Maju Coutinho pede desculpas por ‘expressão infeliz’ ao defender todos em casa

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A jornalista Maju Coutinho, 42, se desculpou nesta quinta-feira (18) por ter usado a frase “o choro é livre” ao defender que todos fiquem em casa durante a pandemia em transmissão do Jornal Hoje (Globo), há dois dias. Segundo ela, foi uma “expressão infeliz”.

“Quis dizer que por mais amargas que sejam as medidas de isolamento, elas são necessárias para evitar o colapso do sistema de saúde, mas entendo perfeitamente os pequenos e médios empresários que são obrigados a manter os negócios fechados”, explicou ela.


Coutinho afirmou ainda que usou a expressão no improviso e que ela precisava de complemento. “Os especialistas são unânimes em dizer que essas são medidas indispensáveis agora para conter a circulação do vírus. O choro é livre, não dá para a gente reclamar, é isso que tem”, havia dito ela na terça-feira (16).


A frase da apresentadora gerou revolta de internautas, que criticaram ela e a Globo nas redes sociais. Entre xingamento e pedidos de explicação, muitos chamaram Coutinho de hipócrita. “Nem todo mundo vai para balada quando está na rua depois da meia-noite”, disse um internauta.


A Globo divulgou nota após o episódio defendendo Maju. “Maria Julia Coutinho quis dizer que, por amargas que sejam, as medidas de isolamento social são necessárias”, afirmou, apontando ainda que ela também pediu “agilidade do governo e do Congresso para atender os empresários e famílias necessitadas”.


A jornalista finalizou suas explicações, desta quinta, com um pedido de desculpas: “Me desculpem pela expressão e vamos nessa, bola pra frente”. A declaração de Coutinho foi elogiada por internautas nas redes sociais. “Parabéns pela atitude”, afirmou um. “Não precisa se desculpar, você falou de maneira certa”, disse outro.

Jovem de 22 anos é o primeiro a morrer em fila de espera por UTI em SP

DHIEGO MAIA
GONÇALVES, MG (FOLHAPRESS) – A primeira pessoa com Covid-19 a morrer na fila de espera por uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na cidade de São Paulo é um jovem que tinha apenas 22 anos.


Renan Ribeiro Cardoso esperou 46 horas uma vaga num leito de UTI e acabou sendo vítima do colapso do sistema de saúde que atinge em cheio a maior cidade do país.


O óbito foi registrado no dia 13, mas só foi tornado público nesta quinta-feira (18) pelo prefeito Bruno Covas (PSDB). “Não dá mais para a gente ter um jovem de 22 anos que vem a óbito em 46 horas por não conseguir um leito de UTI na cidade de São Paulo”, disse Covas em entrevista coletiva.


A circulação de novas variantes do coronavírus tem mudado o perfil das vítimas. Agora, os jovens infectados pelo vírus têm chegado às unidades de saúde em estado mais grave e demandado mais tempo de internação nas UTIS, quando encontram um leito disponível.


Não foi o caso de Renan. Ele deu entrada no Pronto Atendimento São Mateus II, na zona leste da capital paulista, por volta das 19h do dia 11 deste mês.

O paciente apresentou à equipe médica que o atendeu o resultado de um exame que atestava que ele estava com Covid-19 confirmada havia dois dias.


Perguntado sobre o que mais o afligia, o jovem disse que sentia muita falta de ar e outros incômodos respiratórios, a chamada dispneia. Renan não respirava direito havia sete dias. Também estava com febre e saturação de oxigênio na casa dos 92% em ar ambiente.


Naquele momento, o jovem apresentava desconforto respiratório leve, mas era obeso, uma situação que deixou a equipe médica em alerta. O paciente foi colocado em observação e teve à disposição oxigênio para melhorar seu fluxo respiratório.


O documento, que relata a internação do paciente, mostra que a equipe médica inseriu Renan na Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) no dia 12 em busca de um leito disponível.


“Devido à não melhora do quadro e prevendo uma possibilidade de complicação, inerente ao quadro de Covid-19, iniciamos a busca por um leito de internação”, escreveu Phelipe Camarinha, o coordenador médico do São Matheus II.


