SP relaxará quarentena apenas em cidades com isolamento acima de 50%

Agência Brasil

O isolamento social no estado de São Paulo voltou a alcançar neste domingo (3) 59%, taxa considerada satisfatória pelo governo paulista. Na capital, o isolamento chegou a 58%. O ideal é a taxa acima de 70%, mas o governo considera satisfatórios índices entre 50% e 60%.

Segundo o governador João Doria, as cidades que não atingirem taxas satisfatórias e se mantiverem abaixo de 50% não vão participar do plano de relaxamento das medidas de isolamento, previstas para ter início no próximo dia 11, quando se encerrará o período de quarentena no estado.

“Não havendo índice superior a 50%, cidades estarão automaticamente excluídas de relaxamento”, disse Doria. Durante o período de quarentena, somente os serviços considerados essenciais – como logística, segurança pública, saúde e abastecimento – têm funcionado permitido no estado.

São Sebastião foi a cidade paulista com o mais alto índice de isolamento ontem, chegando a 69%, seguida por Ubatuba, com 67%.

De acordo com Doria, a quarentena adotada em São Paulo tem ajudado a diminuir a propagação do vírus. Se não fosse isso, haveria hoje 10 vezes mais mortes que as ocorridas até o momento, afirmou o governador. ” Se não tivéssemos feito o isolamento, São Paulo teria mais de 26 mil mortes. Ajudamos a salvar vidas de brasileiros em São Paulo”, disse Doria, em entrevista no Palácio dos Bandeirantes.

O governador reafirmou que não cederá a pressões partidárias ou de empresários para encerrar a quarentena no estado. Segundo Doria, a quarentena só será encerrada após a aprovação da ciência e da medicina. “Em São Paulo só faremos aquilo que a ciência e a medicina determinarem”, afirmou.

Ator Flávio Migliaccio é encontrado morto aos 85 anos

(FOLHAPRESS) – O ator Flávio Migliaccio foi encontrado morto em seu sítio em Rio Bonito, no Rio de Janeiro, na manhã desta segunda (4). Ele tinha 85 anos. A morte foi confirmada pela assessoria da Globo, onde ele era contratado.
Migliaccio nasceu no bairro do Brás, zona central de São Paulo, numa família de 17 irmãos -uma delas, Dirce Migliaccio, também atriz.
Ele contava ter descoberto os palcos quando, aos 14 anos, foi expulso do colégio católico onde estudava depois de denunciar o assédio que sofria dos padres -a experiência foi descrita no espetáculo autobiográfico “Confissões de um Senhor de Idade”, de 2017. Então, caminhava perto da igreja do Tucuruvi, na região norte, quando ouviu um grupo se apresentando no local.
Entrou, sentou-se e começou a assistir à peça. Gostou tanto do que viu que foi falar com o ator principal, dizendo que era capaz de fazer aquilo. O ator cedeu seu lugar para ele, que passou a desempenhar o papel com destreza. Migliaccio participou da companhia amadora por três anos, onde ainda trabalhou como diretor.
De origem pobre, o ator teve que arrumar outras ocupações, além do teatro, trabalhando como balconista e mecânico para ganhar dinheiro e sobreviver. A profissionalização só aconteceu em 1954 quando, depois de um curso com o italiano Ruggero Jacobbi, ele entrou no Teatro de Arena.
Seu primeiro papel foi o de um cadáver na peça “Julgue Você”, em 1954. Segundo o ator, havia muitas pulgas no espaço, e o figurino praticamente o impedia de respirar, obrigando-o a realizar um trabalho hercúleo de concentração com a plateia tão perto do palco.
Ali mesmo, ele participa de algumas das peças mais emblemáticas daquela transição para os anos 1960, como “Chapetuba Futebol Clube”, de Oduvaldo Vianna Filho, “A Revolução na América do Sul”, de Augusto Boal, e “Eles Não Usam Black-Tie”, de Gianfranceso Guarnieri.
Na mesma época, então com 25 anos, ele estreou no cinema em “O Grande Momento”, de Roberto Santos, considerado um dos precursores do Cinema Novo. Participaria ainda de clássicos do cinema brasileiro como “Cinco Vezes Favela” -ele pode ser visto no segmento “Um Favelado”, de Marcos Faria, e co-escreveu “Pedreira de São Diogo”, com Leon Hirszman-, “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, de Roberto Santos, e “Todas as Mulheres do Mundo”, de Domingos Oliveira.
Foi nos anos 1970, no entanto, que o ator tornou-se conhecido do grande público, na série da Rede Globo “Shazan, Xerife e Cia.”. Enquanto Paulo José interpretava o Shazan, ele fazia sua dupla Xerife entre 1972 e 1974.
Embora alguns atores odeiem ser marcados por um só papel, com Migliaccio isso não acontecia. Segundo ele, em relação ao personagem Xerife, dizia querer ser “desmoralizado” e ficar com aquele personagem para o resto da vida. O ator sempre gostou de Carlitos, de Charles Chaplin, e do Mr. Bean, de Rowan Atkinson.
Depois, foi eternizado com outro papel, o do Tio Maneco, da série “As Aventuras do Tio Maneco”, exibida pela TVE entre 1981 e 1985. Sua origem foi o filme homônimo de 1971, dirigido pelo próprio Migliaccio, e que ganhou a sequência “Maneco, o Super Tio”, de 1978.
Nas várias novelas da Rede Globo, ele ficou conhecido por sua atuação, entre outras, em “Rainha da Sucata”, “A Próxima Vítima”, “Vila Madalena”, “Senhora do Destino” e “Passione”.
Um de seus trabalhos mais recentes e marcantes foi no seriado da Rede Globo, exibido entre 2011 e 2015, “Tapas & Beijos”, como “seu Chalita”, dono de um restaurante árabe em Copacabana. Seu última aparição profissional foi, no entanto, no cinema, no longa independente “Jovens Polacas”, lançado no ano passado.

