SP registra 1,61 milhão de casos e 49,8 mil óbitos por coronavírus

O Estado de São Paulo registra neste sábado (16) 49.885 óbitos e 1.619.619 casos confirmados do novo coronavírus.

Entre o total de casos diagnosticados de COVID-19, 1.390.344 pessoas estão recuperadas, sendo que 167.175 foram internadas e tiveram alta hospitalar.

As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 69,4% na Grande São Paulo e 68% no Estado. O número de pacientes internados é de 13.400, sendo 7.571 em enfermaria e 5.829 em unidades de terapia intensiva, conforme dados das 12h deste sábado.

Hoje, os 645 municípios têm pelo menos uma pessoa infectada, sendo 612 com um ou mais óbitos. A relação de casos e óbitos confirmados por cidade, junto com o perfil, pode ser consultada também em: www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus.

Governo Bolsonaro ignorou alertas sobre a falta de oxigênio em Manaus

VINICIUS SASSINE – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, foi avisado sobre a escassez crítica de oxigênio em Manaus por integrantes do governo do Amazonas, pela empresa que fornece o produto e até mesmo por uma cunhada sua que tinha um familiar “sem oxigênio para passar o dia”. Pazuello também foi informado sobre problemas logísticos nas remessas.

Os avisos foram dados pelo menos quatro dias antes do absoluto colapso dos hospitais da cidade que atendem pacientes com Covid-19, inclusive um hospital universitário federal, o Getúlio Vargas.

Ainda assim, e mesmo estando na capital do Amazonas nos três dias que antecederam o colapso, o ministro não tomou as providências necessárias para garantir o fornecimento de oxigênio.

Em um evento político em Manaus na última segunda-feira (11), que reuniu a cúpula do Ministério da Saúde e as principais autoridades do Amazonas para o lançamento de um plano de enfrentamento à Covid-19 no estado, Pazuello admitiu em seu discurso que tinha conhecimento do que ocorria nos hospitais naquele momento: “Estamos vivendo crise de oxigênio? Sim”.
Ele prosseguiu: “Quando eu cheguei na minha casa ontem, estava a minha cunhada, com o irmão sem oxigênio nem para passar o dia. ‘Acho que chega amanhã.’ ‘O que você vai fazer?’ ‘Nada. Você e todo mundo vão esperar chegar o oxigênio e ser distribuído.’ Não tem o que fazer. Então, vamos com calma.”

Naquele momento em que ouvia um alerta dentro de casa, o ministro da Saúde já havia sido alertado por outras vias sobre a escassez crítica de oxigênio nos hospitais.

Integrantes do governo do Amazonas relataram à reportagem que o general foi avisado sobre o problema, uma vez que a atuação no estado, diante da força da segunda onda do coronavírus, vinha ocorrendo de forma conjunta.

Os mesmos alertas vinham sendo dados pela empresa fabricante do oxigênio e principal fornecedora dos principais hospitais, a White Martins.

O Hospital Universitário Getúlio Vargas também é abastecido com o oxigênio dela.

A empresa fez alertas mais incisivos desde o dia 7 sobre a impossibilidade de o fornecimento acompanhar o aumento da demanda.

No mesmo evento público em Manaus, no dia 11, Pazuello ouviu do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC): “Aí a gente começa a viver outro drama. Na quinta-feira [7], a principal empresa fornecedora nos comunicou que não tinha mais capacidade de fornecer oxigênio na quantidade que a gente precisava. Ela nos disse: ‘Parem de abrir leitos.'”

Aviões da Força Aérea Brasileira começaram a transportar cilindros de oxigênio a Manaus a partir do dia 8, sexta-feira, mas em quantidades bem inferiores à necessária.

O colapso se manifestou de forma mais notória seis dias depois. Em diferentes unidades de saúde, pacientes com Covid-19 morreram asfixiados diante do esgotamento do oxigênio.

O consumo diário de oxigênio chegou a 70 mil m3 por dia, o triplo da capacidade de produção da White Martins, segundo a empresa. Na primeira onda da pandemia em Manaus, entre abril e maio, o pico foi de 30 mil m3.

O caos que se instaurou, os relatos de mortes de pacientes sem ar e o medo de novas mortes em série levaram o governo de Jair Bolsonaro a agir para tentar garantir a chegada de oxigênio e a sobrevivência de pessoas nos hospitais.

