Amanda Estafany Mariano, de 15 anos, cortou e entregou seu cabelo ao Grupo de Apoio à Criança com Câncer de Rio Claro

Laura Tesseti

Olhar para o próximo e respeitar o que cada um passa é, além de humano, uma atitude louvável nos dias de hoje, quando a maioria das pessoas está atarefada com a correria do dia a dia, com problemas do trabalho, cuidando da família, dos filhos, da casa, dos estudos.

E uma causa muito nobre, como a confecção de perucas para crianças, jovens e adultos com câncer, mexeu com o coração de Amanda Estafany Mariano, de apenas 15 anos. Com o cabelo comprido há vários anos, a estudante optou por cortá-lo e entregá-lo para a confecção de perucas.

“Cortei e entreguei meu cabelo no dia 12 de dezembro, fiz isso pois quero ver as crianças felizes, acredito que é uma boa maneira de ajudar”, conta a jovem.

Amanda entregou o cabelo no GACC – Grupo de Apoio à Criança com Câncer de Rio Claro, localizado na Avenida P-17, 253, na Vila Paulista. Outro ponto de coleta na cidade é na Rede Rioclarense de Combate ao Câncer “Carmem Prudente”, na Rua 1, 464, no Centro, segundo Luciana Sartori, voluntária do Grupo Mais Vida, também de Rio Claro, que confecciona as perucas.

Amanda Estafany Mariano, de 15 anos, cortou e entregou seu cabelo ao Grupo de Apoio à Criança com Câncer de Rio Claro
Amanda Estafany Mariano, de 15 anos, cortou e entregou seu cabelo ao Grupo de Apoio à Criança com Câncer de Rio Claro

“O grupo queria desenvolver um trabalho com perucas, para poder ajudar quem enfrenta o câncer, nos unimos ao GACC e à Rede do Câncer, pois sabemos que são instituições que dão todo respaldo necessários aos cadastrados, então fomos nos informar sobre o assunto”, conta Luciana.

Três voluntárias, do Grupo Mais Vida e da Rede do Câncer, participaram de cursos, nos quais aprenderam sobre a arte da confecção das perucas. “É um trabalho bastante delicado, as perucas são tecidas em uma máquina de costuma industrial, é preciso muito cuidado no manuseio”, conta a voluntária.

Luciana fala sobre as condições para a doação do cabelo. “É ideal que ele esteja lavado e seco, amarrado e que tenha no mínimo 20 cm de comprimento. É preciso que seja cabelo natural, não pode ser sintético. Mesmo quem tenha o cabelo pintado ou com algum tipo de química, não tem problema, pois manuseamos o cabelo de diversas formas e, após pronta a peruca, deixamos para quem vai usar da forma que preferir.”

O projeto de confeccionar perucas vai muito além do ato. O significado para quem usa é inimaginável. “Quando a pessoa se sente bem, ela tem mais coragem, mais autoestima para lutar, para não perder a força mesmo em momentos mais difíceis, e esse é nosso principal objetivo”, diz Luciana.

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