Casa situada no Jardim São Paulo consta da lista de bens que foram revertidos para a União por meio de processos judiciais

Ednéia Silva

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão publicou no Diário Oficial da União na segunda-feira uma lista com 196 imóveis pertencentes ao Funad (Fundo Nacional Antidrogas). Os bens se tornaram propriedade da União em decorrência de processos judiciais relacionados ao tráfico de drogas. Os imóveis estão localizados em 12 estados e no Distrito Federal.

Rio Claro está incluída na lista com uma casa na Rua 18, número 2.029, no bairro Jardim São Paulo. O edital tem ainda um terreno no loteamento Jardim Nova Itirapina, no município vizinho. Araras também figura na lista com um imóvel na Avenida Ângelo Franzini, no Jardim dos Ipês.

De acordo com o Ministério do Planejamento, os recursos arrecadados com o leilão serão revertidos para a “implementação e execução de ações, programas e atividades de repressão, prevenção, tratamento, recuperação e inserção social de dependentes de substâncias psicoativas”. O leilão será realizado pela Caixa Econômica Federal, que tem 180 dias para definir as regras da alienação.

Casa situada no Jardim São Paulo consta da lista de bens que foram revertidos para a União por meio de processos judiciais
Casa situada no Jardim São Paulo consta da lista de bens que foram revertidos para a União por meio de processos judiciais

Propriedade pertencia à “modelo do tráfico”

Da Redação

A casa no Jardim São Paulo faz parte de um dos casos policiais mais famosos de Rio Claro. Em agosto de 2003, a polícia apreendeu 850 quilos de cocaína, a maior já feita na cidade. Junto com a droga, localizada em um sítio no Distrito de Ajapi, a polícia prendeu dois peruanos e cinco brasileiros.

A quadrilha tinha uma laboratório no sítio, onde refinava a droga. De acordo com a polícia, o grupo exportava uma tonelada de droga por mês para a Europa. Com o dinheiro do tráfico, a quadrilha comprou carros de luxo e a casa no Jardim São Paulo. O imóvel pertencia a Guilherme Augusto Campos e Lucinéia Capra, modelo fotográfica que chamou a atenção da mídia por ser muito bonita. O casal fugiu um dia antes da batida policial. Lucinéia foi chamada pela imprensa de “modelo do tráfico”, “loira do pó”, entre outros apelidos.

Lucinéia era vista com frequência em bares e restaurantes num carro importado e acompanhada de homens com sotaque espanhol. Esse fato chamou a atenção da polícia, que começou a investigar o caso. O casal foragido teve a prisão preventiva decretada e passou a ser procurado pela polícia. O casal responde na Justiça por estelionato e tráfico de drogas.

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