Da Redação

Dentre tantas ramificações de conceitos e doutrinas espiritualistas, de forma geral, para a maior parte dos espíritas, não há rituais e nem regras obrigatórias sobre a comemoração do Natal. Dessa forma, cada um comemora do jeito que é acostumado, de acordo com sua cultura, costume familiar, vontade ou necessidade. Entretanto, no Brasil, como a maioria das pessoas comemora reunida com seus familiares, os espíritas também seguem a tradição.

Os espíritas, seguidores da doutrina de Allan Kardec, comemoram o Natal da mesma maneira que os católicos. Existe uma reunião familiar, em que todos trocam presentes e relembram o nascimento de Jesus. Essa doutrina kardecista segue o Evangelho cristão. Para eles, Jesus Cristo foi o maior espírito, o mais iluminado e o mais evoluído que veio para a Terra.

A doutrina kardecista prega que a morte foi somente para o corpo, que a alma ou espírito continua a viver e conviver com as pessoas, observando, como quando eram vivos, e cercando de solicitude aqueles que amaram. A bondade se estende, desta forma, aos que já não estão em forma corpórea na Terra.

Para a doutrina Racionalismo Cristão, como explica a integrante da diretoria da filial de Rio Claro, Valderez G. Marques, não é costume celebrar a data em si, o dia 25 de dezembro, devido a suas diversas ressignificações ao longo da história. “Em nossa concepção, vivemos o Natal todos os dias, quando procuramos seguir os exemplos deixados por Jesus”, comenta.

Entretanto, Valderez destaca que a data é encarada respeitando o livre arbítrio de cada um. Desta forma, as pessoas religiosas das mais diversas denominações cristãs, católicas, evangélicas ou espíritas, têm todo o direito de comemorar essa data como acharem mais conveniente ou até de nem a comemorar. “Assim, encaramos o Natal respeitando toda a humanidade em suas especificidades”, diz.

Valderez comenta ainda que Jesus, o Cristo, foi um grande espírito que passou pelo planeta Terra e é um exemplo de ‘perfeição’ moral e ética que deve ser seguido pela humanidade. “O Racionalismo Cristão valoriza o pensamento, a vontade, a disciplina, o trabalho e a moral. Combate qualquer tipo de discriminação”, conclui.