Favari Filho

A Saúde Pública caminha com a lentidão promovida pela falta de recursos de todas as esferas governamentais. As grandes cidades sentem o descaso das autoridades com o assunto e, nos municípios de médio e pequeno porte, os moradores sofrem com a falta de suprimentos básicos que não chegam às farmácias populares. Uma paciente de 79 anos esteve na última quarta-feira (9) no PA do Cervezão, onde, segundo relatos de familiares, foi internada para realizar exames e tomar medicamentos, contudo, ainda de acordo com parentes, a idosa foi liberada à noite sem tomar nenhum remédio porque o hospital não tinha a substância para o seu problema, ou seja, infecção na urina.

Outro relato publicado em uma rede social e informado ao JC dizia que uma pessoa internada havia três dias no PSMI da Santa Casa ainda não tinha conseguido vaga na UTI devido, de acordo com a publicação, à Irmandade ter supostamente fechado leitos de internação para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) por falta de pagamento da prefeitura fato que, inclusive, é alvo de ação civil pública. Em contato com a assessoria da Santa Casa, o JC foi informado de que, no que diz respeito ao repasse da verba, a entidade aguarda o resultado da ação e que, até a decisão final, o hospital continua atendendo e estudando medidas para permanecer acolhendo normalmente os pacientes.

REPASSE

Acerca dos repasses do município para a Santa Casa de Misericórdia, a prefeitura de Rio Claro confirmou, através da assessoria, que há um saldo a ser pago para a Irmandade e esclareceu que o “dispositivo da lei estabelece que o repasse seja feito de acordo com a disponibilidade de caixa do município”. Recentemente, o provedor do hospital, professor José Carlos Cardoso, apresentou à sociedade rio-clarense o Movimento Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos no SUS [Sistema Único de Saúde], que visa chamar a atenção da população e das autoridades para a situação precária da Saúde em todo o Brasil e, em especial, na Cidade Azul.

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