Fabíola Cunha

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Em entrevista à Rádio Excelsior Jovem Pan na última semana, o prefeito de Santa Gertrudes, Rogério Pascon, falou sobre o momento difícil vivido pelos municípios da região em relação à distribuição de água. Otimista, o prefeito disse que Santa será o último município a faltar água e reiterou pedido de ajuda à população: “A expectativa é que a população nos ajude, vamos fazer campanha forte em fevereiro, porque é preciso economizar hoje para passar o ano, vai ser difícil, estamos vendo os nossos vizinhos Cordeirópolis e Araras passando dificuldade”, analisa Pascon.

Além de reforçar que a cidade deve aplicar multa para quem desperdiçar água, o prefeito lembrou que muitos outros municípios do Sudeste já adotaram essa alternativa de forçar a redução com multas e proibição, o que acaba reduzindo a força da construção civil, diminuindo o consumo de material e atingindo por consequência o Polo Cerâmico de Santa Gertrudes: “Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os maiores consumidores de pisos cerâmicos e algumas cidades já proibiram a construção civil… isso pode afetar seriamente a maior atividade econômica da cidade”, avalia.

A Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (Aspacer), que representa 32 empresas do ramo – 23 apenas no Polo Cerâmico de Santa Gertrudes – informou, por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, que “neste momento, o setor cerâmico não corre o risco de sofrer impactos com relação à crise hídrica que atinge a Região Sudeste”. Entre moagem de argila, granulação da massa e esmaltação, as empresas de São Paulo consomem juntas entre 80 e 100 m³ de água/hora para produzir 60 milhões de m² de revestimentos por mês. Procurado, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Cerâmicas, da Construção e Mobiliário de Limeira e região (Siticecom) não respondeu às perguntas.

 

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