As ações envolvem os ministérios da Saúde, da Defesa e da Educação, por meio da estatal que administra os hospitais universitários federais.

Pacientes passaram a ser transferidos a hospitais em outros estados.

Para o MPF (Ministério Público Federal), o MP (Ministério Público) do Amazonas, a DPU (Defensoria Pública da União) e a Defensoria Pública do estado, o governo federal é responsável direto pelo que ocorre em Manaus.

O governo do estado também tem responsabilidade, segundo esses órgãos.

As instituições apresentaram à Justiça Federal uma ação civil pública em que pedem que a União apresente imediatamente um plano de abastecimento da rede de saúde do Amazonas com oxigênio.

A ação também pede uma decisão liminar (provisória) que obrigue o governo federal a reativar usinas de produção de oxigênio no estado e a reconhecer a importância do isolamento social.

A Constituição Federal prevê que cabe ao Estado fornecer gratuitamente às pessoas carentes a medicação necessária para um tratamento médico, cita a ação protocolada na Justiça. À União cabe a tarefa de coordenar as atividades do SUS (Sistema Único de Saúde), afirma o documento.

Na sexta (15), o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que o governo federal promovesse, imediatamente, todas as ações ao seu alcance para debelar a “seríssima crise sanitária” instalada em Manaus, em especial suprindo os estabelecimentos de saúde de oxigênio medicinal.

Outros episódios mostram a responsabilidade do governo Bolsonaro pelo que ocorreu em Manaus.

A ação na Justiça cita que uma aeronave da Força Aérea “apresentou problemas que necessitam de reparos, de modo que houve uma paralisação no fluxo emergencial de fornecimento do oxigênio, culminando na situação atual”. Os problemas teriam sido reportados na manhã do dia 14.

Além disso, um dos focos do problema foi um hospital universitário federal, que passou por uma ampliação de leitos para pacientes com Covid-19 sem o correspondente incremento no fornecimento de oxigênio.

Bolsonaro é um entusiasta das aglomerações na pandemia, um detrator do uso de máscaras e um crítico do distanciamento social.

Deputados que seguem suas posições radicais, entre eles seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), pressionaram e comemoraram nas redes sociais o recuo do governador do Amazonas, que iria implantar um lockdown no fim do ano e desistiu.

O presidente da República também age contra a vacinação em massa da população. Ele levanta dúvidas sobre a eficácia da única vacina, a chinesa Coronavac, já disponível em território brasileiro. E lança suspeitas infundadas sobre efeitos colaterais do imunizante.

A aposta do governo Bolsonaro é em medicamentos sem comprovação científica para Covid-19 –a cloroquina é o carro-chefe–, ao ponto de cobrar, num documento oficial, que os médicos do Amazonas adotem o kit chamado de preventivo.

Na manhã de sexta, o presidente disse que o governo fez a sua parte: “Problema em Manaus, terrível o problema lá. Agora nós fizemos a nossa parte, (com) recursos, meios.”

O Ministério da Saúde, em nota na sexta, afirma que ampliou as ações de apoio emergencial no Amazonas, com transferência de pacientes para outros estados. Estão garantidos pelo menos 149 leitos, segundo a pasta.

Mais de 2.500 profissionais de saúde foram recrutados para atender pacientes com Covid-19 no Amazonas, diz.

Aviões da Força Aérea e de companhias privadas foram mobilizados para levar cilindros de oxigênio líquido e gasoso a Manaus, oriundos de diversas partes do país, segundo o ministério. “Tanto pequenas quanto médias empresas que envasam o gás pelo país informaram que incrementarão suas produções para suprir a demanda”, diz a nota.

O governo Bolsonaro e a falta de oxigênio em Manaus:

Ministro da Saúde foi avisado por diferentes vias, com antecedência, e não agiu

Oxigênio faltou dentro de um hospital universitário federal, que passou por ampliação de leitos

Força Aérea Brasileira transportou cilindros de oxigênio em quantidade inferior à necessária para evitar um colapso

Transporte aéreo enfrentou problemas, segundo ação civil pública do MPF

Houve falha na logística do transporte de oxigênio, com dependência ao transporte em balsas provenientes de Belém, que levam dias para a conclusão do transporte

Falta de articulação entre as diferentes áreas do governo

A aposta é em tratamento precoce com base em medicamentos sem comprovação científica para a Covid-19

Faltaram UTIs aéreas para transferir pacientes em estado grave a outras capitais

Há uma demora na transferência de pacientes a hospitais em outras capitais

O presidente da República estimula aglomerações e faz reiterados discursos contra o distanciamento social

Há atraso na vacinação, inexistência de uma data para o início e campanha do presidente contra o único imunizante disponível até agora

Gratuidade do Bom Prato vai até 30 de abril

O Governador João Doria determinou a prorrogação da gratuidade das refeições oferecidas na Rede Bom Prato aos moradores em situação de rua até o dia 30 de abril. A decisão foi publicada na quarta-feira (30) no Diário Oficial.

