Lucas Calore

Kátia Curado, profissional da Vigilância Epidemiológica, em entrevista à Rádio Excelsior JP
Kátia Curado, profissional da Vigilância Epidemiológica, em entrevista à Rádio Excelsior JP

O avanço das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti – dengue, febre chikungunya e zika vírus – tem deixado todo o setor de saúde do município de Rio Claro em estado de alerta.

Kátia Curado, coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, da Vigilância Epidemiológica da cidade, participou do Jornal da Manhã, da Rádio Excelsior Jovem Pan News, nessa quarta-feira (24) e tirou algumas dúvidas sobre o assunto.

Casos

De acordo com a coordenadora, há 23 casos de dengue registrados em 2016 na cidade até o momento. Casos de zika vírus estão sendo apurados ainda, pois há a necessidade do acompanhamento do resultado dos exames.

Já, sobre a febre chikungunya, houve relatos de munícipes que estiveram em outros estados e voltaram para Rio Claro com sintomas da doença, que também já estão sendo monitorados. Os exames estão sendo feitos em laboratórios de referência, então o prazo para a entrega dos resultados demora um pouco mais.

Sintomas

Kátia alertou para os sintomas mais comuns dessas doenças. Na dengue, há febre muito alta por vários dias, dores musculares pelo corpo, náusea e manchas avermelhadas na fase final. “O quadro de dor é muito intenso e associado à febre. A pessoa deve se hidratar muito”, afirma.

No caso da febre chikungunya, além da própria febre, a dor concentra-se em articulações, como pulsos e joelhos, parecida com artrose. Há, às vezes, a necessidade de técnicas de fisioterapia para a melhor recuperação do paciente. “O portador não deve fazer uso de remédios, como anti-inflamatórios”, alerta a profissional.

Já em relação ao zika vírus, a coordenadora afirmou que manchas no corpo são muito comuns, mas não há febre muito alta, inclusive pode até nem aparecer. Uma inflamação específica na região dos olhos pode aparecer, além de um mal-estar em geral no corpo, durante quatro a cinco dias.

Há a possibilidade, ainda que mínima, de o zika se associar à Síndrome de Guillain-Barré, pela qual, além dos sintomas citados, o portador pode ter paralisia em membros do corpo, e, ainda, a microcefalia, relacionada às grávidas.

Combate

“O nosso combate é contra o Aedes aegypti”, alerta Kátia. A profissional lembra que o mosquito também transmite a febre amarela. “Qualquer doença que ele transmitir é perigosa. Todos nós devemos ser agentes de saúde”, alerta. Para conferir o áudio da entrevista na íntegra, basta clicar no player abaixo.

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