neste sábado (18) uma campanha histórica em uma edição do Mundial de natação paralímpica. Isto porque na competição disputada no Complexo de Piscinas Olímpicas de Funchal, na Ilha da Madeira (Portugal), a delegação brasileira ficou na terceira posição geral com 53 medalhas (9 ouros, 10 pratas e 24 bronzes).

A primeira posição ficou com a Itália, com 64 conquistas no total (27 ouros, 24 pratas, 13 bronzes), e a segunda com os Estados Unidos, com 40 medalhas (24 ouros, nove pratas e sete bronzes).

“[Estamos] muito felizes com os resultados conquistados. Foi um trabalho árduo, um processo de renovação muito grande, e um misto com alguns atletas com boa experiência, numa troca muito boa que contribui para esta campanha, o que nos deixa bem confiantes para o que pode acontecer nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Claro que tem muito caminho pela frente, mas ficamos confiantes. Temos de agradecer a todos os clubes, aos treinadores e à equipe multidisciplinar que deram todo o suporte para que pudéssemos realizar esta campanha histórica”, declarou o diretor de Alto Rendimento do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Jonas Freire.

Sábado de conquistas

O Brasil chegou ao último dia de disputas buscando melhorar ainda mais uma campanha que já era histórica e, para que isto fosse possível, a conquista de medalhas de ouro era fundamental. E elas vieram. Primeiro com Mariana Gesteira, que venceu a prova dos 50 metros livre da classe S9 com o tempo de 28s18. Esta foi a terceira medalha da brasileira na competição, que comentou todo o seu esforço na competição: “Eu já estava muito cansada, mas trabalhei muito a resiliência, esta foi a nona vez que nadei aqui na Ilha da Madeira, e foi preciso ir bem profundo de mim para conseguir chegar a este resultado. Foi a segunda melhor marca pessoal de toda a minha vida nesta prova. Eu queria muito estar aqui, entrei nessa prova com a sensação de despedida, última caída neste ano neste Mundial, nesta piscina”.

A outra conquista teve como protagonista Gabriel Bandeira, nos 100 metros borboleta (classe S14) com o tempo de 55s02. Apesar de não alcançar sua melhor performance, o paulista deixou claro que estava feliz com a conquista: “Muito difícil essa prova, ainda mais no último dia, o tempo que fiz não foi o que eu queria, mas estou feliz pelo ouro”.

Além dos ouros, o Brasil garantiu no último dia de competições da Ilha da Madeira uma dobradinha brasileira nos 200 metros livre da classe S4, com Lídia Cruz em segundo lugar e Patrícia Santos em terceiro, e os bronzes nos 100 metros livre de Larissa Rodrigues na S3 e de Joaninha Neves na S5.

O próximo Mundial de natação paralímpica será disputado em julho de 2023, em Manchester (Inglaterra).

Morre aos 50 anos o promotor de justiça Gilberto Porto Camargo

Faleceu neste domingo (19), aos 50 anos de idade, o promotor de justiça Gilberto Porto Camargo. Ele lutava contra um câncer.

Gilberto Porto Camargo deixa a esposa Ana Virgínia Barão Camargo, o pai Gilberto Rocha Camargo, a mãe Maria Alice Porto Rocha Camargo, o irmão Fábio Porto Camargo, a irmã Flávia Porto Camargo e a filha Laís de Oliveira Camargo.

O velório acontece a partir das 8h30 no Flamboyant/Azaléias em Campinas e o sepultamento ocorre às 15h30 no Cemitério Parque Flamboyant na referida cidade.

O Ministério Público do Estado de São Paulo emitiu em seu site uma nota de pesar sobre o falecimento do promotor Gilberto Porto Camargo. “O MPSP comunica, com imenso pesar, o passamento do 34º promotor de Justiça de Campinas, Gilberto Porto Camargo, neste domingo (19/6), a todos os integrantes da instituição que se solidarizam com todos os seus familiares e amigos. Com sua trajetória, marcada pela dedicação à causa pública, Camargo deixa uma inolvidável contribuição ao Ministério Público”.

BIOGRAFIA

Gilberto Porto Camargo, nascido aos 23 de setembro de 1971, pai de Laís de Oliveira Camargo, se formou na Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, a PUCAMP, em 1995.

Ingressou no Ministério Público do Estado de São Paulo como Promotor de Justiça Substituto no dia 15 de junho de 1999.

Tomou posse como 5º Promotor de Justiça de Rio Claro no dia 1º de outubro de 2009 exercendo inicialmente as funções Cíveis, de Infância e Juventude, Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo.

Exerceu as funções no Juizado Especial Criminal de Rio Claro, Consumidor, Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo.

