Muros de Doria viram ‘micos’ de SP e devem perturbar próximo prefeito

ARTUR RODRIGUES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) –

Uma ação que começou como uma ofensiva do ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) contra pichadores no início de sua gestão deverá continuar assombrando quem quer que seja eleito para o cargo neste ano.
O muro com grafites apagado na avenida 23 de Maio virou um jardim vertical cuja manutenção custa R$ 1,5 milhão ao ano –e a galeria a céu aberto para alocar as pinturas virou mais uma parede pichada e malcuidada.
Outro muro, o de vidro da USP, pensado para se tornar uma marca de Doria, revelou-se um mico. Agora, as ações são criticadas por adversários, que veem desperdício de dinheiro público, contrariando promessas iniciais de que o município não teria prejuízos.
Na época em que a maré cinza de Doria varreu as paredes da cidade, o atual chefe do Executivo, Bruno Covas (PSDB), era titular das subprefeituras à época, responsável pela zeladoria. A gestão tucana mirou pichadores, mas acertou os grafiteiros.
Os grafites haviam sido patrocinados pela gestão de Fernando Haddad (PT), derrotado por Doria em 2016. O tucano anunciou o maior “corredor verde do mundo em um eixo urbano” para ocupar o lugar que era das obras de arte.
O projeto do muro custou de R$ 9,7 milhões. A obra foi controversa, porque contou como compensação ambiental. Já a manutenção foi entregue a uma empresa que, posteriormente, desistiu de fazer o serviço alegando falta de condições financeiras.
Sem cuidado, as plantas chegaram a secar. A gestão Covas revitalizou o muro, que hoje apresenta um frondoso jardim. O problema ali está no custo: renovado em maio por 12 meses, o contrato custa R$ 128 mil por mês.
A reportagem questionou se a gestão Covas cogita retirar o muro devido ao custo, mas, em nota, a prefeitura afirmou apenas que a empresa contratada faz a manutenção regularmente, incluindo limpeza e troca de mudas, além de manutenção no sistema de irrigação.
O secretário do Verde e Meio Ambiente na época da instalação, o vereador Gilberto Natalini (PV), diz considerar o espaço um erro de gestão. Ele foi contrário ao muro, por julgar que não fazia sentido usar dinheiro de compensação ambiental.
Para que o muro tivesse relevância ecológica real para a cidade seria necessário que tivesse mais de 1.500 km –distância similar ao trajeto de São Paulo a Cuiabá, em Mato Grosso
Natalini lembra que a ideia de utilizar esse tipo de muro começou na gestão Haddad, em prédios no entorno do Minhocão. Doria, porém, ampliou o uso do recurso.
“Mas o Doria quis de qualquer forma fazer o muro, insistiu, praticamente obrigou a administração a fazer o muro”, diz o vereador. Esse foi o primeiro dos desgastes que acabaram com a demissão de Natalini, que posteriormente faria denúncia sobre irregularidades na cidade.
Para compensar a má repercussão do apagamento de grafites pela cidade, Doria criou um programa de galerias a céu aberto, os MARs (Museus de Arte de Rua). O projeto foi inspirado em um bairro de Miami (EUA), Wynwood, que atrai mais de 1 milhão de visitantes por ano.
Embora depois na gestão Covas grafites tenham proliferado em empenas na cidade, o primeiro espaço inaugurado por Doria que deveria virar ponto turístico, na rua Moacyr Vaz de Andrade, na zona norte, é um muro pichado e descascado, sem sinal de visitante algum.
A gestão Covas diz que o programa MAR está em sua terceira edição, com orçamento de R$ 1,4 milhão, com sete empenas e dez muros finalizados em 2020.
