‘Fundão’: liminar suspende uso de milhões pelo Daae

A Justiça suspendeu os efeitos do Decreto Municipal nº 11.823/2020, publicado pela Prefeitura, em que autoriza o Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) a fazer uso de vários milhões existentes no chamado Fundo de Compensação Tarifária dos Serviços de Esgoto (FCTSE), publicado no Diário Oficial do Município no dia 5 de maio. A decisão liminar atende a um mandado de segurança interposto pela BRK Ambiental, concessionária responsável pelo tratamento de esgoto do município através da PPP (parceria público-privada) com a autarquia.

O decreto foi uma maneira que o Poder Executivo encontrou para poder utilizar os recursos do ‘fundão’, que tem um patrimônio estimado em cerca de R$ 14 milhões, com a justificativa de garantir o pagamento de insumos, energia elétrica, serviços de manutenção de rede e outros similares, inclusive folha de pagamento dos servidores em razão da pandemia do novo coronavírus. O documento garantia o uso de até 50% do valor que integra o FCTSE e suspendia o repasse de 5% da tarifa para compor o patrimônio.

No mandado de segurança, a BRK sustenta que o decreto é ilegal e contraria o disposto na Lei Municipal nº 3.730/2007, ao que se servem as autoridades coatoras para o desvio da finalidade na utilização dos recursos previstos, alterando a destinação dos valores que compõem o FCTSE e a sua própria composição, configurando, inclusive, ato de improbidade administrativa. Em nota, a concessionária reforça “a importância da preservação do fundo garantidor nos termos do edital e do contrato, de modo a conferir a segurança jurídica necessária para a continuidade da prestação dos serviços e dos investimentos em saneamento básico”, comunica.

Relembre

A decisão de se fazer uso de decreto ocorreu após a reação negativa entre os vereadores da oposição ao projeto de lei, que havia sido enviado à Câmara Municipal em abril, que autorizaria tal utilização do dinheiro. Isto porque a proposta avançou a toque de caixa, sem apresentação de planilha de gastos e custos. Após a má repercussão e probabilidade de o projeto ser derrubado, a Prefeitura publicou o decreto que agora está sem efeitos.

DAAE

À reportagem, o superintendente do Daae Paulo Bortolotti informou que o município irá recorrer da decisão liminar. “Estamos preparando o material. O Daae, hoje, está conseguindo honrar com os custos, mas a arrecadação caiu e está começando a ficar no limite. [Se conseguirmos usar o Fundo] será pelo menos para que fique como garantia para continuarmos abastecendo a população, mas claro que vamos buscar outros meios para que isso não deixe de ser feito”.

Adversários, Doria e Bolsonaro adotam trégua em reunião com governadores

RICARDO DELLA COLETTA E THIAGO RESENDE -BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Adversários políticos e protagonistas de intensas trocas de acusações, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), abandonaram o tom belicoso das últimas declarações durante reunião virtual do mandatário com chefes dos governos estaduais.

Doria, que já foi chamado de “gravatinha” por Bolsonaro e disse que o mandatário vive numa “redoma em Brasília”, pregou paz quando falou na teleconferência.

“Este é o sentimento dos governadores do Brasil. Vamos em paz, presidente, vamos pelo Brasil, e vamos juntos. É o melhor caminho e a melhor forma de vencer a pandemia”, declarou o governador.

Participaram da videoconferência de Bolsonaro com os governadores os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Na rápida reunião, Bolsonaro avisou que sancionará o projeto de lei que cria uma rede de auxílio financeiro aos demais entes federados e disse que vetará um dispositivo que abre brecha para que haja reajuste ao funcionalismo público. O presidente pediu apoio aos governadores para articular no Congresso Nacional a manutenção desse veto.

“Quero exaltar e cumprimentar a forma como essa reunião está sendo conduzida, para a união de todos. O Brasil precisa estar unido para vencer e ajudar e proteger a saúde dos brasileiros. O nosso foco neste momento é exatamente esse, proteger os brasileiros. A existência de uma guerra coloca todos em derrota. Ninguém ganha numa guerra”, acrescentou Doria.

Em suas intervenções, Bolsonaro agradeceu a manifestação de Doria e evitou entrar em confronto com seu adversário político.

“O motivo da reunião é uma continuidade, um esforço de todos, na busca de minorar e mitigar problemas e atingir na ponta da linha aqueles que são afetados por essa crise, que nós não sabemos ainda o tamanho da sua dimensão. Ela realmente em muito prejudicou não só o Brasil, mas o mundo todo”, afirmou Bolsonaro.

