Com a proposta de promover a interação e atividades de estimulação cognitiva e motora entre os seus idosos, o Abrigo São Vicente de Paulo idealizou o projeto ‘Horta Solidária’, sendo uma iniciativa do padre Almarinho Vicente Lazzari e da voluntária Maria Rosa Pereira de Lima.

A rotina dos moradores ganhou mais cor, sabor e contato com a natureza. Todos os dias, em esquema de revezamento, eles ajudam no cultivo de legumes e verduras. A ideia inicial era ter produtos para o consumo interno, mas a proposta cresceu e hoje atende até a comunidade.

“Têm alface, rúcula, cebolinha, coentro, couve, chuchu, cenoura, abobrinha, mandioca e muito mais. Tudo produzido com qualidade e sem agrotóxicos. Nossos idosos têm, ainda mais, uma alimentação saudável”, comenta o coordenador administrativo Felipe Egídio. A produção própria, inclusive, gera uma economia semanal de R$ 800,00 à instituição.

Também, colaboram com os trabalhos da horta pessoas que cumprem penas alternativas. E quem quiser adquirir os produtos, é só entrar em contato com o Abrigo São Vicente e participar da ‘feirinha’.

“Às terças, quintas e sábados, das 7h às 11h, montamos uma banca na frente da nossa recepção com os produtos para que a comunidade possa adquiri-los no sistema ‘pegue e pague’”, conclui Egídio.

Para que este projeto fosse viabilizado, houve o apoio incondicional de voluntários que não pouparam esforços para roçar canteiros, fornecer adubos, sementes e mudas para o plantio.

Trabalho na horta é ‘terapia’ ao ar livre

Floriano Carlos dos Santos, 65 anos, é morador do Abrigo São Vicente de Paulo e colabora com os trabalhos da horta todo os dias.

Conforme avalia, ajudar no plantio e colheita é uma atividade prazerosa que colabora com a instituição e o dia a dia dos idosos.

“Para mim, este trabalho é uma terapia. É importante para todos, principalmente para o abrigo. Imagina ficar nesta pandemia sem poder fazer nada? Aqui é a oportunidade que tenho para me distrair”, explica Santos.

A prioridade do projeto não é vender os produtos, e sim abastecer o abrigo. Mas, com tanta fartura, foi possível ampliar as ações. “Estou fazendo uma coisa boa. Gosto de ver o que planto crescer”, completa.

Pensando também nos idosos com mobilidade reduzida, foram criados canteiros suspensos, onde a atividade de plantação e colheita de verduras e legumes é exercida de igual forma.

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