Carine Corrêa
Assim como em Limeira, a projeção é que a epidemia em Rio Claro atinja seu pico nos meses de março e abril. Na cidade vizinha, a previsão feita pelo secretário de Saúde Luiz Antonio da Silva é que nestes meses o número de infectados ultrapasse a marca de 6 mil.
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Em Rio Claro, o secretário Municipal de Saúde Geraldo Oliveira Barbosa diz que o aumento está previsto pelo balanço da Vigilância Epidemiológica. “Assim como ocorreu nos anos de 2007 e 2011, por exemplo, a doença deve ter seu pico nos meses de março e abril. A Fundação Municipal de Saúde está traçando estratégias já em mãos desta projeção”, reforça o secretário.
Estratégia adotada pelo governo municipal para conter o quadro epidêmico de dengue na cidade, o Centro de Triagem e Hidratação voltado à pessoas com sintomas ou exames positivos da doença foi inaugurado nessa terça-feira (03).
Até às 16h30 do dia da inauguração, a média de pacientes que passaram pelo centro foi estipulado em 220. A projeção feita pelo secretário Geraldo O. Barbosa, ainda calculou que até o final do dia o Centro de Triagem receberia por volta de 300 a 400 pessoas.
“O funcionamento do Centro se estenderá até quando estivermos enfrentando a epidemia e enquanto a procura de pacientes for alta nas unidades de saúde. A probabilidade é que permaneça aberto até o mês de abril ou maio”, ressalta o secretário da pasta. O objetivo, segundo ele, é desafogar os serviços de urgência, UPA e PA do Cervezão.
A UPA 24h que recebe em média 300 a 350 pessoas por dia, estava recebendo atualmente com o agravamento no número de casos de dengue no município cerca de 500 pacientes. Já no PA do Cervezão que realiza uma média de 450 a 500 atendimentos por dia, o número aumentou para mais de 700 consultas.
Existe culpado?
Em muitas discussões fica esta pergunta: afinal, a negligência da população com os cuidados necessários para se evitar a proliferação do mosquito é a verdadeira culpada? Ou é problema de gestão? Com base nesses questionamentos, o secretário Geraldo Oliveira explica que a maioria dos criadouros estão nos domicílios. “Há também espaços públicos e terrenos fechados, mas nesses casos em menor proporção”, salientou.
Por que Rio Claro?
Outra pergunta que circula entre os munícipes, é por que a cidade está com o quadro de epidemia, ao contrário de outros municípios. Nesta questão, o secretário esclarece que há aspectos cíclicos envolvidos, previstos no balanço da Vigilância Epidemiológica. “É estipulado que a cada quatro anos haja epidemia”, diz.
Experimento
Em Piracicaba, uma linhagem do mosquito Aedes Aegypti geneticamente modificada, que não pica nem transmite a dengue, será espalhada omo forma de combate à doença. O objetivo é a redução do número de mosquitos transmissores, já que as crias dos “transgênicos” não chegarão à fase adulta.