“O governo federal, se Deus quiser, sancionará hoje mesmo esse projeto com vetos. Os quais, segundo o nosso entendimento, devem ser mantido para todos nós”, acrescentou.

O tom ameno entre Bolsonaro e Doria foi completamente oposto ao da última vez que ambos participaram de uma videoconferência, em 25 de março. Na ocasião, Doria cobrou “serenidade, calma e equilíbrio”, e ameaçou ir à Justiça se o governo federal confiscasse respiradores mecânicos para doentes graves com Covid-19.

Bolsonaro, por sua vez, reagiu de forma ríspida e acusou o governador de, nas eleições, apoderar-se do seu nome para se eleger governador.

“Subiu à sua cabeça a possibilidade de ser presidente do Brasil. Não tem responsabilidade. Não tem altura para criticar o governo federal”, disse o presidente ao tucano. “Se você não atrapalhar, o Brasil vai decolar e conseguir sair da crise. Saia do palanque”, acrescentou Bolsonaro em março.

Informação de que lockdown foi decretado em São Paulo é falsa

Circula nas redes sociais uma falsa informação de que o Governo do Estado de São Paulo teria decretado lockdown.

Preocupado com o combate às fake news, o Governo refutou a informação e afirmou que os dados utilizados no boato são de uma proposta feita por um deputado, portanto não tem relação nenhuma com qualquer decisão governamental.

Sequestro relâmpago termina em roubo de R$60 mil em Lotérica de Rio Claro

A Polícia Militar de Rio Claro atendeu a uma ocorrência de sequestro relâmpago seguido de roubo em uma agência lotérica nesta quarta (20). A vítima foi uma mulher de 41 anos, funcionária do estabelecimento comercial, que foi feita de refém por dois assaltantes. Os criminosos roubaram R$ 60 mil.

Segundo a vítima, ela chegou à sua residência e abordada pela dupla, sendo obrigada entrar em sua casa, onde estavam outras duas vítimas, de 21 e 22 anos. O namorado da vítima, de 38 anos, também chegava ao local e foi rendido pelos ladrões.

A funcionária da lotérica e um dos jovens foram levadas pelos criminosos até a agência, e os indivíduos abriram o cofre para roubarem o dinheiro. Em seguida, as vítimas foram liberadas e o carro delas foi abandonado no Jardim Portugal, próximo do bairro Santana.

O namorado da funcionária da lotérica e a quarta vítima ficaram amarrados com cadarço em um dos cômodos da residência.

As informações são do repórter Gilson Santullo.

Congelar salário de servidor é o remédio menos amargo, diz Bolsonaro ao pedir apoio a veto a reajustes

THIAGO RESENDE E RICARDO DELLA COLETTA – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

Em reunião virtual com governadores, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu nesta quinta-feira (21) apoio para que o congelamento salarial até o fim de 2021 tenha efeito para todos os servidores da União, estados e municípios.

“É bom para o servidor, porque o remédio é o menos amargo, mas é de extrema importância para todos os 210 milhões de habitantes”, disse o presidente, lembrando que trabalhadores da iniciativa privada estão perdendo empregos na crise ou sofrendo corte salarial e que a renda dos trabalhadores informais também caiu por causa da pandemia do novo coronavírus.

Bolsonaro anunciou que irá sancionar o pacote de socorro financeiro aos estados e municípios, estimado em R$ 125 bilhões, com quatro vetos. Um deles é ao trecho que abre brecha para algumas categorias do funcionalismo recebam novos reajustes.

Diante do tombo na economia e na arrecadação causado pela pandemia, o Congresso aprovou um pacote de aproximadamente R$ 125 bilhões de auxílio aos governadores e prefeitos. A única contrapartida -congelamento salarial do funcionalismo- foi flexibilizada com o apoio de Bolsonaro. Isso expôs uma disputa interna do governo sobre o controle de gastos públicos.

A articulação da ala política do governo foi contrária à orientação do ministro Paulo Guedes (Economia), por permitir reajuste a algumas corporações, como policiais federais, Forças Armadas, profissionais da saúde e professores, mesmo durante o período de crise econômica.

Após repercussão negativa, o presidente recuou e prometeu vetar esse trecho. Agora, em reunião com governadores, Bolsonaro pede apoio para que as bancadas regionais no Congresso não derrube o veto, o que blindaria categorias do congelamento salarial previsto até o fim de 2021.