Araras: uso de máscaras passa a ser obrigatório no comércio; casos de Covid sobem para 24

Ramon Rossi

 Em decreto publicado no Diário Oficial do município, o prefeito Junior Franco (DEM) definiu que, para conter a disseminação do novo coronavírus, estabelecimentos de serviços considerados essenciais deverão proibir que pessoas sem máscara entrem no local. Segundo o texto, caberá a esses prestadores de serviços adotar as medidas necessárias para impedir a entrada e a permanência de pessoas que não estiverem fazendo o uso.

No último domingo (3) mais dois casos de Covid-19 foram confirmados. Ao todo, são 24 na cidade. Os dois pacientes já estavam internados em isolamento há alguns dias e aguardavam o resultado do exame para diagnóstico do caso. Além deles, há outros cinco ararenses que testaram positivo e seguiam internados até a noite desta sexta – três deles na UTI.

As 24 confirmações envolvem, além das sete pessoas hospitalizadas, 10 que testaram positivo e já estão liberadas para voltar às atividades normais, cinco que seguem em isolamento domiciliar por ainda estarem em período de transmissão e dois óbitos em decorrência da Covid-19.

 Até o momento, a cidade registra 131 notificações da doença – esses dados envolvem casos suspeitos em investigação, confirmados e também descartados. Além dos 24 pacientes que testaram positivo, há outros 100 já negativados após análises laboratoriais e 7 casos aguardando resultado de exames para diagnóstico do caso. As suspeitas notificadas envolvem pacientes de Araras, internados em hospitais da cidade e também profissionais que trabalham na área da saúde, além de pessoas que fizeram testes particulares em laboratórios credenciados de Araras.

No mesmo decreto, o chefe do Executivo estendeu o prazo da quarentena para dia 10 de maio, em decorrência da pandemia da Covid-19. É que de acordo com o Decreto nº 6.662, de 23 de março de 2020, a quarentena em Araras estava prevista até dia 30 de abril, mas teve de se adaptar, seguindo a determinação do Governo Estadual para todos os municípios paulistas.

Governo de SP determina uso obrigatório de máscaras em todo Estado

O Governador João Doria anunciou, nesta segunda-feira (4), a obrigatoriedade do uso de máscara em todo o estado por pessoas que circularem em espaços públicos, a partir de quinta-feira (7).