O dono da balança!

No mês em que se comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 junho), o Jornal Cidade foi conhecer a história de um funcionário público que tem uma importante missão: o controle de tudo o que entra no aterro sanitário de Rio Claro. Aos 70 anos de idade, 43 deles Geraldo Cardoso já dedicou à função: ele é o balanceiro do local e de quebra um patrimônio, já que é o trabalhador mais antigo na Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

“A balança funciona porque todos os resíduos coletados na cidade de Rio Claro são pesados para depois serem levados e descartados no aterro sanitário. A gente faz isso para ter uma ideia de quanto de resíduos o município produz e de qual a vida útil do nosso aterro sanitário”, explicou Regina Ferreira da Silva (diretora do Departamento de Resíduos Sólidos).

Nascido em Guarantã, no estado de São Paulo, Geraldo escolheu a Cidade Azul para morar e tem o local de trabalho como sua segunda casa: “Todos os dias eu saio de onde eu moro, no bairro São Miguel, com alegria para vir trabalhar. O percurso é longo mas a satisfação da gente fazer o que ama é maior”, relata.

Geraldo é o balanceiro da noite e pesa por expediente aproximadamente 10 caminhões de lixo de diferentes partes da cidade. Ao receber a reportagem com muita simpatia e um jeito leve de ver a vida em sua sala, fez questão de contar ‘tim tim por tim tim’ tudo o que faz: “Quando eu chego eu subo as escadas, abro a minha sala e a primeira coisa depois disso é passar álcool em gel na minha mesinha. Depois é só esperar os caminhões irem chegando. Quando chega eu vou pesando e anotando tudo: o peso bruto, o da tara, o líquido… e assim eu vou tocando a vida”, enfatiza o idoso com um sorriso no rosto.

Sobre as lembranças de antigamente, ele faz questão de dizer o tanto que o trabalho se tornou mais prático a partir de mudanças: “Lá no começo, há 43 anos, não era nessa casinha que eu ficava, era em outro lugar. Lá só tinha um bocal de lâmpada, não era assim como é hoje. Muitas vezes ficava no escuro, dava medo, porque o expediente muitas vezes termina de madrugada”.

Ele ainda ressalta que outra coisa gratificante da profissão, além de contribuir com o meio ambiente, são os amigos: “Eu faço questão de tratar todo mundo bem e com isso fiz muitas amizades. Tenho carinho por todos que por aqui passaram e ainda passam. Já perdi alguns que infelizmente faleceram, mas ficam as lembranças. Poder fazer parte da história do desenvolvimento da cidade, através das minhas mãos e anotações, é uma alegria enorme”, finaliza seu Geraldo.

Aniversário de Rio Claro terá copa de balonismo

As provas serão às 6 e às 15 horas.

De sexta a domingo da próxima semana será realizada a Copa Rio Claro de Balonismo, como parte das comemorações dos 195 anos de Rio Claro.

As provas serão realizadas às 6 e às 15 horas. Os pontos de decolagem dos balões serão determinados conforme as condições do clima.

“Nossa expectativa é receber público de toda a região para apreciar o colorido dos balões no céu de nossa cidade”, afirma o secretário municipal de Turismo, Guilherme Pizzirani.

A Copa Rio Claro de Balonismo tem a organização da Confederação Brasileira de Balonismo.

Rio Claro terá exposição e oficina de ikebana

Evento será de 23 a 25 no paço municipal.

Em evento organizado pela Fundação Mokiti Okada, Rio Claro terá na próxima semana exposição e oficina de ikebana, como parte das comemorações dos 195 anos do município.

A programação prevê atividades no paço municipal das 9 às 18 horas na quinta-feira (23), das 9 às 17 horas na sexta-feira e das 9 às 14 horas no sábado.

Além de apreciar a beleza das ikebanas o público também terá a oportunidade de aprender as técnicas de elaboração de uma ikebana.

Ikebana é a arte da composição floral, conforme tradições e filosofia japonesas, que obedece regras e uma simbologia codificadas.

Em retorno, Parada LGBT+ fala de Aids e política

NATHAN FERNANDES – BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – A Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo volta à avenida Paulista neste domingo (19), após dois anos de eventos remotos na pandemia, com o tema “Vote com Orgulho – Por uma Política que Representa”.

Os assuntos escolhidos como mote oficial do evento, que chega à sua 26ª edição, orientam as demandas da comunidade LGBTQIA+ e ajudam a guiar políticas públicas. Mas escolher um tópico que unifique um grupo tão diversificado não é simples.