Secretários de fazenda estaduais cobram a sanção do projeto -quando a medida entra em vigor- para que o repasse de recursos seja feito e alivie o caixa dos governos regionais. Com a demora na sanção, alguns estados aprovaram aumento salarial a servidores.

Ao lado de Bolsonaro na reunião, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o plano de ajuda aos estados e municípios a ser sancionado irá, num primeiro momento, garantir a estrutura para combater a Covid-19.

Em abril, o embate em torno do pacote de socorro foi entre Maia e Guedes. O presidente da Câmara articulou uma derrota ao governo, quando a Câmara aprovou uma versão do projeto considerada uma bomba fiscal pela equipe econômica.

Guedes, então, se alinhou ao Senado para desidratar a proposta de Maia e aprovou um plano financeiro mais enxuto.

Dos R$ 125 bilhões do pacote, R$ 60 bilhões são de repasses diretos ao caixa dos governos regionais, que pedem ao Planalto dinheiro para enfrentar a pandemia e para manter a máquina pública funcionando.

Inicialmente, o Ministério da Economia defendeu um repasse de R$ 40 bilhões. O pacote de Maia não previa um valor fixo e, segundo o Tesouro Nacional, poderia representar um custo até maior que R$ 200 bilhões.

“Chegou a hora de darmos as mãos, de levantarmos a bandeira branca, estamos vivendo um momento excepcional, um momento de guerra. e numa guerra todos perdem”, disse o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que também participou da reunião desta quinta.

O primeiro governador a falar foi o do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB). Ele pediu sanção do auxílio aos estados e disse que a maioria dos governadores apoiará a manutenção do veto de Bolsonaro ao reajuste do funcionalismo público. Segundo Azambuja, não é possível discutir aumento para os servidores no meio da crise do coronavírus.

“Sabemos que o senhor está sofrendo pressões, nós todos estamos, mas acho que é um momento de unidade nacional, que todos nós estamos dando uma cota de sacrifício. A maioria dos governadores entende importante, se o sr assim achar, vetar esse aumento salarial para servidores”, discursou
Azambuja.

Ministério da Saúde divulga diretrizes para tratamento medicamentoso de pacientes

O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (20) as orientações para ampliar o acesso de pacientes com COVID-19 ao tratamento medicamentoso precoce, ou seja, no primeiros dias de sintomas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento traz a classificação dos sinais e sintomas da doença, que pode variar de leve a grave; e a orientação para prescrição a pacientes adultos de dois medicamentos associados à azitromicina: a cloroquina e o sulfato de hidroxicloroquina. A escolha do melhor tratamento para a doença pode variar de acordo com os sinais e sintomas e a fase em que o paciente se encontra. Esses dois medicamentos já eram indicados para casos graves, hospitalizados.

O acesso desses medicamentos só é possível por meio de prescrição médica. Ou seja, é de competência do médico, em concordância declarada por escrito pelo paciente, o uso do tratamento medicamentoso. O ministério elaborou ainda um Termo de Ciência e Consentimento para uso de Hidroxicloroquina/Cloroquina. Para ampliar a recomendação para o uso precoce da doença, o Ministério da Saúde levou em consideração a existência de diversos estudos sobre o uso da cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da COVID-19.

De acordo com a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, as orientações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde garantem o princípio da equidade defendido pelo SUS como uma realidade a todos os brasileiros, independentemente de classe social. “Estamos respeitando o direito que os profissionais médicos têm de prescrever a seus pacientes o que já é prescrito nos serviços privados do país”, afirmou.

O objetivo da formulação das diretrizes, pelo Ministério da Saúde, é orientar e uniformizar a informação para os profissionais de saúde que atendem na rede pública de saúde. O documento também alerta para o risco da autoprescrição por parte da população. O consumo da cloroquina e do sulfato de hidroxicloroquina, sem avaliação e prescrição médica, pode resultar em prejuízos à saúde e redução da oferta para pessoas com indicação precisa para o seu uso. Para os profissionais de saúde, o Ministério alerta para a necessidade de, antes do uso dos medicamentos, realizar avaliação dos pacientes por meio de anamnese, exame físico e exames complementares.

Recentemente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) propôs que os médicos considerassem a prescrição da cloroquina e da hidroxicloroquina, em condições excepcionais, a partir do consentimento do paciente para tratamento da COVID-19. 