O quadro clínico de Renan só piorou. Por volta das 16h já do dia 13, a saturação do paciente atingiu 77% mesmo com o uso de oxigênio. Camarinha relata que não havia, naquele momento, ventiladores disponíveis na unidade e a central de regulação foi novamente acionada para remover Renan para um hospital que tivesse o equipamento.


Em 15 minutos, a unidade conseguiu o ventilador mecânico, mas não a vaga de UTI que tanto Renan necessitava. A piora do quadro clínico do jovem aumentou e, na sequência, o paciente apresentou uma iminente insuficiência respiratória.

A equipe médica relata que conseguiu falar com o paciente e o pai dele e, naquele momento, foi indicada uma intubação orotraqueal (introdução de um tubo para levar oxigênio a partir da traqueia).

Às 16h20, Renan foi levado para a sala de urgência, onde foi monitorado, sedado e intubado. O ventilador mecânico foi acionado, mas o jovem teve uma parada cardiorrespiratória.

Em desespero, a equipe médica iniciou manobras de ressuscitação, mas já era tarde. Renan faleceu às 17h19, numa batalha inglória de 46 horas por um leito de UTI.

Dezenove minutos após o óbito, o leito que Renan aguardava com tanto afinco surgiu, mas o próprio médico que atendeu o jovem respondeu, com frustração: infelizmente sem tempo hábil para o nosso paciente.

Saúde distribui máscaras impróprias a profissionais na linha de frente

VINICIUS SASSINE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Ministério da Saúde forneceu máscaras impróprias para uso médico a profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à Covid-19. Parte dessas máscaras foi entregue à pasta por uma empresa cujo representante no Brasil é um executivo que atua no mercado de relógios de luxo suíços –é ele quem assina o contrato com o governo federal.


Um documento do gabinete da presidência da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), elaborado em 13 de janeiro e obtido pela reportagem, aponta que as máscaras analisadas –chinesas, do tipo KN95– não eram indicadas para uso hospitalar. Mesmo assim, o Ministério da Saúde distribuiu o material e se recusou a substitui-lo diante da recusa de estados em usar os equipamentos.

O mesmo documento do gabinete da presidência da Anvisa afirma que o órgão recebeu diversas reclamações sobre a impropriedade das máscaras, avisou o Ministério da Saúde sobre a necessidade de atender às especificações dos fabricantes e fez um alerta sobre “riscos adicionais” a que estão sujeitos profissionais e pacientes.


A posição da Anvisa foi enviada ao MPF (Ministério Público Federal) em Brasília, que instaurou, em 3 de fevereiro, um inquérito civil para investigar a história.

Foram duas as situações envolvendo essas máscaras. Uma parte delas teve o uso interditado pela Anvisa a partir de junho de 2020 depois que a autoridade sanitária dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) suspendeu autorizações emergenciais diante da falta de eficiência mínima na filtragem de partículas.

Outra parte foi escanteada pelos estados em razão da advertência “non-medical” presente nas embalagens das máscaras enviadas para as secretarias de Saúde locais. Equipamentos ficaram parados em estoques, sem uso.


A pasta distribuiu ambas pelo menos entre julho e dezembro de 2020. E não só se recusou a recolher os produtos e a substituí-los, segundo esses documentos, como enviou mais máscaras “non-medical” para uso hospitalar.

O Ministério da Saúde defendeu as máscaras em documentos elaborados em agosto e novembro de 2020 e em janeiro de 2021. A pasta sustentou que a empresa contratada provou por meio de testes a eficiência de filtragem de cinco marcas, com “eficácia alta” equivalente a máscaras N95 e PFF2. O material, segundo o ministério, seria útil em casos não cirúrgicos.

O MPF, então, pediu uma posição da Anvisa a respeito. O documento ficou pronto em 13 de janeiro e foi enviado aos procuradores da República pela chefia de gabinete do diretor-presidente da agência, Antonio Barra Torres.
As cinco marcas analisadas atendem a requisitos mínimos, mas os documentos fornecidos à Anvisa não permitiram saber se as marcas são exatamente as que foram fornecidas aos estados, segundo o parecer da agência.


A reportagem constatou nos documentos do inquérito do MPF que a marca interditada pela Anvisa não aparece entre as que foram submetidas a testes pela empresa contratada pelo Ministério da Saúde. A reportagem também constatou que máscaras do tipo foram de fato enviadas a estados.


