Remuneração média das mulheres cresce mais que a dos homens

Agência Brasil 

O salário médio real das mulheres cresceu mais que o dos homens em 2017, mas ainda persiste a diferença de remuneração entre os dois gêneros. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho, no ano passado, o rendimento médio das trabalhadoras foi de R$ 2.708,71, um aumento de 2,6% em relação a 2016.

Já o salário médio masculino subiu 1,8% em 2017. O aumento da remuneração feminina é maior também que o registrado para todos os trabalhadores, que ficou em 2,1%.

Segundo o Ministério do Trabalho, a diferença salarial entre homens e mulheres vem diminuindo a cada ano. A remuneração média das mulheres em 2017 correspondia a 85,1 % do salário dos homens. Em 2016, o rendimento feminino representava 84,4% do masculino e, em 2015, 83,43%.

Os dados da Rais mostram que, no ano passado, o rendimento médio das trabalhadoras evoluiu em quase todos os níveis de escolaridade. As profissionais com doutorado tiveram maior aumento: 4,78%, o equivalente a R$ 527,52, em relação a 2016.

O salário das mulheres também aumentou em todas as faixas etárias. As trabalhadoras com mais de 65 anos tiveram aumento de 3,54% no rendimento, o equivalente a R$ 244,27. Na faixa de 40 a 49 anos, o aumento foi 2,84% na remuneração média, R$ 89,07 a mais que em 2016.

“Apesar da melhora registrada em 2017, ainda há muitos desafios que precisam ser enfrentados, sobretudo no que se refere ao acesso das mulheres a postos de trabalho mais bem remunerados e garantia de recebimento de salários equivalentes pelo desempenho da mesma ocupação”, disse o coordenador-geral de Cadastros, Identificação Profissional e Estudos do Ministério do Trabalho, Felipe Pateo.

Mesmo sendo considerada uma área masculina, o setor extrativista mineral foi um dos poucos em que o salário das mulheres foi maior que o dos homens. No ano passado, a remuneração média das trabalhadoras no setor era de R$ 6.251,60 e a dos homens, de R$ 6.226,45.

Mega-Sena pagará hoje prêmio de R$ 3 milhões

Quem acertar as seis dezenas da Mega-Sena no concurso 2089, a ser realizado neste sábado (20), deverá receber um prêmio de R$ 3 milhões. As informações são do site da Caixa Econômica Federal.

A Mega-Sena paga milhões para o acertador dos 6 números sorteados.

Ainda é possível ganhar prêmios ao acertar 4 ou 5 números dentre os 60 disponíveis no volante de apostas.

Para realizar o sonho de ser o próximo milionário, o apostador deve marcar de 6 a 15 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).

Simpatizantes de Bolsonaro e Haddad organizam atos em todo país

Agência Brasil 

A uma semana do segundo turno das eleições, movimentos políticos e de ativistas preparam uma série de manifestações em todo país.

Neste fim de semana devem ser realizados protestos em defesa e com críticas aos dois candidatos à Presidência da República – Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

Os organizadores programaram locais distintos, embora em algumas situações nas mesmas cidades.

Para hoje (20), estão previstas manifestações em todos os estados contra o fascismo e a favor da democracia, pelos direitos humanos e em defesa da liberdade de expressão.

Movimentos de mulheres de distintos segmentos, entre eles Mulheres Unidas contra Bolsonaro, utilizaram as redes sociais para divulgação dos protestos.

Nos convites para as manifestações, críticas às propostas apresentadas pelo candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, e referências positivas ao candidato do PT ao Palácio do Planalto, Fernando Haddad.

No site do PT, o partido chama os protestos de hoje de “manifestação da virada”.

Para amanhã (21) estão programadas manifestações em todo país contra o comunismo e o retorno do PT, entre os organizadores do Movimento Brasil Livre (MBL).

Em vídeos, divulgados nas redes sociais, apoiadores convidam para os protestos e, ao final, aparece Bolsonaro com seu slogan: “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”.

Nas redes sociais de Bolsonaro e dos filhos dele, há referências às manifestações de domingo (21).