Medicamentos dessa classe terapêutica já são disponibilizados no SUS para tratamentos de outras doenças, como a malária, lúpus e artrite reumatóide. O Ministério da Saúde esclarece que, até o momento, não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo coronavírus.

ORIENTAÇÕES

Para os casos leves, o médico poderá prescrever a cloroquina ou hidroxicloroquina, combinados com a azitromicina, para pacientes que apresentarem os sintomas: perda do paladar e olfato, febre, coriza, diarreia, dor abdominal, tosse, fadiga, dores musculares e cefaleia. O tratamento medicamento só será utilizado caso esses sintomas ocorram nos cinco primeiros dias do início desses sinais.

Se enquadram em pacientes com sinais e sintomas moderados àqueles que tiverem tosse e febre persistente diária, ou tosse persistente associada à piora progressiva de outro sintoma relacionado à COVID-19. Também é considerado moderado o paciente que tiver pelo menos um desse sintomas já mencionados, além da presença de fator de risco, como diabetes, hipertensão. Neste caso, o médico deve considerar a internação hospitalar, além de afastar outras causas de gravidade; avaliar presença de infecção bacteriana; considerar o uso de imunoglobolina humana, anticoagulação e corticoterapia. Neste caso, o tratamento medicamento também só será utilizado caso esses sintomas ocorram nos cinco primeiros dias do início desses sinais.

Já a classificação de pacientes com sinais de gravidade são: dispneia e/ou desconforto respiratório, ou pressão persistente no tórax, ou saturação de O² menor que 95% em ar ambiente, ou coloração azulada de lábios ou rosto. Para o atendimento destes pacientes também será preciso considerar a internação hospitalar, além de afastar outras causas de gravidade; avaliar presença de infecção bacteriana; considerar o uso de imunoglobolina humana, anticoagulação e coticoterapia. No âmbito do atendimento medicamentoso, também só é válido para pacientes que apresentem esses sintomas nos cinco primeiros dias do início desses sinais.

AQUISIÇÃO NO PAÍS

O Ministério da Saúde está intensificando a produção da cloroquina nos laboratórios brasileiros e fazendo contatos internacionais para trazer ao Brasil o princípio ativo da hidroxicloroquina, hoje em falta em todo o mundo. A cloroquina já era ofertada no SUS para pessoas com malária. Além disso, a pasta está trabalhando para que o estoque de azitromicina também possa ser garantido nos estados e nos municípios.

Neste ano, o Ministério da Saúde adquiriu 3 milhões de comprimidos de cloroquina 150 mg, produzidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além disso, o Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército (LQFEX) produziu 1 milhão de comprimidos e colocou à disposição da pasta. O Ministério da Saúde negocia com esses laboratórios novas aquisições do medicamento.

Até o momento, foram distribuídos 2,9 milhões de comprimidos de cloroquina em três envios distintos para os estados, com base no número de casos confirmados apresentados nos Boletins Epidemiológicos do Ministério da Saúde.

A hidroxicloroquina é adquirida pelos estados para a sobrevida e controle de pacientes portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico e Artrite Reumatoide. Atualmente no Brasil, existem quatro empresas com registros válidos junto à Agência de Vigilância Sanitário (Anvisa) desse medicamento: Apsen Farmacêutica, Sanofi Aventis, Medley Sanofi no Brasil, e EMS Indústria Farmacêutica. Essas empresas são responsáveis por abastecer o mercado público e privado no país.

Mundo ultrapassa 5 milhões de casos confirmados de Covid-19

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O número de casos confirmados de Covid-19 ao redor do mundo chegou a 5 milhões na madrugada desta quinta-feira (21), e o número de mortes provocadas pelo vírus já passa de 328 mil. Os números constam de levantamento da Universidade Johns Hopkins.

O vírus foi registrado pela primeira vez na cidade de Wuhan, na China, e o contágio foi comunicado à OMS (Organização Mundial da Saúde) em 31 de dezembro de 2019.

A dura quarentena aplicada pelo governo chinês a partir de janeiro não foi suficiente para impedir que o novo coronavírus deixasse a China e se espalhasse pelo mundo. A Covid-19, nome da doença provocada pelo novo coronavírus, já foi registrada em 188 países.

Desde que o mundo alcançou a marca de 1 milhão de casos de Covid-19, no início de abril, a doença segue em expansão em ritmo estabilizado. Em média, o mundo registra 1 milhão de novos casos confirmados a cada 12,3 dias.