A regulamentação caberá às prefeituras, que definirão a fiscalização e a aplicação de penalidades a quem desobedecer a medida.

“A partir de hoje já passa a valer a obrigatoriedade do uso de máscaras em todos os meios de transporte público e privado e agora estendemos isso a toda população, com o objetivo de proteger os brasileiros de São Paulo, para que tenham menos possibilidade de serem infectados ou irem a óbito”, afirmou Doria.

A medida será publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (5) e está alinhada com as ações do Governo do Estado de São Paulo para frear o ritmo de contaminação da COVID-19.

Câmara pode votar reforma administrativa nesta segunda

*** Atualização às 13h25 – A sessão foi transferida para o horário habitual, às 17h30.

A expectativa nesta segunda-feira(4), em Rio Claro é sobre a votação do projeto da reforma administrativa na Câmara Municipal. A sessão terá início às 17h30 com transmissão na página do Facebook do Jornal Cidade. Se a reforma não for aprovada, a prefeitura terá que dispensar centenas de comissionados.

Entenda

O novo prazo obtido pela Prefeitura de Rio Claro para se cumprir a decisão judicial para exonerar centenas de servidores em cargos comissionados considerados ilegais na administração municipal vence nesta segunda-feira (4), informa o secretário de Negócios Jurídicos Rodrigo Ragghiante. Os prazos processuais gerais no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) foram prorrogados diante do enfrentamento ao novo coronavírus.

Internamente, a alta cúpula do Poder Executivo trabalha com várias possibilidades sobre o cumprimento da decisão. Isto porque há a expectativa de se colocarem para votação na sessão da Câmara Municipal, também nesta segunda-feira, os projetos de lei da Reforma Administrativa.

Prefeitura faz fiscalização no comércio de rua em Rio Claro

Com o objetivo de diminuir o ritmo de propagação do coronavírus e ampliar o índice de isolamento social, o município de Rio Claro começou a intensificar a fiscalização no comércio de rua.

Na manhã desta segunda-feira (04), a ação “Estou com Rio Claro e não abro” fiscalizou comércios com o auxílio da Guarda Civil Municipal, Polícia Militar e profissionais da Vigilância Sanitária que funcionavam na região central e em bairros, orientando os proprietários e funcionários.

O trabalho seguirá ao longo da semana, segundo o secretario de segurança, mobilidade urbana e trânsito, Marco Antonio Bellagamba

Bloqueios em São Paulo terão apenas corredores de ônibus liberados

(FOLHAPRESS)

A partir de amanhã, terça (5), São Paulo terá vias apenas com o corredor exclusivo de ônibus liberado para passagem de veículos. A informação foi dada na manhã desta segunda (4) pelo secretário de transportes municipal, Edson Caram, em entrevista ao programa SPTV, da Globo.
Segundo Caram, além dos ônibus e táxis, funcionários da área hospitalar (médicos, enfermeiros, administrativos, entre outros) poderão passar pelos bloqueios. Isso será possível através de um cadastro feito pelos próprios hospitais.
Não foi informado, no entanto, como outros trabalhadores considerados essenciais e pessoas que tenham compromissos, como consultas médicas, devem proceder para poder circular. O secretário e a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) afirmaram que isso, assim como a operacionalização dos novos bloqueios, serão comunicados ao longo do dia.
Segundo a CET, as intervenções de hoje não tiveram nenhuma intercorrência. Os dados da companhia registraram 21 km de lentidão e 11 km de congestionamento na cidade. Junto com a segunda-feira passada (27), foi o maior registro de lentidão na cidade pela manhã desde o começo da quarentena.
Os bloqueios foram feitos nesta segunda entre das 7h às 9h na avenida Moreira Guimarães com Miruna (zona sul); Santos Dumont com avenida do Estado (zona norte); Radial Leste com rua Pinhalzinho (zona leste); e Francisco Morato com rua Sapetuba (zona oeste).
Segundo a CET, não houve intercorrências em nenhum dos pontos bloqueados.

