Bruna Marquezine admite rompimento com Neymar, mas nega motivação política

Bruna Marquezine teve uma semana agitada. Em férias da televisão, ela viajou do Rio de Janeiro para a Europa e, de lá, foi parar em Fernando de Noronha. “Foi maravilhoso. Entrei de férias da TV, mas continuei trabalhando e viajando, então, foi muito bom parar (em Noronha). Acho até que vou voltar para relaxar mais um pouco. Lá é meu lugar preferido do mundo. Onde consigo me reconectar com a minha essência e com Deus”, disse a atriz.

Bruna esteve em São Paulo nesta quinta-feira, 18, para participar do desfile que celebrou os 30 anos da Le Lis Blanc, no Jockey Club. E admitiu, pela primeira vez, o fim do namoro com o jogador Neymar. “Vou pedir que não se prolongue nesse assunto, porque normalmente não falo da minha vida pessoal, espero que sejam compreensivos comigo”, ressaltou à jornalistas que cobriam o evento.

Na semana passada, Bruna negou o fim do relacionamento ao responder a indagação de uma seguidora no Twitter. Na ocasião, ela desmentiu boatos de que estava se desentendendo com Neymar por questões políticas.

Nesta quinta-feira, Bruna foi enfática ao negar que o cenário eleitoral brasileiro seja responsável por desentendimentos com o namorado. “Existe muito respeito e carinho por ele e por tudo o que a gente viveu. Só queria esclarecer que esse término não foi por desentendimento político, como ouvi por aí e li na internet muita gente escrevendo. E só quero esclarecer esse ponto porque estamos vivendo um momento muito crítico e perigoso. Um momento de muito ódio e, não, o término não teve nada a ver com isso”, concluiu a atriz. No entanto, Bruna não revelou o motivo da separação.

Seguidores do casal desconfiavam do clima ruim. Isso porque a atriz e o jogador deixaram de “curtir” publicações um do outro nas redes sociais. Bruna Marquezine publicou a última foto ao lado de Neymar no dia 28 de setembro, no Instagram dela.

Curiosamente, a última foto em que Bruna aparece ao lado do jogador no perfil de Neymar no Instagram também foi em 28 de setembro.

Evento de adoção de cães e gatos no Jardim Público neste sábado

A prefeitura de Rio Claro realiza neste sábado (20), das 9h30 às 13 horas, evento de adoção de animais em frente ao Coreto do Jardim Público. Dezoito animais serão disponibilizados para adoção, sendo 12 cães adultos e seis gatos filhotes. Quem se interessar pela adoção dos cachorros poderá escolher entre seis machos e seis fêmeas de pequeno, médio e grande porte. Os cães são vacinados, vermifugados e castrados, e os felinos vermifugados. Todos são aptos para adoção.

O evento de adoção é uma realização da Secretaria do Meio Ambiente, através Departamento Municipal de Proteção Animal (DPA) via Canil Municipal. Os interessados em adotar um animal devem comparecer munidos de documento pessoal e comprovante de endereço para a realização de entrevista. O procedimento também inclui uma visita da equipe do DPA à casa do adotante para verificar as condições do local para abrigar o animal de estimação.

“Os animais que estarão no evento são cães resgatados de maus tratos ou que foram abandonados e que estão à espera de um novo lar e carinho”, informa Giselle Pfeifer, diretora do Departamento de Proteção Animal. De acordo com ela, durante o evento será feita orientação a respeito da posse responsável. “A adoção deve ser feita com planejamento, atendendo aos cuidados necessários ao animal”, explica.

Além do evento de adoção, também haverá um brechó realizado pelos grupos de proteção animal “Matilha SRD” e “Afeto Pet”, venda de comida vegana feita pelo “Bicho É Vida” e venda de doces pelo “Os Vira-Latas”. “Toda a renda será destinada aos animais assistidos pelos grupos de proteção animal presentes no evento”, comunica Giselle Pfeifer.

 Canil municipal

Além do evento de adoção no sábado, os interessados em adotar também podem visitar o canil municipal, que abriga cerca de 160 animais entre cães e gatos, filhotes e adultos, todos vacinados e vermifugados. Todos os animais adultos também são castrados.