A marca de 4 milhões de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus no mundo foi atingida em 9 de maio. Entre as marca de 4 milhões e 5 milhões de casos, passaram-se 12 dias, confirmando a tendência de estabilização do ritmo de avanço do vírus.

Se esse ritmo for mantido, o mundo poderá chegar a 6 milhões de casos do novo coronavírus no início de junho.

O Brasil é, atualmente, o terceiro principal epicentro da Covid-19. Com cerca de 291 mil casos confirmados, o país só fica atrás dos Estados Unidos (1,5 milhão) e da Rússia (308 mil).

Doze dias atrás, o Brasil registrava metade do número atual de casos (145 mil) e era apenas o oitavo país com mais contágios.

Antecipação do feriado de 9 de Julho será definida nesta quinta (21)

Projeto de Lei n° 351/2020, que busca antecipar o feriado civil de 9 de julho para a próxima segunda-feira (25/5), foi debatido por parlamentares em reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Finanças, Orçamento e Planejamento e Educação e Cultura realizada nesta quarta-feira (20/5) e segue para votação em Plenário Virtual nesta quinta (21/5) a partir das 14h30.

Na reunião presidida pelo deputado Mauro Bragato (PSDB), o parecer do relator, deputado Carlão Pignatari (PSDB), que manteve a base do texto enviado pelo governo, foi aprovado com 23 votos.

Apesar de favorável a antecipação do feriado, a bancada do PT apresentou uma emenda substitutiva por acreditar que a medida de autoria do governador é insuficiente para o período. O voto em separado defendeu medidas como um isolamento mais rigoroso e a restrição do tráfego de veículos pelas rodovias a partir do marco zero da capital até o quilômetro 150, com exceção de automóveis como viaturas, caminhões e serviços de atividades essenciais.

A deputada Valeria Bolsonaro (PSL) apresentou voto em separado contrário ao PL e demonstrou preocupação com o impacto do isolamento na economia. “O vírus é um ser vivo, ele não morre, está aí, e só vai parar de contaminar as pessoas quando entrar em contato com quem está imune” finalizou. Carlão Pignatari criticou preocupações políticas neste momento e afirmou: “Todos nós estamos preocupados com a economia, o que está acabando com economia do país não é o isolamento social, é o vírus, e não foi só no Brasil, acabou com a economia no mundo todo”.

O deputado Bruno Ganem (PODE) também apresentou voto em separado e um receio comum entre os demais parlamentares, que é o fato das pessoas saírem da capital e aumentarem os focos de contaminação pelo Estado. “Eu estou aqui defendendo o isolamento e é justamente por causa dele que eu entendo que essa decisão é equivocada”. Para ele, a decisão não se limita a uma questão de turismo, “a pessoa que tem apartamento na praia, para sair da rotina, da quarentena, ela vai. Ela aproveita essas datas maiores para visitar um parente no interior”, complementou.

Também participaram da reunião as deputadas e os deputados Alex de MadureiraCarlos CezarCarlos GiannaziDaniel JoséDaniel SoaresDelegado OlimDirceu DalbenDra. Damaris MouraEmidio de SouzaEstevam GalvãoGil DinizGilmaci SantosHeni Ozi CukierJanaina PaschoalLeci BrandãoMarcio da FarmáciaMarina HelouMarta CostaPaulo FioriloProfessora BebelProfessor KennyRicardo MellãoTenente NascimentoThiago AuricchioVinícius Camarinha e Wellington Moura.

Ex-presidiário é encontrado morto na Washington Luís

O corpo de um egresso do sistema prisional foi encontrado na madrugada desta quinta (21), no Km 174 da Washington Luís (SP-310), próximo ao Jardim do Trevo, em Rio Claro. A vítima fatal é Luis Melo da Silva, de 49 anos, morador de Sumaré, que havia sido liberado da cadeia nesta quarta (20).

Os policiais que estiveram no local em que o corpo foi encontrado não registraram sinais de violência, portanto tudo aponta para que o homem tenha tido um mal súbito.

As informações são do repórter Gilson Santullo.