Caderno Gastronomia chega no domingo aos leitores do JC

Mais uma edição do Caderno Especial Gastronomia chega aos leitores. A vigésima terceira edição da publicação estará encartada dentro da edição deste domingo (21) do Jornal Cidade.

O gastronomia é considerado um dos guias mais completos da região, onde é possível encontrar muitas opções do mercado de comidas e bebidas de Rio Claro e região, assim como um conteúdo especial, preparado juntamente com os parceiros do jornal.

“Temos uma equipe comercial empenhada em fechar as parcerias de sucesso e que oferece  a maior qualidade aos clientes. São parceiros de qualidade e credibilidade, muitos estão conosco há anos e novos chegam sempre para agregar”, comenta Adriano Nadai, gerente comercial do Grupo JC de Comunicação.

MATÉRIAS

A linha editorial do caderno é pensada estrategicamente para atender a todos. “As pautas são pensadas em conjunto com a redação do JC, as equipes alinham os pensamentos e o trabalho flui de forma objetiva. O resultado de sucesso poderá ser conferido no caderno neste domingo, que chega aos assinantes dentro do JC e também para quem comprar o jornal nas bancas”, fala o gerente.

RUEDA

Jeffeson Rueda estampa as páginas do Caderno Especial Gastronomia nesta edição. O jovem chef de cozinha é conhecido mundialmente e dono de estabelecimentos de sucesso.

O Gastronomia traz um material especial sobre a carreira do chef, dono do Bar e Restaurante A Casa do Porco, localizado na cidade de São Paulo, e todos os passos já dados em sua carreira. A matéria conta ainda sobre os prêmios já conquistados e sobre o desafio da gastronomia nos dias de hoje.

Além do chef Rueda, a publicação apresenta conteúdo para todos os gostos. Comida vegana, marmitas, deliciosos doces, entrevistas com profissionais do ramo da carne, da cana de açúcar e muito mais. Confira!

Bolsonaro diz não ter controle sobre apoios

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira, 18, não ter influência sobre empresários que eventualmente financiem o envio de mensagens de WhatsApp contra o petista Fernando Haddad. “Eu não tenho controle se tem empresário simpático a mim fazendo isso. Eu sei que fere a legislação. Mas eu não tenho controle, não tenho como saber e tomar providência. Pode ser gente até ligada à esquerda que diz que está comigo para tentar complicar a minha vida me denunciando por abuso de poder econômico”, disse ao site “O Antagonista”.

O PT entrou nesta quinta-feira com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que seja investigada a denúncia de que empresas compraram pacotes de envio em larga escala de mensagens no WhatsApp contra a legenda e a campanha de Fernando Haddad (PT) à Presidência da República. A acusação foi publicada em matéria do jornal Folha de S.Paulo.

O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, negou que o partido tenha financiado o envio de milhares de mensagens com caixa 2. “Nem o PSL, nem a campanha e muito menos o candidato Jair Bolsonaro se prestam a esse tipo de papel. Toda e qualquer doação feita até hoje foram de recursos doados por meio da nossa plataforma, conforme a legislação” garantiu. “Vamos ver se conseguem provar. Caixa 2 e doações ilegais, isso está muito longe do PSL”, disse.

Bolsonaro recorreu ao Twitter para responder aos rivais. “PT não está sendo prejudicado por ‘fake news’, mas pela VERDADE”, escreveu. “Roubaram o dinheiro da população, foram presos, afrontaram a justiça, desrespeitaram as famílias e mergulharam o país na violência e no caos. Os brasileiros sentiram tudo isso na pele, não tem mais como enganá-los!”, escreveu.