“Doria é um ‘contêiner’ amarrado nas costas do Bruno. Os muros verdes da 23 de Maio são um exemplo de desperdício de dinheiro público”, diz Márcio França (PSB).
“Outro exemplo é o muro de vidro da USP, típica marca do governo Bruno-Doria: rápida, marqueteira e inútil”, completa o opositor, que também citou o assunto no debate da última quinta-feira (1º).
Feita inicialmente pela iniciativa privada, a obra na USP era outra aposta dos tempos em que Doria lançava projetos-relâmpago em busca de uma marca eleitoral. Orçada em R$ 15 milhões, a iniciativa foi bancada por dinheiro privado e não deveria custar nada aos cofres públicos.
No entanto, com os vidros constantemente quebrados, o muro virou um problema para a prefeitura sob Bruno Covas e também para a USP.
Laudos da Polícia Civil indicam que houve falha na instalação que levaram a quebras recorrentes das placas. A falta de uma peça de borracha para calçar as placas facilitaria a quebra.
Agora, todos querem distância da responsabilidade sobre a iniciativa.
A prefeitura afirma que o muro não é mais problema dela. “O muro de vidro foi viabilizado por meio de parcerias com a iniciativa privada, após entendimento entre a prefeitura e a Universidade de São Paulo, que realizou chamamento público dos parceiros. A prefeitura já se colocou à disposição para prestar apoio técnico caso a USP julgue necessário”, diz a gestão Covas, em nota.
Questionada sobre os muros da USP e da 23 de Maio, a assessoria do governo Doria afirmou que ele “iniciou o processo de revitalização da raia da USP, assim como o muro verde da Avenida 23 de maio”. “A continuidade dos projetos e as manutenções serão realizadas pelos atuais responsáveis.”
Já a USP afirmou que as obras no muro estão paralisada devido à pandemia e que serão ” retomadas tão logo seja possível”. A instituição não deu detalhe sobre a obra.
Entre os adversários, há muitas críticas, mas poucas ideias sobre o que fazer com os muros deixados por Doria.
“Vamos ouvir a população sobre o que deve ser feito em casos como estes, emblemáticos do elitismo e da arrogância do PSDB. Se os paulistanos tivessem sido ouvidos, milhões de reais desperdiçados por conta dos caprichos estéticos de Doria poderiam ter sido destinados à criação de vagas em creches e à contratação de médicos na periferia”, afirmou a campanha de Guilherme Boulos (PSOL).
Já Andrea Matarazzo (PSD) diz que gosta da ideia do muro da 23 de Maio, apesar do preço, mas diz que o da USP ele mudaria.
“[Vou] trocar todos aqueles vidros por uma cerca igual à que eu coloquei no Parque do Povo, que é uma cerca de ferro, que permitiria você enxergar a paisagem. Isso não custaria nem 10% daquilo lá [muro de vidro] e seria definitivo.”
Para Matarazzo, o maior mico da gestão será a reforma do Vale do Anhangabaú.
A campanha de Jilmar Tatto (PT) afirmou que Doria priorizou obras desnecessárias, em contexto em que a cidade tem quase 30 mil pessoas vivendo em situação de rua e déficit habitacional de 474 mil. Segundo a assessoria do petista, o muro da USP ainda gera prejuízos com quedas e problemas de manutenção.
“Já o muro verde da 23 de Maio só expôs o caráter higienista da gestão Bruno/Doria. A arte precisa ser vista. Sem contar a censura à liberdade de expressão e os danos ao patrimônio público, como apontou o Ministério Público. Doria trata São Paulo como a sala de sua mansão”, declara a campanha de Tatto.

