Reformados, sanitários do Jardim Público voltaram a funcionar

A prefeitura de Rio Claro concluiu mais uma etapa nos serviços de recuperação do Jardim Público, principal praça pública do município.

No aniversário da cidade, comemorado na sexta-feira, 24 de junho, voltaram a funcionar os sanitários masculinos e femininos do jardim, que passaram por ampla reforma.

O prédio recebeu adequações no telhado, pintura interna e externa, troca de piso e revestimento, e reforma nos sistemas hidráulico e elétrico.

A prefeitura também está melhorando o paisagismo do Jardim Público, com novo visual em alguns dos principais canteiros da praça.

Bia Haddad decepciona e cai na estreia em Wimbledon

Folhapress

Campeã em Nottingham e em Birmingham, semifinalista em Eastbourne, Beatriz Haddad Maia chegou a Wimbledon com o melhor ranking de sua carreira, na 28ª posição, e com a expectativa de uma campanha longa. Sua participação no mais tradicional torneio do tênis, no entanto, durou apenas uma partida.

Cabeça de chave número 23, a brasileira de 26 anos não fez uma grande partida contra a eslovena Kaja Juvan, de 21, na noite inglesa de segunda-feira (27). Acabou perdendo por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 4/6 e 6/2.

Bia teve pela frente uma adversária que soube se defender bem de seu jogo agressivo. Pontuando com frequência em contra-ataques e apostando em uma variação maior em seus golpes, com muitos “slices”, a 62ª colocada do ranking se aproveitou também de erros não forçados da rival.

Haddad teve seu nome gritado quando entrou na quadra 12, com muitos torcedores brasileiros. O apoio não foi suficiente para a paulistana em um jogo bastante atrasado por duas paralisações na programação por causa da chuva.

Também caiu na primeira rodada o brasileiro Thiago Monteiro (93º do ranking), de 28 anos. Ele estreou na chave de simples masculina contra o espanhol Jaume Munar, de 25 anos, e foi superado em sets diretos, com parciais de 6/2, 6/4 e 7/5.

Ainda vai fazer sua estreia na chave feminina Laura Pigossi. A paulistana de 27 anos, 124ª colocada na lista feminina, jogará na terça-feira (28) contra a eslocava Kristina Kucova (91ª), de 32. É a primeira vez desde 1988 que o Brasil tem duas representantes na disputa feminina de simples.

Empregabilidade da pessoa com deficiência é tema de encontro em Rio Claro

Durante a Feira da Empregabilidade, realizada em Rio Claro na quarta e quinta-feira (23), membros do Polo de Empregabilidade Inclusiva, do governo estadual, reuniram-se com equipe municipal da rede que atua com pessoas com deficiência.

O objetivo do encontro foi levar ao conhecimento da rede o trabalho realizado pelo polo de empregabilidade e elaborar ações conjuntas com serviços, organizações e conselho visando maior participação de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Marcos Botelho, coordenador do polo, explica que “o polo de empregabilidade inclusiva tem objetivo de promover inclusão, permanência e desenvolvimento profissional de pessoas com deficiência no mercado de trabalho”, acrescentando que para isso o polo utiliza a metodologia do emprego apoiado com estratégia para inclusão profissional.

O assessor dos direitos da pessoa com deficiência, Paulo Meyer, destaca que o polo já vem atuando em Rio Claro em parceria com a assessoria dos direitos da pessoa com deficiência e o Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) de Rio Claro, inclusive com atendimento presencial a cada 15 dias no PAT. “Este encontro foi fundamental para iniciarmos este trabalho conjunto com a rede de profissionais que atua com pessoas com deficiência, além de possibilitar mais conhecimento sobre auxílio inclusão e empregabilidade para pessoas com deficiência”, observa Paulo Meyer.

No encontro também foi explorado o tema auxílio inclusão, por meio de vídeo enviado por Cláudia Carletto, ex-assessora da senadora Mara Gabrilli e ex-secretária de direitos humanos de São Paulo.