O pedido petista para que o TSE torne Bolsonaro inelegível também teve a resposta da senadora Ana Amélia (PP-RS), candidata a vice na chapa de Geraldo Alckmin no primeiro turno. “O PT sempre usou isso (notícias falsas) para destruir a reputação dos outros. Ele está experimentando do veneno que espalhou antes”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Bruna Marquezine admite rompimento com Neymar, mas nega motivação política

Bruna Marquezine teve uma semana agitada. Em férias da televisão, ela viajou do Rio de Janeiro para a Europa e, de lá, foi parar em Fernando de Noronha. “Foi maravilhoso. Entrei de férias da TV, mas continuei trabalhando e viajando, então, foi muito bom parar (em Noronha). Acho até que vou voltar para relaxar mais um pouco. Lá é meu lugar preferido do mundo. Onde consigo me reconectar com a minha essência e com Deus”, disse a atriz.

Bruna esteve em São Paulo nesta quinta-feira, 18, para participar do desfile que celebrou os 30 anos da Le Lis Blanc, no Jockey Club. E admitiu, pela primeira vez, o fim do namoro com o jogador Neymar. “Vou pedir que não se prolongue nesse assunto, porque normalmente não falo da minha vida pessoal, espero que sejam compreensivos comigo”, ressaltou à jornalistas que cobriam o evento.

Na semana passada, Bruna negou o fim do relacionamento ao responder a indagação de uma seguidora no Twitter. Na ocasião, ela desmentiu boatos de que estava se desentendendo com Neymar por questões políticas.

Nesta quinta-feira, Bruna foi enfática ao negar que o cenário eleitoral brasileiro seja responsável por desentendimentos com o namorado. “Existe muito respeito e carinho por ele e por tudo o que a gente viveu. Só queria esclarecer que esse término não foi por desentendimento político, como ouvi por aí e li na internet muita gente escrevendo. E só quero esclarecer esse ponto porque estamos vivendo um momento muito crítico e perigoso. Um momento de muito ódio e, não, o término não teve nada a ver com isso”, concluiu a atriz. No entanto, Bruna não revelou o motivo da separação.

Seguidores do casal desconfiavam do clima ruim. Isso porque a atriz e o jogador deixaram de “curtir” publicações um do outro nas redes sociais. Bruna Marquezine publicou a última foto ao lado de Neymar no dia 28 de setembro, no Instagram dela.

Curiosamente, a última foto em que Bruna aparece ao lado do jogador no perfil de Neymar no Instagram também foi em 28 de setembro.

Evento de adoção de cães e gatos no Jardim Público neste sábado

A prefeitura de Rio Claro realiza neste sábado (20), das 9h30 às 13 horas, evento de adoção de animais em frente ao Coreto do Jardim Público. Dezoito animais serão disponibilizados para adoção, sendo 12 cães adultos e seis gatos filhotes. Quem se interessar pela adoção dos cachorros poderá escolher entre seis machos e seis fêmeas de pequeno, médio e grande porte. Os cães são vacinados, vermifugados e castrados, e os felinos vermifugados. Todos são aptos para adoção.

O evento de adoção é uma realização da Secretaria do Meio Ambiente, através Departamento Municipal de Proteção Animal (DPA) via Canil Municipal. Os interessados em adotar um animal devem comparecer munidos de documento pessoal e comprovante de endereço para a realização de entrevista. O procedimento também inclui uma visita da equipe do DPA à casa do adotante para verificar as condições do local para abrigar o animal de estimação.

“Os animais que estarão no evento são cães resgatados de maus tratos ou que foram abandonados e que estão à espera de um novo lar e carinho”, informa Giselle Pfeifer, diretora do Departamento de Proteção Animal. De acordo com ela, durante o evento será feita orientação a respeito da posse responsável. “A adoção deve ser feita com planejamento, atendendo aos cuidados necessários ao animal”, explica.

Além do evento de adoção, também haverá um brechó realizado pelos grupos de proteção animal “Matilha SRD” e “Afeto Pet”, venda de comida vegana feita pelo “Bicho É Vida” e venda de doces pelo “Os Vira-Latas”. “Toda a renda será destinada aos animais assistidos pelos grupos de proteção animal presentes no evento”, comunica Giselle Pfeifer.

 Canil municipal

Além do evento de adoção no sábado, os interessados em adotar também podem visitar o canil municipal, que abriga cerca de 160 animais entre cães e gatos, filhotes e adultos, todos vacinados e vermifugados. Todos os animais adultos também são castrados.