“A prorrogação da gratuidade nas refeições é uma das nossas ações de proteção social para amparar as pessoas em situação de maior vulnerabilidade social”, diz a Secretária de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, Célia Parnes.

A gratuidade nas refeições da Rede Bom Prato para pessoas em situação de rua teve início em junho, mediante cadastramento das Prefeituras e apresentação do cartão com QR Code pelos beneficiários.

Desde o início da pandemia da COVID-19, os 59 restaurantes Bom Prato adaptaram o atendimento, passando a servir três refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar) em embalagens descartáveis e para retirada, inclusive aos finais de semana. São servidas cerca de 3,2 milhões de refeições por mês. Neste período, já foram servidas mais de 23 milhões de refeições, somando mais de 500 mil servidas gratuitamente para a população em situação de rua cadastrada.

Jantares e finais de semana

A oferta de jantares e refeições aos finais de semana e feriados na Rede Bom Prato também foi prorrogada pelo Governo de São Paulo até o dia 28 de fevereiro. A medida será adotada nas unidades condicionadas a critérios técnicos, à região em que estão instaladas e à demanda apresentada.

Prefeitura faz limpeza no estádio “Schmidtão”

Equipes de limpeza da prefeitura de Rio Claro realizaram na sexta-feira (15) serviços de manutenção no estádio municipal “Augusto Schmidt Filho”, o popular “Schmidtão”.

Capinação e retirada de sujeira foram realizas com auxílio de trator e caminhão. “Aproveitamos a trégua das chuvas para colocar o estádio em ordem”, explica o secretário municipal de Agricultura, Abastecimento, Silvicultura e Manutenção, Valmir Pinton.

A limpeza está sendo feita também como preparação do estádio para a vistoria de representantes da Federação Paulista de Futebol, que vão inspecionar o campo para as disputas do Rio Claro FC na série A2 do campeonato paulista de futebol.

Empresa protocola na Anvisa pedido para uso da Sputnik V

AGÊNCIA BRASIL – A empresa União Química informou hoje (16) que protocolou na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pedido para uso emergencial no Brasil da vacina Sputnik V, contra a covid-19.

O pedido, feito em conjunto com o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF), prevê a disponibilização de dez milhões de doses do imunizante neste primeiro trimestre do ano.

“A Sputnik V (…) será produzida em nossas fábricas de Brasília e de Guarulhos, através de acordo de transferência de tecnologia firmado entre a companhia e o RDIF”, afirmou a União Química, em comunicado.

Neste domingo, a diretoria da Anvisa deve se reunir para decidir sobre pedidos de aval para uso emergencial das vacinas contra covid-19 do Instituto Butantan e da Fiocruz, respectivamente a CoronaVac e a AstraZeneca-Oxford.

Caixa é o novo operador do seguro DPVAT, diz Susep

DIEGO GARCIA – RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Caixa Econômica Federal é o novo gestor do seguro DPVAT, informou neste sábado (16) a Susep (Superintendência de Seguros Privados). O contrato foi assinado na sexta-feira (15).

De acordo com o órgão, a estatal recebe os avisos de sinistro desde o primeiro dia deste ano. Aqueles ocorridos anteriormente continuam na responsabilidade da Seguradora Líder.

No fim de 2020, o TCU (Tribunal de Contas da União) havia determinado que a Susep obrigasse a Líder a continuar operando o seguro obrigatório, para viabilizar o repasse de R$ 2,25 bilhões que a empresa precisava para cobrir as apólices de 2021.

O CNSP ainda aprovou a indicação de prêmio zero para o DPVAT em 2021, graças ao excedente de recursos de R$ 4,3 bilhões.

