Capivaras são os principais hospedeiros do carrapato-estrela que transmite a febre maculosa

Ednéia Silva

Capivaras são os principais hospedeiros do carrapato-estrela que transmite a febre maculosa
Capivaras são os principais hospedeiros do carrapato-estrela que transmite a febre maculosa

O município de Santa Gertrudes confirmou nesta semana o primeiro caso de febre maculosa na cidade. A doença é transmitida pelo carrapato-estrela, que tem como principal hospedeiro a capivara. Com isso, os municípios intensificaram ações para prevenir a doença. Em Rio Claro, a Vigilância Epidemiológica informou que não há registro de casos até o momento.

A VE também informou que Rio Claro não registrou casos positivos de febre maculosa no ano passado. Mas essa não foi a realidade em 2014. Naquele ano, o município registrou dois óbitos decorrentes da doença. Além disso, exames feitos pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) encontraram a bactéria causadora da febre maculosa em duas capivaras que viviam no interior da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena).

Diante disso, a administração da Feena passou a alertar os frequentadores para que evitassem as áreas de circulação desses animais. A prefeitura também emitiu comunicado para as escolas, informando sobre o risco de febre maculosa na floresta.

De acordo com os dados divulgados pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, de 2007 a 2015, Rio Claro registrou apenas um caso de febre maculosa em 2014. No mesmo período, Piracicaba teve 44, Limeira 10, Cordeirópolis 5 e Santa Gertrudes 1. Os dados são provisórios com informações repassadas pelos municípios até 21 de setembro de 2015. A Vigilância Epidemiológica de Piracicaba confirmou nesta semana que a cidade registrou cinco casos de febre maculosa em 2015 e quatro mortes, os mesmos números de 2014.

Solange Mascherpe, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Rio Claro, explica que a combinação de chuva e calor é ideal para a proliferação do carrapato-estrela. Portanto, estamos em período de risco de transmissão da doença. Segundo ela, qualquer área com mato e bichos oferece risco.

Por isso, quem for pescar em sítios e chácaras deve fazer buscas no corpo a cada quatro horas. Solange esclarece que esse é o tempo necessário para que o carrapato transmita a bactéria. Para repelir o aracnídeo, ela recomenda o uso de repelentes. Além disso, as pessoas devem se proteger com camisas de manga longa, calça comprida, meias sobre a calça e botas.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.