#VÍDEO – GATE é acionado para retirar dinamite de banco

Uma ação cinematográfica aconteceu na madrugada desta segunda-feira (5) no Centro de Santa Gertrudes. A agência bancária da Caixa Econômica Federal foi invadida por quadrilha que explodiu o cofre que fica nos fundos do estabelecimento. O valor levado pelos bandidos não foi divulgado. Pela manhã, funcionários faziam a limpeza do local, quando encontraram um artefato parecido com uma dinamite. A polícia voltou a ser chamada e entrou em contato com o Grupo de Ações Táticas Especiais – GATE para que eles retirem com segurança o objeto do banco.

Confira no vídeo 

Moradores da Bela Vista ficam sem energia

Uma interrupção no fornecimento de energia elétrica atingiu 2.750 clientes da concessionária Elektro na noite de ontem na região do bairro Bela Vista, em Rio Claro.

De acordo com a concessionária, faltou energia nas residências por cerca de duas horas, das 22h02 às 00h09.

Na manhã de hoje, somente o campus da Unesp seguia sem energia elétrica. De acordo com a Elektro, “o campus da Unesp foi o responsável pela interrupção acidental. O campus da Unesp permanece isolado até que o cliente regularize o problema interno, de responsabilidade do cliente”.

Polícia apura explosão em cofre de banco em Santa Gertrudes

A Polícia investiga uma explosão em um banco na cidade de Santa Gertrudes que ocorreu na madrugada desta segunda-feira (5).

Segundo informações preliminares a explosão teria acontecido no cofre da agência que fica localizado no fundo do prédio.

Ainda não foi divulgado se os bandidos tiveram acesso ao cofre e se conseguiram levar alguma quantia em dinheiro.

Mais informações na edição impressa do Jornal Cidade desta terça-feira (6).

URGENTE: Comerciante é morto a facadas em Santa Gertrudes

Mais um homicídio foi registrado na cidade de Santa Gertrudes na manhã desta segunda-feira (5).

O dono de um bar Claudinei da Silva Vieira, de 46 anos, conhecido como “Dem Dem”, foi assassinado a facadas dentro do seu estabelecimento, no bairro Jardim Faxina.

O SAMU foi  acionando, mas chegando no local o óbito foi constatado.

A ocorrência segue em andamento e ainda não se sabe o que teria motivado o crime.

Mais informações a qualquer momento e na edição impressa do Jornal Cidade desta terça-feira (6).

Aliados tentam reunir Alckmin e Temer

Amigos em comum do presidente Michel Temer e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, querem promover um encontro entre os dois para verificar se é possível algum tipo de acerto do MDB com o PSDB na campanha eleitoral. Aliados do Palácio do Planalto estão preocupados com o mau desempenho das candidaturas de centro e têm cada vez mais receio do lançamento de outsiders na política, como o apresentador de TV Luciano Huck.

O Planalto se surpreendeu com a estagnação de Alckmin na pesquisa do Datafolha, feita após a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Tribunal Regional Eleitoral da 4.ª Região a 12 anos e 1 mês de prisão. Pré-candidato do PSDB à Presidência, Alckmin tem de 6% a 11% das preferências nas pesquisas de intenção de voto.

O problema é que a expectativa de crescimento de outros postulantes de partidos da base aliada, como o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), continua muito baixa. Além disso, a persistente impopularidade de Temer dificulta o seu desejo de concorrer a um novo mandato.

Pesquisas que chegaram ao Planalto associam a fragilidade de Alckmin até mesmo aos escândalos protagonizados pelo senador Aécio Neves (MG), ex-presidente do PSDB. Na mira da Lava Jato, Aécio chegou a ser afastado do mandato, no ano passado, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Judiciário pode afastar parlamentar, mas a decisão passa pelo crivo do Legislativo. O Senado acabou devolvendo o mandato para Aécio. O governador paulista também é alvo de investigações.

No Palácio dos Bandeirantes, porém, auxiliares de Alckmin dizem que a aliança do PSDB com o MDB de Temer foi tóxica para o tucano e está contaminando sua campanha.