Localizado na Avenida das Indústrias, sem número, no Distrito Industrial, o canil municipal abre de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas, e aos sábados, das 8 às 12 horas. Aos domingos e feriados as visitas são feitas somente mediante agendamento pelo telefone 3532-4115, que atende em horário comercial. Os animais podem ser vistos pela internet, na página www.facebook.com/canilrioclaro

São Paulo amplia uso de fuzil pela Polícia Militar

Agência Brasil 

O governo do estado de São Paulo ampliou, desde o final de setembro, o uso de fuzis por policiais militares. O armamento, que era de uso permanente da corporação em operações específicas, será utilizado no policiamento ostensivo e preventivo, segundo informou o governo estadual. A medida traz novos elementos ao debate sobre segurança, intenso nesse período eleitoral,  sobre as soluções para diminuir a violência no estado.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, o objetivo é aumentar ainda mais o poder de reação dos PMs e também a percepção de segurança da população.

“Trata-se, portanto, de uma medida importante para a segurança pública, pois permite fazer frente a criminosos que atuam em ocorrências com grave risco de morte, como furtos e roubos a caixas eletrônicos e transportadores de valores”, informou a secretaria. A pasta acrescentou que sargentos, cabos e soldados habilitados poderão utilizar os fuzis, de acordo com estudos e com a estratégia operacional de cada região.

Já o ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Benedito Domingos Mariano, relativizou a eficiência da medida. “Do ponto de vista da diminuição da criminalidade, não vai ter efeito nenhum, eu acho que a polícia de São Paulo é muito bem equipada”, avaliou. Para ele, o armamento pesado se justifica apenas para ocorrências de enfrentamento ao crime organizado, que são minoria entre as ocorrências que a PM paulista enfrenta, e avalia que o armamento utilizado atualmente é suficiente.

Pesquisa

“Nós fizemos uma pesquisa sobre o uso da força com os dados do ano passado. Pela pesquisa, a ocorrência de confronto com o crime organizado representou 1% das ocorrências de intervenção policial de confronto. Ocorrências com o crime organizado justifica a polícia ter um armamento mais pesado. Para o policiamento ostensivo cotidiano, eu acho que não justifica ter armamento pesado nas viaturas”, avaliou.

O ouvidor acredita que, para uma queda nos crimes, a polícia precisa fortalecer o policiamento preventivo e comunitário, principalmente nas regiões periféricas da cidade. “Hoje a polícia atua mais em ocorrências de flagrante delito, quer dizer, depois ou quando o crime está acontecendo”, disse. “Acredito que o policiamento preventivo, que chega antes do crime, é mais eficaz do que uma política que visa ao flagrante delito”.

Para Mariano, o uso de armamento mais pesado pode representar maior segurança aos policiais, no entanto, ressaltou que a maioria deles morre fora do serviço. “De cada 10 policiais militares que morrem no estado de São Paulo, nove morrem quando não estão em atividade policial, estão de folga. Então evidente que na folga o policial não vai ter esse tipo de equipamento, de modo que, do ponto de vista prático, não vai mudar muita coisa”.

Segurança x insegurança

A gerente do Instituto Sou da Paz Carolina Ricardi ressalta que pesquisas já revelaram que  a maior parte das armas apreendidas no estado são de calibres menor ou equivalente ao armamento que a polícia militar já utiliza. Em relação aos crimes em que há uso de armas mais pesadas, como roubos a bancos ou de carga, ela avalia que as polícias já tinham à disposição, antes da ampliação do uso de fuzis pelo governo do estado, o armamento necessário para enfrentá-lo.

“Não é em um patrulhamento cotidiano que a polícia vai se deparar com um grande roubo a banco, isso é muito difícil. O roubo a banco, quando a polícia age, em geral, vem precedido de uma investigação, de uma denúncia, e aí há possibilidade de a polícia recorrer a um armamento mais pesado”.

Para Carolina, a ampliação do uso de fuzis não gera necessariamente sensação de segurança. “Dependendo da situação, pode gerar mais medo e mais insegurança porque é uma arma que, se mal usada, tem um poder letal muito maior, pode atingir muito mais gente e temos um problema que é: a polícia de São Paulo ainda tem um patamar alto de uso excessivo da força letal”. Do percentual de mortes violentas, entre 25% e 30% delas são praticadas por policiais, incluindo casos de legítima defesa e em serviço.

“O que precisamos é aumentar a investigação para, de fato, chegar com antecedência nesses crimes graves em que vão ser usadas essas armas longas; organizar a integração entre polícia civil e militar para fazerem operações bem efetivas e conseguir tirar de circulação esses criminosos que usam essas armas [de maior calibre]; rastrear as armas para saber de onde elas vêm”, defende.

