A Câmara Municipal aprovou na noite dessa segunda-feira (9) um requerimento em que se questiona a contratação da empresa terceirizada para a prestação de serviços médicos de plantão no Pronto Socorro Municipal Integrado (PSMI), na Avenida 15. O vereador Rogério Guedes (PSB), autor do texto, registrou boletim de ocorrência no domingo (8) após constatar que apenas um médico havia comparecido ao local, sendo que seriam necessários dois profissionais, conforme contrato estabelecido.

“O PSMI estava lotado e só um médico para atender toda a demanda. Eram para ter dois médicos e por fim um médico trabalhou à noite. Quero que a Prefeitura economize, mas não penalizando a população. A empresa com certeza está recebendo”, declarou. Conforme o JC noticiou anteriormente, os médicos de carreira que atuavam na unidade foram remanejados para as UPAs e a empresa foi contratada para os plantões. A justificativa da Fundação Municipal de Saúde foi de economizar custos com horas extras.

Rafael Andreeta (PTB) também criticou. “Tira os funcionários, paga outra empresa sem licitação e ainda fala que vai ter qualidade no serviço?”, indagou. A vereadora também da oposição, Maria do Carmo Guilherme (MDB), disse na sessão que “precisa-se conversar, dialogar. Não tem isso. Poderia ser feito 50% e 50%, com médico concursado e médico da empresa”, sugeriu.

A vereadora da base governista Carol Gomes (PSDB) declarou que, segundo a Fundação de Saúde, “será aplicado desconto referente à falta a ser calculada no montante geral a ser pago no valor mensal” à empresa. O presidente André Godoy (DEM) reforçou que “nenhuma forma de economicidade pode justificar ou ser maior que a falta de atendimento. Todas mudanças geram mudanças, mas a Fundação deve saber que deve-se ter um plano B”. Paulo Guedes (PSDB) complementou que o município precisa desenvolver alternativas de atendimento.

Ao Jornal Cidade, o prefeito João Teixeira Junior declarou que “a respeito da falta de médico no PSMI no último final de semana, procede a informação e peço desculpas aos usuários. Diante da ausência do profissional, a Fundação Municipal de Saúde já fez contato com a empresa terceirizada para que o fato não se repita, o que demonstra o nosso descontentamento. Reforço, ainda, que toda mudança gera desconforto no início, mas a população vai perceber que é para melhorar o serviço. É uma reestruturação que se faz necessária, pois pensamos na população e, também, na economia aos cofres públicos”.

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