As eleições de 2022 estão cada vez mais próximas, a disseminação de fake news contra o processo eleitoral e a democracia aumentam. Nas últimas semanas, diversas informações falsas sobre as urnas e as votações ganharam ainda mais espaço nas redes sociais.

Dentre estas fake news, algumas mais divulgadas são: cancelamento de títulos de pessoas acima dos 70 anos; anulação de “voto parcial”; impedimento de votar sem biometria e outros diversos ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. Ao JC, o chefe do cartório eleitoral da 110ª ZE, Guilherme Taufic, falou sobre as notícias falsas envolvendo as eleições.

“As fake news mais disseminadas recentemente foram sobre o falso cancelamento de títulos de eleitor de pessoas com mais de 70 anos, acerca da inverídica anulação de todos os votos na hipótese de votação parcial e a respeito do infundado impedimento de votar nas eleições de 2022 dos eleitores sem biometria, entre outras. Também são recorrentes fake news contra as urnas eletrônicas, a Justiça Eleitoral e o sistema eletrônico de votação e apuração. Por exemplo, a falsa existência de uma ‘sala secreta escura’ no TSE para apuração dos votos, já que este local não existe e a totalização é feita em local público, aberto a todos. Além disso, pode ser feita auditoria por qualquer cidadão, a partir da soma dos votos dos boletins de urnas impressos pelas urnas, disponibilizados também no site da Justiça Eleitoral. É fundamental que as pessoas tenham alguns cuidados e confiram se as mensagens, áudios e vídeos das redes sociais são verdadeiros antes de compartilhar. Na dúvida, é melhor não compartilhar”, comentou Taufic.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) garante que estas informações não procedem e também disponibiliza vários meios para que os eleitores possam se informar corretamente sobre o processo eleitoral. O chefe da 110ª ZE também sugeriu algumas opções de sites e fontes para que os eleitores possam se informar corretamente sobre o processo eleitoral.

As principais agências de checagem de informações, cujos sites podem ser acessados para verificar se uma notícia é falsa, são AFP, Agência Lupa, Aos Fatos, Boatos.org, Comprova, E-Farsas, Estadão Verifica, Fato ou Fake, e UOL Confere. O eleitor pode, ainda, conferir a veracidade de uma informação na página Fato ou Boato, no site do TSE.

“No canal do YouTube da Justiça Eleitoral há também vídeos de esclarecimento sobre as fake news mais disseminadas. Os cartórios eleitorais estão à disposição dos eleitores para esclarecimento de quaisquer dúvidas sobre notícias falsas a respeito do processo eleitoral”, completou Guilherme Taufic.

Combate às fake news

O TSE vem, desde 2018, desmentindo notícias falsas que surgiram durante a campanha daquele ano. Na ocasião, o Tribunal montou uma página de esclarecimentos para checar, em tempo real, as principais fake news que circulavam pelas redes sociais e confundiam os eleitores. Com foco nas Eleições 2022, a parceria entre o Tribunal e profissionais da imprensa que atuam para desmentir boatos sobre o processo eleitoral foi renovada e faz parte do Programa de Enfrentamento à Desinformação.

Segurança das urnas

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) finalizou, na sexta-feira (13), o Teste de Confirmação da 6ª edição do Teste Público de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação (TPS). O processo de testagem não apontou falhas de segurança nas urnas eletrônicas.

Dicas para identificar notícias falsas e não compartilhar fake news

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Checagem

O TSE disponibiliza em seu site a página Fato ou Boato, que esclarece várias dúvidas e fake news sobre o processo eleitoral. Acesse o site https://www.justicaeleitoral.jus.br/fato-ou-boato e se informe corretamente.

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