Ladrão que furtou caminhão em Rio Claro morreu em troca de tiros com a PM na Anhanguera

Uma ocorrência iniciada em Rio Claro com um furto de veículo terminou com a morte do acusado pelo crime na rodovia Anhanguera, em Araras. Na madrugada desta segunda-feira (04), um homem que ainda não teve a identidade revelada furtou um caminhão carregado com ração para aves que estava estacionado num posto de combustíveis na Avenida 80-A, no Jardim Village, em Rio Claro. O veículo era rastreado por uma empresa de segurança, que informou a Polícia Militar sobre o furto e passou a fornecer informações sobre a localização do caminhão Volvo 260, de cor branca, com placas de Rio Claro. Já na rodovia Anhanguera, na altura de Araras, o caminhão foi avistado por policiais do Batalhão da Policia Militar de Limeira. Segundo o setor de comunicação da PM de Limeira, “equipe de força tática se deparou com o caminhão pela rodovia Anhanguera sentido interior na qual foi dado ordem de parada que não foi obedecida pelo condutor, passando a acelerar o veículo, vindo a perder o controle e tombando na beira da rodovia”. Ainda segundo a PM, o homem saiu do veículo atirando contra os policiais, e acabou baleado na troca de tiros. O acusado não resistiu e morreu no local.

“Fake news”: foto de caixão sepultado sem corpo é de 2017

A imagem de um caixão sendo enterrado sem nenhum corpo, apenas com um saco plástico, que viralizou na internet nos últimos dias  com o objetivo de noticiar de que o número de mortes por Covid-19 está sendo elevado em Manaus é fake news. Na verdade, a foto é de 2017, em São Carlos, veiculada pela imprensa, na época, em uma reportagem para alertar sobre um golpe em que criminosos forjavam a morte de uma pessoa para receber valores de apólices de seguro de vida feita irregularmente, usando documentos dela.

A imagem foi utilizada em uma montagem, juntamente com uma  notícia falsa de que os caixões, em Manaus, estão sendo enterrados sem corpos dentro, para induzir que a população acredite que há menos mortos pelo coronavírus do que o anunciado pelas autoridades públicas.

O Estado do Amazonas é o quinto do Brasil com o maior número de pessoas infectadas. Além disso, já são 380 os óbitos registrados causados pela doença. A prefeitura de Manaus repudiou a informação de que caixões estejam sendo enterrados sem cadáveres dentro nos cemitérios públicos da cidade.

“O número de sepultamentos mais que triplicou nas últimas semanas, saindo de uma média diária de 30 (antes da pandemia) e já ultrapassando os 100 enterros”, informou.

