Moradores do bairro Cidade Nova questionam segurança no entorno da ETA1. Prefeitura e autarquia promovem estudos (Foto aérea: Filippo Ferrari)

Lucas Calore

Durante a última semana, um rumor envolvendo a estrutura do Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae), em sua Estação de Tratamento localizada no bairro Cidade Nova, deixou a população daquela região em alerta.

Inundação?

Segundo consta da informação repassada por munícipes, um suposto problema poderia fazer com que os mecanismos se rompessem e ocasionassem uma grande inundação no bairro, podendo danificar as residências do seu entorno.

A vereadora Maria do Carmo Guilherme confirmou que há o conhecimento sobre a questão junto ao poder público. “A ETA 1 começou a ser construída em 1947 e nunca houve manutenção. Há um projeto de patologia do concreto orçado em milhões, mas a parte emergencial da estrutura está em R$ 750 mil”, detalha.

ESCLARECIMENTO

A reportagem do Jornal Cidade procurou o prefeito municipal João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, que comentou o caso. “Desde que assumiu a autarquia, o novo superintendente levou o problema, que é herdado de administrações passadas, para nosso conhecimento. Ele não omitiu e o assunto foi discutido em audiência pública com a Câmara Municipal. Não é novidade para ninguém como encontramos o Daae, então não iremos esconder essa dificuldade, assim como não escondemos problemas com a Saúde. O superintendente está levantando estudos e laudos. A questão é tratada como prioridade no Daae. Vamos dar total atenção. Não há riscos para os moradores daquela região nos próximos anos. De imediato, estamos tentando viabilizar o valor da obra emergencial, que pode vir como contrapartida.”, garantiu.

A autarquia, em nota, ressalva que por meio de empresa especializada fez inspeção em todas as instalações da ETA 1, constatando alguns problemas na estrutura dos reservatórios de floculação e decantação, os quais, no entanto, não provocam danos a nenhum imóvel do seu entorno. “O Daae esclarece também que o projeto de recuperação dos reservatórios já está pronto e que, até a execução da obra, são feitos monitoramentos para evitar possíveis problemas”, concluiu.

Rachaduras

Faz anos que a vizinhança da Avenida 6-A está preocupada. Residências daquela região enfrentam problemas com rachaduras há bastante tempo. A dona Lurdes Fuzaro começou a ter danos na estrutura da casa há cerca de 20 anos.

Pilares e paredes começaram a rachar e o risco era grande. Um acordo de indenização foi feito com o Daae, que pagou parte de uma das reformas. Recentemente, novas rachaduras apareceram na cozinha, quarto e sala. “Tivemos que fazer brocas, consertar paredes, trocar pisos”, diz.

Já na casa da vizinha Cleide Alberton o problema é mais recente. Há 10 meses que a estrutura rachou e a Defesa Civil de Rio Claro precisou ser acionada. “Percebemos que aconteceu depois de um tremor da turbina, durante a noite, que fez mexer a terra. Hoje convivemos com medo”, relata. Foi protocolado um pedido de atendimento para o Daae pela dona da residência, mas até o momento não houve nenhuma conversa oficial.

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