Em nota, a Anvisa confirmou que a marca “encontra-se com medida sanitária válida de suspensão de comercialização, distribuição e importação para uso em serviços de saúde”. “Os respiradores falharam em demonstrar a eficiência de filtração mínima requerida.”
Já as máscaras com a advertência “non-medical” na embalagem não podem ser usadas por profissionais de saúde, segundo o documento da Anvisa de 13 de janeiro.


“Cabe ao fabricante do produto definir a sua indicação e restrições de uso; portanto, deve-se seguir a informação constante na rotulagem em relação à restrição do uso da máscara”, cita o gabinete da presidência do órgão. “Os produtos com a informação de advertência ‘non-medical’ não são enquadrados como produto médico, não sendo indicados para uso por profissionais de saúde.”


Um contrato para o fornecimento de máscaras KN95 ao governo foi assinado em 8 de abril, num contexto de dificuldade de obtenção do material no mercado externo, com a pandemia ganhando contornos de gravidade no mundo inteiro. Uma legislação especial permitiu a dispensa de licitação para a compra.


A contratada foi uma empresa de Hong Kong, a Global Base Development HK Limited, representada no Brasil pela 356 Distribuidora, Importadora e Exportadora. O dono da 356, Freddy Rabbat, assinou o contrato, que previu 40 milhões de máscaras. Houve ainda mais 200 milhões de máscaras no mesmo contrato.


Cada máscara KN95 saiu por US$ 1,65 (R$ 9,20, pela cotação do dólar desta quarta, 17). O total foi de US$ 66 milhões (R$ 368,3 milhões).
Rabbat atua em uma empresa de relógios de luxo no Brasil. Ele é presidente da Abrael (Associação Brasileira das Empresas de Luxo).


A 356 Distribuidora tem um capital social de R$ 800 mil, segundo os registros da Receita Federal. A Global Base, representada pela 356, já recebeu R$ 734 milhões do governo federal, principalmente pela venda de máscaras na pandemia. Os dados são do Portal da Transparência.
No documento ao MPF, a Anvisa afirmou que sua gerência de tecnovigilância já havia recebido diversas reclamações e informado à secretaria-executiva do Ministério da Saúde que “os serviços de saúde estavam notificando o recebimento de produtos sem indicação para uso por profissionais de saúde”.


“[A gerência] entende ser prudente e necessário reforçar junto a esse órgão a necessidade de observar as indicações expressas pelo fabricante do produto, de modo que profissionais e pacientes não sejam expostos a riscos adicionais em função da inadequação do produto utilizado pelo profissional de saúde”, cita nota técnica enviada ao MPF.

À reportagem a Anvisa disse, em nota, que o material interditado pode ser usado para substituir máscaras de tecido artesanal ou de uso não profissional. Sobre as máscaras com advertência “non-medical”, a agência afirmou que “não foram encontradas medidas sanitárias vigentes”.


Até a conclusão desta edição, o Ministério da Saúde não havia respondido aos questionamentos da reportagem, enviados à assessoria de imprensa da pasta na noite da última terça-feira (16).


A reportagem enviou questionamentos a Freddy Rabbat nos emails informados da Abrael e da 356 Distribuidora. Uma assessoria de imprensa disse que responderia, mas não o fez também até a conclusão desta edição.

Felipe Neto cria frente de advogados para defender de graça quem for processado por criticar Bolsonaro

MÔNICA BERGAMO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O youtuber Felipe Neto está organizando uma frente de advogados para assumir a defesa gratuita de todas as pessoas que forem investigadas ou processadas por se manifestarem contrariamente ao presidente Jair Bolsonaro ou por expressarem uma ideia e criticarem alguma autoridade pública.


A frente “Cala a Boca Já Morreu” será integrada pelos escritórios de André Perecmanis, Augusto de Arruda Botelho, Beto Vasconcelos e Davi Tangerino, que estão entre os mais respeitados especialistas no tema.


O serviço poderá ser usufruído por qualquer indivíduo que não possua advogado constituído e que por meio de uma landing page, uma página na internet, poderá acionar a equipe responsável pelos encaminhamentos jurídicos.

“A liberdade de expressão no Brasil está sob ataque de violentos inimigos da democracia. Querem intimidar e silenciar a todos aqueles que criticam autoridades públicas, eleitas pelo povo, e que exercem o poder que têm em nome desse mesmo povo. E para isso, se armam da Lei de Segurança Nacional, herança do passado mais terrível e assombroso do país: a ditadura militar”, destaca Augusto de Arruda Botelho.