Localizado na Avenida das Indústrias, sem número, no Distrito Industrial, o canil municipal abre de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas, e aos sábados, das 8 às 12 horas. Aos domingos e feriados as visitas são feitas somente mediante agendamento pelo telefone 3532-4115, que atende em horário comercial. Os animais podem ser vistos pela internet, na página www.facebook.com/canilrioclaro

São Paulo amplia uso de fuzil pela Polícia Militar

Agência Brasil 

O governo do estado de São Paulo ampliou, desde o final de setembro, o uso de fuzis por policiais militares. O armamento, que era de uso permanente da corporação em operações específicas, será utilizado no policiamento ostensivo e preventivo, segundo informou o governo estadual. A medida traz novos elementos ao debate sobre segurança, intenso nesse período eleitoral,  sobre as soluções para diminuir a violência no estado.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, o objetivo é aumentar ainda mais o poder de reação dos PMs e também a percepção de segurança da população.

“Trata-se, portanto, de uma medida importante para a segurança pública, pois permite fazer frente a criminosos que atuam em ocorrências com grave risco de morte, como furtos e roubos a caixas eletrônicos e transportadores de valores”, informou a secretaria. A pasta acrescentou que sargentos, cabos e soldados habilitados poderão utilizar os fuzis, de acordo com estudos e com a estratégia operacional de cada região.

Já o ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Benedito Domingos Mariano, relativizou a eficiência da medida. “Do ponto de vista da diminuição da criminalidade, não vai ter efeito nenhum, eu acho que a polícia de São Paulo é muito bem equipada”, avaliou. Para ele, o armamento pesado se justifica apenas para ocorrências de enfrentamento ao crime organizado, que são minoria entre as ocorrências que a PM paulista enfrenta, e avalia que o armamento utilizado atualmente é suficiente.

Pesquisa

“Nós fizemos uma pesquisa sobre o uso da força com os dados do ano passado. Pela pesquisa, a ocorrência de confronto com o crime organizado representou 1% das ocorrências de intervenção policial de confronto. Ocorrências com o crime organizado justifica a polícia ter um armamento mais pesado. Para o policiamento ostensivo cotidiano, eu acho que não justifica ter armamento pesado nas viaturas”, avaliou.

O ouvidor acredita que, para uma queda nos crimes, a polícia precisa fortalecer o policiamento preventivo e comunitário, principalmente nas regiões periféricas da cidade. “Hoje a polícia atua mais em ocorrências de flagrante delito, quer dizer, depois ou quando o crime está acontecendo”, disse. “Acredito que o policiamento preventivo, que chega antes do crime, é mais eficaz do que uma política que visa ao flagrante delito”.

Para Mariano, o uso de armamento mais pesado pode representar maior segurança aos policiais, no entanto, ressaltou que a maioria deles morre fora do serviço. “De cada 10 policiais militares que morrem no estado de São Paulo, nove morrem quando não estão em atividade policial, estão de folga. Então evidente que na folga o policial não vai ter esse tipo de equipamento, de modo que, do ponto de vista prático, não vai mudar muita coisa”.

Segurança x insegurança

A gerente do Instituto Sou da Paz Carolina Ricardi ressalta que pesquisas já revelaram que  a maior parte das armas apreendidas no estado são de calibres menor ou equivalente ao armamento que a polícia militar já utiliza. Em relação aos crimes em que há uso de armas mais pesadas, como roubos a bancos ou de carga, ela avalia que as polícias já tinham à disposição, antes da ampliação do uso de fuzis pelo governo do estado, o armamento necessário para enfrentá-lo.

“Não é em um patrulhamento cotidiano que a polícia vai se deparar com um grande roubo a banco, isso é muito difícil. O roubo a banco, quando a polícia age, em geral, vem precedido de uma investigação, de uma denúncia, e aí há possibilidade de a polícia recorrer a um armamento mais pesado”.

