Antonio Archangelo/Coluna PolítiKa

A eleição da Mesa Diretora da Câmara Federal para o biênio 2015/2016, além de evidenciar o enfraquecimento do PT, também recoloca São Paulo em destaque na Casa.

O estado que “rejeitou” a reeleição da presidente Dilma Rousseff, no ano passado, terá cinco deputados na Mesa Diretora, incluindo três suplentes, são eles: o 1º-secretário Beto Mansur (PRB), a 3ª-secretária Mara Gabrilli (PSDB) e os suplentes: Gilberto Nascimento (PSC), Luiza Erundina (PSB) e Ricardo Izar (PSD). A Câmara será presidida pelo deputado Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro.

De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara Federal, no biênio 2013/2014, nenhum deputado paulista ocupou funções na Mesa Diretora e no biênio 2011/2012 apenas um deputado paulista ocupou posto na Mesa: o 2º-secretário Jorge Tadeu Mudalen, do DEM. A discussão agora ficará para a composição das comissões permanentes da Câmara Federal.

Neste ano, o bloco formado pelo PMDB e mais 13 partidos terá direito a escolher nove comissões e é o primeiro a fazer a escolha. O bloco formado pelo PT, PSD, PR, PROS e PCdoB terá direito a sete comissões. O PDT aderiu a esse bloco, após o prazo regimental para o cálculo da divisão das comissões. Portanto, será considerado como um partido isolado, tendo direito a uma comissão.

Já o menor dos blocos formados nesta legislatura, com PSDB, PSB, PPS e PV, terá cinco comissões. Existem atualmente 22 comissões técnicas na Casa, elas são responsáveis por analisar as propostas e votar pela aprovação ou rejeição.

Tradicionalmente a primeira a ser escolhida é a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, seguida pela Comissão de Finanças e Tributação; as duas têm o poder de arquivar as propostas em caso de desacordo com a Constituição ou com o Orçamento.

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