No ano passado, por exemplo, a temática foi “HIV e Aids: Ame +, Cuide +, Viva +”. Desde 1997, ano inaugural da Parada, a epidemia nunca tinha sido escolhida para representar a marcha, apesar da demanda de entidades da sociedade civil e de movimentos sociais relacionados à causa.

No Brasil, são cerca de 920 mil pessoas que vivem com HIV, de acordo com o Ministério da Saúde.

Em um país no qual 64% das pessoas com HIV já sofreram algum tipo de discriminação, de acordo com o Unaids (programa das Nações Unidas para a área), e no qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) por associar a Aids à vacina contra Covid-19, dar destaque ao assunto é uma forma de ajudar a diminuir o preconceito associado ao vírus, que persiste desde a década de 1980, inclusive dentro da própria comunidade.

Mas leitura inicial de pessoas que atuam no meio é que havia uma tentativa da Parada de se descolar da associação direta com HIV/Aids.

“Se você escreve HIV e LGBT na mesma frase alguém vai reclamar”, aponta o infectologista Rico Vasconcelos, que coordena o ambulatório especializado em HIV do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. O problema, destaca o médico, é o uso de linguagem que reforça estereótipos que aumentam o estigma e culpabilizam certos grupos, dificultando a articulação de respostas e piorando a vida dos infectados.

De acordo com Renato Viterbo, vice-presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, ONG que organiza o evento, o tema da saúde da população sempre foi presente. “Em 2021, por causa do marco de 40 anos da epidemia de Aids, consideramos importante falar do tema de forma mais clara, mas não por resistência, mesmo porque a Parada tem a função de visibilizar temas importantes para a comunidade”, explica.

Para Claudia Velasquez, diretora e representante do Unaids no Brasil, a abordagem do tema pela Parada ajudou a ressaltar informações importantes como o termo I = I, que significa “indetectável = intransmissível”.

“É quando a pessoa que vive com HIV está em tratamento, em acompanhamento médico regular e pode chegar à carga viral indetectável. Isso significa que ela não transmite o HIV por relações sexuais desprotegidas e pode levar uma vida normal e produtiva. É o tipo de informação importante para combater o estigma e a discriminação”, explica.

Ela afirma que o HIV e a Aids têm perdido espaço no debate público e, nesse contexto, “toda oportunidade de falar sobre o assunto é bem-vinda, porque permite compartilhar conhecimento, desfazer alguns mitos e informações equivocadas, e estimular as pessoas a se informarem”.

“Precisamos de ações e políticas para além das biomédicas para garantir que todas as pessoas sejam respeitadas por serem quem são e que tenham acesso à saúde”, diz a diretora.

Para Viterbo, o fato de o evento de 2021 ter sido online foi uma oportunidade de esse e outros temas chegarem aos jovens que têm acesso às redes sociais. “O alcance pode ter sido até maior que o da Parada física”, diz.

Até 2014, os temas eram escolhidos pela diretoria da Associação da Parada do Orgulho LGBT. Em 2015, a entidade realizou o primeiro fórum “Que Parada Nós Queremos”, com ativistas e representantes de diversos movimentos sociais, que foram convidados para ajudar a definir as próximas pautas.

Por meio de encontros mensais, os participantes escolhem dez temas, que vão sendo enxugados até se chegar ao principal.

Nos últimos anos, o uso do nome social por pessoas trans, o casamento homoafetivo e a criminalização da LGBTfobia foram reivindicações da Parada que se tornaram conquistas da comunidade.

Em 2022, as ações voltadas para o tema do HIV e da Aids se mantiveram. Na quinta (16), na Feira da Diversidade, um dos principais aquecimentos para a Parada, a Unesco e Unaids estiveram presentes com atividades sobre prevenção.

Além disso, neste domingo, em parceria com a Aids HealthCare Foundation e a UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), dois trios elétricos levarão informações sobre HIV e outras infecções sexuais para a marcha.

Sobre o tema deste ano, uma referência às eleições de outubro, a presidente da organização da parada, Claudia Regina dos Santos Garcia, afirmou em entrevista à Folha não haverá nenhuma manifestação partidária da organização durante a realização do evento.

“Não vou puxar nem ‘Lula Lá’ nem ‘Fora, Bolsonaro'”, diz. “Somos um movimento suprapartidário. Mas defenderemos um voto que seja representativo dos nossos direitos, um voto progressista, tanto no Executivo como no Parlamento.”

A Parada começa às 10h, na avenida Paulista. A marcha se inicia às 12h e faz seu percurso até a praça Roosevelt, na região central de São Paulo, passando pela avenida Consolação. As cantoras Pabllo Vittar, Luísa Sonza, Liniker e Ludmilla são algumas das atrações deste ano.

Jornal Cidade RC
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