Guerra às drogas

Para o professor de Criminologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e diretor do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), Edson Luis Baldan, o aumento do potencial das armas das polícias traz maior sensação de segurança aos policiais e, segundo ele, a medida era inevitável por causa da escalada da violência no fenômeno que chamou de guerra às drogas. Ele também foi delegado de 1990 a 2016.

Baldan é a favor que os policias tenham um poder de fogo igual ou superior ao dos possíveis criminosos, mas acredita que a solução para a Segurança Pública é mais complexa. “Por que nós chegamos nesse quadro? Isso começa há 50 anos quando aderimos à guerra às drogas. Essa expressão é muito simbólica porque nós passamos a utilizar equipamentos, estratégias, de combate – que é um termo militar – ao tráfico e drogas. O que nós temos obtido nesses 50 anos é um fracasso nessa guerra”, avaliou.

Segundo ele, o fácil acesso a drogas, rastro de pessoas mortas, feridas e encarceradas é o retrato de uma política criminal de combate às drogas “absolutamente falida”. “Se me perguntar se a medida [aumento no uso de fuzis] é necessária, a resposta é positiva também, porque os policiais não pediram para entrar nessa guerra”, acrescentou.

O professor acredita que é preciso abandonar o modelo de guerra às drogas. “Se nós começássemos hoje no plano legislativo, no plano de aplicação da lei penal pelos tribunais, um sistema de regulamentação do mercado de drogas – não vou falar liberação porque é uma palavra muito forte -, a tendência é que você descapitalizasse o crime organizado”.

“[É preciso] tratar a droga como problema de saúde pública e não como caso de polícia, ou pior, como sendo uma questão bélica, de guerra. Nesse caminho, obviamente se reduziria a ofensividade e o tipo de armamento e a frequência dos enfrentamentos [do crime organizado] com a polícia”, defendeu.

Ele citou exemplos de regulamentação do mercado de drogas, como Uruguai, Portugal, doze estados americanos e Holanda, em que houve o enfraquecimento das organizações criminosas pelo simples fato que elas passam a lucrar menos diante de um fornecedor regulamentado pelo estado.

Aumento da letalidade

Como consequência do uso de armamento mais pesado pela polícia, o professor de Criminologia  destaca ainda o aumento da letalidade. Ele exemplificou que, no estado do Rio de Janeiro, onde o uso de armas de maior calibre é mais antigo pelas polícias regulares, há um número elevado de balas perdidas e uma letalidade que envolve civis.

“Isso [aumento da letalidade] acontece com uma potencialidade muito maior quando existe o emprego de um armamento que é muito mais ofensivo, que tem uma energia vulnerante muito maior, que é o caso desses fuzis desses calibres que foram concebidos para operações de guerra e não para missões de segurança pública urbana em relação a civis. É esperado que haja sim uma elevação na letalidade”, avaliou, em especial, daquelas pessoas estranhas ao confronto policial.

“Como essas armas têm uma concepção para atingir longas distâncias e uma energia cinética e vulnerante muito maior, vão acabar atingindo pessoas que estão há dezenas, há centenas de metros de um palco onde esteja acontecendo eventual confronto armado entre polícia e supostos criminosos”, disse Baldan. “O que a experiência nos mostra é que a elevação do número de armas de fogo por região acarreta o aumento dos eventos de morte e de lesões nessa área”.

Filho de Bolsonaro é banido pelo WhatsApp

O WhatsApp baniu o número do Flavio Bolsonaro, filho do candidato do PSL à Presidência Jair Bolsonaro, do aplicativo. Flavio foi eleito senador pelo Rio no último dia 7 de outubro. A informação foi confirmada por Eduardo Bolsonaro irmão de Flavio, pelas redes sociais.

“Primeiro caso de banimento do whatsapp que tomo conhecimento ocorreu com o senador eleito @FlavioBolsonaro . O post que tenha motivado a punição não é informado. Se isso não é CENSURA eu não sei o que é…”, diz a postagem de Eduardo.

Ainda nesta sexta-feira, 19, o WhatsApp enviou notificação extrajudicial para quatro agências suspeitas de fazerem envio massivo irregular de mensagens durante o período eleitoral.