Para frear notícias falsas, WhatsApp reduz em 70% reenvio de mensagens virais

(FOLHAPRESS) – Bombardeado por grupos que disseminam mensagens falsas em todo o mundo, o WhatsApp anunciou que houve redução em 70% do número de mensagens frequentemente encaminhadas.
No começo do mês, a empresa atualizou o aplicativo limitando o reenvio de conteúdos populares para um contato por vez. Antes, uma mensagem retransmitida diversas vezes podia ser repassada pelo usuário para até cinco pessoas ou grupos.
O objetivo, segundo o WhatsApp, é combater a desinformação e reforçar o caráter privado e pessoal da plataforma. Durante a pandemia do novo coronavírus, o aplicativo tem sido um dos principais canais de disseminação de notícias falsas.
Mais da metade das sugestões enviadas ao site do Comprova, coalizão que reúne 24 veículos de imprensa na checagem de conteúdos sobre coronavírus, são informações que circulam no WhatsApp. Nos últimos 30 dias, 58% das cerca de 6.000 mensagens recebidas eram do aplicativo de mensagem, de acordo com Sérgio Lüdke, editor do projeto.
“Os usuários se sentem mais confortáveis para falsificar informações nos aplicativos de mensagens porque são ferramentas que deixam pouco vestígio”, diz Lüdke. “No WhatsApp, uma pessoa que envia uma mensagem pode dizer que a recebeu de alguém, e isso causa pouco constrangimento”.
Nas redes sociais, o registro da data e do horário das publicações, bem como uma lista de contato mais ampla, deixa os usuários mais cautelosos quanto ao conteúdo publicado, segundo Lüdke.
Assim como no Brasil, outros países do mundo são inundados com notícias falsas. No Canadá, por exemplo, manifestações nas redes estimularam protesto na cidade de Vancouver neste mês. Manifestantes favoráveis a reabertura da economia afirmavam que o coronavírus não passa de “fake news”.
Manifestação parecida aconteceu no estado de Ohio, nos Estados Unidos, onde dezenas de pessoas protestaram em frente à sede do governo.
No Brasil, a pandemia do coronavírus reativou grupos militantes no WhatsApp e aumentou a produção das notícias falsas, segundo Fabrício Benevenuto, professor do Departamento de Ciência da Computação da UFMG e coordenador do sistema WhatsApp Monitor, que acompanha 720 grupos públicos no aplicativo.
As mensagens costumam ter o mesmo padrão: acusam os governadores de inflarem números, trazem relatos de pessoas que se passam por profissionais da saúde ou coveiros negando a gravidade da pandemia ou apelam para que as pessoas voltem a trabalhar. A produção de notícias falsas cresce em dias de grandes acontecimentos, como as demissões dos ex-ministros do governo Bolsonaro Sergio Moro e Luiz Henrique Mandetta, segundo Benevenuto.
A atualização do aplicativo, que limita o reenvio de mensagens populares, é uma boa iniciativa para frear a disseminação das notícias falsas, mas não o suficiente para barrá-las, segundo o professor de gestão de políticas públicas da USP e colunista da Folha Pablo Ortellado.
Segundo ele, a atualização não impede efetivamente uma pessoa com motivação política de disseminar as notícias falsas. Apesar de limitar o reenvio de mensagens para um contato por vez, não há número máximo para encaminhamento de conteúdos, e o usuário ainda pode enviá-los para quantas pessoas quiser.
Por isso, ele defende desabilitar as listas de transmissão -que hoje alcançam até 255 contatos- e diminuir o tamanho de grupos.
Ortellado afirma também ser necessário que apenas contatos possam incluir pessoas em grupos. Hoje esse recurso não é padrão e precisa ser alterado de forma manual. “A situação atual é urgente e exige mais rapidez”, afirma.
O professor da UFMG Fabrício Benevenuto também afirma ser fácil driblar o limite de reenvio de mensagens do WhatsApp. Se o usuário baixar um arquivo no seu aparelho e encaminhá-lo, por exemplo, o conteúdo deixa de ser considerado popular.
As chamadas mensagens encaminhadas com frequência são rotuladas no aplicativo com setas duplas. A sinalização indica que a mensagem não se originou de um contato próximo.
No início do mês, o WhatsApp, que pertence ao Facebook, afirmou ter observado aumento significativo na quantidade de encaminhamentos, o que pode “contribuir para a disseminação de informações erradas”.
Além de limitar o reenvio de mensagens, o WhatsApp afirma que lançou em parceria com a OMS (Organização Mundial da Saúde) um sistema gratuito para tirar dúvidas e informar sobre a evolução do novo coronavírus e os cuidados para conter a contaminação da doença.
A ferramenta chamada Alerta de Saúde responde a uma série de solicitações por meio de mensagens automáticas e funciona durante 24 horas. Para acessá-la, basta salvar o número +41 22 501 7735 na agenda de contatos do telefone e enviar qualquer palavra em uma mensagem no WhatsApp.
A empresa afirma também ter doado US$ 1 milhão (R$ 5,56 milhões) à IFCN (Rede Internacional de Checagem de Fatos) para expandir o número de organizações de averiguação que trabalham com a plataforma.

Moro entrega à PF íntegra de conversa em que Bolsonaro pressiona por troca na corporação