A atividade contou com participação de membros da assessoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, coordenadoras e profissionais de Cras e Creas, profissionais das áreas da saúde e educação, membros do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e de Patrícia Pereira, técnica de emprego apoiado. Esta ação também contempla as diretivas e objetivos do programa #RioClaroCidadeInclusiva.

Inscrições do Sisu começam nesta terça-feira

Folhapress

As inscrições para o segundo processo seletivo do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) 2022 começam nesta terça (28). Os candidatos podem se inscrever até sexta (1º) para concorrer a vagas de ensino superior em universidades e institutos públicos com base na nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

O processo de inscrição é gratuito.

Para começar, é necessário ter uma conta Gov.br, a identificação nos serviços digitais do governo federal. Caso o candidato não tenha esse cadastro, é preciso criar uma conta e só depois acessar o sistema do Sisu com o mesmo login e senha. Baseado nos dados desse cadastro, o Sisu acessa automaticamente as notas do candidato.

É preciso ter feito a última edição do Enem, não ter tirado zero na prova de redação e não ter se declarado como treineiro na inscrição do exame.

Uma vez acessado o sistema, os candidatos optam por duas opções de curso e podem alterar as escolhas durante todo o período de inscrição. O resultado dessa chamada sai na próxima quarta (6). O período de matrículas para os selecionados será de 13 a 16 de julho.

Para aqueles que não foram aprovados, é possível indicar interesse em participar da lista de espera, o que deve ser feito entre 6 e 18 de julho. As instituições começam a chamar os candidatos inscritos na lista de espera a partir de 25 de julho.

Liminar que obrigava IBGE a incluir orientação sexual no Censo é suspensa

Folhapress

O TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) suspendeu na sexta-feira (24) a decisão liminar da Justiça Federal do Acre que havia determinado a inclusão de perguntas sobre orientação sexual e identidade de gênero nos questionários do Censo Demográfico 2022.

A medida gera alívio para o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que é responsável pelo Censo e havia ingressado com recurso contra a liminar.

O instituto argumentou que não teria tempo hábil nem orçamento suficiente para fazer o acréscimo das perguntas de forma adequada no levantamento. O início da coleta das informações do Censo está previsto para 1º de agosto.

A Justiça Federal do Acre havia determinado no dia 3 de junho a inclusão das perguntas, após acolher pedido do MPF (Ministério Público Federal).

Pela decisão, o IBGE teria 30 dias para comunicar as providências tomadas e planejadas para cumprir a medida.

O instituto, por outro lado, afirmou neste mês que o acréscimo poderia resultar em um novo adiamento do Censo -a pesquisa já foi cancelada em 2020 e 2021.

Na avaliação do instituto, a inclusão das perguntas geraria “impacto econômico severo”, aumentando os custos do Censo além do seu orçamento, estimado em R$ 2,3 bilhões.

O órgão também já afirmou que, em razão da metodologia, o Censo “não é a pesquisa adequada para sondagem ou investigação de identidade de gênero e orientação sexual”.

“A metodologia de captação das informações do Censo permite que um morador possa responder por ele e pelos demais residentes do domicílio”, disse o IBGE em março.

“Pelo caráter sensível e privado da informação, as perguntas sobre a orientação sexual de um determinado morador só podem ser respondidas por ele mesmo”, completou na ocasião.

Nesta segunda-feira (27), o IBGE afirmou que “só vai se manifestar sobre a suspensão da liminar da Justiça Federal do Acre depois que a AGU [Advocacia-Geral da União] tiver sido intimada e examinado a decisão”.

Em sua decisão, o presidente do TRF-1, José Amilcar Machado, aponta que “ficou demonstrada” a impossibilidade de implementação das perguntas até agosto.

IMPORT NCIA DO CENSO

O Censo costuma ser feito a cada dez anos. Inicialmente, a nova edição estava prevista para 2020, mas não foi realizada devido à pandemia de coronavírus, que provocou restrições ao deslocamento de pessoas.

Em 2021, o que acabou inviabilizando novamente o estudo foi o corte de recursos destinados por parte do governo federal. A verba para 2022 foi liberada após o STF (Supremo Tribunal Federal) ser acionado.