Esse dinheiro adicional no caixa poderia ser resultado de irregularidades na gestão do DPVAT. Fiscalização específica do tribunal apurou 2.119 despesas (saídas de caixa) com recursos do seguro DPVAT consideradas suspeitas.

Entre elas, doações sob influência política, contratação de consultoria com interesse próprio da Líder, pagamento de participações nos lucros, convênios e patrocínios sem evidência de prestação de serviços.

Essas operações correspondem ao valor, atualizado pela Selic, de R$ 2,25 bilhões. No total, o saldo a mais no caixa chega a R$ 4,2 bilhões, ainda segundo o TCU.

O seguro DPVAT foi tema de uma série de reportagens do jornal Folha de S.Paulo que mostraram denúncias de mau uso do dinheiro arrecadado -como a compra de veículos e garrafas de vinho- e de conflito de interesses e favorecimento de sindicatos de corretores.

As primeiras denúncias foram feitas em relatório da consultoria KPMG, contratada pela própria Líder para averiguar suas contas após apurações que sinalizavam um suposto esquema para a concessão de sinistros fraudulentos.

Em 2015, a Polícia Federal deflagrou a Operação Tempo de Despertar em que identificou fraudes e irregularidades no pagamento de indenizações do DPVAT.

Enquanto a gestão do seguro vai para a Caixa, a atual superintendente da Susep, Solange Vieira, corre o risco de perder seu posto para um nome indicado pelo governo em troca de apoio ao deputado Arthur Lira (PP-AL), candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o comando da Câmara.

Vieira foi indicada pelo ministro Paulo Guedes (Economia) para o cargo, mas desde o meio do ano passado políticos vêm pressionando o governo para substituir a gestora por alguém alinhado com o centrão.

Com a eleição para a presidência da Câmara e do Senado, a pressão aumentou. Segundo relatos, a superintendência e cargos atrelados a ela foram oferecidos em mais de uma ocasião por parlamentares ligados a Lira e pelo próprio candidato, em busca de votos.

O órgão entrou no jogo por ser considerado estratégico para um grupo de deputados -em 2020, teve orçamento atualizado de R$ 419,7 milhões. De acordo com integrantes do Legislativo e do mercado de seguros, são fortes os pedidos para que seja feita a troca de Solange.

Rio Claro ganha posto volante para serviços de assistência social nos distritos

As famílias residentes nos distritos de Rio Claro que precisam dos serviços de assistência social terão um atendimento mais próximo e facilitado. A prefeitura está colocando em funcionamento o Cras Volante, que irá percorrer os distritos para orientação e atendimento às famílias.

A secretária municipal de Desenvolvimento Social, Vilma Pereira de Souza Sprícigo, explica que a equipe volante do Cras (Centro de Referência de Assistência Social) se caracteriza pelo deslocamento de dois assistentes sociais, um educador social e um motorista para áreas rurais e distritais do município. “A finalidade é levar informações, como também realizar orientações, atendimentos, acompanhamentos e encaminhamentos para facilitar o acesso da população aos serviços, projetos, programas e benefícios de assistência social”, afirma Vilma Sprícigo.

O calendário estabelecido pela prefeitura levará o Cras Volante ao distrito de Batovi às segundas-feiras, em Ajapi e Itapé às terças, em Assistência às quintas e, em Ferraz, às sextas-feiras.

A equipe volante atende famílias cadastradas no Cadastro Único para programas sociais, como Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para idosos e pessoas com deficiência, entre outros e também famílias referenciadas aos Cras dos territórios. Outra função do Cras volante é encontrar novas famílias e/ou indivíduos ainda não cadastrados ou não inseridos na política de assistência social.

O Cras Volante permite ao município um contato direto de sua política de assistência social com os moradores das comunidades rurais por meio da apresentação e da aproximação entre a população e os profissionais do Cras. De acordo com a secretaria de Desenvolvimento Social, a iniciativa permite que os profissionais conheçam os usuários e o território, o que facilita o levantamento das demandas individuais e coletivas para implementação das políticas públicas.Além disto, o Cras Volante desenvolve serviços para identificar as vulnerabilidades e as potencialidades de cada território, facilita o acesso da população a direitos sociais, e desenvolve uma metodologia de trabalho social de caráter descentralizado e participativo.

