A prefeitura de Rio Claro já tem destinação para o prédio onde funciona a Fundação Municipal Ulysses Guimarães

Carine Corrêa

O prefeito João Teixeira Júnior, Juninho da Padaria (DEM), anunciou nessa sexta (17) que irá transformar o prédio no NAM, onde funciona a Fundação Ulysses Guimarães, em uma creche municipal, “caso o projeto de extinção entidade, em tramitação na Câmara, seja aprovado pelos vereadores”, disse a assessoria do prefeito. O projeto deu entrada na Casa na sessão de segunda (13).

O anúncio oficial da extinção da Fundação “Ulysses Silveira Guimarães” foi feito no dia 24 de janeiro, um dia depois que o democrata desmembrou a Secretaria Municipal de Finanças e Administração em duas pastas. A justificativa foi a redução de gastos para a máquina pública.

Autoridades do município manifestaram na ocasião serem contrárias à medida anunciada. Ex-membro da presidência do Conselho da Fundação Ulysses, onde atuou sem remuneração, Lincoln Magalhães explica que a entidade poderia angariar recursos para Rio Claro: “É um artifício para que o governo municipal possa buscar recursos, sem contar que Ulysses Guimarães foi a autoridade mais importante da política moderna e deve ser considerado um privilégio que ele seja rio-clarense. Quanto à iniciativa de transformá-la em creche, é uma medida louvável, já que a figura de Ulysses é notavelmente destaque na história do país”, salientou Lincoln.

Aldo se posiciona contrário à extinção da Fundação antes do anúncio da creche: “Sou contra, pois entendo que o problema não está na existência da Fundação, mas no modelo adotado. Talvez uma alternativa fosse manter a Fundação com outro formato. Sem cargos remunerados e uma estrutura que permitisse captar recursos públicos e privados para custear diversos projetos”, frisou.

Ex-prefeito Nevoeiro Jr. também foi contrário à extinção da Fundação: “Ao final de meu último mandato, Michel Temer até então presidente da Câmara dos Deputados, e hoje presidente da República, manifestou sua absoluta disposição em alocar recursos do governo federal para projetos desta fundação”, comentou.

Ex-superintendente do Arquivo: “Penso sempre que uma instituição merece respeito. Quando se produz, a instituição ajuda a cidade. Acredito que poderia fazer mais do que fez, para isso precisaria ter outra estrutura, mais enxuta e com servidores capacitados para o trabalho. Toda instituição precisa ir se rearranjando ao longo de sua vida. Para cumprir sua missão, precisaria ser revista em sua estrutura”, disse Maria Teresa de Arruda Campos.

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