Na prática, os dados apurados funcionam como base para uma série de políticas públicas e decisões de investimento de empresas. As informações balizam, por exemplo, os repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), fonte de recursos para as prefeituras.

Governo de São Paulo reduz imposto sobre a gasolina

Folhapress

O governo de São Paulo anunciou hoje (27) a redução da alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis. O valor da tributação passou de 25% para 18%. A estimativa é que a medida provoque queda de R$ 4,4 bilhões na arrecadação do estado. As informações são da Agência Brasil.

Segundo o governador Rodrigo Garcia (PSDB), a diminuição do imposto pode provocar redução de R$ 0,48 no preço da gasolina ao consumidor. De acordo com ele, o preço médio no estado, atualmente, é de R$ 6,97 e poderá ficar em R$ 6,50, se houver o repasse integral da renúncia fiscal aos valores cobrados nas bombas.

O Procon de São Paulo deverá divulgar a composição do preço dos combustíveis no estado para incentivar os postos e distribuidoras a repassar o corte do imposto para os preços cobrados do consumidor final.

LEI FEDERAL

A redução das alíquotas do ICMS atende à Lei Complementar Federal 94, de 2022, aprovada na quarta-feira passada (15). Pelo texto, que foi sancionado pelo presidente da República, os valores máximos de imposto que podem ser cobrados sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transportes coletivos ficaram entre 17% e 18%. Esses itens passaram a ser considerados essenciais para fins de tributação.

EDUCAÇÃO E SAÚDE

A redução das receitas provocará, segundo o governador, uma diminuição dos gastos em saúde, educação e tecnologia no estado. “A conta é muito simples: nós temos um orçamento vinculado de 30% [do ICMS] para educação, 12% para saúde”, detalhou sobre como o imposto é investido obrigatoriamente no estado. O ICMS financia ainda as universidades estaduais e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp).

De acordo com Garcia, a redução nas alíquotas provocará cortes proporcionais no orçamento dessas áreas. “Quando você reduz o ICMS, que estamos estimando em mais de R$ 4 bilhões só em relação à gasolina, você tira R$ 1,2 bilhão da educação, R$ 600 milhões da saúde, e assim sucessivamente”, destacou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), ao sancionar a lei federal, vetou o artigo que previa aos estados a compensação, pela União, das perdas de receitas provocadas pela nova legislação.

Farol JC: contas de Juninho, já reprovadas pelo TCE, serão votadas na Câmara

Projeto de decreto legislativo que dispõe das contas do exercício do ano de 2019 da Prefeitura de Rio Claro, quando na época o chefe do Poder Executivo era o então prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, será votado na Câmara Municipal nesta segunda-feira (27).

O parecer emitido pela Comissão de Acompanhamento da Execução Orçamentária e Finanças, sob a presidência do vereador Adriano La Torre (PP), segue o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo pela rejeição das contas. Assinam também o projeto o relator Geraldo Voluntário (MDB) e o membro Paulo Guedes (PSDB). Em setembro do ano passado, o ex-prefeito teve as contas de 2018 também rejeitadas no plenário do Poder Legislativo. Mesmo indo pessoalmente fazer a sua defesa, não conseguiu reverter a decisão dos parlamentares, que foram unânimes na rejeição.

No que tange às contas de 2019, de acordo com o parecer do TCE-SP, houve o apontamento pelo procurador José Mendes Neto de déficit na execução orçamentária, déficit financeiro, iliquidez financeira, aumento no endividamento de curto prazo, cenário fiscal desfavorável, recolhimento intempestivo de encargos sociais, valores retidos referentes à contribuição dos servidores municipais não repassados ao órgão de previdência, não quitação de precatórios, parcela do Fundeb não aplicada no exercício, ausência de auto de vistoria do corpo de bombeiros (AVCB), problemas com horas extras e atrasos ou paralisações de obras do município.

No documento da Corte, ao qual o Farol JC teve acesso, aponta-se que o ex-prefeito foi notificado sobre o parecer desfavorável. No entanto, que “não apresentou justificativas”. O mesmo ocorreu através das notificações do próprio Poder Legislativo ao ex-prefeito para apresentar a sua defesa à Casa de Leis. Isto é, não apresentou defesa aos vereadores.

