Antonio Archangelo/Coluna PolítiKa
A investigação do suposto pedágio na Assembleia de São Paulo não inclui nome de parlamentares. Em ofício encaminhado em 4 de dezembro, o sub-procurador-geral de Justiça, Arnaldo Hossepian Júnior, descartou envolvimento de nomes de deputados estaduais na investigação, quantia esta que seria ‘paga’ por servidores daquele legislativo e repassadas a deputados, conforme publicaram jornais de São Paulo
No documento, Hossepian diz que, “na apuração que tramita junto à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público da Capital, não há qualquer registro de envolvimento de parlamentar dessa Casa nos fatos objeto da investigação”, afirma.
A manifestação aconteceu após pedido do deputado Samuel Moreira, presidente da Assembleia, solicitando cópias do processo “objeto de matéria jornalística em o Estado de S.Paulo na data de 24/11/14, pg. A7, narrando eventuais fatos praticados por servidores desta Assembleia Legislativa, a fim de oportunamente serem tomadas as medidas administrativas pertinentes”.
Testemunha do pedágio
Na supracitada reportagem, a investigação – que tramita em sigilo processual – é baseada no depoimento de uma suposta testemunha que trabalhou na atual legislatura. Segundo ela, os funcionários do Legislativo paulista eram obrigados a devolver uma parte de seus salários mensais aos deputados.
De acordo com o relato, os agentes de segurança da Assembleia Legislativa entregavam, em dinheiro, parte de seus vencimentos para Alessandra Crusco, então servidora do Departamento de Serviços Gerais, que repassava as quantias para o funcionário comissionado André Pinto Nogueira. Na matéria, a testemunha disse que Nogueira alegava que o “repasse” era destinado aos deputados estaduais Aldo Demarchi (DEM) e Edmir Chedid (DEM).
A assessoria do Ministério Público informou à Coluna que o processo está correndo em sigilo e não poderia dar maiores detalhes. A assessoria do deputado Aldo Demarchi diz que aguarda pelo desfecho do caso. Já assessoria de Chedid não retornou aos contatos.