O aplicativo determina que as mesmas parem de fazer envio e de utilizar números de celulares obtidos pela internet. Na quinta-feira, 18, o jornal Folha de S.Paulo disse que empresas bancaram uma campanha de mensagens contra o PT e Fernando Haddad com pacotes de disparos em massa.

O comportamento, segundo o WhatsApp, fere as regras do aplicativo. O envio de mensagens com conteúdo eleitoral não é ilegal. Para isso, é necessário que os candidatos entregam os telefones e uma lista de apoiadores que voluntariamente os cederam seus dados.

No entanto, há a suspeita de que as agências venderam bases de usuários de terceiros, segmentadas por região e perfil, de origem desconhecida – o que é ilegal.

“Estamos tomando medidas legais para impedir que empresas façam envio maciço de mensagens no WhatsApp e já banimos as contas associadas a estas empresas”, informou em nota o WhatsAp

Autoridades devem anunciar medidas para o segundo turno

A nove dias do segundo turno das eleições, as autoridades preparam para hoje (19) anúncios sobre as prioridades para as votações no dia 28. O alerta ocorre no momento em que os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) trocam acusações sobre a existência de empresários que financiaram um esquema de disseminação de notícias falsas anti-PT.

À tarde haverá uma entrevista coletiva da qual participarão a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber; os ministros Raul Jungmann (Segurança Pública) e Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro.

A expectativa é de que sejam anunciadas as medidas institucionais adotadas em decorrência de questionamentos levantados no primeiro turno. Nas últimas horas, PT, PSL, PSOL e PDT se manifestaram sobre a divulgação e os impactos de fake news. Recorreram à Justiça eleitoral o PT e PSOL, enquanto os outros dois partidos também anunciaram que vão ingressar com ações.

Advertência

Ontem (18) Raquel Dodge advertiu sobre os riscos da disseminação de conteúdo falso. “O eleitor é o ator principal. Ele tudo pode, mas nem tudo convém. As fake news não convêm ao eleitor nem à democracia”, afirmou. “É preciso também que não haja abuso, não haja ilícito no modo como as pessoas se expressam, no modo como elas convencem os vizinhos e eleitores.”

A advertência ocorreu durante a reunião em que o combate à divulgação de notícias falsas nas redes sociais foi o tema principal. Participaram procuradores eleitorais e os advogados das campanhas de Bolsonaro e Haddad, além do ministro Edson Fachin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

Fair Play

Na reunião, Fachin  defendeu que os candidatos “joguem limpo” durante a campanha eleitoral. O TSE renova a conclamação feita aos representantes dos candidatos e a estende a todos. Pratiquemos o fair play [jogo limpo] que significa cumprir e fazer cumprir as regras do jogo”, disse.

Na tentativa de buscar soluções, Jungmann lembrou que a parceria com o TSE criou um sistema para dar mais agilidade às denúncias sobre suspeitas de irregularidades no processo de votação. No primeiro turno, vários vídeos falsos foram divulgados contra a credibilidade da urna eletrônica.

“Qualquer cidadão terá sua crítica registrada, investigada e apurada para termos a certeza de que o resultado do pleito venha traduzir a vontade democrática do povo brasileiro.”

Debate dos candidatos de SP vira bate-boca entre França e Doria

O primeiro debate do segundo turno da disputa pelo governo de São Paulo, promovido na noite desta quinta-feira, 18, pela TV Bandeirantes, refletiu o clima belicoso que tem marcado a campanha estadual. Frente a frente em uma mesa no estúdio da emissora, o ex-prefeito João Doria, candidato do PSDB, e o governador Márcio França, que tenta a reeleição pelo PSB, trocaram acusações e até agressões verbais. No evento, propostas ficaram em segundo plano.

Doria e França estão tecnicamente empatados na disputa no segundo turno, conforme a mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada na quarta-feira, 17. O tucano tem 52% dos votos válidos – quando são excluídos os brancos, nulos e indecisos – e o governador, 48%. A margem de erro é de três pontos, para mais ou para menos.

Um clima tenso dominou já o primeiro bloco. Os candidatos mantiveram as estratégias apresentadas até agora: enquanto o tucano chamou França de “esquerdista” e disse que o pessebista mantém laços com o PT, o governador classificou o ex-prefeito como “traidor” e afirmou que ele foi beneficiado por gestões petistas no governo federal.