Para Carolina, a ampliação do uso de fuzis não gera necessariamente sensação de segurança. “Dependendo da situação, pode gerar mais medo e mais insegurança porque é uma arma que, se mal usada, tem um poder letal muito maior, pode atingir muito mais gente e temos um problema que é: a polícia de São Paulo ainda tem um patamar alto de uso excessivo da força letal”. Do percentual de mortes violentas, entre 25% e 30% delas são praticadas por policiais, incluindo casos de legítima defesa e em serviço.

“O que precisamos é aumentar a investigação para, de fato, chegar com antecedência nesses crimes graves em que vão ser usadas essas armas longas; organizar a integração entre polícia civil e militar para fazerem operações bem efetivas e conseguir tirar de circulação esses criminosos que usam essas armas [de maior calibre]; rastrear as armas para saber de onde elas vêm”, defende.

Guerra às drogas

Para o professor de Criminologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e diretor do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), Edson Luis Baldan, o aumento do potencial das armas das polícias traz maior sensação de segurança aos policiais e, segundo ele, a medida era inevitável por causa da escalada da violência no fenômeno que chamou de guerra às drogas. Ele também foi delegado de 1990 a 2016.

Baldan é a favor que os policias tenham um poder de fogo igual ou superior ao dos possíveis criminosos, mas acredita que a solução para a Segurança Pública é mais complexa. “Por que nós chegamos nesse quadro? Isso começa há 50 anos quando aderimos à guerra às drogas. Essa expressão é muito simbólica porque nós passamos a utilizar equipamentos, estratégias, de combate – que é um termo militar – ao tráfico e drogas. O que nós temos obtido nesses 50 anos é um fracasso nessa guerra”, avaliou.

Segundo ele, o fácil acesso a drogas, rastro de pessoas mortas, feridas e encarceradas é o retrato de uma política criminal de combate às drogas “absolutamente falida”. “Se me perguntar se a medida [aumento no uso de fuzis] é necessária, a resposta é positiva também, porque os policiais não pediram para entrar nessa guerra”, acrescentou.

O professor acredita que é preciso abandonar o modelo de guerra às drogas. “Se nós começássemos hoje no plano legislativo, no plano de aplicação da lei penal pelos tribunais, um sistema de regulamentação do mercado de drogas – não vou falar liberação porque é uma palavra muito forte -, a tendência é que você descapitalizasse o crime organizado”.

“[É preciso] tratar a droga como problema de saúde pública e não como caso de polícia, ou pior, como sendo uma questão bélica, de guerra. Nesse caminho, obviamente se reduziria a ofensividade e o tipo de armamento e a frequência dos enfrentamentos [do crime organizado] com a polícia”, defendeu.

Ele citou exemplos de regulamentação do mercado de drogas, como Uruguai, Portugal, doze estados americanos e Holanda, em que houve o enfraquecimento das organizações criminosas pelo simples fato que elas passam a lucrar menos diante de um fornecedor regulamentado pelo estado.

Aumento da letalidade

Como consequência do uso de armamento mais pesado pela polícia, o professor de Criminologia  destaca ainda o aumento da letalidade. Ele exemplificou que, no estado do Rio de Janeiro, onde o uso de armas de maior calibre é mais antigo pelas polícias regulares, há um número elevado de balas perdidas e uma letalidade que envolve civis.

“Isso [aumento da letalidade] acontece com uma potencialidade muito maior quando existe o emprego de um armamento que é muito mais ofensivo, que tem uma energia vulnerante muito maior, que é o caso desses fuzis desses calibres que foram concebidos para operações de guerra e não para missões de segurança pública urbana em relação a civis. É esperado que haja sim uma elevação na letalidade”, avaliou, em especial, daquelas pessoas estranhas ao confronto policial.

“Como essas armas têm uma concepção para atingir longas distâncias e uma energia cinética e vulnerante muito maior, vão acabar atingindo pessoas que estão há dezenas, há centenas de metros de um palco onde esteja acontecendo eventual confronto armado entre polícia e supostos criminosos”, disse Baldan. “O que a experiência nos mostra é que a elevação do número de armas de fogo por região acarreta o aumento dos eventos de morte e de lesões nessa área”.