“O Cala-Boca Já Morreu será um grupo da sociedade civil que vai lutar contra o autoritarismo e que será movido pelo princípio de que quando um cidadão é calado no exercício do seu legítimo direito de expressão, a voz da democracia se enfraquece. Não podemos nos calar. Não podemos deixar que nos calem e não vamos”, afirma Felipe Neto.

O youtuber foi intimado na segunda (15) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para depor em uma investigação por suposto “crime contra a segurança nacional” por ter chamado Bolsonaro de “genocida” em sua conta noTwitter. A Covid-19 já fez mais de 280 mil vítimas no Brasil.
A investigação foi aberta a pedido do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que protocolou uma petição denunciando o suposto crime.


O delegado Pablo Sartori, que intimou o youtuber, tem um histórico de atos favoráveis à família Bolsonaro. Em novembro, ele indiciou Felipe Neto por suposta corrupção de menores. Também atendendo à família presidencial, o policial indiciou o artista carioca Diadorim por uma performance em que segurava a cabeça de Bolsonaro.


Antes disso, o ministro da Justiça, André Mendonça, acionou a Polícia Federal para investigar cartunistas e jornalistas que criticaram Bolsonaro.
A sequência de investidas policiais levou Felipe Neto, que tem 41,5 milhões de seguidores no YouTube e 13,1 milhões no Twitter, a idealizar a frente de advogados para atuar em casos semelhantes.

Para frear escalada da Covid, Covas vai antecipar 5 feriados em São Paulo

ALINE MAZZO – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de São Paulo vai adiantar os próximos cinco feriados a partir de sexta-feira (26) na tentativa de diminuir a circulação de pessoas na cidade e, assim, tentar frear a disseminação da Covid-19 na capital paulista.

A medida, anunciada no início da tarde desta quinta-feira (18) pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), é vista por técnicos da prefeitura como uma das poucas alternativas para tentar evitar o colapso do sistema de saúde nas próximas semanas.

Serão antecipados os dois feriados municipais de 2021 e outros três de 2022. Assim, o recesso começa na sexta (26), continua nos dias 29, 30, 31 de março e 1º de abril e junta-se ao feriado da Páscoa. Segundo Covas, a medida vai forçar a cidade a ficar sem dias úteis por dez dias.

Os feriados antecipados são Corpus Christi (3 de junho), Consciência Negra (20 de novembro) e o aniversário da cidade (25 de janeiro).

A antecipação dos recessos mira as indústrias e algumas empresas que ainda seguem em funcionamento nessa fase emergencial do Plano São Paulo. A prefeitura ainda deve definir se a medida terá adesão de bancos e outros serviços.

Inicialmente, a prefeitura planejava começar a sequência de feriados já na próxima segunda (22), mas preferiu empurrar o megaferiado para sexta para aproveitar a Páscoa e ampliar a quantidade de dias em recesso.

Covas ainda afirmou que trata com o governador João Doria a antecipação do feriado estadual da Revolução Constitucionalista (9 de julho).

A partir da próxima semana, a prefeitura também vai alterar o horário de rodízio, para tentar diminuir a circulação de veículos à noite. Assim, a restrição passa a valer das 20h às 5h, seguindo o horário do toque de recolher do governo do estado, e não mais das 7h às 10h e das 17h às 20h.

Na manhã desta quinta-feira (18), Covas afirmou, em entrevista à Globo News que a cidade de São Paulo atingiu taxa de ocupação de 88% dos leitos de UTI para o atendimento de pacientes com Covid-19. “A gente vê colapsando todo o sistema de saúde”, afirmou.

Segundo o prefeito, a capital registrou a primeira morte de paciente à espera de uma vaga de UTI em um hospital municipal. Para Covas, se houver continuidade do aumento de casos, “a gente vai ver ampliar esses casos de pessoas que não conseguem um leito de UTI.”

Em 2020, a prefeitura já havia antecipado os recessos para tentar frear a alta de casos na cidade. Foram antecipados os feriados de Corpus Christi, que é em junho, para 20 de março (quarta-feira), e do Dia da Consciência Negra, celebrado em novembro, para 21 de março (quinta-feira). Na sexta (22), foi decretado ponto facultativo.

