Há um ano uma família de Ipeúna convive com a dor de perda pela violência e à espera por justiça. No dia 14 de junho de 2019, Paulo Guilherme Antonio foi assassinado a tiros durante uma festa junina na Escola Estadual Professor Marcelo de Mesquita.

“É muito difícil saber que um crime como este aconteceu e que o autor segue levando uma vida normal, solto aqui pela cidade, sem pagar pela morte do meu filho. O assassino destruiu uma família inteira e ainda deixou uma criança crescer sem saber o que é a figura de um pai”, afirma Luciana Amaral, mãe da vítima.

Ela resolveu quebrar o silêncio em razão da demora no processo: “Contratamos um advogado para cuidar do caso e sempre que o cobramos sobre o andamento a informação que temos é que a culpa é da delegacia, que está empurrando”, relata Luciana.

Paulo participava da festa junina que acontecia na escola. De acordo com o relato da família, que também estava no local, em determinado momento ele se envolveu em uma discussão. “Esse jovem já chegou caçando confusão com o meu filho. Nesta primeira vez todo mundo apartou. A festa seguiu e um pouco mais tarde esse mesmo jovem voltou a provocar meu filho que revidou e bateu nele. Após apanhar ele foi embora e pouco tempo depois voltou junto com o padrasto dele. O padrasto pediu pra ele provocar meu filho de novo e infelizmente o Paulo caiu na cilada. Os dois voltaram a brigar e foi aí que o padrasto sacou uma arma e deu dois tiros no meu filho. Na sequência ambos fugiram em um veículo que foi conduzido por uma terceira pessoa que já aguardava do lado de fora da escola. Está na cara que foi um crime premeditado. Ele já foi lá para matar”, diz Luciana.

Três dias depois do crime, o autor do homicídio se entregou na Polícia Civil e confessou que cometeu o crime para proteger o filho. A arma do crime não foi apresentada. Ele foi indiciado e desde então responde em liberdade.

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