Prefeitura afirma que o Lago Azul, onde fica a sede da Vigilância Patrimonial, conta com serviço de vigilância 24 horas

Sidney Navas

Vigilantes patrimoniais (VPs) procuraram a Redação do JC informando que a falta do pagamento das horas extras é apontada como uma das causas da ‘suposta fragilidade na segurança’ em muitos prédios públicos, principalmente nas escolas da cidade.

Os vigilantes ouvidos pela reportagem observam também que, além do mais, outro transtorno enfrentado pela categoria é a falta do pagamento de periculosidade. Eles lembram que correm risco durante o exercício da função e, portanto, teriam sim direito a esse benefício. Nem todos quiseram se identificar, alegando temer represálias e acreditam que esse cenário irá proporcionar uma onda de furtos em RC.

Aqueles que revelam seus nomes afirmam que a situação é muito mais delicada do que aquela apresentada pelo Poder Executivo, via assessoria de imprensa. Adilson Ramos, por exemplo, conta que apenas dois ou três prédios públicos têm a presença garantida dos vigilantes patrimoniais 24 horas por dia.

Ele, que é vigilante há mais de quatro anos, explica que tal situação compromete a segurança e quem sofre com isso é a população. A vigilante Carolina Crepaldi também dá a mesma versão. “A grande maioria dos VPs trabalha só durante o dia. O problema é à noite, haja vista que esses locais ficam sem qualquer proteção”, completa.

A Prefeitura Municipal volta a rechaçar todas as críticas e assegura que as escolas onde não há a presença dos vigilantes patrimoniais possuem um sistema de alarme. No que diz respeito ao corte no pagamento das horas extras, o Poder Executivo lembra que isso afetou todos os setores da administração municipal e que tal medida se faz necessária para assegurar o pagamento dos salários dos servidores, a manutenção dos empregos e a normalidade dos serviços públicos, e que, portanto, a suspensão desses pagamentos não implica a não realização dos serviços.

Em relação à queixa relativa à falta de pagamento de periculosidade, o Poder Executivo frisa que essa questão está “sub judice”, motivo pelo qual aguarda as decisões judiciais para seu posterior cumprimento. Há menos de um mês, o Centro de Habilitação Princesa Victória, que não teria vigilantes, foi furtado duas vezes, trazendo inúmeros prejuízos à manutenção dos serviços por ele prestados.

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