Pandemia afeta comportamento dos moradores de condomínio

LARISSA TEIXEIRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) –

As restrições provocadas pela quarentena do novo coronavírus fizeram com que moradores passassem a ficar mais tempo em casa, ou seja, dentro dos prédios. Mas para ter uma boa convivência e até preservar a saúde, especialistas recomendam seguir as regras de cordialidade e ter empatia.
Para Roberto Graiche Júnior, presidente da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo), a primeira coisa a ser feita é ler a convenção e o regulamento interno do condomínio para saber o funcionamento e os detalhes do local. “É preciso ter consciência de que aquele espaço não é só seu”, afirma.
Paulo Werneck, 44, é síndico de um condomínio com 1.600 moradores na Vila Andrade (zona sul de SP). Ele conta que a maioria das reclamações durante a quarentena foi resolvida com diálogo e bom senso. “Apesar de ter gerado muitos conflitos, acho que as pessoas aprenderam a conviver melhor neste período”, diz.
O advogado especialista em direito condominial Alexandre Callé explica que o artigo 1.336 do Código Civil determina que os condôminos utilizem as áreas conforme a sua destinação e sem prejudicar o sossego, saúde e segurança dos demais. Segundo ele, além do comportamento dos condôminos ter mudado, a rotina do síndico e dos funcionários também mudou.
Baseado nas regras e nas medidas tomadas durante a pandemia, os especialistas explicam que os condôminos devem utilizar máscara, respeitar o distanciamento, seguir eventuais processos de agendamento e rodízio para uso das áreas comuns, não ultrapassar a capacidade do elevador, limpar os equipamentos após utilizar (como na academia) e cumprir os horários de obras.
“Apesar das coisas estarem começando a abrir, a gente ainda está convivendo com o vírus”, diz Graiche.
Callé afirma que as medidas devem ser informadas aos moradores. “As pessoas estão tendo que achar um jeito de conviver juntas. Uma respeitando a outra.”
Em caso de conflitos, a orientação dos profissionais é resolver com o diálogo. Caso haja abusos e a conversa não seja suficiente, o síndico deve mediar e aplicar advertências e multas conforme a necessidade.

– Comportamento nos condomínios

Mudanças na pandemia:

Com a flexibilização, algumas atividades já voltaram a ser feitas fora de casa e os condomínios têm reduzido as restrições
Ainda assim, há pessoas trabalhando, estudando e se divertindo em casa ou nas áreas comuns dos prédios
Essa concentração de pessoas só funciona quando há uma boa convivência entre vizinhos
É importante ser tolerante, respeitar o espaço e o direito do outro
Leia o regulamento e convenção do condomínio
O art. 1336 do Código Civil norteia os condôminos a utilizarem áreas sem prejudicar a saúde, sossego e segurança dos demais
Lembre que o vírus continua circulando e a pandemia não acabou
Baseado nisso, há a etiqueta pessoal

Siga as cautelas sanitárias

Evite aglomerações
Use máscara em todas as áreas coletivas
Higienize as mãos com álcool em gel ao tocar em botões, maçanetas, pegar encomendas etc
Quando houver tapete com água sanitária, limpe os pés
Caso contraia Covid-19, procure comunicar a gestão condominial para que os procedimentos de higiene e limpeza sejam intensificados
ATENÇÃO: informar a situação não é obrigatório e o condomínio não deve revelar a identidade da pessoa sem permissão

Nas áreas comuns

Tenha consciência de que aquele local não é só seu
O uso deve ser dividido igualmente por todos
Mantenha ambientes ventilados
Respeite eventuais agendamentos e rodízios
Higienize objetos e equipamentos antes e depois do uso

Elevadores

Respeite o limite de capacidade
Dependendo do tamanho, é recomendável reduzir a capacidade em torno de 40%
Há prédios que permitem apenas uma família ou duas pessoas por vez, por exemplo

Relação entre vizinhos

Tenha empatia e saiba que as pessoas têm atividades diferentes em suas unidades
É importante respeitar o horário de obras, compreender eventuais barulhos etc
Ao fazer algo, vale pensar se a mesma situação te incomodaria
Em caso de exageros, procure ajuda do síndico

Conflitos

Se houver problemas, procure resolver por meio da conversa
Lembre que as mudanças exigem adaptação e leva um tempo até que isso aconteça
Caso haja desrespeito das regras e o diálogo não funcione, o síndico pode aplicar advertências e multas conforme a situação
A gestão do condomínio deve manter os moradores informados sobre as regras, com mensagens e até avisos nas entradas