No ano passado, o contrário aconteceu, tanto que esteve na sessão que ficou acalorada por conta de uma discussão entre os vereadores. Além disso, até mesmo vereadores do antigo partido de Juninho, na época Democratas, como Val Demarchi, Serginho Carnevale e Sivaldo Faísca, acompanharam o parecer do TCE e votaram contra as contas do ex-prefeito. Para a votação desta segunda-feira, já está praticamente certa a decisão desfavorável mais uma vez.

À coluna, nesse sábado (25), Juninho afirmou que seu advogado vai apresentar a defesa ao presidente José Pereira (PSD). Vale lembrar que há poucas semanas os vereadores da Câmara Municipal também rejeitaram as contas do exercício do ano de 2016 do ex-prefeito Du Altimari (MDB). Apenas Rodrigo Guedes (União Brasil), integrante da base partidária de apoio ao prefeito Gustavo Perissinotto (PSD), que votou pela aprovação das contas, assim como o membro do MDB, Hernani Leonhardt.

‘Tiraram meu TikTok’, diz Luva de Pedreiro em desabafo contra empresário

Folhapress

O influenciador digital Iran Ferreira, conhecido como Luva de Pedreiro, desabafou na noite deste domingo (26) no Instagram, e afirmou que perdeu o acesso à sua conta no TikTok.

“É esculhambação, galera. Não estou nem mexendo no TikTok. Tá pedindo senha, tiraram meu TikTok agora. Só quem sabe a senha é o pessoal lá, meus ex-empresários. É esculhambação aí”, afirmou o influenciador em vídeo publicado nos stories.

Visivelmente incomodado, ele prosseguiu: “Eu comecei no TikTok foi sozinho, com Deus, todo mundo sabe.”

Na rede social, Luva de Pedreiro possui 17,3 milhões de seguidores, além de outros 15 milhões no Instagram.

A reportagem procurou pela ASJ Consultoria, empresa de Allan Jesus, que administra a carreira de Ferreira, para obter um posicionamento acerca da afirmação do influenciador sobre a perda do acesso ao TikTok. Até a publicação desse texto, não houve retorno.

EMPRESÁRIO REBATE

O Allan Jesus, ex-empresário de Iran Ferreira, conhecido como Luva de Pedreiro, usou seu perfil no Instagram na noite de hoje (30) para rebater as acusações do seu ex-cliente sobre ter alterado a conta do TikTok.

“Venho aqui mais uma vez me pronunciar sobre acusações falsas e levianas que estou recebendo. Neste momento estou sendo ameaçado de morte, a minha família, a minha esposa, os meus filhos. Vazaram todos os meus dados pessoais, minhas informações na internet”, iniciou Jesus.

“Gostaria de deixar claro que na quinta-feira passada fomos solicitados pelo Iran a enviar para ele todos os acessos e login das redes sociais. Foi feito isso, temos como provar. Sobre o TikTok, que ele acabou de postar, ele estava conectado, conforme este print. No dia 24 ele estava conectado. Hoje à tarde eu fui surpreendido e fui desconectado da conta do TikTok. Por falta de conhecimento técnico de sua nova equipe, quando eles me desconectaram, eles esqueceram de alterar o e-mail de segurança, uma vez que o e-mail que o Iran usava não era um e-mail seguro. Eles deveriam ter alterado o e-mail de segurança antes de me desconectar”, continuou o empresário.

“Uma vez que tentaram logar em outro aparelho, se eles viram que tinham um e-mail de segurança, eles poderiam, assim como foi pedido na quinta-feira, me pedissem o código para logarem. Eles não fizeram isso. Só fizeram após o Iran ir para a internet me acusar, fazendo com que aumente ainda mais as ameaças a minha vida, a minha família, a minha integridade física e mental”, completou.

Mais cedo, Luva de Pedreiro também afirmou que não tem mais WhatsApp e pediu para ignorarem mensagens, já que ele não tinha mais acesso. Allan Jesus também comentou as acusações.