(FOLHAPRESS) – O ex-ministro da Justiça Sergio Moro entregou à Polícia Federal o histórico de conversas recentes com Jair Bolsonaro pelo WhatsApp, incluindo o diálogo em que o presidente pressiona pela saída de Maurício Valeixo da diretoria-geral da Polícia Federal.
No depoimento de sábado (2), Moro repassou ainda o conteúdo das conversas com a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), aliada do presidente. Numa das mensagens já reveladas pelo ex-ministro, a parlamentar tenta interceder para que ele fique no governo em troca de uma nomeação ao STF.
Como exemplo das pressões que disse ter sofrido, Moro relatou no depoimento reuniões com Bolsonaro que contaram com a presença de outros ministros.
Após o depoimento, o ex-ministro teve que aguardar os peritos da Polícia Federal acessarem seu aparelho celular. O aparelho foi espelhado em um HD da PF, e Moro permitiu que os investigadores recuperassem mensagens antigas apagadas por ele, já que não teria arquivado todos os diálogos que teve com Bolsonaro desde o começo o governo.
No depoimento, o ex-ministro manteve as acusações contra o presidente a quem atribuiu uma tentativa de interferência em investigações conduzidas pela PF.
Na troca de mensagens pelo WhatsApp, o presidente cobra do ministro a mudança do comando da PF devido ao inquérito das fake news que corre no STF e que teria como alvo deputados bolsonaristas.
Todo o histórico de conversa entre ele e Bolsonaro foi copiado pelos investigadores que anexaram à investigação aberta pela PGR (Procuradoria Geral de República) para investigar se o presidente tentou ou não interferir em investigações da PF.
Parte da conversa foi apresentada por Moro ao Jornal Nacional, da TV Globo, no dia 24, logo após o presidente o chamar de mentiroso.
Na troca de mensagens, que a Folha também teve acesso, Bolsonaro lhe envia uma matéria do site O Antagonista intitulada “PF na cola de 10 a 12 deputados bolsonaristas”. Em seguida, o mandatário escreve: “Mais um motivo para a troca”, se referindo à sua intenção de tirar Valeixo do comando da corporação.
O inquérito citado pela reportagem do site foi aberto para apurar fake news e ameaças contra integrantes da corte.
DEPOIMENTO
Moro ficou por mais de oito horas na sede da Polícia Federal em Curitiba prestando depoimento e compartilhando o conteúdo do seu aparelho celular aos investigadores.
O ex-ministro estava acompanhado de um advogado e, segundo presentes, ficou calmo durante toda a oitiva, que foi interrompida por apenas uma vez para que eles pudessem ir ao banheiro.
As mensagens, segundo o ex-ministro, provam que ele não condicionou aceitar a troca na PF a uma futura indicação.
No sábado, o presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para criticar o depoimento. O chefe do Executivo chamou Moro de “Judas”. Moro reagiu ao comentário do presidente no domingo. “Há lealdades maiores do que as pessoais”, disse o ex-juiz pelo Twitter.
De acordo com assessores próximos ao ex-ministro, Moro se disse aliviado com o depoimento. Ele afirmou ainda a aliados que não havia motivo para se preocupar porque todas as acusações feitas por ele foram precedidas de material probatório.
O depoimento é considerado um dos principais elementos do inquérito que pode levar à apresentação de denúncia contra ele mesmo ou contra o Bolsonaro.
A oitiva, que durou mais de sete horas, foi o primeiro passo da apuração iniciada após Moro pedir demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no último dia 24, com graves acusações ao chefe do Executivo.
A investigação foi aberta a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, e autorizada pelo ministro Celso de Mello, do STF, relator do caso.
O objetivo é descobrir se as acusações são verdadeiras ou, então, se o ex-juiz da Lava Jato cometeu crimes ao mentir sobre Bolsonaro.
Na visão de Aras, oito delitos podem ter sido cometidos: falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, obstrução de Justiça, corrupção passiva privilegiada, prevaricação, denunciação caluniosa e crime contra a honra.
De acordo com interlocutores do PGR, Moro pode ser enquadrado nos três últimos e Bolsonaro, nos seis primeiros.
Nada impede, no entanto, que a investigação encontre outros crimes além desses e os denuncie por isso.
Depois de ouvir Moro, a PF deve realizar outras diligências para buscar mais provas e informações sobre o caso.
O procurador-geral pode fazer o mesmo, mas ele tem indicado a pessoas próximas que deixará os detalhes da apuração a cargo da polícia e decidirá ao final o oferecimento ou não da denúncia.
Depois deste sábado, os delegados que apuram os fatos podem entender, por exemplo, que é necessário colher o depoimento de Maurício Valeixo, diretor-geral da PF enquanto Moro era ministro e pivô da crise com Bolsonaro.
Isso porque, segundo o ex-juiz da Lava Jato, o chefe do Executivo queria retirá-lo do comando da corporação para colocar alguém da sua relação pessoal no cargo. A intenção seria dar acesso ao presidente a relatórios de inteligência e informações sobre investigações em curso, o que não é permitido pela legislação.
Além de Valeixo, a PF pode colher o depoimento outras pessoas mencionadas por Moro e também do próprio Bolsonaro. Nesse caso, porém, por se tratar do presidente da República, que tem foro privilegiado, seria necessária autorização do STF. E o chefe do Executivo poderia ajustar com o magistrado o horário e local adequado para isso.
Quando Michel Temer estava na Presidência e era investigado, por exemplo, o ministro Edson Fachin permitiu que ele prestasse o depoimento por escrito. No caso de Moro, o depoimento foi colhido pela delegada Christiane Correa Machado, chefe do Serviço de Inquéritos Especiais, grupo responsável por apurar os casos em curso no STF.
Além dela, Aras designou três procuradores da República para a oitiva: Herbert Mesquista, Antonio Morimoto e João Paulo Tavares.
A investigação, contudo, não tem uma data definida para acabar. O Código de Processo Penal até estabelece que os inquéritos têm de ser concluídos em 30 dias ou em 10 dias se envolver réu preso.
Esse prazo, no entanto, nunca é respeitado, inclusive nas investigações que correm perante o STF. O despacho do ministro Celso de Mello obrigando a PF a ouvir Moro em até 5 dias, e não em 60 dias, como havia determinado inicialmente, é um indicativo de que o magistrado quer acelerar as apurações. Não dá para afirmar, porém, até quando elas se estenderão.