Governo de SP vai distribuir 4,5 milhões de doses da vacina do Butantan para o Brasil

O Governo do Estado de São Paulo começa nesta segunda-feira (18) a entregar as doses da vacina do Butantan ao Ministério da Saúde para a imunização dos brasileiros contra a COVID-19. Cerca de 4,5 milhões de doses prontas para aplicação serão encaminhadas para um Centro de Distribuição e Logística do Ministério da Saúde, em Guarulhos.

“As doses entregues ao Ministério da Saúde serão destinadas para todos os estados brasileiros e o Distrito Federal. Vamos aguardar que neste domingo (17) a Anvisa autorize o uso emergencial da Vacina do Butantan, assim como esperamos que o faça também para a vacina AstraZenica. O Governo de São Paulo torce, pede e recomenda, dentro do seu limite, que a Anvisa e o Ministério da Saúde adote vacinas, não só a vacina do Butantan, não apenas a vacina da Fiocruz, mas também outras vacinas diante do quadro gravíssimo de saúde pública no país”, afirmou o Governador João Doria.

O Governador lembrou que o Governo de São Paulo adotou em maio de 2020 as “medidas acautelatórias e contratuais para termos uma vacina segura, eficaz e disponível para os brasileiros”. “São Paulo agiu em defesa da vida, da saúde e da proteção de todos”, reforçou.

As doses deverão ser utilizadas após a aprovação da Agência da Vigilância Sanitária. O Butantan já dispõe de 10,8 milhões de doses da vacina em solo brasileiro. No final de março, a carga total de imunizantes disponibilizados pelo instituto é estimada em 46 milhões de doses.

A vacina do Butantan contra o coronavírus obteve 50,38% de eficácia global no estudo clínico desenvolvido no Brasil, além de proteção de 78% em casos leves e 100% contra casos moderados e graves da COVID-19. Todos os índices são superiores ao patamar de 50% exigido pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

Os resultados foram submetidos a um comitê internacional independente e já estão com a Anvisa, que analisa o pedido de uso emergencial do imunizante no Brasil. A pesquisa envolveu 16 centros de pesquisa científica em sete estados e o Distrito Federal. O teste duplo cego, com aplicação da vacina em 50% dos voluntários e de placebo nos demais, envolveu 12,5 mil profissionais de saúde.

A vacina é desenvolvida pelo Butantan há pouco mais de seis meses, em parceria internacional com a biofarmacêutica Sinovac Biotech, sediada em Pequim. O produto é baseado na inativação do vírus Sars-CoV-2 para induzir o sistema imunológico humano a reagir contra o agente causador da COVID-19. A tecnologia é similar à de outras vacinas amplamente produzidas pelo instituto de São Paulo.

Em novembro, a revista científica Lancet, uma das mais importantes no mundo, publicou os resultados de segurança da vacina do Butantan nas fases 1 e 2, realizados na China, com 744 voluntários. A publicação mostrou que o produto é seguro e capaz de produzir resposta imune em 97% dos casos em até 28 dias após a aplicação.

Rio Claro tem Plano de Vacinação contra Covid

Rio Claro deu um passo importante na preparação para iniciar a campanha de vacinação contra a Covid-19.  O município finalizou o Plano Municipal de Vacinação, que na sexta-feira (15) foi apresentado ao prefeito Gustavo Perissinotto. O plano estabelece como será a vacinação no município, que começará assim que as doses forem enviadas pelo governo estadual ou federal.

“No que depende do município, estamos prontos para vacinar a população. O plano foi bem estruturado por nossa equipe de saúde”, afirmou o prefeito Gustavo, que anunciou para a próxima segunda-feira (18), às 11h30, coletiva de imprensa para detalhamento do plano.

“O documento contém as diretrizes para que a vacinação aconteça de maneira ordenada, sem aglomerações e sem longas filas”, frisa Suzi Berbert, diretora de Vigilância em Saúde. O plano municipal de Rio Claro foi construído com base no Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19 e no Plano Estadual de Imunização do Governo do Estado de São Paulo.  O objetivo é estabelecer as ações e estratégias para a operacionalização da vacinação contra a Covid-19 em Rio Claro.

“Conforme já acontece com a vacina antigripal, a vacina contra o coronavírus será oferecida em fases, e a partir do recebimento das vacinas temos condições de atender de acordo o público-alvo estabelecido”, explica Marco Aurélio Mestrinel, secretário municipal de Saúde.

