Ramon Rossi

No Dia Mundial do Meio Ambiente comemorado nesta quarta-feira (5), o JC vai contar a história de Durval de Oliveira, de 68 anos. Ele há mais de oito, ajuda a transformar a paisagem de ruas e avenidas de Araras deixando tudo mais verde e colorido.

Segundo o aposentado, a ideia surgiu em 2008 quando ele morava próximo à Rodoviária Padre João Modesti, localizada na Avenida Dona Renata – às margens do Ribeirão das Araras. O local, na primavera, vira cenário quase que ‘obrigatório’ para ararenses e turistas. É que os ipês floridos que cercam toda a Marginal chamam a atenção.

“Sempre admirei a avenida pelo colorido das flores. Até que um dia comecei a me preocupar, afinal, não adiantava só olhar, mas sim, ajudar a plantar e fazer com que outras gerações admirem essa beleza”, comentou ele ao JC.

Em 2011, o ararense se mudou para o Jardim Tangará. Por lá, a falta de árvores o preocupava. Foi aí que teve a ideia de usar o quintal de sua casa para armazenar as mudas em caixas de leite com adubo orgânico. Não deu outra: nascia o Viveiro do ‘seu’ Durval, cuidado com muito carinho por ele e por sua esposa, Inês da Cunha Oliveira.

“O objetivo é tornar melhor o meio ambiente em que vivemos e ao mesmo tempo, incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo. Fico muito satisfeito que de certo modo, isso pegou positivamente em nossa cidade. Há muitos voluntários plantadores espalhados por Araras”, disse ele.

Antes de virar muda, tudo é uma semente no Viveiro do ‘seu’ Durval’. E sabe de onde ela vem? Das frutas que família consome. “Compramos as frutas, saboreamos e aí aproveitamos suas sementes. Geralmente planto três. E delas, pelo menos uma, será uma árvore”, comentou.

Nem só de natureza se faz um bosque

O aposentado criou um grupo no Facebook que faz o convite: “Vamos plantar uma árvore?”. Virtualmente, já são mais de 13 mil pessoas juntas que além de desenvolver debates sobre assuntos voltados à natureza, rende mudas de várias partes do Brasil, inclusive até do Exterior.

“Há mudas que vieram de outras partes do país, como a de fruta de sabiá. Ela veio da região Sul, mais precisamente de Balneário Camboriú (SC). Foi por meio de seguidores da rede social que eu conheci essa pessoa e ela me mandou sementes”, contou.

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