O Senai de Rio Claro recebe cerca de 4 mil matrículas anuais para cursos profissionalizantes de curta ou longa duração

Vivian Guilherme

O Senai de Rio Claro recebe cerca de 4 mil matrículas anuais para cursos profissionalizantes de curta ou longa duração
O Senai de Rio Claro recebe cerca de 4 mil matrículas anuais para cursos profissionalizantes de curta ou longa duração

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, confirmou que o governo não pretende recuar em relação às medidas de ajuste fiscal a serem enviadas ao Congresso Nacional. Dentre as medidas apresentadas está o remanejamento de verbas do Sistema S para cobrir o déficit da Previdência Social.

Com essa notícia, o Sistema S – que engloba serviços sociais e de aprendizagem de diversos setores da economia (como Sesc, Sesi, Senac e Senai) –, terá de ajustar os gastos nos próximos anos. A redução das receitas deve ser de 30%, além de outra medida que prevê o desconto no Imposto de Renda Pessoa Jurídica a empresas que investem em pesquisa e inovação passe a incidir sobre as contribuições do Sistema S.

O diretor regional do Senai-SP e superintendente do Sesi-SP, Walter Vicioni Gonçalves, lembra que há décadas o Sistema S vem lutando para melhorar os sistemas de educação básica no país. “Agora, medidas do governo ameaçam diminuir drasticamente os recursos disponíveis para os sistemas de educação direcionados à formação de trabalhadores e seus filhos”, comenta.

De acordo com Vicioni, uma das condições para o sucesso do Sesi e do Senai foi a fonte de recursos estável, por meio de uma contribuição estabelecida na Constituição Federal. “Com esses recursos, sempre foi possível matricular alunos em cursos de curta e de mais longa duração.”

Muito crítico em relação à medida, o diretor lembra que agora “é tempo de se ter consciência que destruir é fácil, mas reconstruir é extremamente difícil”.

SENAI

O diretor do Senai Rio Claro, Dejair Dejalma Poletto, diz que a redução vai atrapalhar os serviços. “Quando se cortam 30% do orçamento, algo vai ter que ser diminuído”, comenta Poletto, que lembra que algumas ofertas poderão ser prejudicadas. “É uma estratégia muito infeliz por parte do governo, eles estão no contrapé da educação”, comenta o diretor, que ressalta, sobretudo, o prejuízo ao ensino profissional.

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