O cronograma de vacinação prevê que na primeira fase serão vacinados os profissionais de saúde e depois os idosos. Cada pessoa deverá receber duas doses da vacina, que será aplicada mediante comprovação de que a pessoa está inserida em um dos grupos prioritários.

O plano municipal de vacinação contra a Covid-19 prevê que cerca de 33 mil pessoas sejam imunizadas em Rio Claro na primeira fase da campanha, sendo aproximadamente 7.500 profissionais de saúde.

Da reunião de trabalho desta sexta-feira no gabinete do prefeito também participaram o vice-prefeito Rogério Guedes, o secretário de Cultura Dalberto Christofoletti, a vereadora Carol Gomes e, do setor de Saúde, Geraldo Barbosa, Alcione Buzo, Muryllo Muller, Glaucos Paraluppi, Antonio Fernandes Junior e Werner Widmer.

Apoiadores de Bolsonaro convocam caravanas pelo país a favor de Arthur Lira e voto impresso

JULIA CHAIB E GUSTAVO URIBE -BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) inicialmente unidos para levantar bandeiras de direita e a favor do voto impresso decidiram ampliar a pauta de reivindicações e agora pedem a eleição de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara dos Deputados.

Espalhados pelo Brasil, diversos integrantes de movimentos de direita se preparam para fazer caravanas em direção a Brasília no dia 1º de fevereiro para apoiar o candidato de Bolsonaro e já tentar sensibilizá-lo para que discuta o sistema eleitoral.

Apontado como organizador dos atos, o pastor evangélico Marlan Gustavo diz que há caravanas de 25 cidades programadas para ir à capital federal na data da eleição no Congresso. A previsão dele é que mais de 2.000 pessoas viajem a Brasília. Os atos, afirma, são “pacíficos e superpatrióticos”.

“A gente quer a eleição do Lira porque não é o presidente da Câmara que pauta os assuntos? Então, não adianta nada o Brasil querer o voto impresso e ter um presidente que não paute o assunto. E a gente tem só um ano para isso”, diz Marlan, que é coordenador do movimento Deus, Pátria e Família.

Segundo ele, o deputado do PP já se mostrou simpático ao voto impresso. “A gente quer o Lira porque ele já falou do voto impresso, saiu na frente, a gente gosta dele”, diz.

Em declarações públicas, o líder do centrão disse que pautaria o assunto caso houvesse manifestação da maioria dos líderes da Câmara, mas afirmou confiar no sistema atual, que evitaria fraudes.

Apesar disso, Lira é a favor de que a Justiça Eleitoral faça um piloto em um local específico para avaliar as vantagens e desvantagens de um novo sistema.

O movimento que apoia o parlamentar defende que o futuro presidente da Câmara paute uma PEC (proposta de emenda à Constituição) apresentada pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) que trata do assunto.

“A gente entende com tudo que aconteceu no Brasil que precisamos ter um voto impresso. Está tudo muito solto. Nosso sistema eleitoral está na nuvem, você não tem nenhum tipo de comprovante.”

Para Marlan, não há problema que o deputado seja líder de um grupo de partidos que já foi criticado pelo próprio Bolsonaro sob o argumento de ser adepto a fisiologismos e políticas de toma lá da cá. “O que é centrão? O que é esquerda? O que é direita? Tá tudo misturado, uma confusão maluca”, afirma o pastor.

Na avaliação de Marlan, o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), “paralisou o país”.

Já Lira é “simpático a Bolsonaro” enquanto o outro candidato, Baleia Rossi (MDB-SP), teria se comprometido a abrir processos de impeachment contra o chefe do Executivo, o que o emedebista já negou publicamente.

O grupo é o mesmo que organizou um ato no último dia 6 de dezembro a favor do voto impresso. Kicis e o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) participaram do protesto, que reuniu cerca de 100 pessoas na Esplanada dos Ministérios.

Marlan afirma, porém, que as viagens não são bancadas por parlamentares e que o organização do movimento é dele junto a apoiadores pelo país. Embora seja pastor, ele preferiu não revelar a qual igreja está vinculado.

Panfletos que têm circulado em grupos de redes sociais convocam para viagens no dia 31 de janeiro com volta programada no dia 2. Os valores das caravanas variam de R$ 200 a R$ 380.