Alckmin tenta agora fisgar partidos que hoje estão na coalizão governista, como o DEM. Seu plano é ter um vice do partido, como o atual ministro da Educação, Mendonça Filho, e apoiar a reeleição de Maia ao comando da Câmara, em 2019. O pacote também incluiria a adesão do PSDB a palanques do DEM em outros Estados, como Rio e Bahia.

Pacto

De olho nesses movimentos, interlocutores de Temer procuram reaproximá-lo de Alckmin. Recorrem até mesmo ao argumento de que, enquanto os dois se estranham, Luciano Huck vai ganhando espaço e tende a entrar na disputa, roubando votos dos candidatos de centro. Para correligionários do presidente, mesmo que não haja uma aliança nacional entre o PSDB e o MDB, os dois partidos podem firmar composições regionais e até um pacto de não agressão.

“O Geraldo e o Michel precisam conversar e eu sou um dos que estão tentando organizar esse encontro”, afirmou o deputado Beto Mansur (PRB-SP), vice-líder do governo na Câmara. “Depois daquela estranheza que houve na questão das denúncias, é bom aparar as arestas”, emendou ele.

Mansur se referia ao fato de Alckmin não ter ajudado Temer a conquistar votos da bancada do PSDB para derrubar as duas denúncias apresentadas contra ele na Câmara pela Procuradoria-Geral da República, no ano passado. “Ficou um mal-estar”, resumiu o deputado. O distanciamento aumentou com a saída do PSDB da base aliada.

Defensor da unidade do centro político, o chanceler Aloysio Nunes Ferreira – único ministro tucano que permaneceu na equipe após o desembarque do partido – procura reconstruir as pontes entre o Planalto e o Bandeirantes.

“O caminho do PSDB está traçado, não importa quem entre ou saia. Seguiremos em frente, com a certeza de que iremos para o segundo turno. O que as pesquisas de hoje indicam é que a sociedade está pouquíssimo interessada na política”, afirmou o deputado Silvio Torres (PSDB-SP), tesoureiro da legenda e amigo de Alckmin.

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que o Executivo trabalha para que os partidos aliados caminhem juntos na eleição presidencial.

Admitiu, porém, as dificuldades para esse acordo. Na sua avaliação, se Temer não quiser entrar na briga por um novo mandato, o aval a Alckmin não está descartado. “Mesmo o PSDB não sendo organicamente da base, tem um discurso reformista”, insistiu o ministro.

Marun disse, no entanto, que todas essas articulações passam pela aprovação da reforma da Previdência na Câmara. O Planalto espera o respaldo dos tucanos na votação, que deve ocorrer neste mês, caso a proposta não seja retirada da pauta por falta de apoio. “No nosso cronograma político, Previdência vem antes de Presidência”, comentou Marun. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Folia de rua surpreende até os blocos, consolida-se em SP e reúne milhões

Os dois primeiros dias de carnaval em São Paulo apontam para o maior público já registrado – e para a consolidação de vez da festa de rua. Ontem, só o bloco Acadêmicos do Baixo Augusta reuniu 1 milhão de pessoas na Rua da Consolação, no centro, segundo os organizadores. E os 2 milhões de foliões estimados pela Prefeitura para sábado já equivalem ao público dos 381 blocos que saíram às ruas em 2017. O balanço sobre a presença em todos os blocos de ontem só será divulgado hoje.

O movimento começou de forma tímida há nove anos e passou a ganhar corpo em 2015, quando 270 blocos levaram às ruas 1,5 milhão de foliões. Para este ano, com desfiles que devem levar até 2 milhões de pessoas apenas para a Avenida 23 de Maio, a expectativa é de superar os 4 milhões. E, como sonha o prefeito João Doria (PSDB), se aproximar de Salvador, que registra problemas de esvaziamento no Circuito Campo Grande. Público maior só no Rio – que teve 5,9 milhões nas ruas no ano passado, segundo a Riotur.

Ontem, mais 81 blocos animaram as ruas de São Paulo – a Avenida Paulista foi fechada por tempo estendido, até as 18 horas. Um dos destaques foi o tradicional grupo carioca Monobloco, que brinca de carnaval o ano inteiro. Teve Tim Maia, Skank, Gilberto Gil e paulistanos que não pararam de cantar.