Fontes: Alexandre Callé, advogado especializado em condomínios e sócio da advocacia Callé e Roberto Graiche Júnior, presidente da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC)​

Nova York planeja lockdown em pontos críticos a partir de quarta

Agência Brasil

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse que a cidade se prepara para fechar negócios não essenciais e também escolas em nove bairros identificados como focos do novo coronavírus a partir da próxima quarta-feira (7), em uma tentativa de conter a disseminação da covid-19 no que já foi o epicentro da pandemia nos Estados Unidos.blankblank

Buscando a aprovação do governo do estado para o lockdown, de Blasio afirmou que a medida afetará nove regiões onde as taxas de testes positivos para o novo coronavírus aumentaram, possivelmente como resultado de falha no distanciamento social e no uso de máscaras faciais. Ele acrescentou que bairros em mais 11 áreas da cidade estão em uma “lista de observação” por causa de suas crescentes taxas.

Nova York é um dos 18 estados onde os casos não aumentaram nas duas últimas semanas, de acordo com análise da Reuters. Nove estados relataram aumentos recordes em casos de covid-19 nos últimos sete dias, principalmente no meio-oeste e no oeste, onde o clima leva a atividades em ambientes fechados.

Se o governador de Nova York, Andrew Cuomo, aprovar a paralisação, áreas do Brooklyn e do Queens seriam obrigadas a fechar todos os estabelecimentos não essenciais, restaurantes e escolas públicas e privadas. Cerca de 100 escolas públicas e 200 escolas privadas seriam fechadas por um período entre duas e quatro semanas, caso a aprovação do estado seja obtida, disse o prefeito.

Itália deve impor restrições para conter aumento da covid-19

Agência Brasil

O governo italiano deve impor novas restrições no país na próxima semana para tentar conter o número crescente de casos do novo coronavírus, disse o ministro da Saúde, Roberto Speranza.blankblank

O gabinete deve se reunir na terça-feira (6) para decidir como reagirá ao aumento no número de infecções, com o Sul da Itália pela primeira vez parecendo mais vulnerável à doença.

“A batalha ainda não acabou. Não temos os números vistos em outros países europeus, mas estamos em uma fase de crescimento significativo e espero que o país encontre espírito de unidade”, disse Speranza à emissora estatal RAI.

As medidas em análise incluem tornar obrigatório o uso de máscaras ao ar livre em todo o país e retomar restrições às reuniões sociais.

A Itália registrou 2.844 novos casos no sábado (3), o maior número desde o fim de abril, quando o país estava sob lockdown. As autoridades estão alarmadas com os surtos no Sul, na região da Campânia, principalmente Nápoles, onde são notificadas mais de 400 novas infecções por dia pela primeira vez.

Para ajudar a manter o controle e garantir que as regras de distanciamento social sejam respeitadas, o Ministério do Interior disse que soldados podem ser enviados, bem como a polícia, a alguns pontos críticos.

A Itália foi o primeiro país da Europa a ser atingido pela covid-19 e tem o sexto maior número de mortes no mundo, com quase 36 mil vítimas desde o início do surto em fevereiro. Até sábado, haviam sido registrados 322.751 casos.

Começam hoje campanhas de vacinação contra pólio e de multivacinação

Começa hoje (5) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite para crianças de até 5 anos. A mobilização vai até o dia 30 de outubro em postos de saúde de todo o país. Os órgãos de saúde alertam que a população deve procurar o serviço mesmo com a pandemia de covid-19, pois a vacina é de extrema importância para manter as crianças imunes à doença. No sábado (17), a vacinação será reforçada com o dia de mobilização nacional.blankblank

Também a partir desta segunda-feira, inicia-se a campanha nacional de multivacinação. Crianças e adolescentes menores de 15 anos, não vacinados ou com esquemas incompletos de qualquer vacina, devem comparecer às unidades de saúde para atualizar a caderneta de vacinação.