Na mesma ocasião, o governador João Doria (PSDB) antecipou o feriado da Revolução Constitucionalista, de julho, para 25 de março (segunda-feira), formando assim um megaferiado.

No primeiro dia do feriado prolongado de 2020, o isolamento social na capital chegou a 51%, ante 49% registrado no dia útil anterior. Já no último dia, quando a antecipação do recesso vigorava para todo o estado, esse índice chegou a 53% na cidade e 51% no estado.

Temendo uma invasão de turistas diante dos seis dias de recesso na capital paulista, cidades da Baixada Santista pediram ajuda do governo do estado e anunciaram barreiras sanitárias e blitze.

O Ministério Público de São Paulo conseguiu uma liminar para barrar as rodovias que dão acesso aos municípios de Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Itariri e Pedro de Toledo durante o megaferiado, mas a decisão acabou sendo derrubada pelo Tribunal de Justiça.

No primeiro dia do megaferiado, a cidade de Guarujá barrou a entrada de mais de 300 veículos. Já a cidade de Santos, registrou congestionamento na entrada da cidade.

Governo de SP envia mensagens de SMS para conscientização sobre isolamento social

O Governo de São Paulo iniciou uma nova campanha de conscientização da população sobre a importância de respeito à quarentena para o enfrentamento da pandemia do coronavírus e contenção das altas taxas de transmissão do vírus. No total, 44 milhões de pessoas residentes no estado de São Paulo receberão mensagens de texto nos aparelhos celulares com o alerta sobre a necessidade de respeito ao isolamento social.

O envio das mensagens de SMS foi iniciado na noite desta quarta-feira (17) e deve se estender pelos próximos quatro dias. O texto possui os seguintes dizeres: “Governo de SP alerta! Alto risco de lotação de leitos no estado. Fique em casa. Proteja sua família. Se tiver que sair, use máscara”.

O objetivo é conscientizar a população para que mantenha as medidas de isolamento e de restrição de circulação previstos na fase emergencial do Plano SP, como medida fundamental de enfretamento do atual momento, em que observa-se o recrudescimento da pandemia, com aumento das taxas de contaminação, mortes e ocupação de leitos.

A ação será integralmente realizada sem custo para o Estado, em parceria com a Conexis Brasil Digital, associação que representa as empresas de comunicação e conectividade no país.

Várias frentes

O envio das mensagens de SMS faz parte de uma ampla estratégia de Comunicação do Governo de SP, que prevê campanhas de conscientização em várias frentes, incluindo veiculações em redes sociais, rádio e TVs.

Entre as ações, está a nova campanha de vídeo com depoimentos de profissionais que atuam na linha de frente dos hospitais que atendem pacientes COVID-19 e têm enfrentado uma rotina extremamente exaustiva.

No início de março, o Governador João Doria anunciou também uma campanha de conscientização voltada ao público jovem, com o apelo para que fiquem em casa e evitem aglomerações para resguardar a saúde e a vida de seus familiares. A peça publicitária de 30 segundos vem sendo exibida nas emissoras de TV e mídias sociais e foi gentilmente cedido pelo Governo do Estado do Mato Grosso do Sul.

Prefeito Gustavo confirma nova variante do coronavírus em Rio Claro

Em vídeo divulgado pela assessoria de imprensa da Prefeitura de Rio Claro, o prefeito Gustavo Perissinotto confirmou a nova variante do coronavírus circulando pelo município e falou sobre a lotação das UTIs e do leitos de enfermarias nos hospitais públicos e privados.

O prefeito anunciou ainda mudanças no sistema de atendimento da Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Saúde da Família. Agora a população pode procurar o médico no local mais próximo de sua residência para situações consideradas leves, como sintomas iniciais de Covid-19 e outros problemas de saúde. A atendimento vai ocorrer das 7h às 17h, mesmo sem horário agendado.

O objetivo é desafogar as filas no atendimento de urgência e emergência da UPA da 29 e do Pronto Atendimento do Cervezão, direcionando os casos classificados como “azuis”, ou seja, não urgentes, para uma das 17 UBS´s ou USF´s da cidade. Quem se enquadrar na classificação azul ao procurar a UPA da 29 ou o PA do Cervezão NÃO será atendido nesses locais, recebendo a orientação de procurar a unidade mais próxima da residência.