Segundo a organização do evento, o público foi de quase 100 mil pessoas, o que surpreendeu até Pedro Luis, o fundador do Monobloco. “Foi o nosso maior desfile em São Paulo.” Menos da metade havia prestigiado Elba Ramalho e Alceu Valença no dia anterior.

O tempo nublado não se transformou em chuva e nada atrapalhou a folia no Acadêmicos do Baixo Augusta. Havia rapazes de fio dental e meninas vestidas de unicórnio e sereias. A música ia de funk a clássicos da MPB.

Os organizadores do bloco soltaram um manifesto . “Quanto mais a ideia de ordem for sinônimo de censura e ditadura, mais celebraremos a linda desordem do carnaval”, diz um dos trechos. Artistas também fizeram manifestações com tom político, contra racismo e homofobia.

“As músicas são boas, a galera é boa, tudo é bom”, resumiu a balconista Sheila de Lima, de 25 anos. O desfile começou depois das 17h30 e foi até o começo da noite. “Foi melhor do que esperava. A música era eclética”, completou o pesquisador Ítalo Alberto, de 23 anos.

As opções de saída estavam melhores do que no sábado, quando houve aglomeração depois dos blocos em Pinheiros. Com duas estações da Linha 4 e a proximidade da Linha 2-Verde e 3-Vermelha do Metrô, as filas para embarque estavam grandes, mas tranquilas. Muitos foliões, entretanto, não encerraram a festa com fim do desfile e lotaram os bares da Praça Roosevelt e da Rua Augusta.

Fantasia de mosquito

Variações do mosquito Haemagogus e da vacina contra a febre amarela chamaram a atenção entre adereços e fantasias no primeiro fim de semana de carnaval. “Vi o chapéu de mosquito na internet e gostei. Quem passou por nós na rua brincou, fez piada”, contou o folião Leandro Marras. Outro adereço recorrente foi a pochete, que podia ser de couro, brilhante e até com suporte para a latinha de cerveja. A bancária Elis Cavalcanti adotou o acessório por ser prático e seguro. “Tem um bolso interno para o celular e espaço para colocar minha bebida.”

Conforme balanço divulgado pela Prefeitura, no sábado houve 50 multas pelo decreto que proíbe urinar nas ruas, nas regiões da Sé, da Vila Mariana e de Pinheiros. E foram 585 atendimentos médicos. Embora o Estado tenha observado confusões na dispersão dos blocos na zona oeste, a Prefeitura avaliou que não houve problemas graves. A restrição à entrada no bairro da Vila Madalena continua no próximo fim de semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Airbags representam 43% dos recalls de veículos

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, mantém um banco de dados de todos os recalls realizados no país desde 2002. Um levantamento feito pela Fundação neste banco apontou que do total de 1.965.253 veículos chamados em 2017, 846.103 tinham problemas no airbag. Em relação ao número de campanhas, foram 128 no geral e 35 de airbag.

Entre as campanhas do período, a Mercedes-Benz lidera a lista com 19 recalls registrados. Fiat e Ford ocupam as próximas posições, com 11 e 10 respectivamente. Entre o número de afetados a Toyota ocupa a primeira posição com 573.356 veículos e a Fiat em segundo, com 423.027. Quanto ao número de consumidores que realizaram os recalls, temos um percentual de 48%, relativo as 977 campanhas já realizadas desde 2002.
Entre os outros produtos, foram realizadas 13 campanhas entre alimentos, computadores, equipamentos de mergulho, fogão, roçadeira e carrinho de bebê. A maior campanha realizada no período foi da empresa General Mills, que atingiu 505.633 unidades dos produtos Páprica Doce Kitano e Páprica com Pimenta Calabresa Kitano.
O que é recall?
O recall é um chamado que as empresas fazem quando um produto ou serviço apresenta um defeito que coloque em risco a saúde e a segurança do consumidor. O objetivo é corrigir problemas e prevenir acidentes. A medida está prevista no artigo 10 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) que estabelece que “O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança”.
O CDC determina que o fornecedor que verificar algum defeito após a colocação do produto ou serviço no mercado, deve comunicar o fato imediatamente às autoridades e aos consumidores. Além disso, qualquer pessoa pode comunicar o fornecedor, Procon ou demais autoridades sobre acidentes de consumo. Todos os recalls devem ser amplamente divulgados em mídias de grande circulação.
(Fonte: Fundação Procon SP)

Campeonato Dente de Leite está com inscrições abertas

A Secretaria Municipal de Esportes e Turismo (Setur) de Rio Claro está com inscrições abertas para a 24ª edição do Campeonato de Futebol Dente de Leite. Clubes esportivos, escolinhas de futebol e outros interessados em participar da competição podem efetuar a inscrição até o dia 16 de fevereiro. As categorias do campeonato abrangem crianças de sete a 15 anos de idade.

