Fabíola Cunha

No último dia 19 de janeiro foi o Dia do Cabeleireiro no Brasil, profissão da qual todos precisam, mas que ainda é alvo de discussões quanto à regulamentação e direitos.

A Lei 13.352/2016, conhecida como Lei do Salão Parceiro, entrou em vigor no início de 2017, mas ainda gera muitas dúvidas. Seu principal objetivo é regularizar uma prática frequente nos salões de beleza: a contratação de profissionais como cabeleireiros, esteticistas e manicures sob o regime de trabalhadores autônomos.

A regulamentação permite que seja celebrado um contrato de natureza civil entre as partes, sem que haja vínculo empregatício, mas respeitando a segurança jurídica das relações.

Maria Isabel da Costa Tinós, a Belinha, trabalha há 58 anos no ramo – 52 em Rio Claro. Natural de São Carlos, viúva e mãe de quatro filhas, ela também dá aulas em sua escola e, atualmente, sua preocupação está focada na formação dos profissionais do ramo: “Aumentaram as pessoas e escolas que dão aula – muitos dos antigos não estão contentes, pois é preciso regulamentar as escolas, aulas e cursos que não são completos, não têm conteúdo”, avalia ela.

Apesar dessa crítica, Belinha vê muitas mudanças positivas para a profissão nessas cinco décadas em que trabalha: “Quando eu comecei não tinha muito material para tratamentos e se usava muita coisa natural. Depois, com a tecnologia, hoje temos produtos com mais de 500 empresas que trabalham, tem de tudo no mercado. Fazer um alisamento hoje, com conhecimento, é muito rápido – isso se desenvolveu muito”, explica.

Nesse meio, com a proliferação de salões, tanto para homens quanto para mulheres, a clientela deve buscar profissionais com qualificação e experiência: “O mais importante é saber se o profissional trabalha há bastante tempo no ramo, se está estabilizado. E há profissionais bons em todos os lugares, nos bairros, em salões mais simples, há bons cabeleireiros”.

Nesse sentido, Belinha acredita que a renovação e aquisição constante de conhecimento são obrigatórias e aconselha quem está chegando para trabalhar no segmento: “O cabeleireiro nunca aprendeu tudo e ele não pode parar de estudar. É importante ter aula teórica e saber o que a profissão faz para os outros e para ele”.

O padroeiro

O dia de São Martinho de Porres, padroeiro dos cabeleireiros e barbeiros, é celebrado no dia 3 de novembro.

 

 

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