No público-alvo da campanha contra a poliomielite estão crianças menores de 5 anos de idade, com estratégias diferenciadas para crianças com até 1 ano incompleto e para aquelas na faixa etária de 1 a 4 anos. A depender do esquema vacinal registrado na caderneta, a criança poderá receber a Vacina Oral Poliomielite (VOP), como dose de reforço ou dose extra, ou a Vacina Inativada Poliomielite (VIP), como dose de rotina.

A estimativa do Ministério da Saúde é que haja no país 11,2 milhões de crianças nessa faixa etária. A meta é imunizar 95% desse público.

Doença

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos e, em casos graves, pode levar a paralisias musculares, em geral nos membros inferiores, ou até mesmo à morte. A vacinação é a única forma de prevenção.

A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária são fatores que favorecem a transmissão do poliovírus, por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes.

Não existe tratamento específico para a poliomielite, todas as pessoas contaminadas devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas de acordo com o quadro clínico. Entre os sintomas mais frequentes estão febre, dor de cabeça e no corpo, vômitos, espasmos e rigidez na nuca. Na forma paralítica ocorre a súbita deficiência motora, acompanhada de febre, flacidez e assimetria muscular e persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.

As sequelas são tratadas por meio de fisioterapia e de exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados. Além disso, pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações.

Desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável (VIP, aos 2, 4 e 6 meses) e mais as doses de reforço com a vacina oral bivalente (VOP, gotinha). A medida está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde e faz parte do processo de erradicação mundial da pólio. Essa vacinação propicia imunidade individual e aumenta a imunidade de grupo na população em geral.

No Brasil, o último caso de infecção pelo poliovírus selvagem ocorreu em 1989, na cidade de Souza, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de área livre de circulação do vírus. No cenário internacional, hoje, existem dois países endêmicos para a doença: o Paquistão e Afeganistão.

Covid-19

O Ministério da Saúde orientou a rede pública a adotar medidas de prevenção contra a covid-19, para garantir a segurança das pessoas que comparecerem aos postos.

Entre as orientações para as unidades de saúde estão garantir a administração das vacinas em locais abertos e ventilados; disponibilizar local para lavagem das mãos ou álcool em gel; orientar que somente um familiar acompanhe a pessoa a ser vacinada e realizar a triagem de pessoas com sintomas respiratórios antes da entrada na sala de vacinação.

De acordo com o ministério, até o momento não há contraindicação médica para vacinar pessoas com infecção pelo novo coronavírus. Caso alguma pessoa com covid-19, suspeita ou confirmada, esteja hospitalizada ou em unidade de saúde com sala de vacina, ela deve receber as doses de acordo com o calendário nacional de vacinação.

A campanha nacional também visa a conscientizar a população sobre a importância da vacinação para a proteção contra diversas doenças, no âmbito do Movimento Vacina Brasil, lançado no ano passado com o objetivo de combater as fake news e aumentar a cobertura vacinal da população.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, as vacinas estarão disponíveis nas 237 unidades da Atenção Primária à Saúde da capital, das 8h às 17h.

Durante as campanhas, as cadernetas de vacinação serão avaliadas para permitir a atualização das doses em atraso, atendendo os esquemas preconizados pelo Programa Nacional de Imunizações.No período, o município do Rio também realizará a Estratégia de Intensificação contra o Sarampo, com a vacinação indiscriminada da população de 15 a 49 anos.

Mesmo com as ações de combate à pandemia do novo coronavírus, a Secretaria de Saúde montou estratégias para imunizar a população. Na vacinação contra a gripe, houve ações como a vacinação em sistema drive-thru em postos do Detran e em domicílio. Além disso, houve aplicação de vacinas nos postos da rede, obedecendo medidas de segurança. Mais de 2 milhões de pessoas foram imunizadas contra a gripe durante a campanha.