Doria insistiu na tática de se associar e exaltar o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, e acusou França de esconder o nome de sua legenda. “Você é do Partido Socialista Brasileiro, seu chefe da Casa Civil é Aldo Rebelo, que foi do PCdoB”, afirmou o tucano.

“Nunca escondi e não traio o meu partido, diferentemente de você, que traiu Geraldo Alckmin”, rebateu França. “O Bolsonaro é um cara simples, nada a ver com você. Ele é um coitado por ter que arrastar você.”

Inflamada pelo confronto, a plateia no estúdio se dividiu entre xingamentos, vaias e aplausos, o que levou o mediador, Fábio Pannunzio, a fazer reiteradas intervenções e ameaças de retirar correligionários do local.

Na troca de acusações, França afirmou que Doria recebeu dinheiro do BNDES para comprar um jatinho e o tucano fez referência ao suposto apelido do candidato do PSB – “Paris” – na lista da delação da Odebrecht. “Se você encontrar meu nome em alguma lista, João, eu renuncio ao meu mandato como governador”, reagiu França.

Nos 25 minutos do primeiro bloco, os candidatos trocaram xingamentos: “Você está neurótico com essa coisa de PT”, afirmou França, lembrando que o candidato foi esnobado por Bolsonaro quando tentou encontrá-lo, no Rio. “Somos muito diferentes, eu não sou carreirista”, retrucou o tucano. “Você é carreirista do setor público.”

Em outro momento de desconstrução partidária, França disse que o povo de São Paulo “não quer PT nem PSDB”. Doria rebateu e afirmou que o adversário, do PSB, quer “ficar laranjinha como o partido Novo”.

No segundo bloco, o mediador chegou a dizer que pessoas que estavam se manifestando na plateia seriam retiradas do debate.

Propostas

O clima se acalmou um pouco quando os candidatos começaram a falar de propostas. França procurou capitalizar o acordo feito com a prefeitura de Guarulhos no qual o serviço de abastecimento de água e coleta de esgoto deixará de ser municipal e passará a ser feito pela Sabesp, empresa do Estado. Doria prometeu despoluir os últimos 100 km do Rio Tietê que estão contaminados por meio de Parceria Público-Privada.

Ainda assim, os candidatos aproveitaram qualquer brecha para atacar o rival. França afirmou que Doria era amigo do empresário Eike Batista, que chegou a ser preso e foi condenado na Operação Lava Jato. O governador repetiu que não traiu Alckmin e disse que, antes de escolher seu partido ou ideologia, escolheu ter caráter.

Ao ser criticado por França sobre a rua que anexou à sua propriedade em Campos do Jordão e depois foi comprada pelo tucano, Doria disse que a família do governador tem uma ilha no litoral de São Paulo e precatórios a receber do Estado.

No último bloco, França exaltou o apoio de Paulo Skaf, candidato derrotado do MDB, e o Sesi, que foi usado como vitrine pelo emedebista. “Você falou mal do Paulo Skaf durante todo o primeiro turno, mas agora exalta ele. Esse programa do Sesi com pagamento não é a melhor alternativa”, respondeu Doria.

O tucano ainda chamou Skaf de “imperador da Fiesp”, e disse que o emedebista “modificou duas vezes” o estatuto da entidade para ficar lá. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Brasil perde seis leitos por dia; no SUS, são 41 mil vagas a menos

O Brasil perdeu, nos últimos dez anos, seis leitos hospitalares por dia. São 23.088 vagas a menos, conforme estudo preparado pela Confederação Nacional dos Municípios e obtido pela reportagem. E mostra o descompasso entre público e privado

No Sistema Único de Saúde (SUS), foram fechadas 41.388 vagas, 12% do número apresentado em 2008. Já a rede particular apresentou tendência inversa e ampliou a capacidade em 18.300 leitos.

A tendência de redução geral das vagas é explicada por especialistas, em parte, pela mudança no atendimento psiquiátrico. No passado, ele era centrado no ambiente hospitalar e, graças ao movimento antimanicomial, passou a ser feito prioritariamente nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). “Dos 41 mil leitos fechados na década, 21 mil eram psiquiátricos”, afirma a consultora da CMN Carla Albert.

Ela observa, no entanto, que em grande parte das demais especialidades, a redução do atendimento hospitalar está longe de ser um bom sinal. “Muitas vezes, representa falta de recursos e, sobretudo, dificuldade de acesso da população a um atendimento indispensável.”

