Lucas Calore

No site www.dependenciadeinternet.com.br é possível fazer um teste para avaliar se existe a dependência ou não

Férias escolares do meio do ano são sinônimo de lazer caseiro para as crianças e adolescentes. Já que o clima frio dificulta a ida da família à praia, por exemplo, a maioria da garotada se ocupa com um hobby viciante: a internet. Se o seu uso durante o dia a dia, por meio de smartphones e tablets, já não fosse o bastante, eles ainda têm fôlego para passar horas conectados durante o período de recesso dos estudos.

Se, por um lado, pais preocupados ficam aliviados pelos filhos ficarem dentro de casa e não correrem riscos de violência na rua, ao mesmo tempo, a rotina deles torna-se alarmante para os casos de vícios e dependências. Os filhos ficam reclusos e, por mais que estejam em contato com outros amigos online, solitários.

O Ambulatório de Transtornos do Impulso do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo criou, em 2006, o Grupo de Dependência de Internet, que oferece atendimento à população orientando pacientes que desenvolvem alguma forma de dependência tecnológica e que esteja criando prejuízo à vida funcional e cotidiana.

No site www.dependenciadeinternet.com.br é possível fazer um teste com cerca de 20 perguntas para avaliar se existe a dependência ou não, além de diversas orientações para auxiliar na identificação dos sintomas do problema.

A psicóloga rio-clarense Adriana Rubio Wodewotski alerta que, além das consequências corriqueiras, como interferência nas relações interpessoais, os viciados em internet também podem sofrer com problemas sérios de saúde, seja quando jovem ou adulto. O sedentarismo e o fato de ficar muito tempo parado numa mesma posição podem provocar desde problemas posturais simples, como dores nas costas, a problemas mais sérios, como, por exemplo, a trombose venal profunda.

A profissional orienta que os pais podem ajudar seus filhos, para não agravar este problema vicioso, tornando a realidade concreta mais interessante e atraente aos jovens à medida que, também, criam pausas em suas vidas modernas e corridas e promovem momentos de compartilhamento de presenças e experiências. “Precisamos aprender a conviver com a tecnologia. Ela existe e faz parte da nossa evolução mental e intelectual. Não pode ser descartada. Então vamos torná-la nossa aliada”, afirma.

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