Saque-aniversário para nascido em março e abril começa hoje

Agência Brasil

Os trabalhadores nascidos em março e abril que aderiram ao saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) podem ter acesso ao dinheiro a partir de hoje (4). O valor estará disponível hoje ou 11 de maio, conforme a escolha do trabalhador.

Essa modalidade permite a retirada de parte do saldo de qualquer conta ativa ou inativa do fundo a cada ano, no mês de aniversário, em troca de não receber parte do que tem direito em caso de demissão sem justa causa.

pagamento é feito conforme cronograma por mês de nascimento. Os trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro receberam os valores no mês passado.

Os valores ficam disponíveis para saque até o último dia útil do segundo mês subsequente ao da aquisição do direito de saque. Por exemplo: se a data de aniversário for dia 10 de setembro, o trabalhador terá de 1 de setembro a 30 de novembro para efetuar o saque. Caso o trabalhador não saque o recurso até essa data, ele volta automaticamente para a sua conta no FGTS.

O valor a ser liberado varia conforme o saldo de cada conta em nome do trabalhador. Além de um percentual, ele receberá um adicional fixo, conforme o total na conta. O valor a ser sacado varia de 50% do saldo sem parcela adicional, para contas de até R$ 500, a 5% do saldo e adicional de R$ 2,9 mil para contas com mais de R$ 20 mil.

Ao retirar uma parcela do FGTS a cada ano, o trabalhador deixará de receber o valor depositado pela empresa caso seja demitido sem justa causa. O pagamento da multa de 40% nessas situações está mantido. As demais possibilidades de saque do FGTS – como compra de imóveis, aposentadoria e doenças graves – não são afetadas pelo saque-aniversário.

prazo de adesão ao saque-aniversário começou em janeiro. Ao optar pela modalidade, o trabalhador teve de escolher a data em que o valor esteja disponível: 1º ou 10º dia do mês de aniversário. Quem escolheu o 10º dia retirará o dinheiro com juros e atualização monetária sobre o mês do saque.

Como sacar

As retiradas podem ser feitas nas casas lotéricas e terminais de autoatendimento para quem tem senha do Cartão Cidadão. Quem tem Cartão Cidadão e senha pode sacar nos correspondentes Caixa Aqui, caso esses estabelecimentos estejam autorizados a abrir. Basta apresentar documento de identificação.

Jornal Cidade RC
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