A campanha Abril Laranja foi criada pela Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra os Animais. O período é utilizado por milhares de pessoas protetoras dos animais para engajar o tema contra os maus tratos aos pets.

Em Rio Claro não é diferente. Há centenas de desses anjos da guarda e um deles é a professora aposentada Beth Camargo. Ela tem em sua casa quatro cães que estavam no Canil Municipal e que haviam sido resgatados. Há três anos, logo no início da pandemia, Beth começou a visitar o local para ajudar como voluntária e passear com os cães lá abrigados.

O amor pelos cães só aumentou e acabou adotando alguns. Entre eles está Calisto, que havia sido abandonado e atropelado e até hoje conta com um leve problema no corpo. Ao JC, Beth fala da importância de um compromisso da sociedade com o meio ambiente e seus animais.

“Eu tenho sentido esse trabalho muito difuso em Rio Claro. Eu sou voluntária do Canil e amo o que eu faço, assim como outras voluntárias. Ao se interessar por ir lá a gente acaba encontrando casos de abandono que mexem muito com a gente. O Calisto foi abandonado, atropelado e passou por uma cirurgia. Com isso ele ficou com a pele solta abaixo da boca, isso não interfere na vida dele, mas as pessoas chegam no Canil e querem cachorros bonitos. Tem aqueles que pegam cachorros com alguma deficiência. Eu não aguentei ver o Calisto com essa situação então trouxe ele para casa”, explica Beth.

A tutora lembra que a população também precisa ajudar com a proteção aos animais, ainda que na cidade de Rio Claro tenham ONGs e grupos de amparo. “Não deixem seu cachorro sozinho na rua. Tem muita gente que deixa o cachorrinho dar uma volta e ele pode ser atropelado. E tem aqueles casos em que eles fogem. Vamos cuidar, quem ama cuida”, acrescenta.

A respeito da importância do Abril Laranja, a professora afirma que a rotina de um animal em casa é realmente difícil, mas é preciso atenção dos tutores para que eles não sofram dentro dos lares. “[se for preciso] coloque uma corda longa. Não esqueça de colocar uma água. Se o cachorro não comeu o resto da comida, joga fora, pois vai azedar. Tome conta, traga-o para o convívio da família, você não pega um cachorro para deixá-lo abandonado no quintal. Conviva com ele, que ele vai melhorar se ele estiver pulando, estragando alguma coisa. No seu convívio ele vai melhorar”, orienta.

O fato de ser voluntária e ajudar a engajar a campanha de cuidados aos animais leva à Beth um sentimento de gratidão. “É o que faz com que você realize trabalhos voluntários, deixamos de pensar no que não temos e começamos a pensar no quanto temos e o que podemos fazer. Em qualquer causa, eu estou nesta causa animal”, finaliza.

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