“O Campeonato Dente de Leite é uma tradição em Rio Claro e reúne centenas de crianças. O objetivo é incentivar a prática de atividade física desde cedo, levando em conta que o futebol é uma paixão nacional. Além disso, o esporte é uma importante ferramenta para o desenvolvimento social das crianças”, destaca o titular da Setur, Ronald Teixeira Penteado.

Para essa edição do campeonato as categorias terão a seguinte divisão: sub 7 – nascidos em 2012 e 2011; sub 9 – nascidos em 2010 e 2009; sub 11 -nascidos em 2008 e 2007; sub 13 – nascidos em 2006 e 2005, e sub 15 – nascidos em 2004 e 2003. Para a inscrição é preciso o documento de identidade original.

Os responsáveis pelas equipes interessadas em participar da competição devem preencher a ficha de inscrição e entregar a mesma por e-mail ou pessoalmente aos cuidados dos coordenadores do campeonato, Luiz Fernando Moreira e Samira Venâncio, da Setur. A ficha pode ser retirada na Secretaria de Esportes e Turismo, que fica no Ginásio de Esportes Felipe Karan, na Rua 9, número 1, no Bairro do Estádio. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8 horas às 11h30 e das 13 horas às 16h30. O e-mail para envio da ficha é o [email protected].

O congresso técnico será realizado no dia 26 de fevereiro, às 19 horas, na sede da Setur. Mais informações podem ser obtidas pelo número 3533-5433.

Aulas das escolas municipais começam nesta segunda (5)

Mais de 20 mil alunos voltam às aulas na segunda-feira (5) nas escolas municipais de Rio Claro. Professores e funcionários retomaram atividades na quinta-feira (1º), quando foi realizada a aula inaugural que marcou o início do ano letivo na rede municipal de ensino. Na sexta-feira (2) as escolas fizeram reuniões de planejamento do ano letivo.

As escolas terão tempo de adaptação para os novos alunos e também para quem vai retomar as atividades escolares. “É fundamental que as escolas planejem a volta às aulas com o objetivo de integrar os novos alunos, acolher aqueles que retornam e garantir o melhor ambiente para a convivência de todos”, comenta o secretário da Educação, Adriano Moreira.

Os alunos do Ensino Fundamental terão horário reduzido na segunda-feira (5). As escolas vão funcionar das 7 às 9 horas no período da manhã e das 13 às 15 horas no período da tarde. Na terça-feira (6), o funcionamento será em horário normal. O mesmo vale para as crianças atendidas pelo Projeto Presença Esperança. “O período de adaptação é muito importante para as crianças se sentirem mais seguras com a nova rotina”, afirma Osmar Arruda Garcia, diretor do Departamento Pedagógico da Secretaria da Educação.

Na Educação Infantil, etapas 1 e 2 (creche e pré-escola), haverá três dias de adaptação, com duas horas de aula em cada um. Na segunda e terça-feira as crianças atendidas em período integral terão aulas das 7 às 9 horas ou das 7h30 às 9h30. Nesses dois dias os alunos deverão estar acompanhados dos pais ou responsável.

Na quarta-feira, dia 7, será adotado o mesmo horário com a diferença de que as crianças ficarão sem acompanhantes. “O responsável deve deixar as crianças na escola e buscá-las depois de duas horas”, explica Keila Pinto, coordenadora da Educação Infantil Etapa 1.

Para os alunos da Educação Infantil que frequentam as aulas em apenas um período, será adotado o mesmo procedimento tendo apenas alteração no horário: das 7 às 9 horas no período da manhã e das 13 às 15 horas no período da tarde. A partir da quinta-feira (8), as aulas serão realizadas em horário normal.