“Sobre o WhatsApp que o Iran mais uma vez me atacou hoje. O que acontece é que fui comunicado que ele não seguiria comigo e apenas hoje, devido as inúmeras ameaças que venho sofrendo, decidi cancelar algumas linhas de telefone. Ele usava uma linha minha há alguns meses, e apenas hoje eu decidi cancelar. Então uma vez que ele decidiu seguir sem mim, a sua equipe deveria ter orientado ele, ou ele mesmo ter vindo buscar uma nova linha de telefone para ele usar. Estou cancelando algumas linhas de telefone para que eu pare de receber ameaça e para que eu preserve a minha integridade e minha vida”, finalizou.

RELAÇÃO CONTURBADA COM EMPRESÁRIO

Luva de Pedreiro e Allan Jesus tiveram episódios conturbados na última semana. Durante uma live no Instagram, Iran Ferreira afirmou que faria uma pausa na carreira, e parou de seguir o empresário no dia seguinte.

A polêmica se reforçou após um texto publicado no site Metrópoles revelou que Luva possuía, em duas contas bancárias, saldos com valores em torno de R$ 7.500, considerados irrisórios devido aos seus patrocínios e o alcance de suas contas nas redes sociais.

Como resposta, Allan Jesus disse que as informações eram levianas, e apuradas de maneira seletiva.

Reportagem do UOL Esporte da última sexta-feira (24) apontou, a partir de dados obtidos na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro, que o influenciador não possui controle total da empresa criada para gerir sua carreira e os recursos obtidos em contratos de publicidade.

A fatia de Iran Ferreira na Cara da Luva de Pedreiro Produções Artísticas SPE LTDA é de 45%, como mostrou o texto, enquanto Allan Jesus e o influenciador Victor Melo, juntos, somam 55% da empresa. Procurado para explicar a divisão da sociedade, Jesus não respondeu.

Desempregado pode ter direito a auxílio-doença e aposentadoria do INSS; confira as regras

Folhapress

Em um país com alto índice de desemprego e com um volume crescente de pessoas migrando para a informalidade é comum surgirem dúvidas em relação aos direitos previdenciários para quem precisou deixar de contribuir com o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social).

Segundo a legislação, desempregados que já tenham contribuído com a Previdência podem ter direito ao benefício por incapacidade temporária, antigo auxílio-doença, e à aposentadoria. No caso do auxílio, é preciso estar no chamado período de graça, em que o trabalhador mantém a cobertura da Previdência mesmo sem pagar contribuições.

QUEM PODE RECEBER O AUXÍLIO-DOENÇA?

O auxílio por incapacidade temporária é pago pelo INSS para os segurados que ficam temporariamente impossibilitados de trabalhar por mais de 15 dias, consecutivos ou dentro de um período de 60 dias. Os afastamentos de até 15 dias são pagos pelo empregador, para quem trabalha com carteira assinada. O pedido para ter o benefício pode ser feito pelo aplicativo ou site Meu INSS.

A incapacidade de trabalhar pode ser decorrente de acidente ou doença. Rômulo Saraiva, advogado especialista em Previdência Social e colunista da Folha, explica que, para ter direito ao auxílio-doença do INSS, é preciso ser considerado segurado no momento em que ocorreu a incapacidade.

Segundo o INSS, se encaixam na qualidade de segurado os contribuintes regulares (empregado, contribuinte facultativo ou individual, entre outros), pessoas que recebem algum tipo de benefício previdenciário, ou que estejam no período de graça.

O período de graça é a quantidade de meses em que o trabalhador continua tendo direito à cobertura previdenciária mesmo sem pagar o INSS.

VEJA POR QUANTO TEMPO O DESEMPREGADO MANTÉM DIREITO AO INSS

Os trabalhadores que perderam o emprego podem continuar contribuindo com o INSS como facultativos, caso não estejam exercendo atividade profissional como autônomo. Caso não tenha pagado nenhuma contribuição, é preciso ver se está no período de graça.

Neste caso, o profissional tem direito aos benefícios previdenciários por um período de três meses a até três anos, dependendo do tipo de contribuição feita e de quanto tempo pagou o INSS.