Venda pela metade não inibe reabertura de shoppings

ISABELA BOLZANI E PAULA SPERB – SÃO PAULO, SP, E PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS)

Mesmo com a queda de até 50% no fluxo médio de pessoas e uma retração de 55% das vendas, representantes dos 88 shoppings, que já estão operando pelo país, são categóricos: preferem ganhar menos a manter as portas fechadas.
Na serra gaúcha, por exemplo, onde os shoppings estão prestes a completar um mês de reabertura, a avaliação é que, mesmo com a queda de circulação, abrir as portas é vantajoso.
Segundo o vice-presidente de operações da Iguatemi Empresa de Shopping Centers, Charles Krell, ainda que o volume de vendas e de pessoas ainda esteja abaixo dos níveis pré-pandemia, o resultado tem sido satisfatório, principalmente porque as taxas de conversão (vendas efetivas) se aproximam de 100%.
O Iguatemi tem duas estruturas de outlet funcionando: uma em Tijucas (SC) e outra em Novo Hamburgo (RS).
“Os lojistas estão satisfeitos por estarem abertos e com as vendas em retomada. Todos têm plena consciência de que essa é uma volta pausada, ninguém tinha ilusão de que seria uma arrancada de vendas. E saber disso tem sido a chave para a recuperação.”
Dados da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) apontam que a maior concentração de reabertura dos shoppings é na região Sul, cujos três estrados respondem por 56 do total de estruturas operantes no país –o equivalente a 63,6%.
Especificamente no Rio Grande do Sul, os shoppings já podem abrir desde 16 de abril. Cabe às prefeituras decidir se eles devem seguir fechados. Inicialmente, porém, o decreto estadual não permitia a reabertura dos shoppings na região metropolitana de Porto Alegre, mas já houve a liberação da capital também.
Desde 14 de maio, uma portaria determina as normas de funcionamento dos shoppings por meio de um sistema de bandeiras coloridas para organizar as atividades econômicas em 20 regiões durante a pandemia da Covid-19. A operação é liberada, com algumas restrições, para bandeiras amarela e laranja.
No caso da bandeira vermelha, as vendas só podem ocorrer por tele-entrega o drive-trhu. Na preta, os shoppings não podem funcionar. Não há nenhuma região sob essas bandeiras mais restritivas.
Ainda segundo a Abrasce, a região Centro-Oeste é a segunda com a maior concentração de shoppings abertos, 16. Em seguida vem o Sudeste, com 15, e o Nordeste, com apenas um em operação.
Segundo o presidente da associação, Glauco Humai, grande parte da redução das vendas e da circulação observada é pela redução das atividades de lazer –como cinemas e estruturas infantis– e pela maior conscientização por parte do consumidor, que faz uma compra mais assertiva e programada.
“Esse também é um comportamento que vimos mudar. O consumidor que antes gastava, na média, 76 minutos em uma visita agora fica apenas pouco mais de 25 minutos no shopping. Isso mostra que as compras são previstas, ele vai, compra o que quer e vai embora”, diz Humai.
Para o vice-presidente institucional da Multiplan, Vander Giordano, a redução do tempo de permanência dos consumidores nas estruturas físicas também significa a possibilidade de manutenção da operação do shopping sem eventos que poderiam gerar aglomeração.
“O ParkShoppingCanoas [no RS] é o primeiro da nossa rede a reabrir e adotou uma série de medidas rigorosas para preservar a saúde e segurança de todos. É uma retomada gradual, e temos uma perspectiva otimista sobre o futuro”, afirma Giordano. O shopping tem operado com metade da capacidade de vagas nos estacionamentos e uso obrigatório de máscaras, entre outros.
Em Caxias do Sul, na serra gaúcha, o Shopping Prataviera –o mais antigo da cidade– reabriu ainda em 22 de abril, com queda de 40% no volume de frequentadores diários. Ainda não é possível calcular a queda nas vendas. Ainda assim, a avaliação é que é melhor manter o shopping aberto.
“O lojista precisa movimentar. Tem gente fazendo promoções e usando as mercadorias que ficaram paradas para fazer ofertas”, diz João Prataviera Neto, gerente-geral do shopping.
No Iguatemi de Caxias do Sul (da administradora BR Malls), que reabriu em 20 de abril, o movimento caiu 50% em relação a 2019, afirma Thiago Quina, superintendente. “Tanto o Prataviera quanto o Iguatemi Caxias obedecem ao limite máximo de 50% da capacidade, horário reduzido e protocolos de higiene para clientes e lojistas.
Apesar da expectativa para a reabertura, os executivos também afirmam que a tendência é que os shoppings mantenham as estruturas de drive-thru e delivery ao menos nos primeiros momentos para atender clientes que ainda não se sintam confortáveis em compras presenciais ou aqueles que estejam no grupo de risco.

Jornal Cidade RC
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