Professores da rede pública municipal de Rio Claro e outros manifestantes se reúnem na manhã deste Sábado (28) para protestar contra a prefeitura. O motivo dos protestos é a divergência sobre o pagamento do piso salarial para os profissionais da educação.

Recentemente também foi publicada uma carta aberta à população. Nela estão explicados os questionamento dos manifestantes e a indignação com a prefeitura. Confira trecho do documento abaixo:

“Nós, professores e professoras da rede municipal de Rio Claro, nos dirigimos por meio desta carta a toda a população, principalmente aos familiares de crianças, adolescentes e adultos que frequentam nossas escolas municipais. Compartilhamos aqui nossa indignação coletiva que é o resultado de nossa condição de trabalho somada ao recente ataque à categoria de professores, que teve negada a aplicação da Lei do Piso do magistério em Rio Claro. Com a justificativa de que haveria impacto financeiro negativo no município, por meio de decreto e de forma totalmente arbitrária, o Prefeito Perissinoto atacou o plano de carreira dos professores, concedendo um abono salarial temporário e apenas para uma pequena parcela de professores. ABONO NÃO É PISO!”

O protesto teve início no Jardim Público, próximo ao Paço Municipal, e segue pelas ruas da região Central.

Entenda

Recentemente, a Prefeitura de Rio Claro decidiu pelo pagamento de um abono salarial para cerca de 250 professores de forma a tentar cumprir a emenda constitucional que determina o novo valor do piso salarial nacional do magistério. A medida – chamada de manobra pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Rio Claro – foi anunciada no último dia 20 pelo Poder Executivo em reunião entre a secretária de Educação, Valéria Velis, e os vereadores da Câmara Municipal. Horas depois, o Diário Oficial do Município trouxe o Decreto nº 12.583, que aplica o abono.

De acordo com a titular do ensino público municipal, esta é uma medida encontrada pela Secretaria Municipal de Justiça àqueles educadores que atualmente não ganham o valor de pouco mais de R$ 3,8 mil, valor do novo piso estipulado pelo Governo Federal. Recheada de críticas, a reunião registrou inclusive bate-boca. Os vereadores presentes se disseram surpresos com opção por decreto assinado pelo prefeito Gustavo Perissinotto (PSD).

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