Consumidor deve fazer contas, eliminar os gastos supérfluos, para equilibrar o orçamento (foto Agência Brasil)

Ednéia Silva

O ano novo está chegando e a proximidade da data não é motivo apenas de festa. Além das celebrações, é preciso também se preparar para as contas de janeiro. Matrículas e material escolar, IPTU, IPVA e seguro obrigatório são alguns dos débitos que se somam aos gastos do fim do ano. O resultado disso é um pacotão de contas que precisa de muito planejamento para que o consumidor não comece o ano com o orçamento no vermelho.

As palavras de ordem para quem não quiser enfrentar sufoco no início de 2016 são planejamento de contas, renegociação de dívidas, pesquisa de preços e contensão de gastos. Os especialistas recomendam cautela nos gastos para evitar o endividamento.

No caso dos tributos e contas é bom aproveitar os descontos oferecidos para pagamento à vista. O IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), por exemplo, geralmente tem isenção de 10% na cota única. O IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) pode ser pago em cota única no mês de janeiro, com desconto de 3%, ou parcelado em três vezes (nos meses de janeiro, fevereiro e março), de acordo com o final da placa do veículo. Também é possível quitar o imposto no mês de fevereiro, sem desconto.

Consumidor deve fazer contas, eliminar os gastos supérfluos, para equilibrar o orçamento (foto Agência Brasil)
Consumidor deve fazer contas, eliminar os gastos supérfluos, para equilibrar o orçamento (foto Agência Brasil)

O economista Leo Renato Carrille explica que o ideal é que o consumidor gaste dentro do orçamento. A dica é calcular os rendimentos que terá e não gastar além desse valor. Infelizmente, a maioria das pessoas não faz esse tipo de planejamento e precisa driblar as dificuldades quando a situação se apresenta.

Carrille prevê um cenário econômico ruim em 2016, pior do que em 2015, com alta do desemprego cuja taxa hoje supera os 9%. Segundo ele, quem não conseguir economizar e manter o emprego enfrentará uma situação muito difícil. O economista lembra que em janeiro o desemprego tende a aumentar por causa da demissão dos funcionários temporários contratados no final do ano. Além disso, comenta, a redução nas vendas também acarreta em fechamento de vagas.

Além das contas, janeiro também é mês das liquidações no varejo. As promoções podem ser tentadoras, mas o consumidor deve evitar as compras por impulso para não descontrolar o orçamento. É preciso lembrar-se das contas fixas do início do ano e também das despesas com as festas de fim de ano, principalmente para quem pagou as compras no cartão de crédito. Em caso de parcelamento, a recomendação dos especialistas é ficar de olho nos juros embutidos nas parcelas.

A dica da Serasa Experian é analisar tudo com calma. “Antes de se deixar seduzir pelas ofertas, o cidadão deve priorizar o pagamento das dívidas assumidas no ano passado e saber se há folga no orçamento para fazer novas compras. Para isso, é necessário fazer as contas e relacionar as dívidas que já carrega para 2016”, orienta. Para obter mais informações sobre educação financeira, o consumidor pode consultar o site www.serasaconsumidor.com.br.

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