Os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) das salas descentralizadas da Escola Marcelo Schmidt terão aulas das 7 às 9 horas na segunda-feira e horário normal a partir de terça-feira. Já os alunos da EJA do período noturno iniciam as aulas das 19 às 21 horas na segunda-feira e em horário normal a partir da terça-feira.

Zika – estudo revela que microcefalia pode estar associada a genética

Desde o início da epidemia de zika que assolou o Brasil em 2016, cientistas tentam encontrar uma explicação para o fato de que nem todas as gestantes infectadas pelo vírus têm bebês com microcefalia e outros problemas neurológicos. Agora, um novo estudo feito com bebês gêmeos finalmente trouxe uma resposta: um conjunto de alterações genéticas é responsável por aumentar a suscetibilidade de alguns bebês às consequências neurológicas da infecção.
Segundo os autores da pesquisa, de 6% a 12% das gestantes infectadas pelo vírus da zika terão bebês com problemas neurológicos. O estudo, liderado pela geneticista Mayana Zatz, do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da Universidade de São Paulo (USP), foi publicado ontem na revista Nature Communications.

Embora o estudo tenha confirmado a existência de um componente genético, a suscetibilidade aos impactos neurológicos do vírus não é explicada pela ação de um único gene, mas por diferenças que envolvem a expressão de 64 genes diferentes. A pesquisa também concluiu que a maior parte desses genes com expressão modificada tem envolvimento no crescimento e na morte celular e na diferenciação das células cerebrais durante o desenvolvimento do feto.

De acordo com Mayana, no futuro, a descoberta de um componente genético poderá ajudar a identificar pais com risco de terem filhos com os padrões genéticos associados a uma propensão à microcefalia, que poderiam ser priorizados em uma futura campanha de vacinação. “O fato de o bebê ter esses fatores de suscetibilidade genética não significa que ele terá microcefalia, a menos que seja infectado pelo vírus da zika. É possível fazer um paralelo com a diabete: a pessoa pode ter uma propensão, mas só desenvolverá a doença se consumir muito açúcar, se tiver excesso de peso e assim por diante”, diz Mayana

A pesquisa foi feita com gêmeos, segundo Mayana, porque eles fornecem informações preciosas para responder se uma determinada condição tem causas ambientais ou genéticas. Durante a epidemia foram identificados casos de gêmeos discordantes – em que apenas um nasceu com microcefalia. Esse fato, explica a cientista, levou os pesquisadores a levantarem a hipótese – agora confirmada – de que a microcefalia decorrente da zika poderia ser consequência de predisposição genética.

“Os gêmeos são a amostra ideal para provar isso. Se estudássemos bebês com mães diferentes nunca saberíamos se elas haviam sido expostas às mesmas condições, se tinham cargas virais iguais, ou se teriam sido submetidas a infecções cruzadas de outros vírus. Ao estudar os gêmeos, temos crianças com a mesma carga viral, a mesma linhagem do vírus e assim por diante”, afirma Mayana.

O estudo

Em 2016, foram examinados 91 bebês com zika congênita, sendo nove pares de gêmeos. Entre os gêmeos, dois eram idênticos e ambos haviam sido afetados. Os outros sete pares não tinham os mesmos componentes genéticos – em um par, os irmãos haviam sido afetados; os outros eram discordantes.

Os cientistas coletaram amostras de sangue de gêmeos discordantes, e essas células foram reprogramadas para gerar células-tronco pluripotentes, que podem dar origem a qualquer tipo de tecido. Assim, foi criada uma linhagem de células progenitoras neurais, que dão origem a células do cérebro e de outras partes do sistema nervoso central. Essas amostras foram infectadas com o vírus, para reproduzir em laboratório o impacto do zika na hora da formação do cérebro dos bebês.

Em algumas amostras o vírus se reproduziu mais do que em outras, causando problemas neurológicos. Em seguida, cientistas analisaram toda a sequência de genes dos bebês e não encontraram um gene que, isoladamente, poderia determinar a suscetibilidade. Por isso, passaram a estudar o RNA dos seis gêmeos, para verificar como os genes se expressam. Perceberam, então, diferenças em 64 genes nos bebês que haviam desenvolvido problemas neurológicos, confirmando a hipótese levantada inicialmente.

Jornal Cidade RC
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