Segundo a secretaria, a mobilização é uma estratégia para disponibilizar a atualização do calendário de vacinas em uma única ida à unidade de saúde, o que facilita o acesso de pais ou responsáveis aos serviços de saúde pública.

Rio Claro registra mais 14 casos de coronavírus

O município de Rio Claro totaliza 4.811 casos de coronavírus, com os 14 que foram registrados nas últimas 24 horas. O número de pessoas recuperadas da doença chegou a 4.633 e o de óbitos se manteve em 138. As informações estão no boletim divulgado no final da tarde deste domingo (4) pela Secretaria Municipal de Saúde. Rio Claro tem 17 pacientes hospitalizados por causa de contaminação pelo coronavírus, sendo 13 em leitos da rede pública e quatro em leitos particulares.

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Quatro jovens morrem em acidente na Grande São Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Quatro jovens morreram na madrugada deste domingo (4) após o capotamento de um veículo na rodovia Anhanguera, em Osasco (Grande SP), após a saída do município, em frente à sede do SBT. Uma adolescente de 17 anos, que está grávida, foi socorrida e levada ao Conjunto Hospitalar do Mandaqui, na zona norte da capital paulista. O acidente ocorreu por volta das 2h.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, gestão João Doria (PSDB), no veículo estavam cinco pessoas, sendo três homens e duas mulheres, com idades entre 17 e 26 anos. Todos moravam em Osasco.

De acordo com a concessionária, CCR Autoban, responsável pela rodovia, o motorista perdeu o controle do veículo, um Honda Fit, que se chocou contra uma sinalização. O carro capotou e bateu em uma barreira de concreto. A polícia não havia conseguido identificar quem dirigia o carro no momento do acidente.

Foram solicitados exames periciais ao IC (Instituto de Criminalística) e IML (Instituto Médico Legal) e o caso registrado como homicídio e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e choque pelo 10º DP de Osasco, e encaminhado ao 7º DP. Até o momento, o estado de saúde da adolescente internada ainda não havia sido informado pela Secretaria Estadual da Saúde, responsável pelo hospital.

Entra em vigor lei que cria cadastro nacional de condenados por estupro

Entrou em vigor na sexta-feira (2) a lei que cria o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Crime de Estupro, que será operado pelo governo federal. Publicada no Diário Oficial da União, a Lei 14.069, de 2020, teve origem em projeto (PL 5.013/2019) do deputado Hildo Rocha (MDB-MA) e foi aprovada no Senado no início de setembro.

O cadastro deverá conter as características físicas e as impressões digitais dos estupradores, além de informação do DNA e fotos. Para o preso em liberdade condicional, também deverá constar informação do local de moradia e de trabalho nos últimos três anos.

O banco de dados será custeado pelo Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), que é administrado pelo Ministério da Justiça. A União e demais entes federados definirão como será o acesso às informações e as responsabilidades de atualização e validação dos dados inseridos.

No Senado, o relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), disse que o cadastro nacional de condenados por estupro é um avanço importante para frear “uma estatística assustadora no Brasil”: em 2018, foram registrados 66.041 estupros no país — uma média de 180 por dia.

Ainda segundo Braga, os números do último Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam outro dado estarrecedor: mais da metade das vítimas (53,8%) têm menos de 13 anos. “São quatro meninas e meninos estuprados a cada hora no Brasil”, destacou Eduardo Braga no seu parecer.

Mais grave ainda, para o senador, é que esses números “são apenas a face visível dessa covardia”. De acordo com o Fórum de Segurança Pública, menos de 10% dos casos de violência sexual são notificados à polícia.

— As vítimas sofrem caladas por conta da vergonha, da falta de confiança nas instituições de Justiça e do medo de retaliação por parte do agressor, geralmente algum conhecido ou alguém da própria família — ressaltou o senador.