Filho de Bolsonaro é banido pelo WhatsApp

O WhatsApp baniu o número do Flavio Bolsonaro, filho do candidato do PSL à Presidência Jair Bolsonaro, do aplicativo. Flavio foi eleito senador pelo Rio no último dia 7 de outubro. A informação foi confirmada por Eduardo Bolsonaro irmão de Flavio, pelas redes sociais.

“Primeiro caso de banimento do whatsapp que tomo conhecimento ocorreu com o senador eleito @FlavioBolsonaro . O post que tenha motivado a punição não é informado. Se isso não é CENSURA eu não sei o que é…”, diz a postagem de Eduardo.

Ainda nesta sexta-feira, 19, o WhatsApp enviou notificação extrajudicial para quatro agências suspeitas de fazerem envio massivo irregular de mensagens durante o período eleitoral.

O aplicativo determina que as mesmas parem de fazer envio e de utilizar números de celulares obtidos pela internet. Na quinta-feira, 18, o jornal Folha de S.Paulo disse que empresas bancaram uma campanha de mensagens contra o PT e Fernando Haddad com pacotes de disparos em massa.

O comportamento, segundo o WhatsApp, fere as regras do aplicativo. O envio de mensagens com conteúdo eleitoral não é ilegal. Para isso, é necessário que os candidatos entregam os telefones e uma lista de apoiadores que voluntariamente os cederam seus dados.

No entanto, há a suspeita de que as agências venderam bases de usuários de terceiros, segmentadas por região e perfil, de origem desconhecida – o que é ilegal.

“Estamos tomando medidas legais para impedir que empresas façam envio maciço de mensagens no WhatsApp e já banimos as contas associadas a estas empresas”, informou em nota o WhatsAp

Autoridades devem anunciar medidas para o segundo turno

A nove dias do segundo turno das eleições, as autoridades preparam para hoje (19) anúncios sobre as prioridades para as votações no dia 28. O alerta ocorre no momento em que os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) trocam acusações sobre a existência de empresários que financiaram um esquema de disseminação de notícias falsas anti-PT.

À tarde haverá uma entrevista coletiva da qual participarão a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber; os ministros Raul Jungmann (Segurança Pública) e Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro.

A expectativa é de que sejam anunciadas as medidas institucionais adotadas em decorrência de questionamentos levantados no primeiro turno. Nas últimas horas, PT, PSL, PSOL e PDT se manifestaram sobre a divulgação e os impactos de fake news. Recorreram à Justiça eleitoral o PT e PSOL, enquanto os outros dois partidos também anunciaram que vão ingressar com ações.

Advertência

Ontem (18) Raquel Dodge advertiu sobre os riscos da disseminação de conteúdo falso. “O eleitor é o ator principal. Ele tudo pode, mas nem tudo convém. As fake news não convêm ao eleitor nem à democracia”, afirmou. “É preciso também que não haja abuso, não haja ilícito no modo como as pessoas se expressam, no modo como elas convencem os vizinhos e eleitores.”

A advertência ocorreu durante a reunião em que o combate à divulgação de notícias falsas nas redes sociais foi o tema principal. Participaram procuradores eleitorais e os advogados das campanhas de Bolsonaro e Haddad, além do ministro Edson Fachin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

Fair Play

Na reunião, Fachin  defendeu que os candidatos “joguem limpo” durante a campanha eleitoral. O TSE renova a conclamação feita aos representantes dos candidatos e a estende a todos. Pratiquemos o fair play [jogo limpo] que significa cumprir e fazer cumprir as regras do jogo”, disse.

Na tentativa de buscar soluções, Jungmann lembrou que a parceria com o TSE criou um sistema para dar mais agilidade às denúncias sobre suspeitas de irregularidades no processo de votação. No primeiro turno, vários vídeos falsos foram divulgados contra a credibilidade da urna eletrônica.

“Qualquer cidadão terá sua crítica registrada, investigada e apurada para termos a certeza de que o resultado do pleito venha traduzir a vontade democrática do povo brasileiro.”

Jornal Cidade RC
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