Foto: Gi_dallacosta

Conhecida como ‘Cidade das Árvores’, Araras talvez esteja vivendo, nesta quarta-feira (24), o aniversário mais triste de sua história desde a Segunda Guerra Mundial, que terminou em 1945. A data acontece num momento de sistema de saúde quase colapsando pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus.

O município completa, hoje, 150 anos de emancipação político-administrativa. No lugar da programação festiva, ruas vazias e sirenes de ambulâncias sendo ouvidas pelos quatro cantos do município. A cidade ainda chora pelas 206 vidas perdidas, até agora, nesta pandemia.

E, segundo os números divulgados pela prefeitura, há motivos para muita tristeza e apreensão pois, se em 2020 inteiro morreram 90 pessoas de Covid-19, somente de 1° de janeiro de 2021 até a última terça-feira (23), foram registrados 116 óbitos pela doença.

Em entrevista ao Jornal Cidade, o prefeito Pedrinho Eliseu (PSDB) disse que as ruas não estão vazias como deveriam, respeitando o direito que as pessoas têm de levar o pão de cada dia para a casa.

“Estou muito triste e preocupado com tudo isso, com a vidas que se foram, mas como prefeito, tenho de trabalhar incessantemente, sem paixões políticas e ideológicas, que só têm atrapalhado a condução das coisas. Abrimos muitos leitos, tratando desde o início na UMPAR os sintomáticos e grupos de risco. Tenho feito a minha parte. Não posso perder a calma, nem ter arroubos”, comentou ele.

Sobre o governo ararense estar fechando cada vez mais o cerco com medidas no controle do vírus, o chefe do Executivo disse que pensa em fazer tudo o que precisa ser feito nos próximos dias.

“Estamos acompanhando o desenrolar dos números. Temos os melhores números da região, mortalidade bem abaixo do Estado. Mas uma vida é uma vida. As coisas vão melhorar”, comentou. 

Perguntado sobre qual seria o melhor presente para Araras hoje ele respondeu: “a vacina”. A cidade vacinou, até agora, 12.374 pessoas com a primeira dose e 4.020 com a segunda dose.

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