Com informações da Agência Câmara Notícias e Agência Senado

Senado pode sabatinar Kassio Nunes Marques para o STF ainda este mês

O Diário Oficial da União (DOU) publicou nesta sexta-feira (2) despacho do presidente da República, Jair Bolsonaro, submetendo ao Senado Federal a indicação do desembargador Kassio Nunes Marques para exercer o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi indicado para ocupar a vaga a ser deixada pelo ministro Celso de Mello, que se aposentará neste mês.

Agora, o indicado terá de ser sabatinado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o que pode ocorrer ainda este mês, conforme nota divulgada pela presidente da comissão, a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Ela também promete para breve indicar qual senador relatará a indicação presidencial.

“Vamos aguardar o despacho da Mesa e, em função da pandemia, a data dependerá de acordo com os líderes partidários, por se tratar de votação secreta e presencial. Esclareço ainda: em respeito ao senhor ministro Celso de Mello, não realizaremos a referida sabatina antes do dia 13. E, como presidente da CCJ, a escolha do relator somente ocorrerá após recebimento oficial da mensagem”.

No dia 13 de outubro, o ministro Celso de Mello se aposenta, podendo Kassio Nunes Marques ser sabatinado a partir do dia seguinte. Depois dessa inquirição na CCJ, da qual todos os senadores podem participar, o relator apresenta seu relatório, que precisa ser votado pelos membros da comissão. Sendo favorável ou contrário à indicação, o parecer aprovado pela CCJ segue para votação no Plenário do Senado. 

Para ser aprovado para integrar o STF, o indicado tem que obter votos favoráveis de ao menos 41 dos 81 senadores, lembrando que o senador que preside a sessão não vota, a não ser em raríssimos casos de empate. Se a indicação for aprovada, o presidente da República pode nomear o indicado assim que receber a comunicação do Senado, podendo a posse efetiva ocorrer em poucos dias. Se a indicação é rejeitada, o presidente Bolsonaro terá de apresentar outro nome aos senadores.

Fonte: Agência Senado

Zuza Homem de Mello morre aos 87 anos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O pesquisador musical e jornalista paulistano José Eduardo Homem de Mello -mais conhecido como Zuza- morreu em São Paulo enquanto dormia na madrugada deste domingo (4), por um infarto agudo do miocárdio. Ele tinha 87 anos.

Segundo a família, Zuza havia passado o sábado (3) comemorando com a mulher, Ercilia Lobo, seus novos projetos, como a biografia do músico João Gilberto, que havia finalizado recentemente, e a série “Muito Prazer Meu Primeiro Disco”, com o Sesc São Paulo -o primeiro episódio, com Gilberto Gil, saiu neste sábado.

Nos anos 1950, Zuza, que era contrabaixista e amante do jazz, foi para os Estados Unidos estudar música em Massachusetts e em Nova York, onde frequentou clubes do gênero e assistiu de perto a apresentações de ícones como Duke Ellington, Billie Holiday, Miles Davis, Thelonious Monk e John Coltrane. O musicólogo marcou a história da música nacional por trabalhos com nomes como Elis Regina, Milton Nascimento, Elizeth Cardoso e Jacob do Bandolim.

Ele também escreveu obras importantes sobre a música brasileira, dentre eles “A Era dos Festivais – Uma Parábola” (2003) e “Copacabana” (2017), além de publicar “Música com Z: artigos, reportagens e entrevistas” (2014), que reuniu textos escritos por ele entre 1957 e 2014. Em 2019, o documentário Zuza Homem de Jazz, sobre sua trajetória como músico, técnico de som e pesquisador, foi lançado. Filmado em São Paulo, Rio de Janeiro e Nova York, tem direção de Janaína Dalri. Segundo a família, o velório será restrito a família e amigos por causa da pandemia.

Jornal Cidade RC
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