Na Pediatria e Obstetrícia, por exemplo, a oferta de leitos minguou de forma expressiva. No caso de vagas para atendimentos de crianças, a redução de leitos SUS no período entre 2008 e 2018 foi de 26%. Na Obstetrícia, a redução na capacidade de atendimento hospitalar foi de 16,87%. “Em um momento em que o número de nascimentos de bebês prematuros aumenta, é difícil explicar a redução de leitos”, afirma Clóvis Constantino, da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Carla lembra que, embora as vagas em Hospital Dia tenham aumentado, elas ainda são pouco expressivas. Em 2018, havia 5 347, ante 4.213 registradas em 2008. “O receio é de que a desativação de leitos tenha ocorrido sem a devida organização da rede ambulatorial. Basta ver as filas que ainda existem para alguns procedimentos.”

Para a consultora da Confederação Nacional dos Municípios, parte da desativação dos leitos ocorre não por razões técnicas, mas econômicas. “E isso desorganiza o sistema. Basta ver as ações judiciais para garantir o atendimento.”

Além da Psiquiatria, Carla cita que a redução de vagas é justificada no caso da Dermatologia e da Endocrinologia. “Basta ver o atendimento para pessoas com hanseníase. Hoje, é feito exclusivamente em ambiente ambulatorial.” Carla questiona, porém, a estagnação das vagas em Cardiologia. Em dez anos, apenas 23 foram abertas.

Justificativas

O Ministério da Saúde informou que a tendência mundial é de “desospitalização”. “É importante ressaltar que a redução no número de leitos gerais não afetou a oferta assistencial e a produção aprovada nos sistemas de informação do SUS. A quantidade de internações aprovadas no sistema em 2008 foi de 11,1 milhões e em 2017, de 11,6 milhões.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Central de distribuição de água é desligada para reparo

Da Redação

Um problema na válvula responsável pelo abastecimento da central de distribuição de água, localizada no Distrito Industrial, foi detectado pelo Departamento Autônomo de Água e esgoto (Daae) de Rio Claro no início da noite dessa quinta-feira (18).

A manutenção já teve início e o desligamento da central de distribuição é feito de maneira preventiva para garantir a qualidade dos serviços da central e não afetar totalmente o abastecimento e distribuição de água tratada recebida da Estação de Tratamento de Água (ETA 2).

Devido à ação, deve ocorrer baixa pressão ou interrupção temporária no fornecimento de água nos bairros Alto do Santana, Parque das Nações 1 e 2, Vila Olinda, Jd. Guanabara, Jd. das Palmeiras, Jd. Bonsucesso, Jd. Village, Jd. Panorama, Jd. Maria Cristina, Jd. Cidade Azul, Jd. Azul, Jd. Boa Vista, Jd. Paulista 2, Jd. Centenário, Jd. Nova Rio Claro, Jd. Brasília, Jd. Figueira, Jd. São Paulo, Jd. Wenzel, Novo Wenzel, Santa Elisa, Terra Nova, Recanto Paraíso, Pq. Universitário, Pq. São Jorge, Matheus Manieiro, BNH, Bom Retiro, Condomínio Residencial São Paulo Home, Paineiras e Benjamin de Castro.

A autarquia estima concluir o serviço ainda na noite dessa quinta-feira (18), normalizando a partir daí a pressurização e o fornecimento de água. Nesse período de espera, o Daae orienta que os consumidores redobrem a atenção para o uso racional da água e reforça a orientação para que os moradores tenham reservatório de água em seus imóveis.

As populares “caixas d’água” são importantes para reduzir transtornos em caso de interrupção no fornecimento, com volume suficiente para 24 horas de consumo racional. Além disso, a instalação de reservatórios nas residências é obrigatória, conforme estabelece o Código Sanitário Estadual.

Mais informações podem ser obtidas pela Central de Atendimento do Daae, no telefone 0800-505-5200.

Moro diz que ‘agentes’ do PT querem controle social da Administração da Justiça

O juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, afirmou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que “agentes” do PT têm um “desejado controle social da Administração da Justiça”. Ele se refere a parlamentares da legenda que o tem fustigado por meio de sucessivas representações ao Conselho Nacional de Justiça e através de “notas ofensivas” publicadas no site do partido.

