Carine Corrêa
Uma agressão contra Sergio Antonio Rampin, de 59 anos, funcionário do Ecoponto do Jardim São Paulo, gerou comoção pública em Rio Claro. Isso porque a notícia sobre sua agressão circulou pelas redes sociais. Rampin ficou conhecido depois de revitalizar ecopontos e praças da cidade.
A agressão, segundo o registro oficial da polícia, aconteceu no sábado (16). Rampin estava no trabalho e foi agredido na cabeça com um pedaço de ferro. Ele afirmou, em entrevista ao JC, que foi espancado depois de explicar ao agressor que não poderia retirar materiais recicláveis do ecoponto. “Ele tinha ido um dia antes no ecoponto pedindo para retirar materiais. Eu expliquei que a determinação e orientação que tenho da empresa Ambientelix é que não pode ser retirado nenhum material do ecoponto. Ele chegou a alegar que teria uma permissão verbal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, mas é preciso uma autorização formal sobre isso”, explicou o idoso via telefone, depois de passar por uma bateria de exames nessa segunda-feira (18).
Ainda nessa segunda, a Polícia Militar de Rio Claro encaminhou informações sobre o agressor. A PM recebeu uma denúncia anônima sobre seu paradeiro. Ele estaria em uma empresa fazendo exames demissionais e teria pretensões de deixar a cidade. “Os policiais foram até o local indicado e o localizaram. Questionado a respeito da agressão, confessou o crime. Encaminhado ao plantão policial, ele foi ouvido e liberado pela delegada de polícia”, diz o registro da Polícia Militar.
A Polícia Civil foi procurada. No entanto, não foi possível até o fechamento desta edição a versão das autoridades sobre o caso de Rampin, que deve passar por exames no Instituto Médico-Legal (IML) nesta terça-feira (19).
Acusações
A agressão contra Rampin circulou nas redes sociais de Rio Claro. Em meio a tantos ataques e críticas, uma minoria se posicional favorável ao agressor. Uma internauta chegou a comentar que a agressão teria sido motivada pelo idoso ter assediado a mulher do agressor. “Ele está inventando essa história para se proteger. Eu perdoo o que ele fez e acredito que as pessoas fazem coisas erradas, mas depois se arrependem”, finalizou Rampin. Antes de ser agredido, o funcionário do Ecoponto trabalhava na revitalização de uma praça no Jardim América. Restam apenas oito bancos da praça para concluir o seu trabalho de pintura no espaço. Ele já revitalizou os ecopontos do Cervezão, Jd. Figueira e Jardim São Paulo.