ENTENDA O PERÍODO DE GRAÇA

– Não há limite de prazo enquanto o cidadão estiver recebendo benefício previdenciário, como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez
– Até 12 meses após o término de benefício por incapacidade (por exemplo auxílio-doença), salário maternidade ou do último recolhimento realizado para o INSS quando deixar de exercer atividade remunerada (empregado, trabalhador avulso, entre outros) ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração Até 12 meses após terminar a segregação, para os cidadãos acometidos de doença de segregação compulsória Até 12 meses após a soltura do cidadão que havia sido detido ou preso
– Até três meses após o licenciamento para o cidadão incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar
– Até seis meses do último recolhimento realizado para o INSS no caso dos pessoas que pagam na condição de facultativo Mais seis meses no caso do segurado facultativo e que tenha por último recebido salário-maternidade ou benefício por incapacidade Até 36 meses para quem tem mais de 120 contribuições -ou dez anos de pagamentos- ao INSS

PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO

De acordo com o INSS, ao acabar o período de graça e, se não houver nenhuma contribuição, o segurado perde o direito aos benefícios previdenciários. Neste caso, o contribuinte deixa de estar protegido. Se após o encerramento do período de graça ela voltar a contribuir, será necessário respeitar um prazo de carência.

“Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão por exemplo dos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, o segurado deverá ter, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, metade da carência”, afirma Saraiva.

Como a carência para o benefício por incapacidade temporária é de 12 meses, nesse caso, o segurado precisaria pagar mais seis meses para ficar protegido.

ENTENDA O PERÍODO DE CARÊNCIA

– Quando o período de graça acaba, o trabalhador perde a qualidade de segurado
– Se isso acontecer, é necessário cumprir um período de carência, ou seja, é preciso pagar por mais um tempo o INSS para voltar a ter cobertura previdenciária
– Os pagamentos podem ser realizados via GPS (Guia da Previdência Social), porém, não dão direito a todos os benefícios de imediato Esses novos períodos de recolhimento serão considerados no cálculo total da aposentadoria
– O especialista explica que, nos casos dos benefícios por incapacidade por conta de acidente, a concessão pode ser feita independentemente da carência.

É POSSÍVEL PEDIR APOSENTADORIA SE NÃO ESTOU MAIS CONTRIBUINDO?

Para quem já trabalhou com carteira assinada e, agora, está desempregado, existem casos em que é possível solicitar aposentadoria. Segundo Saraiva, para ter os benefícios programáveis, como as aposentadorias por idade ou por tempo de contribuição, são liberados mesmo que o segurado não esteja trabalhando. Basta atingir as condições mínimas.

Também é possível fazer o pedido de aposentadoria da pessoa com deficiência ou aposentadoria especial, mesmo que, na data da entrada do requerimento, a pessoa não esteja com as contribuições em dia. Para ter o direito garantido, no entanto, é preciso respeitar alguns requisitos específicos, dependendo do tipo de aposentadoria.

“Aposentadoria especial requer formulário evidenciando que você trabalhou com atividade insalubre ou periculosa. Aposentadoria da pessoa com deficiência necessita prova da gravidade e duração da deficiência. Aposentadoria por idade precisa ter a idade mínima”.

Vazamento de dados do caso Klara Castanho é criminoso; atriz foi estuprada, engravidou e entregou bebê para adoção

Folhapress

O relato da atriz Klara Castanho, 21, sobre o vazamento de informações do seu prontuário médico expõe falhas graves do hospital e de profissionais que têm a obrigação legal de proteger o sigilo da paciente, segundo gestores hospitalares e advogados.

Klara revelou no sábado (25) que foi vítima de um estupro e manteve a gestação, entregando a criança para adoção após o nascimento.

A atriz relatou que, ainda sob o efeito da anestesia do parto, uma enfermeira entrou na sala cirúrgica e a ameaçou com o vazamento de informações sobre a situação.