Semelhantes, alguns flyers têm frases como “O dia mais importante para o Brasil. 1º de fevereiro vamos exigir Arthur Lira para presidente da Câmara dos Deputados”. Em outros está escrito “O dia mais importante para o Brasil. 1º de fevereiro vamos exigir nossa vontade na votação para presidente da Câmara dos Deputados”.

Apesar de os grupos concordarem com a eleição de Lira na Câmara, o mesmo não ocorre com a disputa no Senado.

“Para senador estamos indefinidos. Aqui em Minas a gente não gosta do [Rodrigo] Pacheco (DEM-MG) [candidato apoiado por Bolsonaro]. Ele se aliou ao Kalil [prefeito de Belo Horizonte], que é contra o Bolsonaro e o Zema [governador]”, diz José Antônio, que organiza o movimento em Belo Horizonte.

“Aqui em BH, somos 22 movimentos de direita. Segunda-feira a gente vai fazer manifestação contra o lockdown do Kalil”, conta. Segundo ele, a ideia é sair de Minas com 40 caravanas rumo a Brasília. “A ideia é ter muita gente lá no dia, para mais de 100 mil”, afirma.

Alguns panfletos contêm o nome de partidos, como o Republicanos. Um deles é referente ao Rio de Janeiro. O organizador das caravanas cariocas, Joel Machado, no entanto, nega que o ato tenha relação com a direção da sigla.

“Sou um membro do partido e estou convocando quem se identifica com o Republicanos e a pauta para que façam parte”, diz. Machado já foi candidato no Rio pelo Republicanos.

A caravana do Rio Grande do Sul também é organizada pelo movimento de direita Deus, Pátria e Família, que promoveu no ano passado a Marcha Cristã em Brasília. O ativista Marcelo Buhler, organizador da caravana, disse que o movimento é espontâneo e não tem o financiamento de políticos.

“Nenhuma caravana é bancada por nenhum político. Nós acreditamos que, mostrando para os deputados e senadores que estamos ao lado do presidente Jair Bolsonaro, em um número importante de manifestantes, talvez consigamos virar dois, três ou quatro votos”, disse.

Com panelaços, brasileiros criticam falta de vacina e oxigênio, e pedem impeachment de Bolsonaro

THAIZA PAULUZE – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em dia de derrotas na tentativa de receber vacinas contra a Covid-19 e de mais relatos de pacientes morrendo sem oxigênio em Manaus, o governo de Jair Bolsonaro virou alvo de mais um panelaço em várias cidades brasileiras nesta sexta-feira (15).

Com gritos de “fora, Bolsonaro” e “assassino”, brasileiros criticam a demora para o início da imunização e de envio de mais insumos para evitar o colapso do sistema de saúde amazonense. Manifestantes também pedem o impeachment do presidente.

Em São Paulo, as panelas foram ouvidas em bairros do centro como Consolação, Santa Cecília, Barra Funda e Bela Vista, da zona oeste como Pinheiros e Jardins, da zona norte como Santana e Casa Verde e da saúde Sul, na Saúde e Vila Mariana e em Anália Franco, na zona leste. O panelaço começou por volta das 20h, antes do horário divulgado para o início da manifestação nas redes sociais, 20h30.

Outras cidades também registraram protestos como Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Florianópolis e Brasília.

O governo Bolsonaro vem acumulando derrotas na tentativa de começar a imunização do país. Nenhuma das duas vacinas esperadas para o início da campanha nacional foram entregues ao Ministério da Saúde até agora.

Uma delas viria da Índia para o Brasil e tinha previsão de chegar neste sábado (16), mas, nesta sexta, o governo da Índia negou a entrega imediata do lote de dois milhões de doses do imunizantes da AstraZeneca/Oxford, o que frustrou uma operação montada para buscar o material no país asiático.

Com o veto da Índia, o presidente Bolsonaro corre o risco de assistir o início da vacinação no Brasil com a Coronavac, que tem sido utilizada como trunfo do governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

A pasta da Saúde deu um ultimato ao Instituto Butantan pedindo que fossem entregues os 6 milhões de doses da Coronavac, mas o órgão respondeu que não vai enviar o imunizante ao governo federal porque não há um plano para distribuí-las entre os estados.

O ministério passou o segundo semestre ignorando a oferta de incorporação da Coronavac ao calendário nacional. Mas, depois de idas e vindas, a pasta aceitou o imunizante no programa nacional. Antes previa várias outras vacinas ainda não existentes no país.

Jornal Cidade RC
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