Professor foi agredido dentro da Escola Estadual "Prof. João Baptista Negrão"

Ednéia Silva

Professor foi agredido dentro da Escola Estadual "Prof. João Baptista Negrão"
Professor foi agredido dentro da Escola Estadual “Prof. João Baptista Negrão”

Um professor da rede estadual de ensino foi agredido dentro da Escola Estadual “Prof. João Baptista Negrão”, no Jardim Guanabara II, nessa terça-feira (5). Walter teve o nariz quebrado ao ser atingido por uma pedra disparada por um aluno de 14 anos. Segundo o professor, essa não foi a primeira vez que o estudante causou problemas na escola.

Ele conta que estava iniciando a terceira aula quando percebeu uma conversa paralela do aluno com os outros estudantes. O garoto falava sobre armas de fogo, assaltos, drogas etc. Diante disso, o professor pediu que ele se retirasse da sala de aula. A saída do aluno foi acompanhada pela coordenadora pedagógica da escola.

Segundo Walter, quando o adolescente retornou à sala de aula para pegar seu material escolar, ele fez ameaças verbais ao professor e tentou agredi-lo com uma cadeira. O professor resolveu ir até a secretaria para chamar a polícia. O aluno saiu da escola e voltou com um pedaço de “tartaruga” da via que atirou contra a cabeça do professor. Ao perceber o gesto, Walter tentou se defender, a pedra bateu em sua mão e acertou seu nariz.

Ele foi levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e a Santa Casa onde recebeu atendimento médico e foi constatada a fratura do nariz. O professor vai ficar sete dias afastado para se recuperar da lesão, mas teme voltar para a escola depois da licença por falta de segurança. “Não sei se vou ter coragem de voltar, a gente trabalha com medo”, disse.

Ele contou que estava em greve até a semana passada, mas retornou ao trabalho depois que teve o salário cortado. O professor comenta que a violência na escola é um dos itens incluídos na pauta de reivindicação dos professores, que estão em greve desde o dia 13 de março.

O aluno fugiu da escola antes da polícia chegar. O professor registrou boletim de ocorrência na delegacia. Procurada, a Secretaria de Educação do Estado não deu retorno até o fechamento desta edição.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.