“Antecipando-se a um desejado ‘controle social da Administração da Justiça’, o que quer que isso signifique, buscam, estes mesmos agentes políticos, através de provocação ao Conselho Nacional de Justiça (cuja composição desejam, aliás, alterar), cercear decisões da Justiça que contrariam os seus interesses partidários, mesmo às custas da aplicação da lei a crimes de corrupção”, assinalou o juiz, em resposta ao CNJ, nos autos de representação do PT e de três parlamentares da agremiação contra ele pela divulgação de um trecho da delação do ex-ministro Antônio Palocci.

“Confia-se, respeitosamente, que o Conselho Nacional de Justiça rejeitará essas tentativas reprováveis de intimidação da Justiça e que preservará a independência da magistratura”, ponderou Moro

O Anexo 1 da colaboração premiada de Palocci foi tornado público por Moro dias antes do primeiro turno das eleições. Inconformados, o PT e deputados representaram contra Moro ao CNJ

Na resposta ao Conselho, o juiz da Lava Jato argumenta que “o conteúdo do depoimento (Anexo 1) sequer se revestiu de grande novidade”.

“O próprio Antônio Palocci Filho já havia, ainda em 2017, divulgado carta pessoal na qual teria afirmado seu desejo de colaboração e admitido a prática de crimes pelo ex-presidente da República”, segue Moro.

Ele destaca que em depoimento no dia 6 de julho de 2017, Palocci “já havia adiantado várias das revelações contidas no depoimento divulgado”.

“Diga-se, ao final, que as duas representações inserem-se na linha adotada por alguns agentes do Partido dos Trabalhadores de buscarem criminalizar a atividade jurisdicional, já tendo este julgador sido demandado em queixa-crime (rejeitada por unanimidade e com trânsito em julgado pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal, queixa-crime 0001022-85.2016.404.000), ou de buscarem cercear a atuação independente da Justiça através de ofensas, mentiras e representações disciplinares junto ao Conselho Nacional de Justiça, como as veiculadas nos anteriores procedimentos 0001292-88.2016.2.0000 e 0001386-36.2016.2.0000, já indeferidos pela anterior Corregedora Nacional de Justiça, Ministra Nancy Andrighi.”

Observo que não satisfeitos com as representações, esses mesmos agentes emitiram notas ofensivas contra o ora julgador, buscando intimidá-lo ( http://www.pt.org br/nota-do-pt-moro-vaza-mentiras-de-palocci-para-interferir-nas-e leicoes/; http://www.pt.org br/cnj-determina-que-moro-explique-vazamento-da-delacao-de-palocc i/, http://www.pt.org br/pt-entra-com-reclamacao-contra-moro-no-conselho-nacional-de-ju stica/).

O juiz assinala que Palocci, no depoimento divulgado, “reporta-se principalmente a supostos crimes praticados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que, condenado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro, não é sequer candidato nas eleições de 2018”.

“Não há no depoimento qualquer referência ao atual candidato à Presidência pelo Partido dos Trabalhadores”, observou. “Por outro lado, caso fosse intenção deste Juízo influenciar nas eleições teria divulgado a gravação em vídeo do depoimento, muito mais contundente do que as declarações escritas e que seria muito mais amplamente aproveitada para divulgação na imprensa televisiva ou na rede mundial de computadores. O fato é que o Juízo não pode interromper os seus trabalhos apenas porque há uma eleição em curso.”

PT cobra que TSE investigue ação de empresas nas redes sociais

Reagindo à manchete da edição desta quinta-feira, 18, do jornal Folha de S.Paulo, que revela empresas bancando o disparo de mensagens contra o PT pelas redes sociais, o partido emitiu uma nota cobrando um posicionamento da Justiça Eleitoral. Para a legenda, a prática configura crime de caixa dois por parte da campanha de Jair Bolsonaro (PSL).

“É uma ação coordenada para influir no processo eleitoral, que não pode ser ignorada pela Justiça Eleitoral nem ficar impune”, diz a nota assinada pela Executiva do PT, que pediu na Quarta-feira (17) à Polícia Federal uma investigação sobre a disseminação de supostas notícias falsas pela campanha de Bolsonaro.

O partido diz que está tomando todas as medidas judiciais para que Bolsonaro responda “por seus crimes, dentre eles o uso de caixa 2, pois os gastos milionários com a indústria de mentiras não são declarados por sua campanha.”

A legenda do presidenciável Fernando Haddad pretende entrar ainda nesta quinta-feira com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir providências.

Jornal Cidade RC
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