“Ela fez perguntas e ameaçou: ‘Imagina se tal colunista descobre essa história’. Eu estava dentro de um hospital, um lugar que era para supostamente para me acolher e proteger. Quando cheguei no quarto já havia mensagens do colunista, com todas as informações”, escreveu Klara em seu Instagram.

Neste domingo (26), o Coren (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo) anunciou que vai apurar a denúncia envolvendo a profissional de enfermagem. Em última instância, a enfermeira pode perder o registro profissional.

Na opinião do advogado Josenir Teixeira, consultor jurídico na área da saúde, o vazamento do prontuário do paciente é criminoso. “Expõe as mais íntimas entranhas físicas e psíquicas do ser humano.”

O médico e doutor em administração de empresas Walter Cintra Ferreira Júnior, professor de administração hospitalar da FGV (Fundação Getulio Vargas), tem a mesma opinião.

“É uma ação criminosa. Mesmo antes da LGPD [Lei Geral de Proteção de Dados], isso já estava caracterizado. Precisa averiguar, todo mundo tem direito à ampla defesa, mas que sejam feitas as punições devidas porque isso tudo é um verdadeiro horror.”

Segundo Teixeira, os fatos relatados pela atriz, se confirmados, demonstram a violação de artigos da Constituição Federal, do Código Civil e do Código de Defesa do Consumidor, além de resoluções dos conselhos profissionais.

O advogado explica que ações indenizatórias podem ser movidas contra o hospital (pessoa jurídica) e a enfermeira (pessoa física). “A enfermeira deve ser empregada do hospital, o que o coloca em posição de solidariedade com ela no pagamento de indenização.”

Além de poder ser demitida por justa causa, a enfermeira também deverá poderá ser investigada em inquérito policial e se tornar ré em ação criminal. Também pode ser julgada pelo descumprimento do código de ética.

Para Ferreira Júnior, é preciso que o caso sirva de alerta para que os hospitais e profissionais de saúde revisem seus códigos de conduta.

Ele lembra, por exemplo, de um episódio de quando era diretor de um hospital público em que uma faxineira espalhou na comunidade onde morava que um paciente da instituição, que era seu vizinho, havia morrido de Aids.

Isso provocou muitos transtornos à família do doente, que processou o hospital pelo vazamento da informação.

“O hospital tem profissional de vigilância, da limpeza, os funcionários administrativos, e todos precisam ser instruídos em relação ao código de conduta e as consequências se quebrado.”

Francisco Balestrin, presidente do Sindhosp (sindicato paulista dos hospitais, clínicas e laboratórios), diz que essas questões relacionadas ao sigilo do paciente estão bem estabelecidas nas instituições e são ainda mais reforçadas quando os doentes são de “interesse social”, como políticos e artistas.

“Mas infelizmente há profissionais que usam os seus critérios individuais para fazer isso ou aquilo. Eles se posicionam com seres ideológicos, fazem julgamentos, causam dolo ao paciente.”

Ele afirma que os hospitais são locais onde as pessoas deveriam se sentir protegidas. “Mas hoje, mesmo nessas instituições, você está sujeito a essa exacerbação ideológica que temos visto na sociedade.”

Balestrin cita o episódio que envolveu o vazamento de dados sigilosos do prontuário médico da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, em 2017. Em um grupo de WhatsApp, uma médica do Hospital Sírio-Libanês compartilhou dados sobre o estado de saúde, que logo viralizaram. O hospital demitiu a profissional por justa causa.

Para Balestrin, o caso envolvendo a atriz Klara Castanho mostra que instituições e profissionais de saúde não aprenderam nada.

Ele diz que os hospitais definem regras, protocolos e condutas, mas que, nos últimos anos, ele observa que os profissionais estando perdendo muito a sua formação ética.

Na opinião da psicóloga Daniela Pedroso, o caso de Klara reforça o despreparo dos serviços dos profissionais em atender mulheres vítimas de estupro que engravidam.

Ela lembra que as pacientes precisam ser informadas tanto sobre o direito legal ao aborto, em qualquer estágio gestacional, quanto sobre a opção de colocar a criança para a adoção. “Ela precisa ser acolhida e respeitada na opção que desejar.”

Jornal Cidade RC
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