Com a adesão da população ao novo modelo, a expectativa é minimizar o tempo de atendimento de urgência e emergência durante o horário comercial.

Mulher morre após ter 50% do corpo queimado em discussão com vizinha em Piracicaba

Uma discussão entre vizinhas na madrugada de segunda-feira (15) no bairro Alto em Piracicaba, por causa de som alto, terminou com a morte da psicóloga Vanessa Augusto de Santa Bárbara, 31 anos.

A suspeita de 32 anos teria jogado um material inflamado no corpo da vítima e na sequência ateado fogo.

Vanessa foi encaminhada para a Santa Casa de Piracicaba, mas devido à gravidade das lesões por ter 50% do corpo queimado, foi transferida para o Hospital Geral de Vila Penteado, na capital paulista, onde sofreu uma insuficiência respiratória no início da noite da terça-feira (16).

As apurações da Polícia Militar relata que um desentendimento entre as vizinhas ocorreu por conta de uma perturbação de sossego. A mulher então teria se alterado com a reclamação de Vanessa, entrando em sua casa e voltando com um recipiente com líquido, jogando na vítima e ateando fogo nela.

Policiais civis da Unidade de Polícia Judiciária (UPJ), após investigações obtiveram na Justiça um mandado de prisão temporária de 30 dias. A suspeita foi presa no mesmo dia e responderá por homicídio qualificado por motivo torpe e cruel.

Rio Claro volta a vacinar hoje (18) contra Covid pessoas com 75 anos ou mais

Rio Claro recebeu nesta quinta-feira (18) novo lote de vacinas Coronavac/Butantan.  Com isto, a Secretaria Municipal de Saúde irá reiniciar já na tarde de hoje (18) a vacinação contra a Covid-19, em idosos com 75 anos ou mais.

A vacinação será feita nas quatro unidades básicas de saúde (Wenzel, Bairro do Estádio, Vila Cristina e Cervezão) e nas 16 unidades de saúde da família, com atendimento das 14 às 16 horas.

A Secretaria Municipal de Saúde alerta quem for tomar a vacina para que evite os locais com maior número de pessoas, como a UBS da 29. “Para ser vacinada a pessoa deve apresentar cartão SUS, CPF, RG e a carteira de vacinação”, informa a enfermeira Fabyolla Lourenço, da Vigilância Epidemiológica.

A lista com os endereços das unidades de saúde de Rio Claro que funcionam como posto de vacinação está no site saude-rioclaro.org.br.

Governo libera recursos para mais 1.608 leitos de UTI em São Paulo

AGÊNCIA BRASIL – O Ministério da Saúde publicou, no Diário Oficial da União de hoje (18) portaria que autoriza a instalação de 1.600 leitos novos de unidades de terapia intensiva (UTIs) para adultos, e oito leitos pediátricos em São Paulo. Todos deverão ser utilizados para atendimento exclusivo de pacientes contaminados pelo covid-19.

A portaria estabelece R$ 77,18 milhões em recursos financeiros advindos do Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde, que serão disponibilizados ao governo de São Paulo e municípios. Para acessar a lista com as unidades que receberão os leitos, clique aqui.

O Fundo Nacional de Saúde adotará as medidas necessárias para a transferência, do montante aos Fundos Estaduais e Municipais de Saúde, em parcelas mensais, mediante processo autorizativo encaminhado pela Secretaria de Atenção Especializada à Saúde.

Dados divulgados pelo governo do estado apontaram que as taxas de ocupação dos leitos de UTIs iniciaram a semana em 90,5% de ocupação na Grande São Paulo e 89% no estado. Os balanços acumulados da pandemia totalizam 2.208.242 casos confirmados pela doença e 64.223 óbitos nesta segunda-feira.

A fase emergencial, em vigor desde o dia 15, tem medidas mais duras de restrição, que se estendem até o dia 30, e tem como objetivo garantir a assistência a vida e conter a sobrecarga em hospitais de todo o estado, além de frear o aumento de novos casos, internações e mortes pelo novo coronavírus.

Com o agravamento da pandemia, o Governo de SP reforça a importância sobre o respeito ao Plano São Paulo e as medidas de distanciamento pessoal, uso de máscaras e higiene das mãos.

Jornal Cidade RC
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