Francisco e Cecília Sanchez completaram, no dia 15 de outubro, 60 anos de matrimônio, o casamento foi em Cascalho

Vivian Guilherme

Foi em novembro de 2010 que a reportagem do Grupo JC esteve no bairro Jardim Bela Vista, em Cordeirópolis, para conhecer a história de Cecília Sanchez. A lavadeira e passadeira, que nasceu em Cascalho, sempre foi símbolo de personalidade guerreira. Sem a visão do olho direito e com uma ferida ‘incurável’ na perna, também direita, ela trabalhava de joelhos, atendendo dezenas de famílias de Cordeirópolis.

Francisco e Cecília Sanchez completaram, no dia 15 de outubro, 60 anos de matrimônio, o casamento foi em Cascalho
Francisco e Cecília Sanchez completaram, no dia 15 de outubro, 60 anos de matrimônio, o casamento foi em Cascalho

O Grupo JC voltou ao bairro para, mais uma vez, se divertir com o bom humor de Cecília e também para ouvir uma boa notícia: “estou quase curada”, conta a cordeiropolense, com uma boa gargalhada. “A vista ainda está ruim, mas a perna agora tá boa. Depois de 40 anos Deus se alembrou [sic] de mim”, diz.

Enquanto passava quatro malas de roupas, Cecília contava que a cura veio com uma médica cubana, que atende em Cordeirópolis. “Eu virei o mundo, fui atrás de especialista até em Sumaré, em todo lugar. Fiquei internada um tempo sem andar, nem acreditava mais que ia sarar”, relembra, dizendo que foi a médica Marta quem conseguiu curá-la. O marido Francisco, de 83 anos, interrompe a conversa e acrescentou: “no exame deu úlcera”.

Cecília não poupa elogias à médica: “ela é muito interessada, quer ver a gente curada mesmo. Os outros médicos nem olhavam, ela faz curativo e até vem me ver em casa”, diz a lavadeira, que confessa não seguir muito as recomendações médicas.

“Ela pediu pra eu fazer repouso, mas repouso não faço. Eu gosto de trabalhar. Estou aposentada, mas não deixo de trabalhar. E o que aparece eu faço, se não for de dia é de noite”, exclama a aposentada de 74 anos, que chega a passar 250 peças de roupa por dia, trabalhando das 6 às 20 horas, diariamente.

E aos finais de semana o trabalho não para, quando é hora de cozinhar para os sete filhos, dez netos e cinco bisnetos. E os doces são famosos, segundo a vizinhança do Jardim Bela Vista, que assegura a fama do bom-bocado e da cocada.

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