Wagner Gonçalves

Fiéis reuniram-se durante todo o dia da última sexta-feira (13) para celebrar a data de Santo Antônio. Na Vila Paulista houve uma programação especial, com direito a fogos, bênção dos pães e missa.

A comemoração começou bem cedo, logo às 6h, com queima de fogos próximo à capela do padroeiro do bairro. De acordo com o vice-coordenador geral da paróquia, Cláudio Cardoso, o Claudinho, o evento denominado Alvorada é uma tradição que se repete todos os anos e reúne pessoas de dentro e fora do bairro. A capela seria aberta logo às 8h, mas foi preciso uma hora antes: “Logo que voltei para a Igreja já havia pessoas esperando para fazer suas orações”, disse Claudinho.

Foi dada a bênção do bolo às 9h e, em outros dois horários, para os pães: ao meio-dia e às 15h. “Santo Antônio é muito famoso pela força de evangelização, mas principalmente por se preocupar com a partilha do pão”, contou padre Bogaz sobre o padroeiro que tinha o propósito de, em seu convento, ninguém passar sem receber ao menos um pão para saciar a fome. Por isso, a tradição de se levar o pão abençoado para casa, para que nunca falte o alimento.

Mas ele também é muito lembrado como o santo casamenteiro. “Por isso muitos jovens vêm até a capela para fazer as orações”, disse o padre.

A programação seguiu durante todo o dia e, na celebração solene, houve procissão com a imagem no bairro e encerramento com missa campal, em frente à capela, e quermesses.

Histórias de Devoção

Este é o primeiro ano que Gustavo de Assis e Silva vem até a Paróquia de Santo Antônio, no dia do padroeiro. “Vim para pedir por minha mãe, pois ela sempre foi muito devota e visitava a capela de nossa cidade, em Sete Lagoas”, comentou relembrando com muito carinho da fé que sua mãe, falecida há dois anos, manteve.

Já uma paroquiana que mora no bairro há mais de 30 anos, e preferiu não se identificar, disse que todos os anos vem para agradecer o retorno do filho que havia saído de casa, ainda adolescente. Ao lado da filha, emocionada, ela conta: “já vinha pedindo a graça durante bom tempo e, no dia de Santo Antônio, quando a procissão passava próximo à minha casa, ele voltou”.

Muitas são as graças testemunhadas pelos devotos que vêm agradecer ao santo. Uma devoção que passa de pais para filhos, conforme conta Maria Teresa Christofoletti que, mesmo participando da Igreja do Bom Jesus, seguiu o exemplo da mãe em orar ao santo e passou a vir todos anos à capela. “Sempre venho agradecer pela minha vida e levo o pão abençoado para minha família”, contou.